domingo, 12 de janeiro de 2020

O CRENTE MADURO

O CRENTE MADURO.
Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado!  Pelo contrário, o prazer deles está na lei do Senhor , e nessa lei eles meditam dia e noite. 
Salmos 1:1, 2 NTLH

Int. Estamos em 2020, e 2020 foi escolhido pelo ministério Vale das Bênçãos como o ano da maturidade. E naturalmente no decorrer de todo este ano, nosso púlpito será um canal onde este tema será apresentado e desenvolvido por muitos pregadores.

Maturidade segundo uma definição bem básica pode ser entendida como um estado ou condição de alguém que alcançou uma estrutura num estágio adulto, em condição de plenitude em arte, saber ou habilidade adquirida. Assim, alcançar maturidade fala em alcançar um último estágio de desenvolvimento seja estrutural, físico ou mesmo espiritual. Desta forma podemos dizer que a igreja no seu desenvolvimento é natural que em algum momento ela consiga atingir este estágio, mesmo em meio às muitas mudanças que ela venha experimentando no decorrer dos seus anos de vivência aqui na terra.

Mas nunca podemos nos esquecer que ao falarmos de igreja, estamos falando de pessoas, pessoas naturais com todas as suas dificuldades más que tiveram um encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo, e que por isso mesmo, são chamados igreja. Neste sentido então, a maturidade para que possa ser vista em um ministério, precisa primeiro ser adquirida pelas pessoas que fazem parte ou represente este ministério. Foi pensando nesta verdade que penso ter sido conduzido por Deus ao  Salmo 1... 

O Salmo que começa falando sobre o bem mais desejado... A felicidade. No desenrolar do pensamento apresentado pelo Salmista, podemos vislumbrar cada estágio percorrido pelo mesmo até que finalmente vencido cada um deles nos é finalmente descrito sua condição agora... Essas pessoas são como árvores que crescem na beira de um riacho; elas dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham. Assim também tudo o que essas pessoas fazem dá certo. Sl 1:3 NTLH

Este estado melhor que qualquer coisa consegue nos descrever a plenitude final daqueles que escolheram viver Deus em suas vidas e chegaram a um estágio final de plenitude e maturidade cristã. Mas, para compreendermos melhor isso talvez precisemos viajar nas linhas deste Salmo e analisarmos cada ponto por ele apresentado, sempre nos lembrando que estamos apenas no primeiro domingo de janeiro e até que cheguemos em dezembro, muito ainda ouviremos deste tema.... Portanto vamos com calma...

Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Sl 1:1 ARC95
A felicidade, o que é? Como definir este que  sem sombra de dúvidas é o bem mais desejado de todas as pessoas? Segundo uma definição da Web, a felicidade pode ser entendida como um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento é a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vão desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade chega ser algo tão desejado e importante que o escritor Bíblico fala dela como sendo a busca mais disputada e perseguida dizendo: Que adianta ao homem viver dois mil anos sem desfrutar da felicidade? Ec 6:6 NBV-P

Felicidade tem ainda o significado de bem estar espiritual ou paz interior. O problema é que as vezes temos o costume de relacionar este bem ou sentimento a coisas que possuímos ou fazemos, tipo: Um carro, uma casa, uma viajem, um emprego melhor. Consegui tudo o que desejei. Não neguei a mim mesmo nenhum tipo de prazer. Eu me sentia feliz com o meu trabalho, e essa era a minha recompensa. Ec 2:10 NTLH

Em consequência desta busca e desta associação errônea, na maioria das vezes nos frustramos quando não alcançamos determinadas coisas que almejamos. E como resultado desta frustração  tendencialmente nos consideramos pessoas tristes.Contudo, não podemos negar a verdade de que estas coisas podem sim nos conceder momentos felizes, no entanto não serão estas coisas que definitivamente determinarão a nossa verdadeira felicidade. Podemos ser pessoas extremamente felizes e nem por isso termos alcançando todas as coisas projetadas em um determinado espaço de tempo. Então entendi que nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder. Ec 3:12 NTLH

Mas, é no Livro de Salmos, logo no início do desenvolvimento da narrativa do capítulo um, que conseguimos encontrar uma ideia do sentido real deste sentimento que chamamos de felicidade. Neste Salmo o escritor consegue enriquecer nosso entendimento com uma descrição de algumas atitudes ou maneiras de vida que invariavelmente, se não forem evitadas, podem nos tornar pessoas extremamente infelizes e maduras. Vejamos então o que diz o texto: Bem-aventurado o varão, isto é, o homem... Mas neste caso, podemos estender o resultado tato a homens quanto a mulheres...
E prossegue dizendo: ...que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 

Isto visto, percebemos, não uma atitude, mas pelo menos três atitudes que devem ser tomadas, e se observadas, segundo descrição do salmista, poderão fazer de nós pessoas extremamente felizes e prontos... Crentes Maduros e bem resolvidos... Então vale a pena observarmos com cuidado cada uma destas atitudes:

1. NÃO ANDAR SEGUNDO O CONSELHO DOS ÍMPIOS. 
Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios... 
Neste primeiro ponto precisaremos determinar o real sentido das frases "não andar" e "conselho dos ímpios". Neste caso a primeira expressão vai determinar nossa atitude em relação a segunda, por isso, precisaremos entender o que diz primeiramente a segunda, para então depois agirmos como determina a primeira. Para tanto, vamos começar, examinando algumas traduções do Texto sagrado.
  • NBV-P. Como é feliz o homem que não vai atrás da opinião de pessoas más...
  • NTLH. Felizes são aqueles que não se deixa levar pelos conselhos dos maus...
  • Bíblia Ave Maria. Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios... 
  • NVI - Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ÍMPIOS...

Observadas estas traduções fica fácil entender o que o Salmista está dizendo. E neste caso, quando ele fala "conselho dos ímpios"  ele não está falando de outra coisa senão da "opinião das pessoas más". E aí vem a pergunta: Qual o critério usaremos para definirmos uma pessoa como "má ou malvada"O critério é simples, e foi ensinado por ninguém menos que o Senhor Jesus: MT 12.33 Ou dizeis que a árvore é boa e seu fruto bom, ou dizeis que é má e seu fruto, mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore. Pelas atitudes e pelas escolhas feitas na vida de tais pessoas podemos, como bem disse o Senhor Jesus definir sua condição.... Assim se uma pessoa por seus procedimentos ou atitudes se demonstram uma pessoa de caráter ruim, esta pessoa deve ser evitada e seus conselhos ou opiniões precisam ser severamente analisados e invariavelmente desprezados. Paulo chega mesmo dizer que devemos nos afastar de pessoas assim. Ao homem herege, (ou aquele que provoca divisões) depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido e peca, estando já em si mesmo condenado. Tito 3:10, 11 ARC.

Será este "afastamento" que determinará o "não andar". Não significa que não devemos mais falar com pessoas assim, mas implica que não devemos andar em conformidade com suas atitudes, conselhos ou opiniões. Tito 3:8 Certa é esta doutrina, e quero que a ensines com constância e firmeza, para que os que abraçaram a fé em Deus se esforcem por se aperfeiçoar na prática do bem. Isto é bom e útil aos homens. Se não temos como evitar a companhia de tais pessoas, por razão de trabalho, escola, igreja ou coisa do gênero, o melhor a fazer é evitar que as atitudes e o modo de proceder delas nos contaminem, a ponto de nos fazer iguais a elas. 

Não andar com tais pessoas pode significar até mesmo, não frequentar os lugares que elas custamam frequentar e principalmente, no caso, evitar ser participantes ou mesmo ouvintes de seus conselhos e opiniões. O melhor a fazer é evitar "andar" segundo os seus conselhos ou opiniões, não ser companheiros delas em situações ou lugares que não nos dizem respeito. É por fim, não fazer delas, pessoas a quem devemos dar crédito. Agindo assim, conseguimos dar o primeiro passo. 

2. NÃO SE DETER NO CAMINHO DOS PECADORES. 
...nem se detém no caminho dos pecadores... Não seguem o exemplo dos pecadores... NBV-P
Se na primeira preposição conseguimos identificar as pessoas que a Bíblia chama de ímpios, então devemos acrescentar a esta definição aqueles que agora no texto são identificados por pecadores, que neste caso, são as pessoas que vivem na prática do pecado. 1Jo 3.9 Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. 

Se determinamos que as atitudes ou as opiniões de tais pessoas devem ser evitadas, agora percebemos que a segunda preposição se reforça no ensinamento de Paulo de que tais pessoas devem ser evitadas e por isso, não devemos nos "deter" no caminho deles, uma vez que eles, como bem diz a NTLH, em seus caminhos, não querem ou não andam com Deus. Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus...

"Deter-se no caminho dos pecadores" pode não parecer o mesmo que andar no caminho deles. O sentido aqui parece indicar uma atitude de ficar parado, ou manter-se ao lado de tal pessoa. Não parece indicar o de ficar "andando" com ela. Mas na verdade o contexto está dando um sentido de aumento na não participação ou aceitação do adverso. Neste sentido, quando "estamos andando com" significa que estamos dando atenção ao que ele está nos dizendo. Porém quando "nos detemos" ou paramos, é sinal que já estamos sendo convencidos. Assim, mesmo que tal caminho possa nos parecer um caminho agradável ou seguro, o conselho é não nos mantermos nele. Pv 14.12 Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.

Assim, o conselho do Salmista deve ser entendido como um convite a escolher melhor as pessoas com quem andamos e nos relacionamos. Pv 9.6 Deixai os insensatos, e vivei, e andai pelo caminho do entendimento.

O caminho do entendimento pode e deve ser entendido como um caminho que inevitavelmente nos conduzirá a lugares bons com pessoas boas. Pv 2.20,21, 22 Para que andes pelo caminho dos bons e guardes as veredas dos justos. Porque os retos habitarão a terra, e os sinceros permanecerão nela. Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os a Lei os os serão exterminados.

3. NÃO SE ASSENTAR A RODA DOS ESCARNECEDORES. 
...nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Esta terceira preposição deve ser entendida como o fechamento da ideia geral do texto. O texto se completa no sentido daquilo que ele quer mostrar, que no caso é a "separação" necessária entre os justos e os injustos. Ele começou com o "não andar", em seguida nos convidou a "não nos deter".  Mas agora o texto nos convida a "nem nos assentarmos" e o entendimento aqui neste ponto é o seguinte: Não só estamos dando completa atenção, mas já fomos plenamente convencidos e agora, para piorar, nós tornamos participantes com eles. Pv 4.19 O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem conhecem aquilo em que tropeçam. 

Se assentar a roda dos escarnecedores significa em todos os sentidos nos tornarmos participantes em suas maldades e pecados. Significa sermos iguais a eles e fazer as mesmas coisas que eles fazem. 1Co 7.23 Fostes comprados por bom preço; não vos façais ser escravos dos homens.  O que precisamos saber aqui é o fato de que foi pago um preço muito grande para nossa salvação. É algo como a pérola de Grande valor de MT 13.46 e, encontrando uma pérola de Grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a. 

A maturidade deve nos conduzir na certeza de que pelo sacrifício de Cristo Jesus na cruz do Calvário fomos perdoados de nossos pecados e recebidos como filhos de Deus. Desta forma o nosso prazer, como diz o Salmo na sua continuação, é a Lei do Senhor. Lei que determinou a nossa condição de filhos e que nos mantém na condição de salvos. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor , e na sua lei medita de dia e de noite. Sl 1.2.

Assim, ser feliz  não é viver apenas momentos de alegria. Felicidade é ter coragem de enfrentar os momentos de tristeza e sabedoria para transformar os problemas em aprendizado e finalmente alcançarmos um Estado de maturidade  completa ao lado do Senhor Jesus. pois ele os comprou e pagou o preço. Portanto, usem o seu corpo para a glória dele. 1Co 6:20 NTLH. Ser feliz e viver de acordo com aquilo que Deus projetou para nós. Ter maturidade é entre outras coisas poder entender esta verdade. Aí a tradução da Bíblia "A Mensagem" parece ilustrar muito bem o que estamos tentando dizer: Como Deus deve gostar de você: você não aparece no Bar do Pecado, você não anda à espreita no Beco Sem Saída, você não frequenta a Escola dos Desbocados! 

Em outras palavras... Finalmente vocês estão alcançando maturidade... Finalmente, irmãos, vocês aprenderam de nós como devem viver para agradar a Deus; e é assim mesmo que vocês têm vivido. E agora pedimos e aconselhamos, em nome do Senhor Jesus, que façam ainda mais. 1Ts 4:1 NTLH
  
  
  

O JEJUM QUE DEUS QUER

O JEJUM QUE DEUS QUER...
O que é que eu quero que vocês façam nos dias de jejum? Será que desejo que passem fome, que se curvem como um bambu, que vistam roupa feita de pano grosseiro e se deitem em cima de cinzas? É isso o que vocês chamam de jejum? Acham que um dia de jejum assim me agrada?  “Não! Não é esse o jejum que eu quero... Is 58.5,6a NTLH

INT. A palavra "jejum" não aparece na Bíblia como designação de um mandamento ou ordem divina propriamente dita. No entanto não é difícil o encontrarmos em diversas citações, principalmente no AT e em relação ao povo judeu. Por diversas vezes este povo é visto praticando o jejum, prática feita
em cumprimento a uma ordenação estabelecida na Lei de Moisés. Isto se tornou tão natural para eles que eles tinham um dia no ano estabelecido para esse fim, e chamavam este dia de "O dia da expiação" — Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação, e afligireis a vossa alma, e oferecereis oferta queimada ao Senhor  Lv 23:27 ARC. Na NTLH o texto está descrito desta forma: O dia dez do sétimo mês é o dia em que os pecados do povo são perdoados. Nesse dia ninguém deverá comer nada, e todos deverão apresentar a Deus, o Senhor , ofertas de alimento. Lv 23:27 NTLH. 

Observem a descrição... "Nesse dia ninguém deverá comer nada" na NTLH, "e afligireis a vossa alma" na tradução ARC. O que nos parece dar a entender que o ato de não comer, na ordenação divina tinha uma finalidade maior do que simplesmente deixar de comer. O que é dito é que o ato, na sua essência tinha o poder de afligir a alma daquele que o estava praticando... Mais tarde este dia ficou conhecido como “o dia do jejum” Entra, pois, tu e lê pelo rolo que escreveste da minha boca as palavras do Senhor aos ouvidos do povo, na Casa do Senhor , no dia de jejum; e também aos ouvidos de todo o Judá vindo das suas cidades as LERÁ. Jr 36:6 ARC.

Contudo, por mais que vasculhemos os textos sagrados não encontraremos uma ordem específica no sentido de praticarmos o jejum. Contudo, também, apesar de não haver assim uma ordem imperativa acerca desta prática, os escritores biblicos não economizaram espaço para falar dele.
E vejam bem, a Bíblia vai falar não apenas de pessoas que jejuaram mais fala também da forma como o fizeram, e chega mesmo inferir que nós, os crentes de hoje, em algum tempo, deveríamos jejuar, e chega mesmo nos instruir na forma correta de fazê-lo. Jesus respondeu:  — Vocês acham que os convidados de um casamento jejuam enquanto o noivo está com eles? Enquanto ele está presente, é claro que não jejuam!  Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar... Mc 2:19, 20 NTLH

Sendo assim, o que é o jejum? Como entender esta pratica e porque praticá-lo? Talvez estas sejam apenas algumas das muitas perguntas que nos fazemos em relação ao assunto, e já até ouvimos as respostas em relação a elas, mas, o que dizer se continuamos ainda com algumas dúvidas em relação ao tema. Agora, não pela primeira vez, mas somos convidados a jejuarmos, não um dia ou dois, mais jejuarmos 20 dias... Começando, no dia 11. Então o mínimo que temos que ter é um entendimento básico do que vamos fazer, como fazer e porque fazer... Para tanto, eu pretendo ser o mais breve e o mais sucinto possível....

1. O QUE É JEJUAR?
Nada melhor que começarmos por uma breve definição sobre esta prática propriamente dita...
O jejum pode ser entendido pela abstinência total ou parcial de alimentos, ou até mesmo coisas ou atitudes por um período definido e com propósito específico e estabelecido. Não é um assunto novo pois tem sido praticado por muitas pessoas em praticamente todas as épocas, nações, culturas e religiões. E Pode ser praticado com finalidade espiritual, medicinal ou até mesmo estética visto que o jejum, principalmente o alimentar traz tremendos benefícios físicos com a desintoxicação que produz no corpo. Mas no nosso enfoque é do jejum Bíblico que queremos falar. Então, percebam: O Senhor Jesus falou mais de uma vez aos discípulos sobre como jejuar, mas no texto de Mateus, Ele claramente fala como alguém que esperava que o jejum fosse praticado.— Quando vocês jejuarem, não façam uma cara triste como fazem os hipócritas, pois eles fazem isso para todos saberem que eles estão jejuando. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa.  Mas você, quando jejuar, lave o rosto e penteie o cabelo  para os outros não saberem que você está jejuando. E somente o seu Pai, que não pode ser visto, saberá que você está jejuando. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. Mt 6:16-18 NTLH

Observem que Ele não disse: “se jejuardes”, mas ele disse: “quando jejuardes”. E isto faz uma grande diferença. Por isso, é bom que notemos ainda que neste capítulo, Jesus ao falar dar ênfase à prática do jejum tanto quanto enfatiza a prática da oração e a prática de boas obras. Desta forma fica evidente que o jejum é tanto mencionado com destaque tanto no AT quanto no Novo. Só para termos uma ideia, na Bíblia encontramos registro de  diversas pessoas jejuando e destes registros podemos destacar Moisés, Davi, Elias, Esdras, Neemias, Ester, Daniel, Ana e inclusive o próprio Senhor Jesus.

2. PARA QUE JEJUAR?
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Lc 2:36, 37 NTLH

O que podemos ver até aqui é que o jejum é uma prática importante no que diz respeito ao desenvolvimento de um relacionamento com a Pessoa de Deus At 13:2 NTLH Certa vez, quando eles estavam adorando o Senhor e jejuando, o Espírito Santo disse: — Separem para mim Barnabé e Saulo a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os tenho chamado.  Então eles jejuaram, e oraram, e puseram as mãos sobre Barnabé e Saulo. E os enviaram na sua missão.O jejum então deve ser visto como um exercício de autodisciplina sobre os nossos desejos carnais. Exercício este que nos auxiliam e nos tornam capazes de mantermos a Pessoa de Deus em primeiro lugar nos nossos pensamentos. É um exércicio que nos liberta da escravidão dos nossos apetites, e nos faz estar concentrados no verdadeiro “Pão da Vida”, que é o Senhor Jesus Cristo. Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto, mas morreram.  Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá.  Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne. Jo 6:49-51 NTLH.

Quando jejuarmos estamos fazendo um pequeno auto-sacrifício que nos ajuda a nos concentrarmos no incrível sacrifício do nosso Senhor e Salvador e Seu plano divino para nós. Através da prática do jejum conseguimos nos focar mais na Pessoa de Deus, e por esta razão podemos dizer que um dos objetivos mais importantes do jejum é que através dele aprendemos sobre a humildade e entendemos melhor como Deus é grande e como somos fracos, pecadores e necessitados. O rei Davi entendeu isso quando escreveu: “Humilhava a minha alma com o jejum” Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, a minha veste era pano de saco; humilhava a minha alma com o jejum, e a minha oração voltava para o meu seio. Sl 35:13 ARC

3. PORQUE  JEJUARMOS?
Quando eles chegaram perto da multidão, um homem foi até perto de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse: — Senhor, tenha pena do meu filho! Ele é epilético e tem ataques tão fortes, que muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o trouxe para os seus discípulos a fim de que eles o curassem, mas eles não conseguiram.  Jesus respondeu:  — Gente má e sem fé! Até quando ficarei com vocês? Até quando terei de aguentá-los? Tragam o menino aqui!  Então deu uma ordem, o demônio saiu, e no mesmo instante o menino ficou curado.  Depois os discípulos chegaram perto de Jesus, em particular, e perguntaram: — Por que foi que nós não pudemos expulsar aquele demônio?  Jesus respondeu:  — Foi porque vocês não têm bastante fé. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a este monte: “Saia daqui e vá para lá”, e ele iria. E vocês teriam poder para fazer qualquer coisa!   Mas esse tipo de demônio só pode ser expulso com oração e jejum. Mt 17:14-21 NTLH

Além do propósito PRINCIPAL que destacamos até aqui que é o de adoração e da aproximação Deus. Não temos como  negar que existem ainda alguns propósitos secundários na prática do jejum, afinal de contas, orar suplicando a ajuda de Deus por algumas de nossas necessidades sérias ou de outras pessoas é um ensino abundante nas páginas das Escrituras. É se podemos unir a nossa oração alguma prática que nos aproxime ainda mais Dele, porque não fazer? Quando, por exemplo os discípulos não puderam expulsar um demônio depois de muitas tentativas, o que o Senhor  Jesus disse a eles? “esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum

O jejum quando do feito de forma apropriada, pode muitas vezes, resultar em progressos espirituais significativos. E, enquanto contamos com as ferramentas espirituais como a oração, o estudo da Palavra é a meditação bíblica cotidiana, de vez em quando pode ser muito bom unirmos a estas práticas a poderosa ferramenta chamada jejum. A bem da verdade existe muitas razões para jejuarmos, o que dizer de um problema pessoal, um pecado difícil de ser superado, uma decisão importante que precisa ser tomada, uma crise vivida pela Igreja, uma ameaça, a necessidade de mudar a atitude ou expressar agradecimento, entre outras coisas.

Na verdade, será para nós um grande bem quando como uma congregação da igreja ou em um círculo de amigos e irmãos, decidimos jejuar juntos a respeito de algum assunto urgente.

Quando o seu país estava sendo invadido, o rei Josafá “apregoou jejum em todo o Judá” 2Cr 20:1-4 Algum tempo depois, os exércitos dos moabitas e dos amonitas, junto com os meunitas, invadiram o país de Judá. Alguns homens vieram e disseram a Josafá: — Um exército enorme do país de Edom veio do outro lado do mar Morto para atacar o senhor. Eles já conquistaram a cidade de Hazazão-Tamar. (Hazazão-Tamar e Fonte de Gedi são o mesmo lugar.)  Josafá ficou com medo e orou a Deus, o Senhor , pedindo socorro. Depois deu ordem para que todo o povo de Judá jejuasse. Todos se reuniram para pedir socorro ao Senhor ; de todas as cidades do país o povo veio a Jerusalém. NTLH

Com a pregação de Jonas, “os homens de Nínive creram em Deus, e proclamaram um jejum” Então os moradores de Nínive creram em Deus e resolveram que cada um devia jejuar. E todos, desde os mais importantes até os mais humildes, vestiram roupa feita de pano grosseiro a fim de mostrar que estavam arrependidos. Jn 3:5 NTLH

CONCLUSÃO.
Isaías 58:1-12 é uma passagem expressiva e precisa ser observanda com muita propriedade afinal nela se contrasta as atitudes certas e as erradas quanto a prática deste ato sacrificial que denominamos de jejum. Podemos perceber nas palavras de Isaías claramente que o jejum não deve ser um mero ritual para a nossa vida cristã. Não, ele é muito mais do que apenas isto. O intuito do jejum é o de nos ensinar a nos dispormos ao sacrifício para servir aos outros. O quanto estamos dispostos a nos sacrificar?
Is 58.6-11 Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão.  O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que deem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes.  “Então a luz da minha salvação brilhará como o sol, e logo vocês todos ficarão curados. O seu Salvador os guiará, e a presença do Senhor Deus os protegerá por todos os lados.  Quando vocês gritarem pedindo socorro, eu os atenderei; pedirão a minha ajuda, e eu direi: ‘Estou aqui!’ “Se acabarem com todo tipo de exploração, com todas as ameaças e xingamentos;  se derem de comer aos famintos e socorrerem os necessitados, a luz da minha salvação brilhará, e a escuridão em que vocês vivem ficará igual à luz do meio-dia.  Eu, o Senhor , sempre os guiarei; até mesmo no deserto, eu lhes darei de comer e farei com que fiquem sãos e fortes. Vocês serão como um jardim bem-regado, como uma fonte de onde não para de correr água.



A ÚLTIMA SEMANA DE DANIEL

  Texto Básico: Dn 9.26,27 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir...