quarta-feira, 28 de agosto de 2019

EXPRESSANDO A COMUNHÃO NA VIDA DA IGREJA

 JOVENS E ADULTOS - Lição 12

Leitura em Classe: 1Co 12.12-27
12 Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. 13 Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. 14 O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. 15 Se o pé disser: "Porque não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. 16 E se o ouvido disser: "Porque não sou olho, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. 17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18 De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. 19 Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 Assim, há muitos membros, mas um só corpo. 21 O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você!" Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês!" 22 Ao contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, 23 e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial, 24 enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, 25 a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. 26 Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. 27 Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.

Introdução: Em sua segunda epístola dirigida a igreja de Corinto, o apóstolo Paulo, de uma maneira bem simples mas harmoniosa formula uma bela comparação entre a igreja e o corpo. No uso desta figura de linguagem, Paulo consegue traduzir de forma gloriosa a verdade no que diz respeito a realidade social da vida comum da igreja. O apóstolo consegue descrever com profundidade os aspectos funcionais do corpo quando fala da diversidade de funcionamento entre seus muitos membros. Fazendo isso, ele consegue trazer profundas implicações em relação a natureza, vida e missão da igreja aqui na terra. Tal comparação desta forma elaborada implica no funcionamento atmosférico de unidade onde cada membro do corpo é uma extensão do outro, cooperando e trabalhando para que aconteça o bem estar do conjunto. Nesta diversidade de cooperação e dependência mútua a igreja se identifica na união social e espiritual promovendo a comunhão o desenvolvimento e a harmonia entre todos os membros do corpo por ela representada. V. 14 O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos.

I. MEMBROS UM DOS OUTROS.
Rm 12.12 Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.
Neste corpo espiritual chamado de igreja de Cristo, a procedência eugénica, econômica ou social de seus membros não faz a menor diferença. Todos, independente de nacionalidade ou cultura são igualmente objetos do amor de Deus e comparecem diante Dele, na mesma condição. A simples compreensão desta verdade, por si só é capaz de promover toda a constituição no processo de união e comunhão entre os membros do Corpo de Cristo, mas infelizmente não parece ser isto o que vemos sendo projetado ao longo da história da igreja. Nosso comportamento como igreja local ou denominacional traduz uma realidade completamente antagônica em relação a unidade projetada por Deus e que foi descrita pelo apóstolo Paulo na sua segunda epístola aos Coríntios. A razão disto está no fato de que em lugar de procurarmos celebrar as coisas que nos une nas nossas semelhanças, temos nos ocupado em coisas que nos faz se sentir diferentes uns dos outros, e com isso, nossa aparência funcional acaba ficando extremamente comprometida e somos vistos pelo mundo como um corpo desconexo e completamente ineficaz, diferente de tudo o que foi descrito na linguagem figurada do corpo apresentada pelo apóstolo Paulo. Rm 12.14 O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. O que Paulo está tentando nos fazer entender é que o corpo deixa de ser funcional se não houver cooperação de forma harmônica entre seus membros. Cada parte tem uma função diferente no corpo mas a essência que lhes da sentido é uma só, o de pertencerem todos a um mesmo corpo. Embora haja diversidade de membros, o corpo é um só, assim deve ser a igreja segundo a narrativa descrita por Paulo. 1Co 12.4-6

II. PARTE UM DOS OUTROS.
1Co 12.26,27 Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.
Seguindo a didática apresentada pelo apóstolo Paulo presente em todo o contexto do capítulo 12,  ainda podemos perceber uma lei de compensação onde a falta de qualquer um dos membros do corpo, é de alguma forma, compensada por uma atribuição de valor ou por um critério de funcionalidade do mesmo, isto porque, segundo tal descrição as partes do corpo não possuem vida própria, e o corpo deixa de ser funcional se por alguma razão alguma destas partes se separarem. Cada parte tem uma função diferente no corpo, mas uma pertence a outra, e se por uma razão qualquer uma destas partes se desenvolver em detrimento a outra, isso é visto como uma anomalia. Vendo por este ponto apresentado por Paulo, não encontrarmos espaço para divisão ou competição de qualquer tipo, natureza ou forma, e a vontade de Deus fica estabelecida por um ambiente de cooperação e comunhão entre os membros desta mesma família. Mesmo vivendo em um tempo onde a predominância seja o rancor, a inimizade e a competição, a igreja por seu papel, deve ser reconhecida pela demonstração, por meio de palavras, sinais e ações, do amor fraterno entre os seus membros.

CONCLUSÃO:
V.21 O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você!" Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês!"
A dependência mútua, respeito e cuidado recíprocos na diversidade do corpo é uma evidência da sabedoria de Deus. Cada membro tem necessidade dos demais membros do corpo e nenhum ousa se tornar independente do outro. No corpo humano saudável, os vários membros cooperam, um com o outro, e se compensam nas faltas eventuais, para o bem do corpo. Em hipótese alguma um dirá ao outro: “não preciso de você”. Isso criaria um problema sério para todo o corpo. Seja qual for o tipo de análise que fizermos, uma coisa nunca teremos como mudar, a realidade de que os membros do corpo formam um todo e por conta desse todo, devem agir de forma funcional e harmoniosa. Desta forma a conclusão mais óbvia que chegamos é que a igreja precisa promover de forma integrada a cooperação e a comunhão nos diferentes níveis, dos quais podemos citar: Entre os membros da igreja local, entre as igrejas da mesma denominação, entre as igrejas de diferente denominações localizadas dentro de uma mesma área geográfica, entre as denominações no contexto mais amplo do país, entre as igrejas em todo o mundo. Tudo porém deverá sempre começar, no ambiente de comunhão da igreja local.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

BÍBLIA SAGRADA, A PALAVRA DE DEUS - Parte I

CLASSE DE BATISMO - Lição 3 - 
Texto Básico: Sl 19.1-14
Texto Devocional: 2Tm 3.16,17

Introdução: Ao recebermos o Senhor Jesus como Salvador Pessoal é muito importante que estudemos a Bíblia Sagrada, pois será ela que nos revelará a vontade de DEUS e nos ensinará a viver essa vontade. Na Bíblia, DEUS se revela ao homem, e através dela o homem conhece e se aproxima de Deus. A sua autoria é DIVINA, pois mesmo que seja certa a afirmação de que homens a tenha escrito, todavia o fizeram mediante a inspiração de DEUS. O interprete da Bíblia é o Espírito Santo por isso não conseguiremos captar todo o teor do texto sagrado sem Sua ação na nossa vida. O tema central é o Senhor JESUS CRISTO, encontramos alusão a Ele em todo o texto sagrado seja de forma explicita ou através de símbolos. Agora sabendo que a Bíblia é toda essa plenitude, vamos saber por que devemos estuda-la.

I. A BÍBLIA.
A palavra Bíblia vem do grego “Biblos” que significa livro. Conhecida como “As Sagradas Escrituras”, ela contém a história da Salvação, desde a criação do mundo até as profecias da segunda vinda gloriosa do Senhor Jesus, o Filho de Deus. Assim, podemos definir a Bíblia como o livro sagrado, a Palavra de Deus escrita por diferentes autores mediante a revelação do Espírito Santo. Foi escrita ao longo de 16 séculos, por cerca de 40 autores diferentes, nas mais diferentes condições e épocas. Cada escritor manifestou seu próprio estilo e características literárias, entretanto, há na Bíblia um só plano ou projeto, que de fato mostra a existência de um só autor divino, guiando os escritores. Seu início ocorreu antes da vinda de Cristo, com as chamadas “traduções orais”, que vem a ser as histórias que uns contavam a outros. Por volta de muito tempo atrás, os chamados escribas decidiram “passar para o papel” essas histórias. Com isso, pouco a pouco, a Bíblia foi sendo formada. Ela foi terminada de ser escrita por volta do ano 100 d.C., com o Apóstolo João escrevendo o Apocalipse.

II. A BÍBLIA COMO UM LIVRO.
A Bíblia contém 66 livros. Desses 66 livros, 39 constituem o conjunto de livros que compõem o Antigo Testamento e 27 constituem o conjunto dos livros do Novo Testamento. Podemos afirmar então, que a Bíblia é dividida em duas grandes partes: Antigo e Novo Testamento. A palavra testamento significa aliança ou pacto. A divisão do texto bíblico em capítulos e versículos não vem do original. A primeira Bíblia que trouxe essa divisão foi a chamada Vulgata Latina em 1555.

1. O ANTIGO TESTAMENTO. Possui 39 livros e se divide em 4 partes: Livros da Lei, Livros Históricos, Livros Poéticos e os Livros Proféticos. Os livros proféticos se subdividem em duas partes: Profetas Maiores e Profetas Menores.
  • Pentateuco/ Lei: 5 livros. Gênesis, Êxodo, Levíticos Números e Deuteronômio. Seu conteúdo expõe a criação do mundo e as leis dadas ao povo de Israel no período de sua convivência com as demais nações.
  • História: 12 livros. Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias, Ester. Seu conteúdo expõe a historia do povo judeu, sua formação, cativeiro e libertação.
  • Poesia: 5 livros. Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão. Em seu conteúdo destaca-se a poesia hebraica. Sua exposição é variada e expressa princípios para a formação individual e social.
  • Profecia: Profetas maiores: 5 livros. Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel. Profeta Menores: 12 livros. Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. O conteúdo destes livros contém relatos referentes a continuação da história do povo judeu em relação a acontecimentos distantes e a outros de cumprimento iminentes no futuro.
2. O NOVO TESTAMENTO. Possui 27 livros e também se divide em quatro partes. Biografia, Historia, Doutrinas ou Epístolas e Profecia.
  • Biografia. 4 livros. Mateus, Marcos, Lucas e João. É chamado Biografia por contar a história do Senhor Jesus aqui na terra. Seu nascimento, ministério morte e ressurreição.
  • História. 1 Livro. Atos dos Apóstolos. Conta a história da trajetória da igreja
  • Doutrinas ou Epístolas. 21 livros ou cartas, sendo 13 Paulinas, 7 universais e 1 aos hebreus. Foram escritas  com o objetivo de ensinar
  • Profecia.1 livro. Apocalipse.

COM INSTRUÇÃO SE CONSTROI COMUNHÃO E UNIDADE

CLASSE JOVENS E ADULTOS LIÇÃO 10

Leitura em Classe: At 2.41-47

Texto Devocional: Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração. Cl 3.16

Introdução: Uma das missões fundamentais da igreja é representado pelo ministério de ensino e a escola bíblica entra neste contexto como um departamento extremamente importante e indispensável. Infelizmente algumas igreja tem se transformado num grupo social onde questões importantes infelizmente são discutidas a luz de paradigmas referenciais que não se baseiam na Palavra de Deus. É bem verdade que determinados paradigmas não devem ser desprezados, mas também é verdade que a Bíblia é a nossa regra de fé e prática e deve ser usada como principal fonte de ensino, ministério e vida da igreja. (Hb 4.12). A Bíblia deve ser a base central no ensino da igreja que será a instruidora aos que se convertem, promovendo o crescimento espiritual e a unidade da fé.(Ef.4:13). Não existe possibilidade de construir uma vida de comunhão verdadeira sem que o fundamento sólido seja o conhecimento da Palavra de Deus.

I. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NA IGREJA.
Ocorrido o evento do Pentecostes, Lucas muda a narrativa do texto passando para uma descrição da vida da igreja em Jerusalém. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42). Lucas cita quatro itens, mas podemos dividi-los em apenas dois: ensino e comunhão. De acordo com o verso 46, o ensino era realizado no templo, enquanto a comunhão ocorria nas casas. O pátio do templo era cercado por alpendres cobertos, frequentemente usados para instrução rabínica. O fato dos cristãos se dedicarem aos ensinamentos dos apóstolos mostra que o Espírito não os levou a uma religião contemplativa, mas a um processo de aprendizagem sob a direção dos apóstolos, cujo ensino era validado por sinais e prodígios (At 2.43). A comunhão espiritual era uma marca distintiva da piedade cristã primitiva. Os fiéis estavam constantemente juntos, não só no templo, mas também em suas casas, onde compartilhavam refeições, celebravam a Ceia do Senhor e oravam (At 2:42,46). Com essas celebrações diárias, eles expressavam sua esperança no breve retorno de Jesus, quando a comunhão do Senhor com eles seria restaurada no reino messiânico (Mt 26.29). Em suas casas os irmãos desempenharam um papel fundamental na vida da igreja primitiva. Os seguidores de Jesus frequentavam as cerimônias diárias do templo (At 3.1), no sábado, estavam nas sinagogas com os judeus (Tg 2.2), mas os princípios distintivos da devoção cristã eram cumpridos nas casas. (Jo 17.23.)

II. A UNIDADE ENTRE OS IRMÃOS.
O trabalho educativo da igreja primitivo era preciso e estabelecia uma relação pessoal de conhecimento entre os crentes e a Pessoa de Deus. Ao mesmo tempo promovia meios pelos quais os crentes adquiriam experiências que os ajudavam a se conhecerem melhor como família. Esta unidade se constituiu no fator vital da igreja de Cristo evitando  os relacionamentos mal vividos que sempre resultam em conflitos que terminam, muitas vezes, em tragédias. A igrej aprendeu a andar em unidade em fatores simples mas que precisam ser imitados pela igreja moderna.
  • Nos Pensamentos. Fl 4.8 A unidade de pensamento faz o caminhar juntos ficar mais tranquilo. Andando em unidade e pensando da mesma maneira, andamos na mesma direção, ampliando os nossos espaços e nos tornando mais íntimos d’Ele.
  • Nas Atitudes. At 4.33 A forma como agimos um com os outros, com atitudes que expressam união, seja na igreja, na família ou em grupo, gera um clima que leva o mundo a ver que temos Espírito Santo em nós.
  • Na Concordância. 1Co 1.10 A unidade real se alicerça na concordância. Quando dois ou mais concordam acerca de alguma coisa, “unidos em um mesmo sentido”, falando a mesma linguagem as conquistas espirituais podem ser alcançadas. (1Co 1:11b)
  • Na Divisão das Tarefas. Mt 9.37 As palavras do Senhor Jesus nos ensina a termos mais sensibilidade na divisão das tarefas. Quando as dividimos proporcionalmente, mostramos que estamos verdadeiramente unidos e que não centralizamos tudo numa só pessoa. Quando dividimos tarefas e cada um as realiza com dedicação e responsabilidade, demonstramos que o nosso trabalho é feito em unidade. Isto é muito agradável a Deus.

sábado, 3 de agosto de 2019

BATISMO NAS ÁGUAS

CLASSE DE BATISMO
Lição 2
Texto Básico: Mt 3.1-6,13-17
Texto Devocional: Mc 1.16

Introdução: O batismo em águas foi uma das ordenanças que o Senhor Jesus deixou para a igreja e representa exteriormente uma experiência que acontece em nosso interior. Ele é um ato de obediência e submissão ao Senhorio de Cristo e um testemunho público de nossa fé cristã. Por ser um assunto extremamente importante para a igreja em especial para os novos convertidos, neste estudo vamos procurar conhecer a importância deste ato para nossa comunhão na igreja conforme exposição do NT e compreender a luz da Bíblia que o batismo em águas não é uma simples cerimonia facultativa, opcional, mas, uma doutrina ordenada pelo Senhor Jesus.

I. O SIGNIFICADO DO BATISMO.
A palavra “batismo” tem origem na palavra grega ”baptismo” batismo, substantivo ou ”baptizo” batizar, verbo. Foi praticado no NT por João (Mt 3.1-6), como demonstração pública de arrependimento e preparação para chegada do Reino de Deus; e praticado posteriormente pelos discípulos de Jesus (Jo 4.1-2), como uma forma de ingressar na comunidade cristã. Assim, podemos dizer que o batismo é o ato através do qual o novo convertido passa a fazer parte de uma igreja local. É também uma confissão pública de fé, e ao recebê-lo passamos a mensagem de que fomos mortos para o mundo e agora vivemos em novidade de vida na Pessoa do Senhor Jesus Rm 6:4. Por esta razão, qualquer pessoa que entrega sua vida a Jesus, precisa ser orientado por sua liderança ao batismo nas águas, pois o “crer e o ser batizado” estão intrinsecamente ligados. Entretanto o ato do batismo em si só, não nos salva. Somos salvos pela fé no Senhor Jesus, através da graça de Deus (Ef 2:8-9). O batismo é a forma de mostrarmos que cremos que o Senhor Jesus morreu em nosso lugar e que ressuscitou (At 8:36-38).

II. COMO SE PROCEDE O BATISMO.
Existem pelo menos três formas de batizar entre as igrejas cristãs
  • Imersão – Quando entramos com o corpo todo dentro da água, isto é, somos mergulhados. Esse tipo de batismo é visto como uma representação da nossa morte para o pecado e ressurreição em Cristo. Foi muito provavelmente a forma como João batizou Jesus e o método mais comum de batismo na igreja primitiva.
  • Aspersão – Aspergir, molhar superficialmente com gotas de água a pessoa. Segue o modelo da ordenação dos sacerdotes no VT, quando eram aspergidos com o sangue dos sacrifícios para a sua purificação.
  • Efusão – A água é derramada sobre a cabeça da pessoa, para mostrar que foi limpa dos seus pecados. É parecido com a aspersão.

O batismo por imersão foi o mais comum no tempo de Jesus e dos apóstolos. O termo "Batismo" como vimos vem de uma palavra grega que significa "submergir em água", "lavar-se" ou "purificar-se". A água simboliza a purificação (muitos rituais de limpeza judeus envolviam água) e uma vida nova em Jesus, livre do poder do pecado. A Igreja Batista adota o modelo do batismo por imersão, não desmerecendo contudo os demais, pois entendemos que a maneira como o batismo é feito não é o mais importante; é o coração de quem se batiza que conta. Assim como temos todos uma só fé, expressada de diferentes formas, também temos um só batismo, com o mesmo propósito (Ef 4:3-7)

III. QUEM PODE SE BATIZAR.
A única condição Bíblica que deve ser imposta para o batismo é que a pessoa creia no Senhor Jesus e se arrependa dos seus pecados (At 2:38). Significa dizer que o candidato deve ser uma pessoa que tem consciência do pecado e decidiu que quer mudar de vida, aceitando o sacrifício que o Senhor Jesus fez por ela na cruz do Calvário. A igreja Batista Nacional não batiza crianças por entender que elas ainda não possuem consciência em relação ao pecado e o batismo deve ser uma escolha pessoal feita assim que se chega a este entendimento. A Bíblia nada diz sobre o batismo de crianças. Não há nenhum referência a esta prática na Bíblia. As pessoas que foram batizadas na Bíblia sabiam o que estavam fazendo e tomaram essa decisão de forma consciente. Ninguém foi batizado sem seu consentimento. 

SEM PERDÃO É IMPOSSÍVEL A COMUNHÃO

Classe Jovens e Adultos - Lição 9
Leitura Bíblica em Classe: Mt 6.9-15
Texto Básico: Ef 5.32 Antes sede bondosos uns par com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros como também Deus vos perdoou em Cristo.

INTRODUÇÃO: Existe um problema que ronda os caminhos mais íntimos das relações familiares, passa no ambiente de círculos sociais específicos e chega as comunidades cristãs. Este problema chama-se “Falta de Perdão”. Na realidade temos menor dificuldade em perdoar estranhos que nos ofendem do que perdoar as pessoas que se encontram próximas a nós. Isso talvez se explique pelo fato de não termos nenhum relacionamento com tais pessoas estranhas, e assim poucos nos importamos. Quanto as pessoas com as quais nutrimos alguma relação afetiva, elas tem um potencial maior de nos ofender, e quase sempre não esperamos isso delas.

 I. O QUE É O PERDÃO?
O Senhor Jesus encerrou a sua oração do Pai Nosso com uma advertência: “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós... Mt 5.14,15. Fomos perdoados por Deus por todas as ofensas que cometemos contra Ele, e é natural que Ele espere de nós que também perdoemos nossos ofensores, afinal é impossível manter relacionamentos com pessoas que não demonstrarmos disposição para perdoar. Quanto maior for nossa disposição para amar, maior deverá ser também a disposição para perdoar, pois o perdão não é um ato,ele é um processo mental ou espiritual cujo objetivo é cessar o ressentimento tóxico contra outra pessoa ou contra nós mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, por diferenças, erros ou fracassos. Trata-se de uma habilidade que precisa de treino. O perdão é uma graça concedida por Deus para prosseguirmos no caminho após um ferimento profundo. Ele age como um cauterizador, nos curando de dentro para fora. A cicatriz permanece, pois as lembranças são a garantia de que temos uma história. A “cura” aplica-se perfeitamente, visto que, por algum motivo, houve uma ferida, e o perdão sobre essa ferida evita, de forma metafórica, a infecção ou a necrose.

II. O QUE OU A QUEM DEVEMOS PERDOAR?
O perdão é algo sério e deve ser aplicado de forma judiciosa para as coisas que realmente nos ofendem em profundidade. Ofensas que atingem o centro de nossas vidas e personalidades que precisam ser perdoadas. Coisas que ferem fundo, coisas que não conseguimos deixar de lado. O que devemos perdoar:

a. Pessoas, não instituições. Quando somos atingidos por decisões em nome de uma organização, devemos perdoar as pessoas que exercem funções executivas que de certa forma representam a organização.

b. Pessoas pelo que fazem, não pelo que são. Podemos rejeitar atos específicos que cometam contra nós, sem contudo rejeitar as pessoas. O desafio não é perdoar uma pessoa por ser mau, mas perdoar o mau que tal pessoa fez contra nós.

c. Pessoas que traíram a nossa confiança e nos desapontaram. Relações pessoais se fundamentam na confiança mútua. Uma relação baseada em contrato escrito e registrado em cartório não é uma relação pessoal. Somente na relação de confiança somos capazes de nos manter unidos e em comunhão. Seja este relacionamento na amizade, casamento, família ou igreja. Quando nos sentirmos traídos e tivermos dificuldades de confiar em outra pessoa, somente o perdão poderá nos curar deste desencanto.

CONCLUSÃO: A igreja primitiva, sem dúvida, demonstrou possuir um elevado grau de comunhão. Contudo, também experimentou momentos de hostilidades e ressentimentos que ameaçaram a paz interna da igreja. Precisamos aprender a ser pacientes uns com os outros e perdoar as falhas recíprocas. Precisamos aprender a perdoar para vivermos a comunhão. Precisamos aprender a amarmos uns aos outros em Cristo Jesus, para depois perdoarmos.

A ÚLTIMA SEMANA DE DANIEL

  Texto Básico: Dn 9.26,27 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir...