quinta-feira, 26 de abril de 2012

POSSUINDO A NATUREZA DE DEUS


Sim, embora seja impossível conhecê-lo perfeitamente, peço que vocês venham a conhecê-lo, para que assim Deus encha completamente o ser de vocês com a sua natureza. (Ef 3:19)

Introdução: Natureza é o mesmo que temperamento, é o caráter íntimo de uma pessoa ou coisa. Falar da natureza humana é na verdade falar das qualidades, propriedades, atributos ou condições que distingue as pessoas umas das outras determinando-lhes a natureza. Para uma melhor compreensão do que estamos dizendo podemos observar o texto bíblico de Colosensses 3.10 Essa natureza é a nova pessoa que Deus, o seu criador, está sempre renovando para que VOCÊ se torne parecido com ELE...” Assim, podemos afirmar que a natureza da pessoa são as qualidades que as tornam diferentes umas das outras. Quando dizemos que alguém tem a natureza idêntica a de outra pessoa, é porque por alguma razão, identificamos algumas características semelhantes em ambas. Isto é muito fácil de acontecer. Possuir a natureza de Deus é ter as qualidades que são próprias do Ser Deus. É ser “parecido” com Ele. Isto não parece ser uma coisa fácil de fazer. Não estamos falando de forma física, mais nas qualidades essências do ser. Assim, se Deus é amor, quando demonstramos amor, estamos demonstrando uma qualidade que mesmo sendo essencialmente divina, pode muito bem ser vista no ser humano. Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus, que é parecida com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, a qual é correta e dedicada a ele. (Ef 4:24). Desta forma seremos capazes de distinguir o tipo de pessoa que somos pela observação da natureza que possuímos. Pessoas boas, evidentemente, são aquelas pessoas portadoras de natureza boa, suas características são por excelência as da pratica das coisas boas. Pessoas más, por outro lado, são portadoras de natureza má. Sempre estão em busca de praticar maldades. Pessoas más, podem se tornar pessoas boas e pessoas boas podem melhorar ainda mais a sua natureza humana, ou até mesmo se deteriorar tornando-se por alguma razão em pessoas malvadas. Vai fazer enorme diferença em nossa natureza se ela foi moldada em Deus ou simplesmente aprendida com o mundo. Somente entenderemos estas diferenças se conseguirmos entender o processo de Deus na salvação do homem e conseqüentemente a mudança interior que é fruto de uma operação sobrenatural do Espírito Santo em nossa natureza humana e pecaminosa.

              I.        POSSUIR  A NATUREZA DE DEUS É RECEBER OS MÉRITOS DE UMA MORTE FISICA DIVINA PARA VIVER UMA MORTE ESPIRITUAL HUMANA.
Pois sabemos que a nossa velha natureza pecadora já foi morta com Cristo na cruz a fim de que o nosso eu pecador fosse morto, e assim não sejamos mais escravos do pecado.(Rm 6:6 )
Para que a nossa velha natureza humana se tornasse uma com Deus, foi primeiro necessário que o Filho de Deus entregasse a Sua vida em favor da humanidade. O pecado original manchou a natureza humana, e o homem se tornou em essência, pecador. “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram.” (Rm 5:12). Como poderemos entender isto? Paulo esclarece em Filipenses 2.5-9, que Jesus, que é Deus, e que possui natureza divina, abriu mão de tudo que era seu e assumiu uma natureza humana de servo ficando parecido com nós os seres humanos e vivendo uma vida comum e humilde. Nessa condição de servo Jesus entregou a Sua vida na cruz a fim de que nós, os seres humanos, pudéssemos adquirir através dele, uma natureza parecida com a dele “É verdade que, por causa de um só homem e por meio do seu pecado, a morte começou a dominar a raça humana. Mas o resultado do que foi feito por um só homem, Jesus Cristo, é muito maior! E todos aqueles que Deus aceita e que recebem como presente a sua imensa graça reinarão na nova vida, por meio de Cristo.” (Rm 5:17). Em suma, somos o resultado da  morte de um justo que sem merecimento algum, entregou a sua vida para que nós os seres humanos injustos, também sem termos feito absolutamente nada por merecer, pudéssemos, pelo mérito de Sua morte, viver uma novidade de vida. “Pois em Cristo, como ser humano, está presente toda a natureza de Deus,  e, por estarem unidos com Cristo, vocês também têm essa natureza. Ele domina todos os poderes e autoridades espirituais.” (Cl 2:9-10). Por causa disso, as qualidades da natureza divina de Cristo, e os méritos de sua morte na cruz fazem com que nós, mesmo carnais, sejamos transformados uma vez que por decisão própria, recebemos o Senhor Jesus como Salvador pessoal. “Desse modo ele nos tem dado os maravilhosos e preciosos dons que prometeu. Ele fez isso para que, por meio desses dons, nós escapássemos da imoralidade que os maus desejos trouxeram a este mundo e pudéssemos tomar parte na sua natureza divina.” (2Pe 1:4). Pertencer a Cristo é o fato determinante para esta mudança de natureza. Nada acontecerá se não houver por parte do ser humano, uma decisão em permitir que Cristo torne-se o Senhor da sua vida. “Pois, pela morte de Cristo na cruz, nós somos libertados, isto é, os nossos pecados são perdoados. Como é maravilhosa a graça de Deus,” (Ef 1:7).

              II.        POSSUIR A NATUREZA DE DEUS É VIVER DE MANEIRA TAL A NÃO PERMITIR UMA INVASÃO DA ANTIGA NATUREZA HUMANA.
“As pessoas que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a natureza humana delas, junto com todas as paixões e desejos dessa natureza.” (Gl 5:24)
Antes de recebermos a Cristo, tínhamos uma vida completamente indiferente para com as coisas de Deus. Vivíamos de acordo com a nossa própria vontade e não tínhamos nenhuma inclinação para as coisas espirituais. É no momento em que recebemos os méritos do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário que passamos a experimentar uma mudança radical em nossa natureza humana e pecaminosa. De fato, todos nós éramos como eles e vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam. Assim, porque somos seres humanos como os outros...” (Ef 2:3). Estávamos destinados a sofrer o castigo de Deus por conta do salário pelo pecado que sempre será a morte (Rm 6.23). Uma vez que nosso estado era de pecado, logicamente, não havia esperança alguma para nós. “Porque, se vocês viverem de acordo com a natureza humana, vocês morrerão espiritualmente; mas, se pelo Espírito de Deus vocês matarem as suas ações pecaminosas, vocês viverão espiritualmente.” (Rm 8:13). No entanto, tendo recebido Jesus como Senhor e Salvador pessoal, tudo muda, agora já não existe condenação alguma sobre nossas vidas (Rm 8.1), todo o preço e toda a paga pelos nossos pecados foram acertados de fato na cruz por Cristo. “Antigamente vocês estavam espiritualmente mortos por causa dos seus pecados e porque eram não-judeus e não tinham a lei. Mas agora Deus os ressuscitou junto com Cristo. Deus perdoou todos os nossos pecados  e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz.” (Cl 2:13-14). Não é exatamente por algo que nós fizemos, mais é por aquilo que cristo fez por nós na cruz, e uma vez que agora somo salvos por Ele, temos que andar em novidade de vida. Andar unidos ao Senhor, ser como Ele é, ter a sua natureza. “Portanto, já que vocês aceitaram Cristo Jesus como Senhor, vivam unidos com ele.” (Cl 2:6). Permitir uma completa mudança de mente e de coração e ser transformados por Deus, é a parte que nos cabe como filhos. Deus o nosso Pai, fez tudo o que era preciso para que a nossa salvação estivesse garantida, agora a nossa parte neste trato é o de procurar viver o melhor de Deus, procurando sempre agradá-lo com nossas ações e atitudes. “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Rm 12:2). A nossa velha natureza, foi morta e sepultada em Cristo, na cruz do Calvário. Somos novas criaturas e temos o dever de não permitir que a velha natureza se reflita novamente sobre nós. “Portanto, meus irmãos, nós temos uma obrigação, que é a de não vivermos de acordo com a nossa natureza humana.” (Rm 8:12). Como bem disse Paulo em 2 Corítios 5.17, as coisas velhas, isto é, tudo aquilo que fazia parte de nossa antiga natureza pecaminosa, se passaram, agora, chegou o novo!

                                      III.        POSSUIR A NATUREZA DE DEUS SIGNIFICA SER UM COM ELE.
A natureza divina que tu me deste eu reparti com eles a fim de que possam ser um, assim como tu e eu somos um.
(Jo 17:22)
Novas atitudes, novos comportamentos e novo modo de ser, são algumas das características que uma vez moldadas em Cristo, farão enorme diferença para com o mundo. Ser discípulo de Cristo, é aprender com Ele. Possuir a natureza de Cristo, é viver como Ele. “E a natureza gloriosa do meu Pai se revela quando vocês produzem muitos frutos e assim mostram que são meus discípulos.” (Jo 15:8). Isto quer dizer que ao recebermos as virtudes da natureza de Cristo, recebemos dele “Qualidades”. Estas qualidades de Cristo em nós, sempre moldarão a nossa vida para o melhor. “Mas tenham as qualidades que o Senhor Jesus Cristo tem e não procurem satisfazer os maus desejos da natureza humana de vocês.” (Rm 13:14). O diferencial na vida daquele recebe Jesus como Senhor, são exatamente estas qualidades. Manter estas qualidades é a tarefa que nos cabe como crentes. Algumas práticas precisam ser abandonadas e nem sempre é fácil abandoná-las. Parecer com Cristo exige mudanças e esforços principalmente em relação a comportamentos. Práticas sexuais que são contrárias a moral, impurezas. (Aquilo que, misturado a uma substância, a polui ou adultera), ações contrárias a decência, são apenas alguns exemplos de práticas que o salvo deve abandonar por amor ao Senhor. “As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes,” (Gl 5:19). Abandonar a velha natureza, está será a máxima que de forma alguma e em momento algum pode ou deve ser negligenciada pelo salvo. O salvo deve ser sempre alguém que entendeu o seu chamado e que aprendeu que viver em novidade de vida é tudo o que ele precisa para ser parecido com o Mestre. “Portanto, abandonem a velha natureza de vocês, que fazia com que vocês vivessem uma vida de pecados e que estava sendo destruída pelos seus desejos enganosos.” (Ef 4:22). Quanto mais conhecemos o Senhor Jesus, mais desejamos nos tornar parecidos com Ele. Quanto mais nos parecermos com o Senhor Jesus mais a nossa velha natureza vai sendo sacrificada e morta. “Não mintam uns para os outros, pois vocês já deixaram de lado a natureza velha com os seus costumes  e se vestiram com uma nova natureza. Essa natureza é a nova pessoa que Deus, o seu criador, está sempre renovando para que ela se torne parecida com ele, a fim de fazer com que vocês o conheçam completamente.” (Cl 3:9-10)

CONCLUSÃO:
Como receber a natureza de Deus? Recebendo os méritos da morte de Cristo na cruz, nossa natureza humana é sacrificada juntamente com Ele, passamos a viver uma nova natureza em Deus. Vivendo neste mundo de maneira a não permitir que nossa velha natureza humana pecaminosa assuma novamente as o controle de nosso atos, e conseqüentemente deixemos de viver em novidade de vida ao lado de nosso Senhor Jesus Cristo. Possuir a natureza de Deus significa acima de qualquer coisa, realmente ser um com Ele, de forma tal a que todos os nossos atos e todas as nossas atitudes sejam moldadas na vida dele, e que como o Apostolo Paulo, possamos dizer: Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim. (Gl 2:20)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

QUANDO ESTOU PRONTO A ME ENCONTRAR COM A MORTE?


Texto: Por esse tempo, o rei Ezequias ficou doente e quase morreu. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e disse: O SENHOR Deus diz assim: Ponha as suas coisas em ordem porque você não vai sarar. Apronte-se para morrer.  (Is 38:1 NTLH)

Introdução: Não gostamos de falar de morte. É o tipo de assunto que na maioria das vezes achamos melhor evitá-lo, pois quando falamos de morte é muito provável que tenhamos algumas lembranças dolorosas pelo fato de que possivelmente já perdemos algum ente querido levado pela mesma. No entanto, a Bíblia em muitas ocasiões se refere a morte física, nem sempre pelo termo “morte” mais em algumas vezes os escritores usaram alguns termos um pouco mais poético para descrever esta separação física e dolorosa, talvez até mesmo com intuito de amenizar a dor causada pelo impacto da notícia.

  • ·         Dormir com seus pais – Dt 31.16
  • ·         Descansar com seus pais – 1Rs 11.21
  • ·         Fugir como a sombra – Jó 14.2
  • ·         Voltar ao pó – Sl 104.19
  • ·         Desfazer-se a nossa casa terrestre – 2Co 5.1
  • ·         Deixar o meu tabernáculo – 2Pe 1.14
A verdade é que a Bíblia declara que não temos como fugir da morte, todos nós teremos que nos deparar com ela um dia. “Quem pode continuar vivo e nunca morrer? Quem pode escapar da sepultura?” (Sl 89:48).Não existe a menor possibilidade de fugir da morte, ela vem para toda e qualquer pessoa. “Todo mundo vê que até os sábios morrem, e morrem também os tolos e os ignorantes. E todos deixam as suas riquezas para os outros.” (Salmos 49:10). Jó, de forma muito poética declara que a nossa vida é passageira, ele nos compara a flor que de forma natural, nasce e logo desaparece.“O ser humano é como a flor que se abre e logo murcha; como uma sombra ele passa e desaparece.” (Jó 14:2). Assim, enquanto existir vida, também existirá a morte, pois uma é consequência da outra.  Como diz o ditado, “Só morre quem está vivo”: “assim, enquanto o céu existir, todos vamos morrer. Vamos dormir o sono da morte, para nunca mais levantar.” (Jó 14:12). As causas que implicam em morte acontecem em grande escala e por muitas causas circunstanciais, a cada dia somos expostos a estas causas e por isso mesmo estamos sempre correndo o risco de, vivendo em mundo mau, sermos atingidos por sua maldade e consequentemente termos as nossa vida ceifada. “Estive cercado de perigos de morte, e ondas da destruição rolaram sobre mim.  A morte me amarrou com as suas cordas, e a sepultura armou a sua armadilha para me pegar.” (2Sm 22:5-6). Dentre as muitas causas que tem levado muitos a perderem a sua vida podemos citar, pela Bíblia:

  • ·         Enfermidades. “A morte pode vir de repente, no meio da noite. A pessoa tem um ataque e morre...” (Jó 34:20)
  • ·         Violência. “Não se pode confiar no que eles dizem, pois só pensam em destruir. A sua conversa é uma bajulação macia, mas está cheia de engano e morte.” (Sl 5:9)
  • ·         Perigos. “Estive cercado de perigos de morte, e ondas de destruição rolaram sobre mim.” (Salmos 18:4)
  • ·         Alimentos deteriorados. “ficaram com enjôo diante da comida e chegaram bem perto da morte.” (Sl 107:18)
  • ·         Envolvimentos perigosos. “As palavras dos bons fazem bem a muita gente, mas a falta de juízo leva à morte.” (Pv 10:21)
  • ·         Escolhas erradas. “Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte.” (Pv 14:12 ); “Quem se afasta do bom senso está caminhando para a morte.” (Pv 21:16)
  • ·         Envolvimentos em discussões e brigas. “As pessoas revoltadas estão sempre criando problemas; por isso a morte virá para elas como um mensageiro cruel.” (Pv 17:11)
Isto apenas para citar algumas. A nossa alma está redimida, e consequentemente estamos salvos da condenação eterna, mais o nosso corpo ainda não foi redimido e por isto estamos sujeitos a adoecer e a morrer como qualquer outra pessoa, temos um corpo ainda corruptível, isto um corpo que se corrompe e morre. Todo este argumento pode nos levar a ter a mesma indagação do salmista: “Ó SENHOR Deus, quanto tempo ainda vou viver? Mostra-me como é passageira a minha vida. Quando é que vou morrer?” (Sl 39:4). Não sabemos exatamente como dar resposta para esta pergunta, mais se não tenho resposta, para a morte, preciso ao menos ter resposta para a vida e para a indagação do poeta eclesiástico: “ De fato, como é que podemos saber o que é melhor para nós nesta vida de ilusões, vida que passa como uma sombra? Como podemos saber o que vai acontecer na terra depois da nossa morte?” (Ec 6:12). Talvez possa parecer muito difícil para nós conjecturar sobre a morte, mais encontramos resposta para a vida na oração angustiada do rei Ezequias, que após receber sua sentença de morte da boca do profeta Isaias, vira o seu rosto para a parede, e dentro de seu quarto, a sós com o Seu Deus, abre o seu coração e diz: “Ó SENHOR, lembra que eu tenho te servido com fidelidade e com todo o coração e sempre fiz aquilo que querias que eu fizesse. E chorou amargamente.” (Is 38:3)

I. EU ESTOU PRONTO PARA ME ENCONTRAR COM A  MORTE QUANDO TIVER PLENA CONVICÇÃO DE QUE EM MINHA VIDA EU SERVI AO MEU SENHOR COM FIDELIDADE.
“Trabalhem com entusiasmo e não sejam preguiçosos. Sirvam o Senhor com o coração cheio de fervor.” (Rm 12:11)
Servir significa viver ou trabalhar como servo. O servo é aquela pessoa que não tem a livre disposição de sua personalidade ou bens. Ser servo é ser serviçal, e o mesmo que ser escravo. “Vivam como pessoas livres. Não usem a liberdade para encobrir o mal, mas vivam como escravos de Deus.” (1 Pedro 2:16 NTLH). Temos que viver nossa vida entregando a Deus o melhor dela, isto é nossa vontade e nossos bens. É o entendimento de que nada do que temos ou somos é exatamente nosso. Somos apenas “mordomos” ou administradores de Deus, e todas as nossas posses vem de Deus. A nossa casa, o nosso carro, o nosso emprego, o nosso talento, tudo vem de Deus. Assim, se tudo o que tenho vem de Deus, logicamente a minha vida também flui Dele, é Ele o doador da vida e consequentemente eu devo viver na minha vida a vida de Deus. Se tenho esta convicção, logo tenho também a convicção de que a minha vida deve ser uma vida de trabalho em agradecimento por tudo aquilo que sem merecer de Deus eu tenho recebido. Mesmo sendo escravos, não somos tratados como escravos, mais com entendimento de que no reino de Deus, é Ele que é o Soberano Senhor, e nós somos seus súditos sempre prontos a servi-lo com fidelidade. O nosso serviço será um serviço:

  • ·         Com disposição e sem interesse: “Mas, se vocês não querem ser servos do SENHOR, decidam hoje a quem vão servir. Resolvam se vão servir os deuses que os seus antepassados adoravam na terra da Mesopotâmia ou os deuses dos amorreus, na terra de quem vocês estão morando agora. Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o SENHOR.” (Js 24:15)
  • ·     Com liberdade: “Porém agora estamos livres da lei porque já morremos para aquilo que nos mantinha prisioneiros. Por isso somos livres para servir a Deus não da maneira antiga, obedecendo à lei escrita, mas da maneira nova, obedecendo ao Espírito de Deus.” (Rm 7:6 )
  • ·         Com dedicação: “Eu recomendo a vocês a nossa irmã Febe, que é diaconisa da igreja de Cencréia.  Recebam essa irmã em nome do Senhor, como deve fazer o povo de Deus. Dêem a ela toda a ajuda que precisar, pois ela tem ajudado muita gente e a mim também.” (Rm 16:1-2)
O Apóstolo Paulo cita no final de sua epístola aos Romanos alguns servos que demonstraram por seu serviço extrema dedicação e fidelidade a Deus:

  • ·         Febe: hb. Puro, brilhante. Assim tem que ser o nosso serviço a Deus, um serviço isento de intenções escusas mais que possa transparecer e refletir em sua essência a Glória do Senhor “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (1Co 10:31
  • ·       Áquila e Priscila: hb. Águia Velha. No serviço a Deus precisamos voar cada vez mais alto. Tal como uma águia, precisamos alcançar o topo, e o topo será sempre o resultado de nossa fidelidade a Deus. Enquanto dispostos e fiéis, não mediremos esforços no trabalho a Deus. “Por meio de Cristo, Deus me deu a honra de ser apóstolo no serviço de Cristo para levar pessoas de todas as nações a crerem em Cristo e a serem obedientes a ele.” (Rm 1:5)
  • ·      Epenêto: hb. Digno de Louvor. É o entendimento de que nada do que fizermos, por melhor que fizermos, deverá se converter em louvor a nós mesmos. Somo serviçais e o nosso trabalho deverá sempre reverter toda glória ao Senhor. “Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus a ele sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém!” (1Tm 1:17)
  • ·    Andrônico: hb. Conquistador de homens. O fiel busca cada vez mais tornar o reino de Deus conhecido ao maior número de pessoas possível. Ele é um verdadeiro conquistador de súditos para o reino. Ele não possui nenhum interesse em conquistar glórias para si mesmo. “Pois é meu dever pregar a todos, tanto aos civilizados como aos não-civilizados, tanto aos instruídos como aos sem instrução.” (Rm 1:14)
  • ·         Urbano: hb. Polido. O servo fiel será alguém que procura de muitas maneiras apresentar o Reino de Deus da maneira mais simples e educada, ele não pensa em “convencer” ninguém com suas palavras, pelo contrário, ele conta com a ajuda do Espírito santo e desta forma busca um conhecimento básico a respeito da salvação e das doutrinas fundamentais da fé cristã. Sendo atencioso e cortês transmite a seus ouvintes com confiança a Palavra de Deus, não perdendo tempo com coisas sem importância e que nada acrescentam. “Diga a essa gente que deixe de lado as lendas e as longas listas de nomes de antepassados, pois essas coisas só produzem discussões. Elas não têm nada a ver com o plano de Deus, que é conhecido somente por meio da fé.” (1Tm 1:4)
O resultado deste entendimento pode ser visto claramente nas palavras de Paulo, que em respeito a “fidelidade” trata-a não como um opção, mais como uma exigência fundamental ao servo do Senhor “Vocês nos devem tratar como servidores de Cristo, que foram encarregados de administrar a realização dos planos secretos de Deus.  O que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor.” (1Co 4:1-2)

II. ESTAREI PRONTO A ME ENCONTRAR COM A MORTE QUANDO TIVER PLENA CONVICÇÃO DE QUE EM MINHA VIDA TENHO FEITO A VONTADE DE DEUS COM TODO O MEU CORAÇÃO.
“Eu sirvo a Deus com todo o meu coração, anunciando a boa notícia a respeito do seu Filho; Deus é testemunha de que digo a verdade. Ele sabe que eu sempre lembro de vocês” (Rm 1:9)

A nossa vida não tem nenhum valor se não servirmos aos desígnios de Deus. “Eu tenho prazer em fazer a tua vontade, ó meu Deus! Guardo a tua lei no meu coração.”” (Sl 40:8).Toda a nossa vontade precisa ser colocada a disposição de Deus. O coração, que é a sede de nosso sentimento moral deve ser local de habitação de Cristo, de onde toda a nossa vontade passe pelo crivo daquele que é o doador de todo bem e toda bondade. A nossa consciência estando aberta para Cristo somos capazes compreender a sua vontade e consequentemente fazer da vontade do Senhor Jesus a nossa vontade.“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Rm 12:2). Fazer a vontade de Deus implica em fazer aquilo que agrada a Ele. Não se trata de uma troca, mais o fato é que quando fazemos de coração a vontade de Deus, Ele se torna favorável e garantia de resposta a cada uma de nossa oração. “Recebemos dele tudo o que pedimos porque obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que agrada a ele.” (1Jo 3:22). Fazer a vontade de Deus, é uma entrega, é abrir mão do que eu quero ou  gosto para permitir que Deus escolha por mim. É ter o coração contrito, quebrantado. É uma oferta onde o coração é o objeto deste sacrifício e onde Deus se encarrega de curar todas as possíveis deformações deste coração que por muito tempo esteve a mercê de um mundo mal e entregue a vontade do diabo. “Naquele tempo vocês seguiam o mau caminho deste mundo e faziam a vontade daquele que governa os poderes espirituais do espaço, o espírito que agora controla os que desobedecem a Deus.  De fato, todos nós éramos como eles e vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam. Assim, porque somos seres humanos como os outros, nós também estávamos destinados a sofrer o castigo de Deus.  Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto,  que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus vocês são salvos.  Por estarmos unidos com Cristo Jesus, Deus nos ressuscitou com ele para reinarmos com ele no mundo celestial.” (Ef 2:2-6). Deus na sua vontade trata de todas as nossas feridas para que possa viver a Sua vontade. “Ele cura os que têm o coração partido e trata dos seus ferimentos.” (Sl 147:3). Uma vez curados por Deus passamos a viver no desejo de fazer constantemente a sua vontade.
·         Tu és o meu Deus; ensina-me a fazer a tua vontade. Que o teu Espírito seja bom para mim e me guie por um caminho seguro! Sl 143:10
·         A minha comida disse Jesus, é fazer a vontade daquele que me enviou e terminar o trabalho que ele me deu para fazer. Jo 4:34


III. ESTAREI PRONTO A ME ENCONTRAR COM A MORTE QUANDO TIVER PLENA CONVICÇÃO DE QUE FIZ DA  MINHA VIDA UMA ALTAR DE LOUVOR E AGRADECIMENTO AO MEU DEUS.
“A vida inteira eu louvarei o meu Deus, cantarei louvores a ele enquanto eu viver.” (Sl 146:2)

Enquanto não fizer de minha vida um canal de adoração ao Senhor, não estarei pronto para partir desta vida. Na eternidade eu serei a extensão do que tenho sido aqui na terra. Se posso passar a minha vida inteira o adorando não vejo nada melhor do que fazer exatamente isto. O problema é que já perdi bastante tempo fazendo outras coisas que de nenhuma forma se traduz em adoração ao Senhor e como não tenho certeza de quanto tempo ainda me resta, preciso fazer deste meu tempo um tempo de exaltação ao meu Senhor. Daqui pra frente a minha disposição terá a de ser um adorador em tempo integral. “Por isso, não ficarei calado, mas cantarei louvores a ti. Ó SENHOR, tu és o meu Deus; eu te darei graças para sempre.” (Sl 30:12). A vida inteira, é o que me resta e eu preciso aproveitar cada segundo desta vida. Eu sempre darei graças a Deus, o SENHOR; o seu louvor estará nos meus lábios o dia inteiro.” (Sl 34:1)

CONCLUSÃO: “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece.” (Tg 4:14). Podemos até não termos muita certeza sobre o que faremos amanhã mais podemos fazer do nosso hoje o prenuncio de um amanhã vitorioso, e mesmo que tenhamos que enfrentar a morte, enfrentaremos sem medo pois na nossa vida aprendemos a servir aquele que é Senhor tanto da vida como da morte. Ó SENHOR Deus, eu te louvarei com todo o coração e contarei todas as coisas maravilhosas que tens feito.  Por causa de ti eu me alegrarei e ficarei feliz. Cantarei louvores a ti, ó Deus Altíssimo.” (Sl 9:1-2)

AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL SEGUNDA PARTE

  Texto Básico: Dn 9.25,26,27 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, s...