segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

A MISSÃO DA IGREJA

 TEXTO BÁSICO: 1Co 12.12-27

12 - Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. 13 - Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. 14 - Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. 15 - Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? 16 - E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo? 17 - Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18 - Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. 19 - E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 - Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo. 21 - E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós. 22 - Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários. 23 - E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. 24 - Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, 25 - para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. 26 - De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. 27 - Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.

TEXTO DEVOCIONAL: 1Co 12.27

Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.

Introdução: O termo ekklesia significa muito mais do que chamado. Ele inclui também o sentido de ser chamado Para o que?”. Trata-se exatamente do que queremos dizer por missão - aquilo para o qual a Igreja é chamada! A missão da Igreja, portanto, está no propósito pelo qual ela existe. Deus tem um plano para aqueles que Ele redime. E através do conhecimento deste plano que o crente pode compreender o desígnio do seu caminhar com Cristo. Desta forma, se faz necessário que a missão da Igreja, determinada por Deus, seja compartilhada igualmente por todos os seus membros. Estudando o NT, descobrimos que a missão da Igreja é tríplice. Primeiro, a Igreja é chamada para adorar e servir a Deus Esta foi a mensagem de Cristo à mulher samaritana, no poço de Jacó Jo 4.23. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. E este também o testemunho da igreja de Antioquia: “E, servindo eles ao Senhor...” At 13.2. Segundo, o corpo de Cristo tem uma missão para com seus próprios membros Quando um membro deste corpo exerce seus dons para edificação e manifestação de amor uns para com os outros, grande prazer proporciona à cabeça do corpo, que é Cristo. Ef 4.16 do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. Terceiro, a Igreja tem uma missão para o mundo - para com os descrentes. Jesus estava tão preocupado com esta missão para o mundo, que este foi Seu último assunto tratado com Seus s discípulos, antes da Sua ascensão. At 1.8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

I. A MISSÃO DA IGREJA PARA COM DEUS, A ADORAÇÃO.

A palavra adoração no AT, vem da palavra hebraica shachah. Traduzida literalmente ela significa prostrar-se. Nela está implícito o sentido de “reconhecer o valor de”. Adoração a Deus, e reconhecer o valor ou dignidade de Deus. A exclamação de Ap 4.11 expressa o significado básico de louvor e adoração. Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.” O significado da raiz original da palavra prostrar-se denota uma atitude interior do adorador. O sentido básico não implica a pessoa estar prostrada. Por exemplo, em Êx 33.10 diz que “... todo o povo se levantava, e cada um, à porta da sua tenda, adorava ao SENHOR. Ao criar todo os seres, somente ao homem Deus deu a habilidade de adorá-lo conscientemente. Era para Deus um deleite caminhar no Jardim do Éden no frescor do dia e receber a adoração de Adão e Eva. Todavia, depois que pecaram, Adão e Eva se esconderam e não se sentiram mais à vontade na presença de Deus. Uma vez interrompida a comunhão com Deus, o louvor cessou. Daquele tempo em diante, o homem tem procurado preencher aquele vazio resultante do desejo de louvar a Deus. Daí, o homem ter feito ídolo de ouro, bronze, ou prata, e outros têm se curvado aos deuses do materialismo, da ambição e do prazer. Pelo Seu amor para com a humanidade, Deus enviou Seu Filho para reconciliar o homem consigo e restaurar a comunhão e adoração interrompida. (É claro, que muitos santos do AT adoravam a Deus na expectativa da cruz.) Mediante a expiação de Cristo, podemos gozar de comunhão com Deus e prestar-Lhe adoração: Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. “Ef 2.13.

1. COMO ADORAR A DEUS.

Jesus disse à mulher samaritana: Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Jo 4.22. Paulo falou aos atenienses do DEUS DESCONHECIDO a quem eles, sem saber, adoravam At 17.23 porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio. Deste modo, muitas pessoas sinceras procuram adorar a Deus a seu modo, esquecendo que a adoração não tem valor, a menos que ela agrade a Deus. Como podemos saber que tipo de adoração agrada a Deus? Não podemos confiar em idéias ou costumes inventados pelo homem; antes devemos confiar no nosso guia infalível - a Palavra de Deus. Qualquer expressão da verdadeira adoração deve basear-se nas Escrituras, ou não terá qualquer valor. A Bíblia nos revela o caráter de Deus e nos ensina o que Lhe agrada e o que o desagrada. Muita coisa pode ser aprendida quando observamos a vida dos personagens bíblicos que agradaram a Deus: A primeira menção à palavra adoração acha-se em Gn 22.5. Aqui lemos Abraão dizendo a seus servos: “... Esperai aqui com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.” Neste incidente vemos três elementos de adoração: fé, obediência e ato de doação.

  • A Adoração é Baseada na Fé. Hb 11.6. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
  • Adoração Relaciona-se com Obediência. Deus requereu algo difícil a Abraão, mesmo assim ele obedeceu sem argumentar com Deus. Ele entregou tudo. 1Sm 15.22
  • Adoração Envolve “entrega”. Abraão ia dar a Deus a coisa mais preciosa da sua vida, e a isto ele chamou de adoração. Os Magos adoraram o menino Jesus ao abrirem seus tesouros e ofertarem suas dádivas Mt 2.11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.

II. A MISSÃO DA IGREJA PARA COM ELA MESMA, ENSINO E SOCORRO.

Um modo de declarar a missão da Igreja para consigo mesma, segundo a terminologia de Ef 4.12, é a expressão “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.” É preciso entender estas terminologias para entender a missão:

· SANTOS - Muitos não entendem a palavra santo na Bíblia e usam-na em alusão a alguém que recebe tal título mediante um processo de canonização depois de sua morte. E mais ainda, alguns crêem que estes “santos” se tomam intercessores especiais entre Deus e os homens. Porém estes conceitos nada têm de bíblico. Na Bíblia, os santos são descritos como sendo os membros individuais do corpo de Cristo. Eles nasceram de novo e foram lavados de seus pecados no sangue do Cordeiro. Ainda mais, este título é dado à pessoa enquanto ela serve a Cristo, em vida, embora ela ainda não seja perfeita e carregue as faltas humanas.

· MINISTÉRIO. Ministério, aqui tratado, baseia-se no conceito de serviço. Ministrar é servir. Na Igreja Primitiva, dois ministérios distintos foram reconhecidos. Em At 6.1-7 temos o relato dos apóstolos solicitando à igreja que escolhesse sete homens de boa reputação e cheios do Espírito Santo e sabedoria, para servir às mesas (distribuir alimento aos necessitados, principalmente as viúvas da igreja), enquanto os apóstolos dedicavam seu tempo para ministrar a Palavra. (ensino bíblico doutrinário).

1. A NECESSIDADE DOS SANTOS.

Se estivermos preocupados em servir aos santos, devemos conhecer suas necessidades. Jesus não lavou os pés dos discípulos somente para dar uma lição de humildade. Os discípulos estavam viajando de sandálias em estradas poeirentas e seus pés estavam sujos. Paulo recebeu dinheiro dos santos da Macedônia e Acaia, para servir aos santos de Jerusalém e não para impressioná-los. Os santos de Jerusalém atravessavam dificuldades financeiras e a oferta ajudou-os nessa necessidade.

· A Necessidade de Ajuda Material - Observemos que a principal preocupação social da Igreja Primitiva tinha a ver diretamente com os santos em suas prementes necessidades. A Igreja Primitiva não era uma instituição dedicada primeiramente ao serviço social. Ela atendia, pela ordem, às necessidades espirituais, físicas e materiais de seus membros. O frutífero trabalho missionário atual revela que, quando o esforço principal concentra-se nas necessidades espirituais do povo, as necessidades físicas e materiais são também atendidas. E também sabemos que quando se cuida de atender mais as necessidades materiais (principalmente de descrentes), os problemas espirituais são ignorados.

· A Necessidade de Direção Espiritual - A maior necessidade dos santos está declarada em Ef 4.13. até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Maturidade cristã, semelhança com Cristo e crescimento espiritual são as necessidades prioritárias dos santos. O escritor aos Hebreus insta conosco para deixarmos “... os princípios elementares da doutrina de Cristo” e que “deixemo-nos levar para o que é perfeito...” Hb 6.1. Paulo falou de seu ministério: “... advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” Cl 1.28

III. A MISSÃO DA IGREJA PARA COM O MUNDO, EVANGELIZAÇÃO.

Tendo estudado a missão da Igreja para com Deus e também para consigo mesma, voltamos agora nossa atenção para a sua terceira missão, que é a de alcançar os descrentes com o Evangelho de poder, conduzindo-os à salvação. Em primeiro lugar devemos sondar a nossa tarefa, perguntando: Quem necessita do Evangelho? (Bem sabemos que a resposta é alarmante.) Alguns procuram reduzir o ímpeto do esforço evangelístico, alegando que os descrentes que ainda não ouviram a pregação do Evangelho, estão em estado de inocência. Porém, a percepção da urgência de alcançar os perdidos depende em parte de conhecermos o que a Bíblia afirma sobre o destino eterno do homem sem Deus. Em meio aos religiosos dos nossos dias, até mesmo no Cristianismo, deparamos com declarações como as que se seguem:

  • “Não importa o que alguém crê, contanto que seja sincero.”
  • “Deus é muito bom e amoroso para condenar alguém ao inferno.”
  • “Todos somos filhos de Deus, por isso no final Deus perdoará a todos igualmente.”
  • “Todas as religiões conduzem a Deus.”
  • “O homem será julgado de acordo com seus bons atos, tendo em vista seus pecados. Caso ele tenha muitos atos bons a seu favor, ele herdará o céu.”

Ninguém expressou maior interesse pela condição da humanidade perdida do que nosso Senhor Jesus Cristo, o qual cumpriu Sua missão, oferecendo-Se como supremo sacrifício pelo pecado para nos prover salvação. Ele conhece a profundidade do amor de Deus. Portanto, falou mais sobre a condenação e sobre o inferno do que qualquer outra pessoa na Bíblia. Foi Jesus quem disse: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” Jo 3.18. Vemos então que há grande urgência de se alcançar os perdidos, falando-lhes da salvação de Cristo, a única esperança de redenção, sendo está a sublime missão que a Igreja tem para com o mundo.

 

CONTINUA

EKLESIOLOGIA

 A DOUTRINA DA IGREJA

TEXTO BÁSICO: Éfesios 3.8-10 

1 - Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios, 2 - se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; 3 - como me foi este mistério manifestado pela revelação como acima, em pouco, vos escrevi, 4 - pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, 5 - o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, 6 - a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; 7 - do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. 8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo 9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou; 10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, 11 - segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor, 12 - no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. 13 - Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.

TEXTO DEVOCIONAL: Éfesios 3.8

8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo

Introdução: Israel é descrito como uma igreja no sentido de ser uma nação chamada dentre as outras nações para ser um povo formado de servos de Deus. Com esse sentido o termo aparece no original em At 7.38. Este é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar. Quando o AT foi traduzido do hebraico para o grego, a palavra congregação (de Israel), foi traduzida ekklesia ou igreja. Israel, pois, era a congregação ou a igreja de Jeová no AT. Depois dessa igreja judaica tê-lo rejeitado, Cristo predisse a fundação de uma nova congregação ou igreja, uma instituição divina que continuaria a Sua obra na terra Mt 16.18 Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Ele faz referência a igreja que começou a existir fisicamente a partir do dia de Pentecostes, conforme Atos 2. Paulo capacitado por Deus e inspirado pelo Espírito Santo, fez uma exposição a respeito da Igreja no tempo e no espaço, de modo especial na carta à igreja de Éfeso. A Paulo foi revelado um duplo mistério, referente ao Evangelho e à Igreja, por ocasião da sua conversão na estrada de Damasco. Até aquela data, o então Saulo de Tarso, estivera perseguindo os “fanáticos” seguidores de um estranho “Caminho” (At 19.9; 22.4). Esses enfatizavam uma nova dispensação, isto é, Cristo, Sua morte e ressurreição, o que lhe fora inaceitável até o momento em que o Senhor o fez cair por terra. Levantou-se então um Paulo, a quem foi revelado o grande segredo que haveria de revolucionar sua vida, daí para frente: os cristãos estão unidos a Cristo e Cristo está unido a eles. Este fato estava tão vivo na mente do apóstolo, que anos mais tarde, com profunda convicção, Ele afirmou: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...” Gl 2.20. Nos ensinos do Senhor Jesus cumpriu-se grande parte de Mt 13.35: “... publicarei coisas ocultas desde a criação (do mundo,).” E Paulo fala com frequência dos mistérios que lhe foram revelados.

Ele relembra aos que leram sua carta aos Efésios, que antes havia mencionado este mistério em poucas palavras. Em seguida fala do “mistério de Cristo”. Que vem a ser isto? Não se refere unicamente à Igreja, na qualidade de corpo de Cristo. Esse mistério do Cristo eternamente vivo, tendo um corpo composto de crentes judeus e gentios é o mistério que, em épocas passadas, não fora revelado aos filhos dos homens. A Igreja, no plano de Deus, conforme vemos em Ef 3.8-10, já existia bem antes que qualquer outra coisa viesse à existência; isso com base no sangue do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Deus, segundo o Seu plano, permitiu que as eras se fossem ecoando até que achou por bem tornar a Igreja conhecida.

I. A ORIGEM DA IGREJA. Ef 2.20 - edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;

A Igreja de Cristo veio à existência, como tal, no dia de Pentecostes, quando foi consagrada pela unção do Espírito. Assim como o Tabernáculo foi construído e depois consagrado pela descida da glória divina (Êx 40.34), os primeiros membros da Igreja foram também congregados no cenáculo e consagrados como Igreja pela descida do Espírito Santo sobre eles e dentro deles. É muito provável que os cristãos primitivos vissem nesse evento o retomo da glória manifesta no Tabernáculo e no Templo, glória essa que há muito tempo havia se afastado, e cuja ausência era lamentada pelos rabinos ortodoxos. Davi juntou os materiais para a construção do Templo, mas a construção foi feita por seu sucessor, Salomão. Da mesma maneira, Jesus, durante o Seu ministério terreno, juntou os materiais com os quais haveria de dar forma à Sua Igreja, por assim dizer, mas o edifício foi erigido pelo seu Sucessor, o Espírito Santo. Realmente, essa obra foi feita pelo Espírito Santo, operando através dos apóstolos, que lançaram os fundamentos e edificaram a Igreja por Sua pregação, ensino e organização. Portanto, a Igreja é descrita como sendo “edificados sobre o fundamento dos apóstolos...” (Ef 2.20).

1. CONCEITOS SOBRE O TERMO.

O termo “igreja” no original grego é composto da preposição ek “fora de” e o verbo kaleõ “chamar”. Igreja (ekklésia) denota um grupo de cidadãos “chamados para fora”. Corresponde literalmente a “uma convocação de cidadãos de uma cidade para fora de suas casas mediante o soar de uma trombeta a fim de reuni-los em assembleia”. Os verdadeiros crentes são convocados para fora do pecado, para viverem em plena comunhão com o Senhor Jesus Cristo. No NT temos vários conceitos sobre a Igreja.

a) Igreja visível e invisível. A Igreja é um só organismo independente dos títulos e das denominações existentes. Entretanto ela pode ser vista sob dois aspectos: visível e invisível. A Igreja invisível representa singularmente o povo de Deus espalhado em todo o mundo, enquanto que a Igreja visível refere-se à igreja local, a uma comunidade de pessoas num determinado lugar.

b) Corpo universal de Cristo. A Igreja de Cristo como corpo possui diversos órgãos e muitos membros, mas todos trabalham de forma orgânica e harmónica, interligados, em função do corpo. Ela é composta de todos os cristãos autênticos em toda a história do cristianismo (Mt 16.18; 1Co 12.27; Ef 3.10,21; 5.23-32; Hb 12.23). São milhões de membros espalhados pelo mundo. Quando todos cumprem a sua parte, a Igreja se beneficia, mas se algum deles está enfermo espiritualmente e não é logo restaurado, afeta todo o corpo.

c) Igreja local. A igreja local é o lado visível da Igreja que vivencia em sua forma comunitária a mesma herança apostólica, os mesmos ideais de vida, e as mesmas expressões de fé (Rm 16.1; Cl 4.16; Gl 1.2,22; At 14.23). A vida em comunidade foi uma das características predominantes dos cristãos primitivos (At 2.46; 4.32,33; 5.42; 12.5,12). Eles frequentemente se reuniam motivados sempre pela mesma razão: a fé no Cristo ressuscitado.

d) Igrejas domésticas. Como não havia templos cristãos construídos no primeiro século da Era Cristã, os crentes daquela época tinham por hábito reunirem-se nas casas, uns dos outros (1Co 16.19; Rm 16.5,23; Fm v.2). Essas igrejas domésticas acomodavam perfeitamente o corpo de Cristo naquelas localidades. Cada igreja local ou doméstica era a manifestação física e visível da Igreja universal.

II. FUNDAMENTOS DA IGREJA.

O Catolicismo considera erroneamente o apóstolo Pedro, a pedra fundamental sobre a qual Cristo edificou Sua Igreja; e para fundamentar esse ensino, apela, primeiramente, para a passagem de Mateus 16.16-19. “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou. Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.” Dessa passagem, a Igreja Católica Romana deriva o seguinte raciocínio:

  • Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada.
  • A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, Só ele e seus sucessores (os papas) poderão abrir a porta do reino dos céus.
  • Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma.
  • Toda autoridade eclesiástica foi conferida a Pedro, até nossos dias, através da linhagem de bispos e de papas, todos os vigários de Cristo.

Numa simples comparação entre a teologia católica e a Bíblia, a respeito do apóstolo Pedro e sua atuação no seio da Igreja nascente, descobre-se quão contrária à interpretação bíblica é a interpretação católico-romana. Mesmo numa despretensiosa análise do assunto, conclui-se que:

· Pedro jamais assumiu no seio do Cristianismo nascente, a posição e funções que a teologia católica procura atribuir-lhe. O substantivo feminino petra designa do grego uma rocha grande e firme. Enquanto que o substantivo masculino petros é aplicado geralmente a pequenos blocos de rocha, móveis, bem como pedra de arremesso. Pedro é petrosbloco de rocha, móveis, e não “Petra” rochedo grande e firme. Portanto, uma Igreja sobre a qual as portas do inferno não prevalecerão, não pode repousar sobre Pedro.

· De acordo com a Bíblia, Cristo é a Pedra sobre a qual a Igreja está edificada. Dn 2.34; Ef 2.20. Nos versículos acima, “pedra” refere-se à pessoa de Jesus Cristo e não a Pedro. O próprio apóstolo Pedro diz: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.” (At 4.11; cf  Mc 12.10,11. Ef 2.20; 1Co 10.4 e 1Pe 2.4.)

Dos oitenta e quatro chamados Pais da Igreja Primitiva, só dezesseis acreditaram que o Senhor se referiu a Pedro, quando disse “esta pedra “. Quanto aos outros Pais da Igreja, uns dizem que a expressão “esta pedra” se refere a Cristo mesmo, ou à confissão que Pedro acabara de fazer, ou, ainda, a todos os apóstolos. Só a partir do século IV começou-se a falar a respeito da possibilidade de Pedro ser a pedra fundamental da Igreja, e isto estava intimamente relacionado à pretensão exclusivista do bispo de Roma.


CONTINUA...

 O ESPIRITO SANTO, DIVINDADE

E PERSONALIDADE

TEXTO BÁSICO: João 14.16-30

16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, 17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 18 - Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 19 - Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. 20 - Naquele dia, conhecereis que estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós. 21 - Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele. 22 - Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo? 23 - Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. 24 - Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou. 25 - Tenho-vos dito isso, estando convosco. 26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. 27 - Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. 28 - Ouvistes o que eu vos disse: vou e venho para vós. Se me amásseis, certamente, exultaríeis por ter dito: vou para o Pai, porque o Pai é maior do que eu. 29 - Eu vo-lo disse, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30 - Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo e nada tem em mim. 31 - Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.

TEXTO DEVOCIONAL: João 14.16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

Introdução: O Espírito Santo é um ser vivo dotado de personalidade própria, não sendo meramente uma influência ou emanação de Deus. O Espírito Santo é uma pessoa, claramente divina, que faz parte da Trindade da Deidade. (Jo16.7-15; Mt 28.19). No Antigo Testamento, Ele é visto como uma pessoa divina, dotada de atributos divinos (Gn 1.1,2) e que compartilhou da obra da criação, o que nos pode dar a entender a sua onipotência (Gn 1.2; Jó 26.13 e Sl 104.30) e onipresença (Sl 139.7). Ele testifica aos homens no tocante ao pecado e à justiça (Gn 6.3), Age como agente iluminador do entendimento humano (Jó 32.8), dota os homens de poder (Êx 28.3; 31.3), aparece como Espírito de sabedoria (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25), Inspira as declarações divinas e as profecias (Nm 11.25; 2Sm 23.2). Ele é um agente que ajuda aos servos de Deus (Sl 51.2; Joel 2.23; Mq 3.8 e Zc 4.6). É santo e bom (Sl 51.11; 143.10). Age como Juiz (Is 4.4) e Possui os atributos de sabedoria, entendimento conselho, poder, bondade, conhecimento, além de inspirar o temor de Deus (Is 11.2). O Espírito Santo Influencia e vem habitar nos homens em ocasiões especiais, não o fazendo permanentemente (Sl 51.11; não havendo nenhuma indicação no AT de que o Espírito descesse sobre qualquer pessoa, exceto os profetas ou outros indivíduos de importância, para alguma finalidade específica). A influência do Espírito Santo é vista atualmente em três níveis, no AT, a saber:

  • 1º no nível intelectual (Êx 28.3; 35.3,31; Dt 34.9);
  • 2º no nível moral (Sl 51.11; Is 63.10);
  • 3º no nível espiritual ou religioso (Os 9.7; Ez 2.2 e 3.24).

I. AÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NA BÍBLIA.

O Espírito Santo foi prometido para uma nova dispensação futura, em que se manifestaria de outras formas, a tal ponto que, nos tempos bíblicos, Ele seria derramado sobre “toda a carne” (Jl 2.28). Em face do fato de que o NT se alicerça sobre o AT, é natural que a nova dispensação compartilhe, em termos gerais, das idéias antigas, ainda que com algumas adições e esclarecimento.

1. EM RELAÇÃO A CRISTO.

O Espírito Santo é visto na concepção da Virgem Maria (Mt 1.18-20; Lc 1.35), é visto como aquele que ungiu e fortaleceu a Cristo, quando de seu batismo, para que Ele pudesse dar início a sua missão especial como Messias (Mt 3.16). Também é visto como o agente capacitador de Cristo em seu labor, maneira de andar e serviço (Lc 4.1,14), como a força ressuscitadora (Rm 8.11) e, desde então até o presente, na qualidade de “alter ego” de Cristo neste mundo, o Ele é visto a realizar a obra de Cristo, como sua testemunha poderosa (Jo 15.26; 16.8-11,13,14).

2. EM RELAÇÃO A TODOS OS HOMENS.

O Espírito Santo é visto como uma força influenciadora universal, que testifica sobre o pecado, a retidão e o julgamento. Ele controla o mal que há no mundo e convence os homens do pecado, atuando sobre todos os homens através de sua influência, personalidade e presença (Jo 16.7-11). Podemos supor que o mundo seria intoleravelmente mau, não fora à influência do Espírito Santo, que constrange a iniquidade inerente nos homens.

3. EM RELAÇÃO À IGREJA.

O Espírito Santo é visto como o único que pode regenerar a uma alma, mediante seu toque operador e transformador (Jo 3.3-5). Todos os crentes, portanto, devem possuir o Espírito Santo (Rm 8.9), ainda que a sua influência varie grandemente de um crente individual para outro, dependendo isso exclusivamente de como cada qual permite que  Ele o controle (At 2; Ef 1.13,14 e 5.18). É igualmente o Espírito Santo que forma a unidade da Igreja, em um corpo (Mt 16.18; Hb 12.23; 1Co 12.12,13) A presença habitadora do Espírito Santo, entre os crentes, deve ser contínua e perpétua (Jo 14.16). Essa presença habitadora produz frutos no crente, similares a natureza moral positiva de Deus (Gl 5.22,23). O alvo precípuo da implantação dos frutos do Espírito no crente, bem como de todas as suas operações na alma, é o de transformar os crentes segundo a imagem de Cristo, nos termos mais literais possíveis, de tal modo que estes venham a compartilhar da natureza moral e metafísica essencial de Cristo (Rm 8.29; Ef 1.23; e 2Co 3.8). E, sendo o Espírito Santo aquele que nos impulsiona na direção desse alvo, Ele é o intercessor em favor dos crentes, orando naquilo que o crente nem ao menos é capaz de proferir, visando o benefício dos mesmos (Rm 8.2-17). O Espírito Santo é igualmente a garantia da herança que os crentes têm em Cristo. No funcionamento das Igrejas locais, o Ele é o distribuidor de todas as manifestações carismáticas espirituais (1Co 12-14).

II. QUEM É O ESPÍRITO SANTO.

1. O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA

Na Bíblia vemos que o Espírito Santo tem intelecto, emoções e vontade, além de também encontrarmos na Bíblia, Ele fazendo coisas que somente uma “pessoa” poderia fazer. Entre  elas podemos notar: O Espírito Santo:

  • Fala – At 13.2:  “...disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo...
  • Intercede – Rm 8.26: “...mas o Espírito mesmo intercede...com gemidos inexprimíveis.”
  • Testifica – Jo 15.26: “...o Espírito da verdade...esse dará testemunho de mim”
  • Guia - Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.”
  • Ordena – At 16.6,7:   ...o Espírito de Jesus não lho permitiu”.
  • Conduz – Jo 16.3: “...Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade...”
  • Nomeia – At 20.28:  ...qual o Espírito Santo vos constituiu bispos...”
  • Pode-se mentir a Ele – At 5.3,4 -  ...para que mentisses ao Espírito Santo...”
  • Pode-se insultá-lo – Hb 10.29: “...e ultrajar ao Espírito da graça?”
  • Pode-se blasfemar contra Ele – Mt 12.31,32: ...mas a blasfêmia contra o Espírito...”
  • Pode-se entristecê-lo: Ef 4.30: E não entristeçais o Espírito Santo de Deus...”

2. O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA DIVINA

Na Bíblia fica claro não só a personalidade do Espírito Santo como também  sua Deidade. Podemos notar isto através de Seu:

a) Nome divino – At 5.3,4. Na descrição do incidente que envolve o erro e a punição de Ananias: Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo... Não mentiste aos homens, mas a Deus.”

  • Espírito de Deus (Rm 8.14); Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus...
  • Espírito de Cristo (Rm 8.9); Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo...
  • Espírito do Pai (Mt 10.20); ...mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.
  • Espírito do Senhor (2Co 3.17);  ...onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.
  • Espírito Santo (Atos 2ss); ...E todos ficaram cheios do Espírito Santo,
  • Espírito de Santificação (Rm 1.4); ...Filho de Deus segundo o espírito de santidade,
  • Espírito da Glória (1Pe 4.14); ...porque sobre vós repousa o Espírito da glória...
  • Paracleto, Ajudador (Jo 14:16). E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador...

b) Atributos Divinos

  • Eternidade – Hb 9.14: ...pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus...
  • Onipresença – Sl 139.7-10: Para onde me irei do teu Espírito...
  • Onipotência – Lc 1.35: ...Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá...
  • Onisciência – 1Co 2.10: ...o Espírito esquadrinha todas as coisas...

c) Trabalhos Divinos

  • Deu Vida a Criação – Gn.1.2 Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.”
  • Transforma os homens – Jo 3.3-8: ...se alguém não nascer da água e do Espírito....
  •  Ressuscitou a Cristo – 1Co 15.26: E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós...

V. SIMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO.

A pomba (Mt 3.16). O selo (Ef 1.13; 4.30). O pagamento inicial ou garantia (Ef 1.14). Estes são alguns símbolos do Espírito Santo, ou seja, a forma como Ele se manifesta para o seu povo. Sendo o Ele um “espírito” como Deus, Ele precisa se comunicar de uma forma que seus servos lhe compreenda e não tem nada melhor do que esses símbolos para falar aos nossos corações. Por exemplo: O azeite fala de suprimento de necessidade (Lv 2.1-7); A água fala de vida, pois, ninguém consegue sobreviver sem água (Sl 42.1)


VI. TRINDADE

Deus revela-se na Bíblia progressivamente, mas desde o inicio, ou desde o Gênesis, encontraremos indicações bastante satisfatórias de que Deus existe em três pessoas – O Pai, O Filho e o Espírito Santo – e que estas três pessoas constituem um só Deus. A Palavra “Trindade” não aparece em nenhum lugar das Escrituras, pois ela é uma expressão de cunho teológico, que só foi adotada a partir do século dois, para descrever a Divindade na sua plenitude. Tanto no A.T. Como no N.T., títulos divinos são dados ou atribuídos as três pessoas da trindade: Ex. 20.2; Jo 20.28; At  5.3,4

1. TENTATIVA DE DEFINIÇÃO.

a. Deus Pai é a plenitude da divindade invisível

b. Deus Filho é a plenitude da divindade manifesta

c. Deus Espírito Santo é a plenitude da divindade operando na criatura.

  • Pai: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”
  • Filho: Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!”
  • Espírito. Santo: Não mentiste aos homens, mas a Deus.”

A palavra traduzida Por “Deus” em Gn 1.1, é plural. Segundo os estudiosos da língua hebraica, existe nesta língua três graus de números: O singular, um – O dual, dois e o plural, mais de dois. A palavra hebraica para Deus é  “Elohin”, indicando pluralidade de pessoas na deidade.

  • Gn 1.26: E disse Deus: Façamos...”
  • Gn 3.22: ...se tem tornado como um de nós”
  • Gn 11.6,7: “Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem”
  • Is 6.8: “A quem enviarei, e quem irá por nós?”

 

BIBLIOGRAFIA: (não anotada)

 

O ARREBATAMENTO DA IGREJA

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