quinta-feira, 23 de agosto de 2018

APOCALIPSE PARTE I

Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo, o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
Ap 1:1‭-‬3 ARC

Eis diante de nós o mais interessante livro da Bíblia, o Apocalipse. Aliás, este não é somente o livro mais interessante, este é o documento que contém a totalidade da Revelação de Jesus Cristo e que foi dado ao Apóstolo João, exilado na Ilha de Patmos, por volta do ano de 95-96 d.C. O livro trata das mais diversas revelações sobre acontecimentos futuros, fazendo do Apocalipse um livro que deve ser lido e compreendido por todas as Igrejas.

Começa com uma bênção: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo.” 1.3.
Termina com uma bênção: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.” 22.14.

O Apocalipse inicia apresentando o nome, as credenciais, o endereço e a saudação do autor, que se identifica citando seu nome por três vezes e apresentando-se como aquele que testificou da Palavra, e andou com Jesus. O livro é endereçado a todos os servos de Jesus Cristo em todo o mundo, e a saudação contém a promessa de plenitude para os que o ouvirem e guardarem o que nele está escrito. O Senhor Jesus Cristo é apresentado pela denominação de Fiel testemunha, autor e comunicador desta profecia. João fala sobre a volta iminente do Senhor Jesus e exalta a fidelidade de Deus no cumprimento dos seus propósitos. O livro inicia descrevendo o que aconteceu com João até o momento em que foi “arrebatado em espírito” e ouviu a ordem de escrever tudo o que lhe seria mostrado.

O Apocalipse possui 22 capítulos, 404 versículos e 12.000 palavras.

QUANTAS VEZES OCORREM AS PALAVRAS...

“MISTÉRIO” 04 vezes.
“Igreja” 19 vezes.
“Filho do Homem” 22 vezes.
“Satanás” 08 vezes.
“voz” 46 vezes.
“trono” 38 vezes.
“fogo" 17 vezes
“anjos” 71 vezes
“livro” 28 vezes
“Cordeiro” 27 vezes
“Profeta” 12 vezes

→ JUÍZO E JUÍZES. Estas duas palavras cobrem quase que a totalidade do livro, 15 vezes se menciona estes dois termos.
→ PROFECIA. O Apocalipse é o único livro profético do NT. O vocábulo “profecia” aparece sete vezes indicando a projeção dos eventos futuros.
→ “EIS QUE VEM...” Esta Expressão aparece trinta vezes, reafirmando a volta iminente do Senhor Jesus.
→ TESTEMUNHA. As palavras “mártir” e “testemunhas” são iguais no original grego. Elas são usadas seis vezes. Os termos “testemunho” e “testificar” aparecem doze vezes.

O NÚMERO SETE.
É notável como o número 7 é usado na Bíblia, ele aparece pelo menos 50 vezes somente no livro de Apocalipse. Provém de uma raiz hebraica que significa “ser completo, satisfeito, ter suficiente” e transmite a ideia de perfeição ou totalidade.

Sete cartas (1-3);
Sete igrejas da Ásia (1-3);
Sete promessas para aquele que vencer (1-3);
Sete selos no livro do juízo das nações (5);
Sete trombetas que anunciam o juízo (8-11);
Sete castiçais de ouro (1);
Sete anjos (pastores) das Igrejas (1-3);
Sete anjos celestiais (8-16)
Sete Espíritos de Deus (1.4; 4.5);
Sete bem-aventuranças (1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14);
Um cordeiro com sete pontas e sete olhos (6);
Sete trovões (10.3);
Um dragão vermelho com sete cabeças e sete diademas (12.3);
Uma besta semelhante ao leopardo com sete cabeças (13.1);
Sete montes e sete reis (17. 9-10).

João viu a realidade expressa no céu e precisou utilizar palavras terrenas para transmitir para nós que estamos na terra toda a visão. Ele fez uso de uma figura de linguagem conhecida como “símile”. João procurou na imagem terrena algo que se assemelhasse a verdade que ele via no céu. Assim podemos afirmar que a linguagem do Apocalipse é ao mesmo tempo, literal e simbólica. Os símbolos representam realidades celestes que só serão manifestas quando os céus se abrirem.

Os métodos de interpretação do livro de Apocalipse têm sido variados e com frequências imaginativas. Milhares de livros foram escritos tentando explicar o que está escrito no Apocalipse, e existem pelo menos, quatro principais escolas de interpretação que apresentaremos não necessariamente pelo grau de importancia.

1. A Escola Preterista.
É a escola cujos defensores entendem que todas as profecias do Apocalipse se cumpriram no passado, no contexto histórico do Império Romano, e que o livro em sua grande parte tenha se desenrolado com a destruição de Jerusalém, e com os eventos conflitantes dos primórdios da Igreja durante o primeiro século. Segundo esta escola, somente os capítulos de 20,21 e 22 terão sua realização no futuro.

2. A Escola Historicista.
Para esta escola, o Apocalipse é uma descrição histórica da totalidade de tempo da Igreja aqui na terra, continua a narração, onde Atos dos Apóstolos teria encerrado. Segundo esta escola, O Apocalipse leva a termo os detalhes finais nos acontecimentos e, em seguida, apresenta a Igreja glorificada no céu como coparticipante da redenção da terra. O livro é rico em símbolos, imagens e números. Agostinho, os reformadores, as confissões reformadas e a maioria dos grandes teólogos seguiram esta escola.

3. A Escola Futurista.
São os que veem o livro por um prisma futurista e literal. Entendem que todos os capítulos a partir do quarto e até o último, são predições das coisas que dizem respeito somente ao futuro, onde se cumprirão no fim dos tempos em conexão com a volta de Cristo. Esta escola não faz justiça ao livro que foi uma mensagem atual, pertinente e poderosa para todos os crentes em todas as épocas, principalmente aqueles que sofreram as perseguições nos primeiros séculos da igreja cristã.

4. A Escola Idealista.
Entendem o livro do Apocalipse numa visão de simbolismo. Por esta escola todo o livro deve ser entendido num prisma espiritual e não literal, evidenciando o bem triunfando sobre o mal em um mundo de grandes conflitos. Essa escola crê que há três classes de passagens no Apocalipse: as que são muito claras em seu ensino espiritual; as que são misteriosas, mas que contém elementos de verdade e são instrutivas; as que são tão ocultas que é inútil, com nosso conhecimento, dar-lhes interpretações finais.

É de bom termo que cada escola seja observada com cuidado. Cada uma destas quatro escolas se completa, e nelas encontraremos elementos elucidativos que bem podem nos ajudar a entender passagens de menor clareza no entendimento. Porém defendemos a Escola Historicista por entender que tal escola se coaduna melhor com as profecias apocalípticas.

DIVISÃO DO APOCALIPSE.
O Apocalipse não é um livro desorganizado como muitos pensam, pelo contrário, este livro, é como a uma casa bem projetada onde cada cômodo se comunica com o outro de forma organizada. Se olharmos assim para o Apocalipse, veremos logo que é possível fazer uma transição leve e descomplicada, sem textos ou capítulos desconexos, cada cômodo possui uma saída para o outro sem ferir ou distorcer a profecia apresentada. A melhor divisão do Livro do Apocalipse, em minha opinião, até o momento, é apresentada no livro "O FUTURO GLORIOSO DO PLANETA TERRA" Autor: Arthur Bloomfield. O livro apresenta o Apocalipse dividido em quadros, onde cada quadro representa um momento ou um tempo nas revelações. O tema do Livro é “Redenção” que no Apocalipse não se refere somente à salvação, mas diz respeito à restauração de tudo o que foi perdido ou  corrompido com a Queda. O processo vem se desenvolvendo através dos séculos, e no tempo marcado veremos a restauração de tudo. Perdemos, por causa do pecado, o corpo, a alma e o domínio sobre a terra, sobre os animais e sobre a natureza. Regeneração portanto é o processo de devolver ao legítimo proprietário tudo o que ele perdeu restaurando seu estado original.

➡ A alma foi é restaurado no ato da conversão quando o vazio é preenchido pelo Espírito Santo.
➡ O corpo será redimido na ressurreição e no arrebatamento, quando será transformado em corpo Espiritual. 1Co 15:44; Fl 3:21; 1Jo 3:2, 4:17
➡ O domínio sobre a terra será restaurado no reino Milenar de Cristo.

O Livro de Apocalipse pode ser melhor entendido quando observado pela divisão nele mesmo apresentada.

1. REVELAR O PASSADO. "As coisas que tens visto"
2. DESCREVER O PRESENTE. "As coisas que são..."
3. PROJETAR O FUTURO. "É a que depois destas hão de acontecer"

Quadros de Divisão do Apocalipse
As coisas que vistes...
1° QUADRO. O Senhor Jesus. 1
As coisas que são...
2° QUADRO. A Igreja. 2,3
É a que depois destas hão de acontecer.
3° QUADRO. O Céu. 4-11
4° QUADRO. Terra. Trombetas é Taças. 12-16
5° QUADRO. O Mundo Espiritual. 17,18
6° QUADRO. O Reino. 19,20
7° QUADRO. As Cidades. 22

1.10,13 Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,... e no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do Homem...
A Bíblia, especialmente o Apocalipse não se preocupa em descrever a aparência física de Jesus. A descrição do Cristo glorificado e a sua posição no meio dos castiçais apresenta Jesus como o Cabeça da Igreja mostrando Sua autoridade como Profeta, Sacerdote, Rei e Juiz. Em cada cena do Apocalipse, Cristo sempre aparece como a figura central. O título “Filho do Homem” lembra sua humanidade, ocorrendo aproximadamente 79 somente no NT e com exclusividade nos Evangelhos. O termo aparece 22 vezes no Apocalipse. O termo “dia do Senhor” não tem a ver com dia da semana, refere-se aqui, ao dia em que Deus vem para julgar. João é conduzido a este “dia” e ouve a voz do Senhor, característica do chamado profético.

1. JESUS – SACERDOTE
Cristo se apresenta a João com vestes sacerdotais.
→ “... vestido até os pés de um vestido comprido...” A veste de Cristo era uma vestimenta talar, isto é, um manto comprido, usada exclusivamente por sacerdotes e juízes no desempenho de suas funções. Refere-se não somente a graça pastoral de Cristo, mas fala também de sua autoridade judiciária. O livro é visto como “O Livro dos Juízos” e as palavras “Juiz” e “Juízes” aparece 15 vezes no Apocalipse.

A roupagem de Cristo manifesta Sua autoridade, Sua majestade do sacerdócio, Seus atributos divinos e Sua posição oficial, como Juiz e Senhor. A função do sacerdote era a de apresentar os homens a Deus, assim como a do profeta a de revelar Deus ao homem. A expiação dos pecados, segundo a Lei, exigia derramamento de sangue porque está escrito: “Quase todas as coisas, segundo a Lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” Hb 9:22. Jesus é ao mesmo tempo Sacerdote e o “Cordeiro que foi morto e reviveu”, por isso Ele é o Senhor e Remidor. Este é o início e o alicerce de todo o processo da Redenção.

→ “... e cingido pelos peitos de um cinto de ouro...” O cinto a altura do peito era usado pelo sacerdote quando este ministrava no santuário. Quando a altura dos lombos o serviço era proeminente, mas quando o cinto estava em volta do peito, implicava em juízo sacerdotal dignificado. Coisas que são inerentes ao Filho de Deus tanto no passado como no presente. O cinto de ouro fala da Verdade que sustenta toda a Palavra de Deus e os Seus atos a favor do homem.

JESUS – “PROFETA”
→ “... e a sua cabeça e cabelos eram brancos como a lã branca, como a neve...” O texto aqui em destaque é similar a Dn 7.9 “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou: seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a limpa lã...” Certamente a alvura da cabeça e cabelos de Cristo não fala de idade avançada, provém, em parte, da intensidade da glória celestial e em parte da sabedoria e, idoneidade moral. Indica eternidade, pureza e Divindade.

→ “... Seus olhos eram como chamas de fogo...” (1.14).  Os olhos como chamas de fogo fala da onisciência de Cristo, que tudo vê, conhece e perscruta. Diante do Senhor Jesus todas as coisas são nuas e patentes (Hb 4.13). Por isso, nas sete cartas às Igrejas da Ásia, Ele disse: “Eu sei as tuas obras” (2.2,9 13,19; 3.1,8 15).

JESUS – REI. 14,15,16
e a sua voz como a voz de muitas águas. ... da sua boca saia uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol...”  O Senhor Jesus, como Rei, exerce o ofício de Juiz e julgará as nações e a cada pessoa separadamente. Os “Olhos de fogo” indicam um olhar penetrante e um conhecimento detalhado de todas as coisas. Tudo está exposto aos olhos de Cristo. Nada escapa ao exame do Seu olhar. v 14b.

→ “...Sua voz era como a voz de muitas águas...”  (1.15). Isso fala do poder irresistível de Sua Palavra e de Sua autoridade. A voz de Cristo é poderosa, infalível e determinante. Isto fica bem claro nas cartas às igrejas onde Cristo demonstra toda a Sua autoridade para elogiar, exortar, repreender, advertir; bem como em fazer promessas aos vencedores, e ninguém pode questionar ou contestar (2.1-3.22).

→ “...os seus pés, semelhante a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha...” Na simbologia profética, os pés como latão reluzente parece apontar para dois sentidos. 1º Fala do sofrimento de Cristo, pois Ele passou pela fornalha do sofrimento, e foi provado no fogo do juízo de Deus. (Lc 22.44; Hb 5.7); 2º Fala do seu poder para julgar. Ele mesmo disse: “É-me dado todo o poder no céu e na terra…” (Mt 28.18); e, o apóstolo Paulo disse: “Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés” (1 Co 15.25).

II. QUADRO. AS IGREJAS.
João Escreve a sete igrejas da Ásia Menor, atualmente parte da Turquia Asiática. O número é representativo, estas sete Igrejas formam um conjunto profético da Igreja de Cristo na terra em todas as épocas e lugares, iniciando em Atos, na Dispensação da Graça, e terminando com a Vinda de Jesus no Arrebatamento. As dificuldades e os problemas apresentados nas cartas são comuns a todas as pessoas e igrejas. Cada acontecimento é protótipo dos fatos que ocorreriam através dos tempos: O afastamento de Éfeso, o sofrimento em Esmirna, o início e o estabelecimento da paganização em Pérgamo e Tiatira, a reforma em Sardo, a perseverança de Filadélfia e a manipulação de assuntos espirituais e aliança com o mundo em Laodicéia. Depois de Laodicéia, convivendo em oposição a Filadélfia, nada mais haverá. O que seria realizado pela Igreja na terra está concluído. O Fato de haver outras igrejas na região e serem escolhidas apenas sete indica que estas eram representativas do ciclo completo da história da Igreja. Caracterizam a Igreja em todos os tempos. A frase “escreve-o num livro, e envia-o” nos faz entender que não somente a carta endereçada à igreja deveria ser lida, mas também todo o conteúdo do livro que encerrava a visão.

ÉFESO. Afastou-se do primeiro amor. Período Apostólico – Igreja Primitiva – I Século.
ESMIRNA. Igreja sofredora. Perseguições em Roma. Final do século I até ao início do século IV
PÉRGAMO. Igreja contaminada. Introdução ao paganismo. Igreja unida ao governo. Final do século IV ao final do século V.
TIATIRA. Igreja paganizada. Liderança paralela. Introdução de doutrinas e cerimoniais anti-bíblicos. Idade Média. Século VI ao início do século XVIII.
SARDO. Igreja da Reforma. Final do século XVI ao século XVIII
FILADÉLFIA. Igreja espiritual. Retorno aos princípios bíblicos. Abrange os avivamentos e o surgimento das Igrejas pentecostais e neo-pentecostais. Deus sempre guarda um remanescente fiel. Século XVIII ao início do XX.
LAODICÉIA. Corrompida por manipular a Palavra. A partir do século XX.

1. A IGREJA DE ÉFESO.
2.1  Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:
ÉFESO. “desejado”. Uma cidade no pequeno Continente da Ásia Menor, capital da província romana da Ásia. Junto com Antioquia da Síria e Alexandria no Egito,  formavam o grupo das três maiores cidades do litoral leste do Mar Mediterrâneo. O templo da “Diana dos efésios” (At 19.28) foi considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo. Paulo esteve em Éfeso pelo menos duas vezes, (At 18.19; 19.1). Em sua terceira viagem por aquela região, ele não chegou até Éfeso, mas em Mileto mandou chamar os anciãos da Igreja. Essa igreja recebeu duas cartas: uma de Paulo (epístola aos Efésios), e, esta de Apocalipse. A primeira em 64 d. C., a segunda em 96 d. C. Éfeso representa a igreja do Século I, a igreja do fim da época apostólica, quando o primeiro amor começou a esfriar motivado pelos sofrimentos e perseguições. 2.4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor

ELOGIO: O Senhor se agrada dos que distinguem a verdade, rejeitam o erro e não aceitam falsos mestres. 2:3 e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste.

ADVERTÊNCIA:. 2.5 Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras... A Igreja sempre deve estar atenta à direção do Espírito, disposta a obedecê-lo. Uma oportunidade de restauração
.
REPROVAÇÃO: 2:4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Deixar o primeiro amor é uma falta quase imperceptível aos olhos humanos, porém muito grave aos olhos de Deus. O principal motivo do enfraquecimento e decadência da Igreja e a valorização das obras da carne, o desprezo da Palavra de Deus, e a descentralização de Cristo. Quando a Igreja tem como prioridade suas atividades, programas e o crescimento da instituição, aos poucos os assuntos espirituais vão sendo relegados a segundo plano.

PROMESSA: 2.7... Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus. Essa promessa ao vencedor fala da árvore da vida cujos frutos foram proibidos., e aqui, eles são liberados.

Os "Nicolaítas" possivelmente era a uma seita cristã de gentios de Éfeso e Pérgamo.

2. A IGREJA DE ESMIRNA.
2.8,9 Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu... Conheço a tua tribulação e a tua pobreza...
Esmirna “amargura” ou “mirra” uma substância aromática, que em hebreu chama-se “mor”, em grego “smyrna”. A árvore que a produzia crescia na Arábia. Geralmente baixa de casca e madeira aromática, com galhos curtos e espinhosos, suas folhas produziam um fruto semelhante e ameixa. (Dicionário Davis). A Igreja de Esmirna e a Igreja do sofrimento. Representa as igrejas perseguidas mais ou menos no período entre os anos 100 a 316 d.C. Perseguição que durou não menos que 300 anos, passando por diversos imperadores. Perseguir os cristãos parece que era o programa prioritário do governo Romano. A história relata dez perseguições feitas pelo Império Romano aos cristãos que viveram refugiados nas catacumbas de Roma e deixaram registradas nas pedras a história de suas vidas: Nascimento, casamento, morte...  Estas perseguições vão desde o ano 64, com o Imperador Nero, até o ano 312, no século IV, com Diocleciano, o Imperador que exilou João na Ilha de Patmos. Constantino aboliu as perseguições aos cristãos.

Como Igreja local Esmirna era o centro do ministério e foi o lugar do martírio de Policarpo, que foi separado para o episcopado por João.  As perseguições sofridas por Esmirna foram cruéis e sangrentas. Os Imperadores Romanos usaram todas as suas forças na tentativa de exterminar o cristianismo. São vários os exemplos registrados pela história da perseguição desta época. Fogueiras onde eram queimados ainda vivos os cristãos, que mesmo atingidos pelo fogo, cantavam alegremente e glorificavam o nome do Senhor em alta voz. Nas arenas os cristãos eram jogados as feras, servindo de espetáculo ao público romano e de divertimento para o rei. Esmirna pode representar também as Igrejas perseguidas nos países da antiga cortina de ferro, e em qualquer lugar e tempo onde são feitas injustiças aos filhos de Deus.

ELOGIO: 2.9 Conheço a tua tribulação e a tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o são... O Senhor Jesus considera blasfêmia a atitude dos que não possuem coração sincero e vivem no meio da Igreja sem uma conversão genuína, buscando proveito próprio. Chega a compará-los com seguidores de Satanás. Os judeus se aliaram aos pagãos na perseguição desta Igreja.

ADVERTÊNCIA: 2.10... Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da VIDA. Esmirna está preparada para sofrer por amor a Cristo. A profecia sobre “uma tribulação de dez dias”, não se refere ainda a Grande Tribulação do final dos tempos, mas uma perseguição local, abreviada, para as Igrejas de todos os tempos.

PROMESSA: 2.11... O que vencer, de modo algum sofrerá o dado da segunda morte. A uma Igreja vencedora que suportou a perseguição, martírio e a morte, vem à promessa: A coroa da vida e o livramento da segunda morte. Um prêmio à exaltação dos vencedores.

3. A IGREJA DE PÉRGAMO.
2.12 Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada de dois gumes.
Pérgamo significa “união/casamento”. Este é o período em que a Igreja começa a se afastar da doutrina dos apóstolos permitindo a introdução de costumes estranhos ao cristianismo. É o inicio da paganização da igreja. Até aqui o cristianismo foi perseguido por ser considerado um movimento político de oposição ao governo romano, por adorar a Deus e não ao Imperador. Agora, com o Imperador Constantino, convertido (século quarto), vem à liberdade de culto e a nomeação de cristãos para altos cargos do governo. As pessoas tornavam-se cristã simplesmente para pertencer à religião do Imperador ou para se proteger de uma eventual perseguição. A Igreja vai aos poucos recebendo influência dos costumes pagãos, ficando como o mundo. Pérgamo representa as igrejas que, até hoje, permitem e adotam conceitos, ideias e tradições contrários a Palavra. Mais tarde o Imperador Teodósio, no ano 380, declarou o cristianismo religião oficial com aprovação do senado.

ELOGIO. 2.13 Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé... O texto faz menção a um servo fiel, seu nome, Antipas. Esta é a única citação bíblica sobre este servo de Deus, e representa os mártires de todos os tempos. Segundo a tradição, Antipas teria sido bispo em Pérgamo e teria sido colocado dentro de um touro de bronze sobre uma fogueira, até o metal ficar em brasa.

REPROVAÇÃO. 2:14 entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão... Balaão, seduzido por presentes, mostrou ao rei como o povo hebreu poderia ser vencido perdendo o caráter de povo escolhido. Balaão aqui tipifica os falsos profetas e pastores que fazem comércio com a Palavra de Deus. Balaão é citado três vezes no NT e, nessas referências a evolução de uma ideia até a formulação da doutrina finalmente aceita como um modo de vida.
➡ Levados pelo engano (ideia) Jd 11
➡ Seguindo o caminho (doutrina) 2Pe 2.15
➡ Seguem a doutrina (comportamento) Ap 2.14
A apostasia sempre começa com uma ideia, posta em prática, devagar, por alguns que se deixam seduzir. Mais tarde, o pensamento estará estabelecido como doutrina, com seguidores sistemáticos, com a consciência dormente, sem culpa, sem condenação, sem limites.

Os Nicolaítas... O Dicionário da Bíblia Barsa assim define: “Adulteração do ensino apostólico sobre liberdade resultando em licenciosidade”. No significado dos nomes, Balaão e Nicolau são iguais:
Nicolau. Niko – opressor dominador/ Laos – povo.
Balaão. Devorador, consumidor do povo.
Supõe-se que foi o inicio da classe sacerdotal, na Igreja recém-formada, a centralização da liderança, o domínio dos pastores sobre o rebanho. Como Balaão fez com os filhos de Israel, os Nicolaítas fazem no meio da Igreja desde a sua origem até nossos dias. Eles se confundem por defenderem os mesmos pontos.
◾Aliança com o mundo,
◾Comer coisas sacrificadas aos ídolos.
◾Idolatria,
◾Liberdade Sexual,
◾Prostituição,
◾Fornicação/ Adultério

A Bíblia cita um “Nicolau” que foi escolhido como diácono (At 6.5). Alguns o indicam como sendo o líder de tal seita citada no Apocalipse. Segundo dizem, a tradição histórica afirmaria que ele tenha se desviado da pureza do evangelho. Mas não podemos determinar com certeza, ser “nicolaítas” discípulos deste Nicolau, o sétimo diácono (At 6.5). O texto divino escrito por Lucas, afirma que Nicolau, era um homem de “boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria” (At 6.3). O Apóstolo João, o conhecia pessoalmente, e sem dúvida, no dia de sua separação para o diaconato (o texto em si não diz que aqueles sete foram separados para diáconos; mas o grego ali existente favorece o significado do pensamento: diáconos, três vezes, ministros, sete vezes e servos, vinte vezes), pôs suas mãos sobre ele (At 6.2, 6), é esta razão, além de muitas outras, motivo para não infligirmos na conduta deste servo de Deus, aquilo que ele não foi. Se assim o tivesse sido, João teria citado seu nome como fez com os outros inimigos da igreja.

PROMESSA: Ap 2.17 Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe. A história antiga dos gregos e romanos menciona essa pedrinha. Nos tribunais, os juízes tinham pedrinhas brancas e pretas. Se o acusado recebia uma pedrinha preta, estava condenado; se branca, estava perdoado. Nos jogos públicos, os vencedores recebiam pedrinhas brancas com seus nomes gravados nelas. Isto lhes dava direito a auxilio do governo pelo resto da vida. Também pedrinhas brancas eram fornecidas a certas pessoas para livre trânsito em certas regiões, situações e reuniões. Era o passe, a entrada livre, autorizada, nesses casos especiais.

4.  A IGREJA DE TIATIRA.
Ap 2.18 Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes a latão reluzente:
Tiatíra representa a igreja profana que apesar de ser uma igreja caída espiritualmente desfrutava de grande progresso material. É a carta mais extensa e contém graves acusações. Representa a Igreja entre os anos de 600 a 1517 d.C. quando a Reforma Protestante deu seus primeiros passos, até a consolidação. Foi à era do Papado. Neste período quase todos os templos foram transformados em igrejas, onde simplesmente pintavam os nomes dos apóstolos nos antigos ídolos e adornavam o sacerdote com uma cruz. E possível que essa cidade tenha sido evangelizada a partir de Éfeso. João censurou-a por sua demasiada conformidade com as práticas e costumes pagãos daquela época. Tiatira representa a igreja que para conseguir poder político, não mede consequências; faz aliança com o mundo, despreza a palavra de Deus, tolera e aprova costumes contrários ao evangelho.Tiatira não era nenhum centro político ou religioso. Sua importância era comercial. Ficava no caminho por onde viajava o correio imperial. Tiatira era sede de vários grêmios de comércio importantes (lã, couro, linho, bronze, tintureiros, alfaiates, vendedores de púrpura). Uma dessas corporações vendiam vestimentas de púrpura e é provável que Lídia era uma representante dessa corporação em Filipos.

ELOGIO: 2:19 Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança... Jesus se apresenta como aquele que reconhece e elogia as marcas positivas da Igreja.
◾Era Operosa. Havia trabalho, labor e agenda cheia.
◾Marcada por amor. A maior das virtudes. O que faltava em Éfeso havia em Tiatira.
◾Marcada por fé. Tiatira demonstrava confiança em Deus.
◾Perseverança/ paciência. A Igreja passava pelas provas com firmeza.
◾Franco Progresso Espiritual. As últimas obras da Igreja eram mais numerosas, marcas de um remanescente fiel.

REPROVAÇÃO: 2:20 Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel... Jesus reprova a Igreja por ser tolerante com o falso ensino e com a imoralidade. Enquanto Éfeso não podia tolerar os homens maus e os falsos ensinos, Tiatira tolerava uma falsa profetiza chamada Jezabel.

PROMESSA AO VENCEDOR: Ap 2.26,27,28 ...Eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, ...também lhe darei a estrela da manhã. O vencedor é o que guarda até o fim as obras de Jesus. Na sua plenitude, os salvos terão parte não apenas na autoridade de Cristo como governador do mundo, mas também na sua glória.

5. A IGREJA DE SARDES.
AP 3.1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas: Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto.
Sardes significa “os que escapam” ou “remanescente”. Considerada como a Igreja morta, representa a Igreja do período 1517-1750 d.C. “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” O movimento da Reforma Protestante foi mais de obtenção de liberdade política do que religiosa. Sardes estava localizada cerca de 80 km a leste de Esmima. Quando esta carta foi escrita, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória estava no passado e seus habitantes entregavam-se aos encantos de uma vida de luxúria e prazer. A Igreja tornou-se como a cidade, em vez de influenciar, foi influenciada. A Cidade mais antiga estava situada a pouco mais de 300 metros de altitude em uma montanha que estava 8 km ao sul do rio Hermus. Sardes comandava o grande mercado e as estradas militares das ilhas do Egeu até o interior das províncias romanas da Ásia e da Galácia. À medida que a cidade crescia, espalhava-se para o norte. onde podem ser vistas as ruínas das Andes estruturas do período romano, local alcançou uma posição de grandeza como a capital de Lídia que, com seu rei Creso, caiu diante de Ciro da Pérsia em 546 a.C. Destruída por um terremoto em 17 d.C, (durante o governo romano), foi reconstruída por Tibério e era uma cidade desenvolvida quando João dirigiu-se a ela.

ELOGIO: 3:4 Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram as suas vestes... Embora a Igreja estivesse cheia, havia apenas uns poucos que eram crentes verdadeiros e que não haviam se contaminado com o mundo.

REPROVAÇÃO  3:2  ...não tenho achado as tuas obras perfeitas diante do meu Deus. Em Sardes havia crentes em estado terminal. A maioria apenas tinham seus nomes no rol de membros, mas não no Livro da Vida. O mundanismo adoece a Igreja, o pecado mata a vontade de buscar a Deus.

PROMESSA AO VENCEDOR. Ap 3.5 O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida... A maioria dos crentes de Sardes tinha contaminado suas vestiduras, isto é, tornaram-se impuros pelo pecado. Ao vencedor são prometidas vestes brancas símbolo de festa, pureza, felicidade e vitória.

6. A IGREJA DE FILADÉLFIA.
Ap 3.7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre.
Filadélfia significa “amor fraternal” era a mais jovem das sete cidades. Representa a igreja cristã, na sua fase avivada e missionária (3.8). A mensagem de Jesus à Igreja é contextualizada. Jesus conhecia a Igreja e a cidade. Ele fazia uma leitura das Escrituras e também do povo. Sua mensagem era absolutamente pertinente. Em todas as cartas dirigidas as sete igreja da Ásia Menor, o Senhor faz uma pequena apresentação de SI mesmo e depois fala. Na igreja de Filadélfia Ele se apresenta como “O Santo”. O Filho de Deus se identifica assim com a natureza do Pai, que é Santo no sentido tríplice: (Is 6.3). A seguir, vem aquele que é “verdadeiro” (2Cr 15.3; Jó 17.31); Depois, vem o Filho que é “Fiel e Verdadeiro” (19.11). “Ele tem a chave de Davi”, “que abre” (presente) “e ninguém fecha” (futuro) “e fecha” (presente) “e ninguém abre”. Agora verbo presente, ao invés do futuro, para expressar a certeza da irrevogabilidade: “E ninguém abre”. Ninguém mesmo!

...Uma porta aberta”. Literalmente falando, “a porta aberta diante” da igreja de Filadélfia, aponto para sua posição geográfica na rota que ligava Jerusalém a capital do império, Roma. Profeticamente, porém refere-se à era missionária da Igreja, que começou nos fins do século XVIII e que chega até nossos próprios dias. Todos os viajantes vindos de Roma e todos os de Esmirna que se dirigiam ao coração da Ásia Menor Apocalíptica passavam em Filadélfia. A passagem quase obrigatória desses viajantes por Filadélfia representava, para a igreja, uma “porta aberta diante de SI”, para evangelização e testemunho. Por ela, podiam ser alcançados até viajantes de longínquas regiões e cidades.

...Sinagoga de Satanás”. A presente expressão ocorre aqui e em (2.9): nas igrejas de Esmirna e Filadélfia respectivamente. E basta confrontar essas igrejas a luz do contexto e verificar que, são as únicas no Apocalipse que não receberam repreensão do Senhor Jesus.

ELOGIO... tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.”  3:8b A Igreja do final dos tempos terá pouca força diante do crescimento do mal, da situação política, das leis contra a moral e a ética pelos governos materialistas. Para manter-se firme a Igreja tem um caminho a percorrer e uma vitória a alcançar nas batalhas a serem enfrentadas contra o materialismo e as novas teologias de pensamento positivo e de prosperidade. Uma Igreja espiritual conhece o poder de Deus e sabe que Jesus Cristo governa o mundo e é o cabeça da Igreja.

ADVERTÊNCIA “... guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”  3:11 Esta palavra é um estímulo a perseverar até o fim, porque uma Igreja pode deixar de receber a promessa. Uma coroa preparada para alguém, não pode ser roubada, mas, pode ser dada a outros. Mt 25:2429´.

PROMESSA AO VENCEDOR. 3.12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome.

7. A IGREJA DE LAODICÉIA.
Ap 3.14 Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação...
Laodicéia significa “direito do povo”, isto é, direito do povo mandar; direitos humanos. É A Igreja Morna, e representa a igreja dos dias finais desta dispensação. Em Laodicéia a opinião do povo substitui a Palavra de Deus e representa por aqueles que manipulam o evangelho e se distanciam da Bíblia. Sendo Laodicéia a Igreja do final dos tempos, quando muitos perderão a fé, ela dedica-se mais à vida secular do que à busca da santidade do poder e da justiça de Deus. É uma Igreja que tirou Cristo do centro, mas para ela Jesus se apresenta como “Testemunha Fiel e Verdadeira” e como “Amém” significando que “Tudo está consumado”. Nas Igrejas estudadas, foram encontrados problemas éticos, morais e doutrinários. Em Laodicéia, o evangelho é reduzido a uma “religião” como qualquer outra. A doutrina de Balaão e dos Nicolaítas começou em Éfeso, estabeleceu-se em Tiatira e continua existindo em qualquer Igreja que admitir uma convivência pacífica com o erro, sem preocupação com a fidelidade às Escrituras, ou com a santidade e a comunhão com Deus. Toda a oposição ao crescimento da Igreja alcança sucesso em Laodicéia, através de uma liderança contaminada.

Laodicéia era uma cidade tão próspera que recusou um subsídio imperial quando foi destruída por um desastroso terremoto no ano 60 d.C. Seus cidadãos se apressaram a reconstruí-la com seus próprios recursos. A grande riqueza de Laodicéia provinha do comércio e da produção de uma mundialmente famosa lã negra de fina qualidade. O Senhor julgou os membros da Igreja de Laodicéia por sua confiança nas riquezas, e os aconselhou a ungir os olhos com um colírio (espiritual) para que enxergassem melhor (3.17). Esse conselho sem dúvida é uma alusão ao “pó frígio”, um remédio para os olhos que parece ter se originado em Laodicéia, e cujo uso se tomou muito difundido entre os gregos. A cidade era abastecida por fontes de água quente, situadas a certa distância, através de canos feitos com blocos cúbicos de pedra de três pés de largura, ligados e cimentados entre si. Quando a água chegava à cidade já não estava tão aquecida para banhos saudáveis, nem suficientemente fria para ser bebida, e só servia como emético. Para muitos, isso explica a referência feita em Ap 3.16: “Assim, porque és momo e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”.

ADVERTÊNCIA 3:15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Uma Igreja pode manter-se em pé com uma estrutura física, bem montada, bem administrada, com atividades e pessoas ocupadas em grandes trabalhos e, no entanto falta o “coração” da Igreja, a presença do Espírito Santo. Assim, mesmo a um cristianismo morno, Jesus apela até o fim do dia da graça para que Laodicéia volte a Ele. Indicando que o período de Laodicéia é o último do dia da graça, antes que venha a manhã de uma nova era para a Igreja. (3.21) A maior promessa feita por Jesus às igrejas, foi à de Laodicéia. A igreja mais decadente e o crente mais distanciado e frio pode alcançar o mais alto estado espiritual, arrependendo-se e andando com Deus, como no princípio. Na época em João escreveu essa carta, a maior parte da congregação havia se tornado apóstata (3.14-22).

REPROVAÇÃO. 3:17 Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. A Igreja não foi acusada dos pecados de imoralidade ou idolatria e sim de orgulho e ligação com o mundo. A Igreja que não tem Cristo como centro, utiliza o cerimonial, a terminologia, os cânticos, os espetáculos para atrair as pessoas. A Igreja que pensa em vencer por seus próprios esforços, “já recebeu o seu galardão”: é aprovada pelos homens e rejeitada por Deus.

REPREENSÃOAconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo para que te enriqueças; vestidos brancos para que te vistas e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” 3:18 Para ser aprovada por Deus, Laodicéia precisa de ouro puro, e não de qualquer metal com falso brilho. A riqueza espiritual está na comunhão com Deus está na busca dos tesouros eternos. O apego a terra afasta o homem de Deus. Os de Laodicéia estiveram tão perto da verdade e se deixaram contaminar pelo desejo de usar sua própria capacidade na promoção da paz entre os homens. Pelo desconhecimento da Palavra, entraram na operação do erro, no engano de Satanás, confundindo a mentira com a Verdade, repetindo o erro de Adão na desobediência ao Senhor.

Laodicéia foi a Igreja que recebeu a maior repreensão, para ela não há elogios. É a única Igreja chamada de miserável porque suas obras, diante de Deus, são como um vomitório (3:16). Uma disciplina da parte de Deus, objetiva sempre a restauração ao caminho, e é sinal do Seu amor. “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; se pois zeloso e arrepende-te.”  3:19

PROMESSA AO VENCEDOR Ap 3.21 Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono. A promessa em Laodicéia, refere-se a poucas pessoas que serão arrebatadas, por não pactuarem com o erro. Qualquer que seja o estado da Igreja, Cristo sempre pode contar com alguns “que tenham ouvidos para ouvir”. Estes são os que perseveram e serão os vencedores. Progressivamente, Laodicéia e Filadélfia serão separadas: Laodicéia unir-se-á aos grupos, seitas e segmentos sociais, promotores da fraternidade, do ecumenismo e da “paz mundial”; poucos serão arrebatados. Filadélfia permanecerá fiel, participando da comunhão e unidade do Espírito; sofrerá perseguições como a Igreja de Esmirna. Grande parte desta Igreja será arrebatada.


Biografia:
Bloomfield, Arthur –  o futuro glorioso do planeta terra.
Coletânea de Estudos – o apocalipse - Geremias e Nilda Fontes - ibcf@nitnet.com.br.
Da Silva, Severino Pedro – o apocalipse versículo por versículo.
Cohen, Armando Chaves – estudo sobre o apocalipse.
Bíblia Espada de Deus
http://www.nacaosonora.com/estudos 14/4/2011


domingo, 12 de agosto de 2018

PAI, HOJE É SEU DIA

E disse: Um certo homem tinha dois filhos. Lc 15:11

Ser pai é uma benção de Deus. Não temos uma medida exata de capacidade para mensurar o tamanho da felicidade de ser pai. É alguma coisa tão especial que poetas não economizaram palavras para descrever este momento tão intenso que começa em um dia e se estende para todo o sempre.

Ser pai é ser aquela pessoa que sempre procura transmitir confiança, e mesmo não estando pronto, está sempre disposto no sentido de ajudar os seus filhos. O pai é a pessoa que convivemos ou vamos conviver durante a maior parte da nossa existência, é com esta pessoa chamada de pai que compartilhamos os melhores e piores dias da nossa vida. Por isso podemos dizer sem medo de errar que ser pai significa exercer para o resto da vida o mais importante cargo que existe! Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles... Sl 127:3-5

O pai, se é que posso dizer, é um ser diferente, pois ele sabe aprender, as vezes das maneiras mais difíceis, a forma correta de fazer de seus filhos as pessoas mais felizes do mundo. Os pais conversam, reclamam e até brigam, mas em todas as questões são ele que sempre encontram a melhor maneira de ensinar seus filhos, mesmo que as vezes estas melhores maneiras não pareçam aos filhos serem a melhor forma. ...porque que filho há a quem o pai não corrija? Hb 12. 7. Em resumo, ser pai é saber ser mestre o tempo todo, mas ser amigo na hora certa.

Há relatos que o Dia dos Pais surgiu na Babilônia, há uns 4 mil anos atrás, quando um jovem chamado Elmesu fez uma especie de cartão de argila para o seu pai, desejando-lhe sorte, saúde e longa vida. No entanto encontramos registros mais recentes, do ano de 1909 para ser mais exato. Nos Estados Unidos, uma filha, Sonora Louise Smart Dodd (1882-1978) resolveu criar o Dia dos Pais por causa da admiração que sentia pelo seu, William Jackson Smart. Para isso, foi escolhido o dia do seu aniversário dele: 19 de junho. Os americanos e o comércio, é claro, se interessaram muito pela data e não demorou muito para que a celebração se difundisse por todo o estado de Washington e, logo em seguida, se espalhando pelo país inteiro. E em 1972, foi oficializado pelo então Presidente Richard Nixon.

No Brasil. Segundo alguns registros históricos, um publicitário e jornalista brasileiro chamado Sylvio Bhering, em 1953, na tentativa de atrair comerciantes a publicitarem no jornal "O Globo", onde trabalhava, propôs a celebração do primeiro Dia dos Pais. Bhering difundiu a data, que rapidamente se tornou popular. Inicialmente foi escolhido o dia 16 de agosto para comemorar este dia tão importante por ser o dia de São Joaquim, santo que segundo a tradição católica, é o pai da Virgem Maria e, portanto, avô do Senhor Jesus Cristo. Mas para que está data pudesse ser comemorada sempre nos fins de semana, quando supostamente os pais estão de folga e podem aproveitar o dia com os seus filhos, ela foi modificada para ser celebrada anualmente no segundo domingo do mês de agosto.

Mas afinal o que faz desta uma data tão especial? Logicamente porque homenageia uma pessoa para lá de especial, o pai. A Bíblia talvez tenha as melhores respostas para responder as nossas perguntas. Ouça, meu filho, a instrução de seu pai... Eles serão um enfeite para a sua cabeça, um adorno para o seu pescoço. Pv 1:8-9

I. OS PAÍS FORAM ESCOLHIDOS POR DEUS PARA SEREM OS EDUCADORES DOS FILHOS, POR ISSO SÃO ESPECIAIS, POIS SEMPRE CONSEGUEM RESERVAR UM TEMPINHO PARA ESTAR COM ELES E FICAR JUNTINHOS COM A SUA FAMÍLIA. 
Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Dt 6:6-7

Descobrimos nesta vida de pai que aqueles que depositam na escola ou na igreja o dever de  assumir o papel de educadores dos filhos estão profundamente errados. Não é isso que na Bíblia ensina, a escola e a igreja são auxiliadores no desempenho desta tarefa, mas o papel principal de educador cabe a nós os pais, e sabem de mais uma coisa? Está é uma tarefa muito gratificante.

Persistencia, talvez seja a Palavra que nos faz perceber que na função de pai e de educador não existe lugar para desistências. O pai aprende no seu dia a dia que o uso dos meios convencionais e direitos no ensino de seus filhos é a coisa mais gostosa e mais importante de se fazer neste mundo. Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles. Pv 22:6

Segundo os objetivos que temos... Claro, que os objetivos que temos para os nossos filhos são sempre os melhores. Então, diz a Bíblia... Instrua a criança! Como?

Converse com ela... Qual pai não se enche de orgulho quando pode parar um pouquinho de seus afazeres e tirar uma prosinha com seus filhos? Conversar sobre qualquer coisa, sobre doces, brinquedos, escola, desenhos, e por aí vai. Assunto não vai faltar. É será sempre uma grande oportunidade para falarmos com eles de salvação e da Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

...sentado em casa... Nossa casa é o melhor lugar do mundo principalmente quando podemos nos assentar com nossos filhos e brincar com eles. Contar historinha, contar caso, falar da Bíblia, tudo com muito carinho... Dançar, cantar, virar criança de novo...

...andando pelo caminho... Outra sensação extremamente feliz é a de andar na rua, na praça, pela calçada segurando as mãozinha daquela criaturinha tão amada? Levar na escola, na igreja, dar simplesmente um passeio... Andar atoa, sem direção sem destino, mas ter sua companhia sempre juntinhas deles.

...deitar-se... Um pai ganha o dia quando chega de noitinha e consegue um tempinho para se deitar com seus filhos, nem que seja um pouquinho, quem sabe para ver TV, ouvir música ou simplesmente fazê-los dormir...
Mas no fim de tudo, com muito amor e carinho, ainda consegue um tempinho para inculcar nas suas cabecinhas aquelas instruções tão necessárias para o seu crescimento e desenvolvimento. Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor. Ef 6:4

II. OS PAÍS FORAM ESCOLHIDOS POR DEUS PARA SEREM OS CUIDADORES DE SEUS FILHOS, POR ISSO SÃO ESPECIAIS PORQUE APESAR DE TODAS AS LIMITAÇÕES PROCURAM SEMPRE ESTAR PERTO DELES E MANTÊ-LOS SOB SEUS CUIDADOS. 
Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente. 1Tm 5:8

entendemos por cuidado a condição de priorizar coisas que possam produzir aquela sensação de bem estar. Assim, os doentes se cuidam quando tomam corretamente os remédios que lhe foram receitados pelo medico. Exercício fisico, alimentação saudável e o descanso das tarefas diárias são  exemplos de cuidados que não devem ser desprezados. Mas quando falamos de cuidado, por certo, nós lembraremos sempre da figura do pai, que de forma incansável é capaz de descuidar do seu próprio bem estar para garantir o bem estar de seus filhos."Qual pai, do meio de vocês, se o filho pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!"  Lc 11:11-13

Nenhum pai deseja um futuro ruim para seus filhos, pelo contrário, os pais querem sempre que os filhos sejam vencedores em tudo. Agem as vezes como verdadeiros super heróis procurando sempre viver uma vida correta e honesta para que possam servir de exemplo a seus filhos. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Fp 4:8

Um filho, com toda certeza vai honrar seu pai ainda mais se seu pai for digno dessa honra. Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. "Honra teu pai e tua mãe" este é o primeiro mandamento com promessa - "para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra". Ef 6:1-3

Não estamos falando de ser ricos, nem de fazer todas as vontades dos filhos, mas estamos falando de viver de tal forma que com sua vida possa moldar o caráter de seus filhos. pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens. 2Co 8.21

O zelo do bem nos coloca em condição de bons cuidadores, e quando porventura nossos filhos trilham por caminhos diferentes, estamos em condições de lhes chamar a disciplina. Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo. Pv 13:24

III. OS PAÍS FORAM ESCOLHIDOS POR DEUS PARA SEREM  OS PROTETORES DOS FILHOS, POR ISSO SÃO ESPECIAIS PORQUE NÃO SE IMPORTANDO COM O TEMPO ESTÃO SEMPRE DISPOSTOS OS PROTEGER.
Ouça o seu pai, que o gerou; não despreze sua mãe quando ela envelhecer. Compre a verdade e não abra mão dela, nem tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento. Pv 23:22-23

O tempo passa e passa muito depressa. Devemos aproveitar ao máximo o tempo que podemos ter com os nossos filhos, pois eles crescem e consequentemente o tempo que não foi aproveitado nunca teremos como recuperar. Eles logo se tornam adultos (como as minhas) e quando persebemos estamos ficando velhos, nosso tempo está acabando! A verdade é que mesmo depois de tanto tempo passado continuamos sendo pai e também como consequência disso queremos continuar participantes do mundo dos nosso filhos. Somos os protetores deles, porém nossa participação agora é muito limitada. Eles tem a vida deles, e vivem e vida deles, mas nós continuaremos mesmos assim sendo o papai deles e por isso, mesmo que eles não queiram, seremos sempre os seus protetores e seus super herois... Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos, e os pais são o orgulho dos seus filhos. Pv 17:6

CONTRATO ENTRE PAI E FILHOS. 
Texto de Marcos Piangers

O presente contrato visa acordo entre as seguintes partes: o pequeno ser que veio ao mundo chorando e que foi cuidado carinhosamente desde o nascimento até a presente data, doravante denominado FILHO (A); e aquele que dedicou sua vida a cuidar e amar os seus descendentes, doravante denominado PAI.

Fica através deste acordado que todo filho tem o direito de admirar seu pai e brilhar os olhos quando este chega do trabalho. É direito do filho exigir abraços longos e apertados; dormir em cima da barriga do pai nos finais de semana; abrir todos os seus sentimentos quando estiverem presos no engarrafamento; pedir para comprar todos os produtos que apareçam no seu campo de visão quando estiverem no shopping. Ao pai, fica assegurado o direito de dizer que está sem dinheiro.

É direito constituído ao filho reclamar, chorar por qualquer coisa, dizer que ninguém o entende e passar por uma fase difícil durante a adolescência. Fica assegurado ao pai o direito de colocar o filho de castigo e tirar dele o celular, mesmo sabendo que tais atitudes acentuarão os efeitos descritos na abertura deste parágrafo. Ao filho, cabe se arrepender depois de velho e declarar, mesmo que de maneira informal, “agora eu entendo meu pai”.

Fica assegurado o direito de todo pai passear com seu filho de mão dada. Todo pai tem o direito de dizer “eu te amo” em qualquer hora, local e situação. Todo pai tem direito a fazer cócegas na barriga da filha. Todo pai tem o direito de chorar nas apresentações escolares. Todo pai tem o direito de ser maquiado pela filha em um sábado à tarde. Todo pai tem o direito de imitar o lobo mau em restaurantes e correr atrás das crianças. Parágrafo único: objetos quebrados durante as brincadeiras deverão ser repostos.

Fica acordado que pai e filho nunca se separarão. Nunca brigarão pra sempre. Nunca dirão adeus. Nunca morrerão. Mediante viabilidade científica, fica garantida vida eterna, próspera e saudável para pais e filhos. Que se amem pra sempre e sejam felizes.

E por estarem assim justos e acordados, assinam em pensamento o presente contrato.

FELIZ DIA DOS PAIS.

A ÚLTIMA SEMANA DE DANIEL

  Texto Básico: Dn 9.26,27 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir...