domingo, 28 de março de 2021

LIÇÃO 6 NOSSA DECLARAÇÃO DE FÉ Parte I

TEXTO BÁSICO: 2Tm1.3-13

3. Dou graças a Deus, a quem sirvo com a consciência limpa, como o serviram os meus antepassados, ao lembrar-me constantemente de você, noite e dia, em minhas orações. 4. Lembro-me das suas lágrimas e desejo muito vê-lo, para que a minha alegria seja completa. 5. Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Loide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você. 6. Por essa razão, torno a lembrá-lo de que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. 7. Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. 8. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, 9. que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Essa graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, 10. sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho. 11. Desse evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre. 12. Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. 13. Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim.

Introdução: A partir desta lição começamos a caminhar em direção a um entendimento mais aprofundado no que diz respeito a fé que professamos e a crença sob a qual sustentamos todo o corpo doutrinário de nossa igreja. Estamos nos referindo a nossa “credenda”, aquilo em que devemos crer, e nossa “agenda”, aquilo que devemos fazer. De uma forma mais suscinta, podemos dizer que se trata da nossa Regra de Fé e prática, neste caso, a “Declaração de fé das Igrejas Batistas da Convenção Batista Nacional”, que, segundo o nosso Manual, foi votada na sua Primeira Assembléia. A Comissão de Reforma do Manual Básico optou por manter totalmente o texto adotado na 1ª edição, uma vez que se trata de parte integrante da Confissão de Fé dos Batistas do Sul dos Estados Unidos. Não pretendemos nestas lições iniciais esgotar nenhum dos temas doutrinários, mas apenas enumerá-los para que sejam apresentados individualmente em lições posteriores.

Para uma melhor conceitualização e entendimento, o credenda mostra aquilo em que devemos crer, nossa regra de fé. Significa, portanto, crer em Deus e no Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, Sua graça e justificação, e nossa adoção pelo Pai por meio do Filho através do selo do Espírito Santo, que se dá no momento que nosso coração é regenerado por Deus e confessamos com nossa boca o senhorio de Jesus. Por outro lado, o ”agenda representa aquilo que devemos fazer, isto é, nossa regra de prática. Buscar a paz com todos, tomar a armadura da fé, levar o evangelho a toda criatura, obedecer às autoridades e julga-las pela Palavra de Deus, sermos submissos uns aos outros, exercitar os dons espirituais que Deus nos concede, vivendo de modo decente, “como quem vive de dia”, pondo à morte o pecado e as suas armas através da obediência de fé para a qual fomos chamados.

 Esta distinção pode ser facilmente percebida em Romanos e Efésios:

  • Credenda: Romanos nos caps. 1-11. Efésios nos caps. 1-3
  • Agenda: Romanos nos caps. 12-16. Efésios nos caps. 4-6.

 DECLARAÇÃO DE FÉ DAS IGREJAS BATISTAS DA CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL VOTADA NA SUA 1º ASSEMBLÉIA.

I. DAS ESCRITURAS2Tm 3.16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça,

 Conforme posto no artigo I da DDCBB (Declaração de Fé da Convenção Batista Brasileira), a Bíblia É a Palavra de Deus; Sua plena e definitiva revelação aos homens. Escrita por homens inspirados por Deus, é inerrante e infalível nos originais em quaisquer de seus 66 livros componentes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. "Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'". Mt 4.4. A Bíblia não é só um livro, é um conjunto de 66 livros escritos por cerca de 40 autores que viveram em épocas e contextos históricos diferentes. E as parte como o todo harmonizam de forma perfeita. Assim, a explicação para tudo isso, que foi escrita por homens plenamente inspirado pelo Espirito santo de Deus. 2Pe 1.21 pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.

  • Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens divinamente inspirados; que é um tesouro perfeito de instrução celestial, tendo Deus por seu verdadeiro autor; que tem por objetivo a salvação dos homens; que o seu conteúdo é a verdade sem qualquer mescla de erro; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará e por isso é, e continuará sendo, até ao fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã e padrão supremo pelo qual toda a conduta, credos e opiniões dos homens devem ser julgados Rm 1.16 Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. 

(2Tm 3.16, 17; 2Pe 1:21; 2Sm 23.2; At 1.16; 3.21; Jo 10.35; Rm 3.1, 2; Lc 16.29-31; SI 119.111; 2Tm 3.15; 1Pe 1.10, 12; At 11.14; Rm 1.16; Mc 16.16; Jo 5.38, 39; Pv 30.5, 6; Jo 17.17; Ap 22.18,19; Rm 3.4; Rm 2.12; Jo 12.47,48; 1Co. 4.3,4; Lc 10.10-16; 12.47,48; Fl 3.16; Ef 4.3-6; Fl 2.1, 2; 1Co 1.10; 1Pe 4.11; 1Jo 4.1; Is 8.20; 1Ts 5.21; 1Co 13.5; At 17.11; 1Jo 4.6; Jd 1.3; Ef 3.17; SI 119.59,60; Fl 1.9-11).

II. DO VERDADEIRO DEUSJo 4.24 Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

 Se queremos definir Deus, então podemos dizer que Deus é Espírito Pessoal, inteligente, perfeito em Santidade, Justiça, Verdade e Amor. Eterno, Infinito e Imutável. Tg 1.17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. Deus é Onipotente, Onisciente, e Onipresente, Criador e Senhor Supremo dos céus e da terra, indizivelmente glorioso e digno de toda honra, confiança e amor. Rm 1.120 Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; Podemos ainda dizer que em Deus há três pessoas distintas, o Deus Pai, o Deus Filho e o Deus Espírito Santo, iguais em todas as perfeições divinas e que executam ofícios distintos mas harmônicos pessoas distintas mas sem divisão em sua essência na grande obra da Redenção. São três Pessoas em um só Deus. Deus Pai é o Criador, Sustentador, Redentor, Juiz e Senhor da história e do universo, que governa pelo Seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o Seu eterno propósito e graça. 2Co 13.13 “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês”.

  • Cremos que há um e somente um Deus vivo e verdadeiro, Espírito infinito e inteligente, cujo nome é Jeová, Criador e Senhor Supremo dos céus e da terra, indizivelmente glorioso em santidade e digno de toda honra, confiança e amor; que na Unidade Divina há três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, iguais em todas as perfeições divinas e que executam ofícios distintos mas harmônicos na grande obra da Redenção.

(Jo 4.24; SI 147.5; SI 83.18; Hb 3.4; Rm 1.20; Jr 10.10; Êx 15.11; Is 6.3; 1Pe 1.15, 16; Ap 4.6-8; Mc 12.30; Ap 4.11; Mt 10.37; Jr 12.2; Mt 28.19; Jo 15.26; 1Co 12.4-6; 1Jo 10.30; Jo 5.17; 14.23; 17.5,10; At 5.3,4; 1Co 2.10,11; Fl 2.5, 6; Ef 2.18; 1Co 13.13; Ap 1.4,5).

 JESUS. Cl 1.15-17 Ele é a imagem do Deus invisível,o primogênito sobre toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos sejam soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.

Jesus Cristo, é um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus. Nele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas; Na plenitude dos tempos, Ele se fez carne, na pessoa real e histórica de Jesus Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo, em Sua pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem; Jesus é a imagem expressa do Deus Pai, a revelação suprema de Deus ao homem; Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e revelou e obedeceu toda a vontade de Deus; Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto Ele mesmo não tivesse pecado; Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à destra do Pai, exerce o Seu eterno sumo sacerdócio. Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens e o Único e Suficiente Salvador e Senhor; Pelo seu Espírito ele está presente e habita no coração de cada crente e na Igreja; Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para julgar os homens e consumar sua obra redentora. Mc 10.10,11 Assim que saiu da água, Jesus viu o céu se abrindo e o Espírito descendo como pomba sobre ele. Então veio dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho amado; de ti me agrado".

III. DO ESPÍRITO SANTOAt 1.8 Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra".

O Espírito Santo é Deus, um em essência com o Deus Pai e com o Deus Filho, Ele é a pessoa divina que inspirou homens santos da antiguidade para escreverem as Escrituras e Capacitou homens para compreenderem a verdade. O Espírito Santo exalta a Cristo, convence o homem do pecado e os atrai a Salvação efetuando a regeneração. Cultiva o caráter cristão, conforta os crentes e concede os dons espirituais pelos quais eles servem a Deus através de Sua Igreja. Sela o salvo para o dia da redenção final. A presença dEle no cristão é a segurança de Deus para trazer o salvo à plenitude da estatura de Cristo. Ele ilumina e reveste de poder (Batismo no Espírito Santo) o crente e a Igreja para a adoração, evangelismo e serviço. Sl 51.11 Não me expulses da tua presença nem tires de mim o teu Santo Espírito. No dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, Ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que creem em Cristo; Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante. Ef 4.30 Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção.

  • Cremos que o Espírito Santo é o Espírito de Deus. Ele inspirou homens santos da antiguidade para escrever as Escrituras. Capacita homens através de iluminação a compreender a verdade. Exalta a Cristo. Convence do pecado, da justiça e do juízo. Atrai homens ao Salvador e efetua regeneração. Cultiva o caráter cristão, conforta os crentes e concede os dons 22 espirituais pelos quais eles servem a Deus através de Sua Igreja. Sela o salvo para o dia da redenção final. A presença dEle no cristão é a segurança de Deus para trazer o salvo à plenitude da estatura de Cristo. Ele ilumina e reveste de poder (Batismo no Espírito Santo) o crente e a Igreja para a adoração, evangelismo e serviço 

 (Gn 1.2; Jz 14.6; Jo 26.13; SI 51.11; 139.7; Is 61.1-3; Jl 2.28-32; Mt 1.18; 3.16; 4.1; 12.28-32; 28.19; Mc 1.10,12; Lc 1.35; 4.1,18, 19; 11.13; 12.2; 24.49; Jo 4:24; 14.16, 17,26; 16.7-14; At 1.8; 2.1-4, 38; 4.31; 5.3; 6.3; 7.55; 8.17, 39; 10.44; 13:2; 15.28; 16.6; 19.1-6; Rm 8.9-11; 14.16, 26, 27; I Co 2.10-14; 3.16; 12.3- 11; Gl 4.6; Ef 1.13,14; 4.30; 5.18; 1Ts 5.19; 1Tm 3.16; 4.1; 2Tm 1.14; 3.16; Hb 9.8, 14; 2Pe 1.21; 1Jo 4.13; 5.6, 7; Ap 1.10; 22.17).

Bibliografia:

Manual Básico Batista Nacional

Credenda et agenda: a balança do ser e fazer » Igreja Presbiteriana do Jardim Guanabara (ipjardimguanabara.org)

terça-feira, 23 de março de 2021

NÓS OS BATISTAS E NOSSAS TAREFAS CONTÍNUAS PARTE II

LIÇÃO 5

TEXTO BÁSICO: 2João 1.4-11

4. Ao encontrar alguns dos seus filhos, muito me alegrei, pois eles estão andando na verdade, conforme o mandamento que recebemos do Pai. 5. E agora eu lhe peço, senhora - não como se estivesse escrevendo um mandamento novo, mas o que já tínhamos desde o princípio - que amemos uns aos outros. 6. E este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos. Como vocês já têm ouvido desde o princípio, o mandamento é este: Que vocês andem em amor. 7. De fato, muitos enganadores têm saído pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em corpo. Tal é o enganador e o anticristo. 8. Tenham cuidado, para que vocês não destruam o fruto do nosso trabalho, antes sejam recompensados plenamente. 9. Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho. Se alguém chegar a vocês e não trouxer esse ensino, não o recebam em casa nem o saúdem. 10. Pois quem o saúda torna-se participante das suas obras malignas.

Introdução: Na lição passada começamos a desenvolver um entendimento básico em relação as tarefas contínuas em relação a igreja a serem desenvolvidas por nós os seus membros e obreiros em geral. Hoje, em continuação a este tema pretendemos continuar observando os parâmetros essenciais focado pelo nosso Manual Batista Nacional. Tais tarefas são na verdade o que chamamos de mordomia cristã, que sob a orientação divina, fala da vida, dos talentos, do tempo e até dos bens materiais, na proclamação do Evangelho. Encontramos no termo “mordomia” seu significado mais elevado no entendimento que baseia-se no reconhecimento de que tudo o que temos e somos vem de Deus, como uma responsabilidade sagrada. Os bens materiais, em si, não são maus, nem bons. O amor ao dinheiro e não o dinheiro, em si, é a raiz de todas as espécies de males. Na mordomia cristã, o dinheiro torna-se o meio para alcançar bens tantos materiais como espirituais, tanto para a pessoa que dá, quanto para a que recebe. Aceito como um encargo sagrado, o dinheiro torna-se, não uma ameaça e sim uma oportunidade. Jesus preocupou-se em que o homem fosse liberto da tirania dos bens materiais e os empregasse para suprir tanto as necessidades próprias como as alheias. A responsabilidade da mordomia aplica-se, não somente ao cristão como indivíduo, mas, também, a cada igreja local, cada convenção, cada agência da denominação. Aquilo que é confiado ao indivíduo ou à instituição não deve ser guardado nem gasto egoisticamente, mas empregado no serviço da humanidade e para a glória de Deus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Mt 7:24

1. O ENSINO E TREINAMENTO. Rm 12.7 Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine;

O ensino e treinamento são conceitos básicos fundamentais na comissão do Senhor Jesus junto a Seus seguidores, constituindo-se num imperativo divino em relação a fé e a vida cristã. São fundamentais pois são necessários ao desenvolvimento de atitudes, na demonstração de virtudes, no gozo de privilégios, no cumprimento de responsabilidades e na plena à realização da certeza cristã. Por isso, o ensino deve começar com o nascimento do homem e continuar através de toda sua vida. Assim, torna-se funções do lar e da igreja, divinamente ordenadas, e constituem o caminho para a maturidade cristã. Dt 6.7 Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Sendo a fé uma atitude pessoal e voluntária, o ensino cristão e o treinamento são necessários antecipadamente ao discipulado. Isto significa que a tarefa educacional da igreja deve ser o centro do seu programa. A prova da importância do ministério do ensino e treinamento na igreja está no caráter semelhante ao de Cristo e na capacidade de enfrentar e resolver suficientemente os problemas sociais, morais e espirituais do mundo moderno. Devemos treinar os indivíduos, a fim de que possam conhecer a verdade que os liberta, experimentar o amor que os transforma em servos da humanidade e alcançara fé que lhes concede a esperança no reino de Deus. Instrua o homem sábio, e ele será ainda mais sábio; ensine o homem justo, e ele aumentará o seu saber. Pv 9:9

 2. EDUCAÇÃO CRISTÃ. 2Tm 3.16,17 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.

A fé e a razão andam lada a lado com o conhecimento da verdade. O coração do sábio ensina a sua boca, e os seus lábios promovem a instrução. Pv 16:23. A fé genuína procura compreensão e expressão inteligente. Assim, as escolas cristãs devem conservar a fé e a razão no equilíbrio da Palavra de Deus. Ao mesmo tempo em que procuram proporcionar um tipo distinto de educação, a educação infundida pelo espírito cristão, com a perspectiva cristã e dedicada aos valores cristãos. Nossas escolas cristãs têm como responsabilidade treinar e inspirar homens e mulheres para uma liderança eficiente, leiga e vocacional, em nossas igrejas e no mundo. As igrejas, por sua vez, têm a responsabilidade de sustentar condignamente todas as suas instituições educacionais. Os membros de igrejas devem ter interesse naqueles que ensinam em suas instituições, bem como, naquilo que estes transmitem. Há limites para a liberdade acadêmica; deve ser admitido, entretanto, que os professores das nossas instituições tenham liberdade para a erudição criadora, com o equilíbrio de um senso profundo de responsabilidade pessoal para com Deus, a verdade, a denominação e as pessoas a quem servem. A educação cristã emerge da relação da fé e da razão, e exige excelência e liberdade acadêmicas que são tanto reais, quanto responsáveis. Rm 15.4 Pois tudo o que foi escrito no passado foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.

3. A AUTOCRÍTICA. 2Co 2.12 Este é o nosso orgulho: A nossa consciência dá testemunho de que nos temos conduzido no mundo, especialmente em nosso relacionamento com vocês, com santidade e sinceridade provenientes de Deus, não de acordo com a sabedoria do mundo, mas de acordo com a graça de Deus.

Tanto a igreja local, quanto as missões, a fim de permanecerem sadias e florescentes, precisam aprender a aceitar a responsabilidade da autocrítica, pois seria muito prejudicial tanto às igrejas quanto as missões a ela filiadas, se fosse negado ao indivíduo o direito de discordar, ou se fossem considerados nossos métodos ou técnicas como finais ou perfeitos. O trabalho de nossas igrejas e de nossa denominação precisa de frequente avaliação, a fim de evitar a esterilidade do tradicionalismo. Isso especialmente se torna necessário na área dos métodos, mas também, se aplica aos princípios e práticas históricas em sua relação à vida contemporânea. Isso significa que nossas igrejas, instituições e agências devem defender e proteger o direito de o povo perguntar e criticar construtivamente. A autocrítica construtiva deve ser centralizada em problemas básicos e, assim, evitar os efeitos desintegrantes de acusações e recriminações. Criticar não significa deslealdade, a crítica pode resultar de um interesse profundo no bem-estar da denominação. Tal crítica visará ao desenvolvimento à maturidade cristã, tanto para o indivíduo, quanto para a denominação. Todo grupo de cristãos, para conservar sua produtividade, terá que aceitar a responsabilidade da autocrítica construtiva. Como batistas, revendo o progresso realizado no decorrer dos anos, temos todos inteira razão de desvanecimento ante as evidências do favor de Deus sobre nós. Os batistas podem bem cantar com alegria, “Glória a Deus, grandes coisas Ele fez!” Podem eles também lembrar que àqueles a quem foi dado o privilégio de gozar de tão alta herança, reconhecidos ao toque da graça, devem engrandecê-la com os seus próprios sacrifícios.


Bibliografia: Manual Básico Batista Nacional

domingo, 7 de março de 2021

2021 O ANO DA ESPERANÇA

 Sl 42.11 NTLH. Por que estou tão triste? Por que estou tão aflito? Eu porei a minha esperança em Deus e ainda o louvarei. Ele é o meu Salvador e o meu Deus.

INT. 2020 foi um ano muito difícil para todos nós, foi um ano em que tivemos de aprender a viver de uma forma diferente daquilo que entendemos como normal e que vivemos durante a nossa vida. Foi um ano difícil pois perdemos pessoas que amávamos, pessoas que gostavamos de ter por perto e que de uma hora para outra simplesmente foram tiradas de nosso convívio. Foi um ano que sinceramente, para grande maioria de nós talvez tería sido melhor que ele nem tivesse existido... Mas 2020 existiu, mas finalmente acabou. Foi o ano em que fomos confrontado com um tema que nos convidava a crescer na maturidade, mas como crescer num ano em que fomos obrigados a ficar trancados dentro de casa, como crescer se todos os dias éramos confrontado porum número de vítimas fatais que todos os dias só aumentava...  levando consigo tantas pessoas que bem poderiam ainda estar com a gente...

Foi um ano de tristeza sim, tristeza, por todos aqueles que partiram... Um ano de aflição, pois simplesmente, além de ver tantos amigo, parentes e mesmo pessoas que não conheciamos sendo vencidos, ainda tínhamos que conviver com o medo de não saber quem seria o próximo da lista. Nem ao menos tínhamos qualquer promessa de possibilidade da cura.

Mas finalmente 2020 acabou, já estamos em 2021 e agora o nosso desafio talvez não seja mais o de crescer em maturidade, pois de uma forma ou de outra, em 2020 crescemos... Aprendemos a viver o “novo”, mesmo que esse “novo” não fosse exatamente onde ou como queríamos crescer...

2021 chega trazendo para nós um novo desafio... Talvez por isso tenhamos sidos confrontados a crescer... Nosso desafio agora é o de viver uma nova expectativa. O vírus não acabou, ele ainda está aí e continua infectando muitas pessoas que amamos... Por isso, o nosso primeiro grande desafio agora é o de continuar vivendo, pois o mundo não acabou... o que acabou foi o ano de 2020. Não podemos relaxar agora em relação a todos os cuidados que aprendemos. Não sabemos ainda até quando, mas a máscara, o álcool em gel e principalmente o isolamento social ainda é uma realidade que não deve ser desprezada.

2021 para nós do ministério Vale das Bênçãos é o ano da esperança... Mesmo que ainda tenhamos que conviver com momentos de tristezas e de agonia como descreve o Salmista, o nosso maior desafio agora é ter esperança...  

Segundo a winkipédia livre, o termo esperança pode ser entendido como uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal.

Na Bíblia, ao lado da Fé e do Amor, a esperança completa as três virtudes teologais do Cristianismo. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. 1Co 13:13 ARC

Será esta virtude ou crença emocional chamada esperança que nos condicionará a estarmos assegurados firmemente na ajuda e na graça concedida pelo Espírito Santo de Deus.

Aristóteles, filósofo grego disse que a esperança é o “sonho do homem acordado”. Visão filósofa que talvez possa ilustrar muito bem toda nossa agonia vivida neste momento difícil que chamamos de pandemia, onde fomos pressionados a simplemente parar de sonhar.

Esperança, este ano é um convite a não desistirmos, um convite a nos colocarmos numa posição de enfrentamento aos medos e as tristezas, exatamente com descrita nas palavras do salmista. O tema Esperança nos convida a continuar sonhando, mas sonhar acordados com os olhos bem abertos, pois não é hora de desisitir, é hora de conhecer as riquezas de Deus e viver a esperança da glória do Senhor Jesus Cristo... aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; Cl 1:27 ARC

I. PORQUE ESTOU TÃO TRISTE... Estou muito abatido e encurvado e choro o dia todo. Sl 38:6 NTLH

A “primeira onda” da Covid-19, não podemos negar, foi extremamente difícil e dolorosa. Distanciamento social, quarentena, lockdowns, e o pior, milhares de pessoas infectadas e mortas. Perdemos amigos, perdemos parentes, perdemos pessoas que amávamos ou tínhamos um relacionamento de amizade, não importa, isto irremediavelmente trouxe para todos nós muita tristeza e dor.

E como se tudo isso fosse tão ruim que não pudesse piorar, ainda tivemos que conviver com o abuso de governantes e políticos corruptos que aproveitando este momento de dor e de instabilidade finaceira desviaram quantias milionárias em supostas construções de hospitais de campanha que nem sequer foram finalizados, e na compra de respiradores que nunca chegaram a seu destino final, ou que chegaram más na maioria sequer funcionavam... Enquanto eles aumentam suas fortunas, centenas, ou milhares de familias simplesmente são dilaceradas por falta de atendimento público decente. O clamor que parece querer nos sufocar se identifica com o grito do profeta Habacuque... Ó Senhor Deus, até quando clamarei pedindo ajuda, e tu não me atenderás? Até quando gritarei: “Violência!”, e tu não nos salvarás?  Por que me fazes ver tanta maldade? Por que toleras a injustiça? Estou cercado de destruição e violência; há brigas e lutas por toda parte.  Por isso, ninguém obedece à lei , e a justiça nunca vence. Os maus levam vantagem sobre os bons, e a justiça é torcida. Hc 1:2‭-‬4 NTLH

Agora, já se vão quase um ano desde que tudo começou, e ainda temos de viver o que chamam de um segunda onda, pior e talvez até mais contagiosa que a primeira, mesmo com todo avanço da ciência. A situação é verdadeiramente desacalentadora... De fato, a riqueza engana, e as pessoas orgulhosas nunca têm sossego. A sua ganância não tem fim. Elas nunca estão satisfeitas: como o mundo dos mortos, sempre querem mais. Hc 2:5 NTLH

O sentimento capaz de descrever este momento talvez seja mesmo o de tristeza, este sentimento que escraviza a nossa alma e nos coloca num estado de profunda dor. Mês após mês só tenho tido desilusões, e as minhas noites têm sido cheias de aflição. Jó 7:3

Mas neste ponto em que aparece este sentimento ruim, capaz dennos colocar tão para baixo precisamos ter um olhar de esperança, um olhar de esperança pela vacina que finalmente está chegando graças ao árduo trabalho de inúmeros pesquisadores, cientistas, médicos e infectologistas do mundo inteiro. Um olhar de esperança para conseguirmos superar essa fase dificíl. Crer que haverá um amanhã é necessário e fundamental... Na minha aflição, eu clamei ao Senhor ; ele me respondeu e me livrou da angústia. Sl 118:5

Crer que somos seres frágeis, é verdadeiro, todavia, seres frágeis, mas resilientes, que são capazes de prender com os erros, e crescer...

O melhor a fazer não é desistir de viver e ficar voluntariamente esperando pela morte, o melhor a fazer é nos manter confiante, mesmo estando cercados por grupos de pessoas que se acham espertas demais para esperar o tempo dela... Como vemos no caso das vacinas...

O melhor a fazer em 2021 é estar na casa de Deus, mesmo que, por hora, ainda cercados por todo tipo de proteção como mascaras, álcool em gel, ou coisas do gênero que pelo menos nos possibilitem manter uma posição de resguardo e nós permite, mesmo que agora, num menor número, mas na casa de Deus, o louvando é agradecendo... Isto é esperança. Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor , exultarei no Deus da minha salvação. Hc 3:17‭-‬18 ARC

II. PORQUE ESTOU TÃO AFLITO. Mês após mês só tenho tido desilusões, e as minhas noites têm sido cheias de aflição. Jó 7:3

Se na primeira preposição identificamos o estado de agonia vivido em razão dos días maus que invariavelmente tivemos que enfrentar, nesta segunda não diferente, podemos verbalizar agora a falta de direção é de socorro diante das poucas expectativas de livramento. Os dias pareciam, por sua natureza, que iam se esvaindo diante de nós e ao mesmo tempo levando consigo todas as expectativas de tempo melhores. Nada, absolutamente nada parecia conseguir explicar a sensação de vazio e de insegurança em nós produzida pelo aumento da dor e das perdas. Nosso estado, tal como o de Jó, era de aflição... as minhas noites têm sido cheias de aflição. 

A aflição é um sentimento persistente de dor física ou moral. Diferente da tristeza, a aflição nos impossibilita de reagir. A aflição é algo como uma entrega involuntária movida pela sensação de não haver uma saída... “O meu coração está agitado e não descansa; só tenho vivido dias de aflição. Jó 30:27

A aflição nos coloca em estado de ansiedade, agonia e angústia. Quando estamos aflitos parece que não encontramos refugio capaz de nos satisfazer. Nas horas de aflição eu oro ao Senhor; durante a noite, levanto as mãos em oração, porém não encontro consolo. Sl 77:2 NTLH

A aflição nos causa um sentimento de solidão... Ó Senhor Deus, por que ficas aí tão longe? Por que te escondes em tempos de aflição? Sl 10:1 NTLH

Sentimentos de fraqueza... ...as nossas mãos ficaram moles; a aflição tomou conta de nós, como as dores de uma mulher no parto. Jr 6:24 NTLH

Nos sentimos desafiados... E em 2021 nosso desafio se chama “esperança”... Exatamente como nas palavras do salmista: Eu porei a minha esperança em Deus e ainda o louvarei. Ele é o meu Salvador e o meu Deus.

III. EU POREI MINHA ESPERANÇA EM DEUS. E agora, Senhor, o que posso esperar? A minha esperança está em ti. Sl 39:7 NTLH

Ficar triste diante de tudo que falamos é realmente inevitável. Enfrentarmos alguns momentos de agonia talvez ainda seja uma possibilidade que vamos conviver por algum tempo, mas o nosso desafio agora é COLOCAR NOSSA ESPERANÇA EM DEUS. Louvemos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo! Por causa da sua grande misericórdia, ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. Por isso o nosso coração está cheio de uma esperança viva. 1Pe 1:3 NTL

O que pode fazer agora toda diferença não é o simples fato de termos esperança, mas o fato de depositarmos toda a nossa esperança na pessoa certa. Portanto, há duas coisas que não podem ser mudadas, e a respeito delas Deus não pode mentir. E assim nós, que encontramos segurança nele, nos sentimos muito encorajados a nos manter firmes na esperança que nos foi dada. Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco. Ela passa pela cortina do templo do céu e entra no Lugar Santíssimo celestial. Hb 6:18‭-‬19 NTLH

Colocarmos nossa esperança em Deus e continuarmos confiando inteiramente Nele... Em 2020 confiamos em Deus, agora em 2021 nosso desafio vai ser o de confiar ainda mais. Se me chamarem no dia da aflição, eu os livrarei, e vocês me louvarão.” Sl 50:15 NTLH

A hora agora é de concentrarmos todas as nossas expectativas na Pessoa de Deus, prestar a Ele o melhor do nosso culto e entender que Ele continua sendo o nosso Salvador e o nosso Deus. Que a esperança que vocês têm os mantenha alegres; aguentem com paciência os sofrimentos e orem sempre. Rm 12:12 NTLH




Lição 4 - NÓS OS BATISTAS E NOSSAS TAREFAS CONTÍNUAS

 TEXTO BÁSICO: Efésios 5. 1-20

1. Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados2. e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. 3. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos. 4. Não haja obscenidade, nem conversas tolas, nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ações de graças. 5. Porque vocês podem estar certos disto: nenhum imoral, ou impuro, ou ganancioso, que é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus. 6. Ninguém os engane com palavras tolas, pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus vem sobre os que vivem na desobediência. 7. Portanto, não participem com eles dessas coisas. 8. Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, 9. pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; 10. e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. 11. Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz. 12. Porque aquilo que eles fazem em oculto, até mencionar é vergonhoso. 13. Mas, tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visíveis todas as coisas. 14. Por isso é que foi dito: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre ti". 15. Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, 16. aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. 17. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. 18. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, 19. falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, 20. dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Introdução: Historicamente os batistas sempre procuraram valorizar o indivíduo no que diz respeito a sua centralização nos trabalhos da igreja, preservando sempre sua integridade e seu valor de maneira a reflitir nos serviços do culto, no trabalho evangelístico, nas obras missionárias, no ensino e treinamento da mordomia, e em todo o programa de educação cristã. Isso significa, entre outras coisas, não usar o indivíduo como um meio, nem tratá-lo como mera estatística, mas concedê-lo primordial consideração na sua liberdade moral, nas suas necessidades urgentes e no seu valor perante Cristo. Assim, a consideração primordial na vida e trabalho de nossas igrejas é o indivíduo com seu valor, suas necessidades, sua liberdade moral, e seu potencial perante Cristo.

1. O CULTO. 1Co 14.26 Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja.

O culto divino, seja ele pessoal ou coletivo, expressa o mais elevado grau fé e devoção cristã. Ele é supremo, tanto no que diz respeito ao privilégio, quanto ao dever. Segundo o Manual Batista, enfrentamos ultimamente a necessidade de melhorar a qualidade de nosss culto, a fim de experimentarmos de forma coletiva uma renovação de fé, esperança e amor, como resultado da nossa comunhão com Deus. O culto na sua expressão precisa ser coerente com a natureza santa de Deus, formado em sua composição por adoração, confissão, temor e humildade. O culto não se reduz a uma esfera ritualística, mas se compõem de experiência pessoal com o Deus vivo e Todo Poderoso, através da meditação na Palavra e da entrega pessoal. Assim, podemos concluir que o culto não é simplesmente um serviço religioso, mas, um momento de comunhão com Deus na realidade do louvor, na sinceridade do amor e na beleza da santidade. O culto torna-se significativamente real quando expressa combinação entre reverência e ordem, inspiração da presença de Deus, proclamação do Evangelho, e liberdade e atuação do Espírito Santo. O resultado será uma consciência profunda da santidade, majestade e graça de Deus, maior devoção e completa dedicação à vontade divina. 

2. O MINISTÉRIO CRISTÃO. 1Co 9.17 Porque, se prego de livre vontade, tenho recompensa; contudo, como prego por obrigação, estou simplesmente cumprindo uma incumbência a mim confiada.

 A igreja do Senhor Jesus está no mundo com o objetivo e privilégio de servir. Neste sentido, cada filho de Deus chamado cristão, é servo. Por isto não faz sentido negar que o valor da natureza singular da chamada, está exatamente na vocação ao serviço de Cristo. Assim, Todos os que são chamados pelo Senhor para o ministério cristão devem reconhecer que o fim de sua chamada é exatamente o serviço. São, num sentido especial, escravos de Cristo e seus ministros nas igrejas e junto ao povo. Devem exaltar suas responsabilidades em vez de privilégios especiais. Suas funções distintas não visam à vanglória, antes são meios de servir a Deus, à igreja e ao próximo. pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. 1Pe 5.2

As igrejas são responsáveis diretas, perante Deus, por aqueles que elas consagram ao Seu ministério. Em razão disso, devem manter padrões elevados para aqueles que aspiram a consagração, tanto quanto à experiência quanto ao caráter cristão. Os aspirantes devem ser incentivados a procurar o preparo adequado ao seu ministério. Todo cristão tem como dever, ministrar e servir com abnegação completa; Deus, porém, na Sua sabedoria, chama pessoas de um modo singular para dedicarem a sua vida, de tempo integral, ao ministério relacionado com a obra da igreja. Ef 4.11,12 E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado,

 3. EVANGELISMO. 1Co 1.17 Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não porém com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada. 

O Manual Batista define o evangelismo como a proclamação do juízo divino sobre o pecado e das boas-novas da graça divina em Jesus Cristo. É a resposta dos cristãos às pessoas na incidência do pecado, é ordem de Cristo aos Seus seguidores a fim de que sejam Suas testemunhas frente a todos os homens. Diz ainda, baseado nas palavras de Paulo que o evangelismo declara que o Evangelho, e unicamente o Evangelho, é o poder de Deus para a salvação. Rm 1.16 A obra de evangelismo é básica na missão da igreja e no mister de cada cristão. Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego.

A obra de evangelização exige por parte do evangelizador um fundamento teológico firme e uma ênfase nas doutrinas básicas da salvação por meio do Evangelho de Cristo e pelo poder do Espírito Santo. É um trabalho que visa à salvação do ser humano em sua totalidade; confrontando-o com as exigências da soberania do Senhor Jesus; exaltando a graça divina, a fé voluntária e a realidade da experiência da conversão. O amor cristão, o destino dos pecadores e a força do pecado constituem parte da mensagem obrigatória a ser desenvolvida. Em tempos críticos como dos nossos dias o evangelismo pessoal e coletivo, e o uso de métodos estratégicos sãos e dignos, mas o testemunho de piedade pessoal e de um espírito semelhante ao de Cristo, são fundamentalmente a base da evangelização. Fp 2.5-7 Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. Unido a tudo isto podemos ainda citar a intercessão pela misericórdia e poder de Deus e a completa dependência do Espírito Santo. O evangelismo, que é básico no ministério da igreja e na vocação do crente, é a proclamação do juízo e da graça de Deus em Jesus Cristo e a chamada para aceitá-lo como Salvador e segui-lo como Senhor.

 4. MISSÃO. Mc 16.15,16 E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.

Segundo descrito no Manual Batista Nacional, Missões, no uso do termo, se constitui na extensão do propósito redentor de Deus através do evangelismo, da educação e do serviço cristão, além das fronteiras da igreja local. O mundo sempre constitui-se num grande desafio para as igrejas cristãs. Uma vez que nós, os batistas, acreditamos, como vimos na lição anterior, na liberdade e competência de cada indivíduo para as próprias decisões, nas questões religiosas, somos nós, perante Deus, que temos a responsabilidade de assegurar o conhecimento e a oportunidade de cada cidadão optar pela decisão correta, pois temos a determinação divina, no sentido de proclamar o Evangelho a toda criatura. 1Co 9.16 Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho! A urgência da situação atual do mundo, o apelo agressivo de crenças e ideologias exóticas, exigem dedicação máxima no sentido de proclamar à redenção em Cristo Jesus, para o mundo todo. A cooperação na missão mundial é imperativa. Devemos utilizar os meios à nossa disposição, inclusive os de comunicação em massa, para dar o Evangelho de Cristo ao mundo. Não podemos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionários especialmente treinados e dedicados, embora sejam eles elementos essenciais nesta tarefa. Porém, cada batista é um missionário, não importando o local onde mora ou a posição que ocupa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relação a outras nações, raças e religiões fazem parte do nosso testemunho favorável ou contrário a Cristo, o qual, em cada esfera e relação da vida, deve fortalecer nossa proclamação de que Jesus é o Senhor de todos.

CONTINUA....

 Bibliografia: Manual Básico Batista Nacional

A ÚLTIMA SEMANA DE DANIEL

  Texto Básico: Dn 9.26,27 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir...