terça-feira, 7 de março de 2017

E ASSIM ESTAREMOS PARA SEMPRE COM O SENHOR

Texto: 1Ts 4.16,17 - Porque haverá o grito de comando, e a voz do arcanjo, e o som da trombeta de Deus, e então o próprio Senhor descerá do céu. Aqueles que morreram crendo em Cristo ressuscitarão primeiro.  Então nós, os que estivermos vivos, seremos levados nas nuvens, junto com eles, para nos encontrarmos com o Senhor no ar. E assim ficaremos para sempre com o Senhor.  

Introdução: Encontramos a palavra eternidade em textos como Is 57.15 “O que habita a eternidade”, ou em segundo a NTLH “O que vive para sempre”. e significa literalmente: Longo tempo ou tempo indefinido. 

No AT as expressões hebraicas e gregas expressam a eternidade com o sentido de perpetuidade. No entanto, termos como “eterno”, “perpétuo”, “para sempre” e “para todo o sempre”, no AT, são aplicadas primeiramente a Deus, depois ao Seu modo de proceder em relação aos homens, Sua misericórdia, Seu pacto, Seu reino. 

O NT utiliza frases como “longa idade” ou “tempos sem fim” para definir este mesmo termo. Ef 3.21: “Glória a Deus por meio da Igreja e por meio de Cristo Jesus, por todos os tempos e para todo o sempre! Amém!”.  
O termo quando é empregado referindo-se ao passado, é descrito como “desde todos os tempos”. Com referência ao futuro, “até os tempos dos tempos” ou “em todas as gerações, para todo sempre”. 

Porém não podemos negar que algumas perguntas intrigantes tendem trazer certa inquietação em relação ao tema. Por exemplo: O que é na verdade sabemos sobre a eternidade? Ou o que nós seremos na eternidade? Eternidade tem algo a ver com o céu? Ou céu e eternidade são coisas distintas?

Pois bem, a luz do dicionário Aurélio, a palavra eternidade fica assim definida: “Eternidade é a vida, para os crentes, após a morte”. 

Orlando Boyer, no Pequeno Dicionário Bíblico concorda com esta definição de Aurélio, e usa uma linguagem mais poética quando diz: “Eternidade é a duração sem princípio nem fim”.  

Pode até não parecer haver alguma ideia de céu nestas definições, mais será na Bíblia que nós, os crentes encontraremos a ideia intimamente ligando o céu real a um lugar onde juntamente com Cristo, passaremos a nossa eternidade. 

A Bíblia nos apresenta o céu como o lugar onde nós que recebemos o Senhor Jesus como Salvador Pessoal e viveremos com Ele todo o sempre. Assim, céu é sinônimo de eternidade e eternidade é morar com Cristo no céu.

vamos então procurar descobrir algumas verdades a respeito da eternidade e do céu?  

I. O CÉU É UM LUGAR REAL 
De fato, nós sabemos que, quando for destruída esta barraca em que vivemos, que é o nosso corpo aqui na terra, Deus nos dará, para morarmos nela, uma casa no céu. Essa casa não foi feita por mãos humanas; foi Deus quem a fez, e ela durará para sempre. (2Co 5:1).  O texto aponta para um céu literal, um céu como um lugar real, e mais do que isto, é um lugar onde nós moraremos, nos conheceremos e seremos todos vizinhos! 

A diferença é que no céu chegaremos munidos de um “corpo” muito melhor. Aqui na terra, o Apóstolo Paulo compara o nosso corpo a uma “barraca”. Mais no céu nosso corpo é visto de forma bem mais agradável, é visto como uma casa, e não somente isso, uma casa não foi feita por mãos humanas, mas pelo próprio Deus e que “durará para sempre” Isto sim é eternidade. Por isso gememos enquanto vivemos nesta casa de agora, pois gostaríamos de nos mudarmos já para a nossa nova casa no céu. Aquela casa será o nosso corpo celestial, (2Co 5:2).

Em referência ao céu, a Bíblia nos dá muitos textos que poderão esclarecer quanto a realidade de sua existência: 

1. O CÉU É UM LUGAR ONDE BÊNÇÃOS INEFÁVEIS ESTÃO GUARDADAS PARA NÓS.
Esperamos possuir as ricas bênçãos que Deus guarda para o seu povo. Ele as guarda no céu, onde elas não perdem o valor e não podem se estragar, nem ser destruídas. (1 e 1:4). No céu tudo que nos foi prometido está muito bem guardado. ninguém tem poder para reter qualquer benção que para nós está reservada no céu. ...Por isso, a fé e o amor que vocês têm são baseados naquilo que esperam e que está guardado para vocês no céu. (Cl 1:5).  

Sendo o céu um lugar tão importante, é fato que existem no céu coisas que devem ser foco de nossa atenção. Vocês foram ressuscitados com Cristo. Portanto, ponham o seu interesse nas coisas que são do céu, onde Cristo está sentado ao lado direito de Deus. (Cl 3:1). O Senhor Jesus nos conduzirá juntamente com Ele para habitarmos no céu. Sendo assim, é importante que desde já tenhas interesse pelo céu e por tudo que o Senhor Jesus preparou para nós neste lugar divino.

Indicações evidentes de alguma forma de “registro” de nomes de pessoas que “herdarão” o céu. Porém não fiquem alegres porque os espíritos maus lhes obedecem, mas sim porque o nome de cada um de vocês está escrito no céu. (Lc 10:20). não temos como dizer como é feito este registro. o fato é que nosso nome está registrado nos garantindo entrada para este lugar. Os nomes deles estão no Livro da Vida, que pertence a Deus. (Fp 4:3) 

Aqueles que conseguirem a vitória serão vestidos de branco, e Eu não tirarei o nome dessas pessoas do Livro da Vida. Eu declararei abertamente, na presença do meu Pai e dos seus anjos, que elas pertencem a mim. (Ap 3:5). Interessante que a Bíblia apresenta mais de uma vez este registro feito no céu. a Bíblia fala em "Livro da vida". Nem me pergunte como é este livro pois não faço a menor ideia.

Todos os que vivem na terra o adorarão, menos aqueles que, desde antes da criação do mundo, têm o nome escrito no Livro da Vida, o qual pertence ao Cordeiro, que foi morto. (Ap 13:8) 

Quem não tinha o seu nome escrito no Livro da Vida foi jogado no lago de fogo. Ap 20:15

Entrarão na cidade somente as pessoas que têm o seu nome escrito no Livro da Vida, o qual pertence ao Cordeiro.” (Ap 21:27). Mas vejam que a condição para adentrar neste lugar é justamente termos os nossos nomes escritos no céu.

Se o céu é real, porque falamos tão pouco a respeito dele? Não há razão para duvidarmos deste lugar. o que parece é que há uma certa preocupação em falar mais de coisas da terra, e quase sempre nos evitamos ou nos esquecemos do céu. Mas a verdade que não pode ser calada é que e o céu foi preparado para nós através do sacrifício de Cristo Jesus na cruz do Calvário, então a terra é nossa morada momentânea. O céu sim, será nossa morada para toda a eternidade. 

II. O SENHOR JESUS COMPROVOU A EXISTÊNCIA DO CÉU, ENTRANDO NELE.
Depois de ter dito isso, Jesus foi levado para o céu diante deles. Então uma nuvem o cobriu, e eles não puderam vê-lo mais.” (At 1:9) 

O céu, é o lugar para onde, segundo a Bíblia, o Senhor Jesus foi conduzido após sua ressurreição. O céu, também é o lugar em que o mesmo Jesus prometeu para os seus discípulos, de onde Ele voltaria em algum tempo após sua ida, para nos buscar para que nós estejamos no mesmo lugar que o Senhor Jesus está agora. “E, depois que eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também.(Jo 14:3) 

Temos provas suficientes para compreender e aceitar como real a existência do céu. Afinal, as Escrituras apresentam fatos importantes da pessoa do Senhor Jesus e Sua estada no céu. 

1. JESUS, NO CÉU, ESTÁ ASSENTADO AO LADO DIREITO DE DEUS.
A coisa mais importante de tudo o que estamos dizendo tem a ver com o sacerdote que nós temos: ele é o Grande Sacerdote que está sentado no céu, do lado direito do trono de Deus, o Todo-Poderoso.” (Hb 8:1). O Senhor Jesus, uma vez tendo vencido todos os horrores da cruz, foi conduzido ao céu, O escritor de Atos diz que "Ele foi Assunto aos céus". no céu, o Senhor Jesus assentou-se ao lado direito do Deus Pai. 
O Filho brilha com o brilho da glória de Deus é a perfeita semelhança  do próprio Deus . Ele sustenta o Universo com a sua palavra poderosa. E, depois de ter purificado os seres humanos dos seus pecados, sentou-se no céu, do lado direito de Deus, o Todo-Poderoso. (Hb 1:3) 

Jesus, no céu, intercede a nosso respeito na presença de Deus Pai e, do mesmo lugar, o céu, governa o mundo inteiro. “que foi para o céu e está do lado direito de Deus, governando os anjos, as autoridades e os poderes do céu.” (1Pe 3:22). No céu, o Senhor Jesus age como nosso intercessor, governa o mundo inteiro e todos os poderes do céu. Em resumo, o Senhor Jesus assume sua posição de Filho de Deus.

Cristo não entrou num Lugar Santo feito por seres humanos, que é a cópia do verdadeiro Lugar. Ele entrou no próprio céu, onde agora aparece na presença de Deus para pedir em nosso favor. (Hb 9:24). imaginemos o Senhor Jesus intercedendo em nosso favor!

E finalmente do céu, o Senhor Jesus descerá triunfante para nos buscar a Sua Igreja para morarmos com Ele. Elas contam também como vocês estão esperando que Jesus, o Filho de Deus, a quem Deus ressuscitou, volte do céu, esse Jesus que nos salva do castigo divino que está para vir. (1Ts 1:10)

Porque haverá o grito de comando, e a voz do arcanjo, e o som da trombeta de Deus, e então o próprio Senhor descerá do céu. Aqueles que morreram crendo em Cristo ressuscitarão primeiro. (1Ts 4:16)

e dará descanso a vocês e também a nós, que sofremos. Ele fará isso quando o Senhor Jesus vier do céu e aparecer junto com os seus anjos poderosos. (2Ts 1:7) 

III. O CÉU É O NOSSO LUGAR REAL ONDE VIVEREMOS A ETERNIDADE. 
Então nós, os que estivermos vivos, seremos levados nas nuvens, junto com eles, para nos encontrarmos com o Senhor no ar. E assim ficaremos para sempre com o Senhor. (1Ts 4:17) 

O maior tesouro prometido aos homens, não são os tesouros da terra. Na terra o homem pode até enriquecer e possuir muitos bens, mais o céu é o lugar onde nossos bens serão eternos. A grande diferença, é que para ser rico na terra, não é preciso necessariamente ser crer no Senhor Jesus. Aliás, uma massa grandiosa de ricos na terra, não o reconhecem como Senhor de suas vida, no entanto são ricos e possuem muitos bens. “Os maus são assim: eles têm muito e ficam cada vez mais ricos.” (Sl 73:12)As vezes agimos como Asafe, por um momento não entendemos isto. Talvez, como Asafe não pensamos no céu, chegando ao ponto de desanimar em nossa fé. Parece que não adiantou nada eu me conservar puro e ter as mãos limpas de pecado. (Sl 73:13).  Quando nos esquecemos do céu, e só pensamos na terra, tendemos a achar que Deus nos desamparou, porque algumas pessoas, prosperam e enriquecem, outras passam por muitas dificuldades. Então eu me esforcei para entender essas coisas, mas isso era difícil demais para mim. (Sl 73:16). 

Se só pregamos a terra, é porque achamos que o evangelho serve somente para nos conduzir a usufruirmos dos “bens desta terra”.Tudo bem, Deus até prometeu para Israel que eles comeriam do melhor desta terra, mais para a Igreja, a promessa e de herdar o céu. Somente quando Asafe entendeu esta verdade, ele conseguiu viver toda a plenitude de Deus em sua vida. Porém, quando fui ao teu Templo, entendi o que acontecerá no fim com os maus. (Sl 73:17).

O fim dos maus não é o céu, Asafe conseguiu entender isto. No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? (Sl 73:25). O céu é um lugar real onde Deus reservou a nossa morada. A terra é somente um lugar onde nos preparamos para esta “mudança”. Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, ele é tudo o que sempre preciso.  Os que se afastam de ti certamente morrerão, e tu destruirás os que são infiéis a ti.  Mas, quanto a mim, como é bom estar perto de Deus! Faço do SENHOR Deus o meu refúgio e anuncio tudo o que ele tem feito. (Sl 73:26-28) 

Em fim, o céu é o lugar real e no céu nós vamos morar para todo o sempre. A respeito do céu podemos afirmar: 

1. NO CÉU VIVEREMOS SOB A SOBERANIA DE DEUS .
A presença de Deus no céu é confirmado pelas expressões do Salmista em vários de textos sempre mostrando sua soberania e poder governante. Lá do céu o SENHOR Deus olha para a humanidade a fim de ver se existe alguém que tenha juízo, se existe uma só pessoa que o adore.” (Sl 14:2). “O SENHOR Deus olha do céu e vê toda a humanidade. (Sl 33:13) 

2. O CÉU FOI PREPARADO PARA NÓS. 
Não só temos um lugar garantido pelo Senhor Jesus, como a Bíblia enfatiza que todas as nossas recompensas receberemos quando ali chegarmos.. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês. (Mt 5:12) 

A única coisa que temos que fazer é permanecer fiel ao Senhor Jesus. Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus. (Mt 5:20) 

Morar com Deus será o nosso destino final. Nossa eternidade será com Deus, onde Deus está. Ouvi uma voz forte que vinha do trono, a qual disse: —Agora a morada de Deus está entre os seres humanos! Deus vai morar com eles, e eles serão os povos dele. O próprio Deus estará com eles e será o Deus deles. (Ap 21:3). Jesus preparou este lugar para nós através de seu sacrifício na cruz do Calvário. E, depois que eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também. (Jo 14:3). 

3. O CÉU FOI CONQUISTADOS PARA NÓS OS SALVOS.
Jesus comprou a nossa salvação pagando um preço muito alto. Somente através do Senhor Jesus poderemos chegar ao céu. Aquela água representava o batismo, que agora salva vocês. Esse batismo não é lavar a sujeira do corpo, mas é o compromisso feito com Deus, o qual vem de uma consciência limpa. Essa salvação vem por meio da ressurreição de Jesus Cristo. (1Pe 3:21).

Nossa felicidade não está condicionada a terra, nossa felicidade está condicionada ao céu. É um privilégio termos o direito de entrar no céu Felizes as pessoas que lavam as suas roupas, pois assim terão o direito de comer a fruta da árvore da vida e de entrar na cidade pelos seus portões! (Ap 22:14) 

CONCLUSÃO:
No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? (Sl 73:25) 



sábado, 4 de março de 2017

WORKSHOP HOMILÉTICA PART IV


A homilética e A PREGAÇÃO
2 Timóteo 2.15 
Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 

Introdução: O Sermão, o que é mesmo?
Aff já esqueceu? Vamos recordar! O sermão é a explanação da palavra de Deus de maneira didática no sentido de trazer entendimento aos ouvintes. Existem alguns elementos básicos que dão ao sermão uma estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem. Vamos analisá-los? Podemos começar lembrando o aspecto fundamental da pregação: A Bíblia! Ela é a nossa principal fonte de inspiração. Sermão sem texto bíblico se compara a uma árvore cortada na raiz. É algo como um poço sem água. Pregar sem a Bíblia é o mesmo que oferecer ao faminto um prato vazio... Sem a comida que pode lhe saciar a fome. Assim, Qualquer explicação ou explanação de um assunto requer quatro importantes elementos:
→ Organização. Estrutura.
→ Ordenação. Disposição em ordem.
→ Lógica. Coerência.
→ Clareza. Expressão Inteligível ou que se perceba facilmente.

Calma, ainda não acabou...
Então se preparem, vem coisa a pampa pela frente... Os Elementos Básicos dos quais falamos são os seguintes:

1. Alvo ou objetivo. Além da mensagem temos também de desenvolver o alvo. Como fazemos isso? Podemos começar observando o público para o qual falaremos. Jovens, Adultos, Crianças, Crentes maduros ou Pessoas não crentes? O culto tem alguma “razão” especial? Aniversário, datas comemorativas, congressos? Mas não esqueçam o objetivo principal é sempre o de apresentar aos nossos ouvintes a Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

2. Texto bíblico - O texto é a porção da Bíblia que usaremos como ponto inicial e que dará margem ao desenvolvimento da nossa mensagem. Sugerimos que seja um texto de fácil interpretação, assim evitaremos possíveis desencontros. Imagine começarmos a falar e nos perdermos na explanação do texto! Pregador sem bíblia é como um profissional sem ferramentas.  Pregador sem conhecimento bíblico é pior... Por isso o texto deve ser escolhido com antecedência.

3. Tema– O ajuda pontuarmos o ouvinte dentro da ideia do que pretendemos passar. É bom que o tema seja anunciado assim que começarmos a nossa fala. Ele apresenta uma breve descrição do assunto sem preocupação de detalhamento. O tema é diferente do título. O título vai apresentar um nome que damos ao sermão enquanto que o tema indica o assunto que trataremos no sermão.

4. Introdução – A introdução é o ponto de contato que vai nos aproximar dos ouvintes com uma noção ou explicação do que vai ser falado.  Ele provoca interesse e despertar a atenção dos nossos ouvintes. Mas Cuidado! Não deve ser muito longa para não atrapalhar o tempo da mensagem e cansar os ouvintes.

5. Corpo - É a “arrumação” das partes do sermão, onde fica todo o conteúdo da mensagem. Deve ser ordenado de forma lógica e precisa, pois nele distribuímos os tópicos de nossa mensagem. 

6. Conclusão – É o ápice da nossa mensagem e precisa ser baseada no objetivo especifico da mensagem. É simplesmente uma síntese trazendo uma aplicação final a vida dos ouvintes. Conclusão não é pregação e nem repetição detalhada de tudo o que foi pregado. Deve ser simplesmente empolgante a ponto de levar os ouvintes a receberem o que foi pregado.

7. Apelo – Este é o momento final, Não o diagnóstico para o resultado da mensagem. Existem pessoas que acham que teve sucesso na pregação se houve conversões, línguas ou coisas do gênero. Isso é ilusão. O importante na mensagem é alcançar a consciência, o coração e a vontade dos ouvintes. Todo resultado devem estar sob a coordenação do Espírito Santo. O pregador não tem poder de convencimento, esta tarefa pertence a Deus.

PENSOU QUE TINHA ACABADO? ENGANOU-SE...
VAMOS PREPARAR NOSSO ESBOÇO!
II. O Texto
O termo texto deriva de uma palavra latina “textu”, que significa “tecido”, O texto é a porção que vamos escolher na Bíblia na qual nosso sermão será desenvolvido. O texto pode ser um, mais de um ou apenas parte de um versículo. Mais é fundamental um bom trabalho na escolha de textos para a pregação.

1. Princípios...
Alguns princípios e regras vão merecer nossa total atenção para evitarmos interpretações distorcidas e erros primários. Portanto é bom escolhermos fáceis, mas textos que...

  • Expressem um pensamento completo, isto é, texto que caminhe de mãos dadas com sermão. Não tem como ler um texto como o Cego de Jericó e pregar sobre Zaqueu o Publicano. Não faz sentido algum.
  • Sejam claros que não necessitem de estudos profundos. Vamos evitar textos difíceis, de várias interpretações, com termos originais complicados, será melhor deixá-los para momentos mais específicos, tipo um estudo bíblico. Vamos pegar leve... O povo precisar caminhar com agente na mensagem!
  • Sejam objetivos e respondam as necessidades espirituais, físicas, morais e materiais dos ouvintes. Vamos falar a pessoas, por isso é bom contar com o Espírito Santo, somente Ele tem condições de alcançar as necessidades do ser humano. A pregação é o momento de Deus falar, então vamos nos colocar no nosso lugar... O de simples mensageiros. Lembrar-se de 1Co 9.16 deve ajudar!
  • Que estejam dentro dos nossos limites de capacidade não haver desapontamento. Nada de tentar impressionar os ouvintes com textos, palavras ou expressões difíceis. Não subimos ao púlpito para impressionar ninguém, mas também não estamos ali para passar vergonha... Por isso é bom escolhermos textos dos quais tenhamos algum domínio deles. Será bem mais prático!
  • Que legitimem o tema do sermão. Os textos escolhidos devem ser como um selo de autenticação da Mensagem. Legitimamos o assunto que estamos pregando escolhendo textos que caminhe junto com ele. 
  • Que despertem o interesse do auditório, textos dinâmicos. Os textos escolhidos devem produzir nos ouvintes o desejo de ouvir o que temos a dizer.  Com textos muito difíceis corremos o risco de perder a atenção logo no princípio. 
  • Que possa ser lembrado com facilidade por nós e pelos ouvintes. É o maior mico esquecermos o texto em que iniciamos a mensagem... Se não tiver esboço, então é melhor ir devagar, um texto conhecido pode facilitar. Existem textos tão difíceis que em poucos minutos depois de lidos, ninguém mais consegue se lembrar dele, nem nós!  Aff! Isto é melancólico...

2. AINDA TEM MAIS ALGUMAS REGRINHAS...
Na formação da base do sermão, algumas regrinhas determinam a interpretação do texto. A esta altura, Evitar desvios doutrinários de interpretações é fundamental para não acarretarmos danos aos ouvintes e a Igreja. Seguem algumas regrinhas que devem nos trazer preocupação.

  • Interpretação fiel e correta do texto.  
  • Como diz Paulo em 2Co 2.17, nós não somos “Falsificadores da Palavra” por isso, É nosso dever interpretar corretamente e aplicar o texto de acordo com o sentido real, verificando se a linguagem é literal ou simbólica. Não vamos expor nossas suas ideias, vamos pregar a Palavra de Deus. Conhecer um pouco da Hermenêutica pode ajudar bastante. Quem sabe não é este um bom tema para um próximo Work Shop...
  • Recorrer ao contexto.
  • Existem textos que isoladamente podem parecer estranhos, examinar o contexto, isto é, que precede e o que sucede ao texto costumam elucidá-lo. Em razão disso ao escolhermos um texto, A leitura do texto nos trará um conhecimento global daquilo que iremos falar, mesmo se formos usar apenas parte de um texto.
  • Explicar a Escritura pela Escritura.
  • A Bíblia esclarece o que ensina, portanto o confronto da Bíblia com a própria Bíblia resolve as aparentes contradições e esclarece o texto, enriquecendo-o, o definido e completando-o.

UFA... FINALMENTE podemos SEGUIR EM FRENTE!

I. O CORPO DO SERMÃO.
O corpo do sermão é o local aonde vamos distribuir de maneira uniforme os pontos da nossa mensagem que deve ser desenvolvida com calma, observando cada detalhe atenciosamente. Nada de pressa! É preciso de tempo para desenvolver o esboço. E para com aquela conversa de “Deus mudou minha mensagem” só porque não se preparou...

1. O TEMA do sermão, o que é como se faz?
Pare de choro! Já sabemos o que é o tema, agora veremos apenas uns detalhezinhos em relação a ele. Mas fique calmo! São apenas alguns aspectos básicos, nenhum bicho de sete cabeças. Pra começar basta sabermos que Temos pelo menos duas formas de temas:

® A Forma lógica. Aquela que o tema apresenta um pensamento de modo resumido. Exemplo: “A fé, o firme fundamento de Deus”. 

® A Forma retórica. É a forma que não requer uma expressão de pensamento completo e facilita nossa criatividade na formação do tema mais objetivo. Este tipo de tema é geralmente expresso por uma frase: Exemplo: “A fé em Deus, o que é?”.

2. TIPOS DE TEMAS.
Para o tema precisaremos de três coisinhas básicas: Criatividade, hábito da leitura da Bíblia, e visão global do sermão que iremos pregar. O tema do sermão pode ser:

® Interrogativo: Uma pergunta que devemos responder no desenvolvimento do sermão. Exemplos: “Que farei de Jesus?” “O Sangue de Cristo é suficiente para nos salvar?”.

® Lógico Ou Explicativo. Já na apresentação mostramos aos ouvintes a verdade que deveremos expressar. Exemplo: “O que o homem semear, isto também ceifará”.

® Imperativos: Estes temas se apresentam em forma de ordens ou Mandamentos. São Caracterizados pelo verbo no modo imperativo. Exemplos: “Enchei-vos do espírito!” “Não sejais incrédulos!”.

® Enfáticos; Aqui Realçamos o aspecto que desejamos apresentar durante o sermão. Exemplos: “Só Jesus salva”. “Dois tipos de cristãos”.

® Geral: Este tema mais Abrangente. Aborda um assunto de forma geral sem especifica-lo. Fica ao nosso cargo as definições necessárias a mensagem. Exemplo: “A fé, a esperança e o amor...”.

3. Título e tema é a mesma coisa?
Não, mas pode se confundido! O título é o nome que damos ao sermão, é o encabeçamento. Tem o propósito de mostrar a linha de pensamento que apresentaremos. Já o tema envolve um pouco mais, o TEMA envolve o “todo” do sermão, é a apresentação do assunto que abordaremos.  O título é apenas o nome que damos deste “todo”.

PROPOSIÇÃO...  Isto morde? 
Proposição, como o nome sugere, não é nada mais do que uma declaração concisa e resumida do que vamos apresentar no sermão. A proposição envolve o esboço do sermão, e este desenvolve a proposição. AFF! É MUITA TEORIA PRA NOSSA CABEÇA...

II. A ESTRUTURA DO SERMÃO.
Podemos dividir nosso sermão em pelo menos três partes principais ou essenciais que formarão a sua estrutura. Vem mais teoria por aí... Estamos mesmo interessados ainda em vermos um a um? Ou já deu?

1. INTRODUÇÃO OU EXÓRDIO.
Começar é quase sempre a parte mais difícil por isso temos a introdução onde procuramos envolver nossos ouvintes despertando neles o interesse e curiosidade. A introdução é nosso ponto de contato com os ouvintes, sendo assim, pode ser a última coisa a ser feita na preparação do sermão. A introdução é a ponte entre o tema e a primeira divisão da mensagem. Em regra, a introdução de incluir uma só ideia, por isso deve ser breve, apropriada, interessante e simples. Cuidado com a hora!

a) TIPOS DE INTRODUÇÃO.
Tem mais... A introdução deve apresentar características como, clareza e simplicidade, devendo ser uma espécie de elo com o corpo do sermão com uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada não devendo prometer mais do que se pode dar. Evite ficar se desculpando durante a introdução, isto traz uma má impressão. Podemos usar um destes tipos de introduções para iniciar nosso sermão:

® Ilustrativa. Pode ser uma história que contada explique e esclareça o assunto que vamos desenvolver.

® Definição. Explicamos detalhes de um conceito que temos a desenvolver. Damos significados de símbolos, termos e assuntos que provavelmente o ouvinte não conheça. 

® Divisão. É Quando falamos de características opostas e mostramos os dois lados da moeda. 

® Convite. Nesta introdução Convidamos o ouvinte para participar e interagir. Levamos o ouvinte à ação, usando verbos no imperativo. Como, por exemplo, Is 55 onde predominam verbos como (vinde, inclinai, vede, buscai, deixe, invocai etc.) no IMPERATIVO, caracterizam um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte está sendo estimulado a agir, fazer ou participar.

® Interrogação – Fazemos uma pergunta que deverá ser respondida no corpo do sermão. 

® Suspense. A mensagem principal esta oculta e será esclarecida no corpo do sermão.

® Alusão histórica. Explicamos contextos históricos que será aplicado a mensagem falando de época, países, costumes, tradição, etc.

2. PLANO OU CORPO DO SERMÃO.
Aqui requer máxima atenção! A estrutura ou o plano é parte principal do nosso esboço. Ele deve indicar a ordem das divisões. É o esqueleto com as partes colocadas em seus lugares, com ordem própria nas divisões onde cada ponto corresponde a outro ponto. Deve existir ordem lógica entre os pontos e sub-pontos da mensagem. Cada divisão do corpo obedecerá a uma ordem ascendente com os argumentos mais fracos aumentando em força à medida que progridem. A ordem do esboço deve ser ainda “cronológica” e ter evolução natural de um ponto principal para o outro. A transição entre os pontos deve ser suave, havendo uma ponte entre estas passagens. As divisões precisam ser pertinentes as necessidades presentes e o tempo do sermão.


a) ESPERE UM POUCO, ME DIGA COMO É QUE EU POSSO RETIRAR PONTOS DO TEXTO?
® Primeiro, Lendo todo o texto. Ex.: At 2: 37-47 (Nada de preguiça!)
® Procurando a ideia principal do texto. (subtema, o contexto, e a situação)
® Procurando os principais verbos e seus complementos existentes.
® Criando frases (divisões) que passem ideia que esteja ligada com a mensagem que vamos pregar.
® Organizar as frases dentro da ideia principal.

III. ESTÁ PRONTO NOSSO ESBOÇO?
Sim está quase pronto! Mas temos que ter outro cuidado. Devemos apresentar as divisões de retiramos do texto, de forma ordenada evitando uma confusão de ideias. Afinal nosso ouvinte entender o que falamos. Cada divisão, subdivisão, ilustrações e explicações terão de apontar na direção do alvo e em ordem de interesse. Cada ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja repetição. As frases devem ser breves e claras. As divisões devem indicar a linha de pensamento que apresentaremos no sermão.

1. Ilustrações.
Está pensando em enriquecer sua mensagem? Então é uma boa ideia usar este recurso. Mas cuidado, na aplicação! O significado de ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um exemplo. Se usarmos bem as ilustrações, poderemos despertar interesse desafiando e estimulando nosso ouvinte, elas valorizam e vivifica a mensagem além de nos relaxar um pouquinho. Porém, A ilustração não substitui o texto bíblico! Sua função é psicológica e didática tornando mais claro o que o texto vai revelar. Devem ser simples e estarem correlacionadas com a mensagem, fornecendo fatos de interesses humanos tendo um ponto alto ou clímax. Devemos utilizar no máximo duas ilustrações por sermão sempre aplicando ao texto bíblico, e sendo  comentadas com simplicidade e naturalidade.   A ilustração pode ser:

® Histórica e Contextual: Quando aplicamos um conhecimento histórico ou explicação do contexto em que o texto esta inserido. Exemplos: Fundo da agulha, aponta para uma Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades de passar com os camelos. Mt 19.24.

® Conhecimento Intelectual: Envolve o nosso conhecimento científico, psicológico, técnico ou cultural. Exemplos. Técnico Científico: A antena da TV recebe todas as frequências ao mesmo tempo entretanto, quando escolhemos um canal, através da sintonia, estamos selecionando uma determinada frequência.

® Metafórica ou Alegórica: Quando empregamos figuras metafóricas como uma historia bíblica, secular ou até mesmo folclórica.

® Experiência Pessoal: Testemunhos que relatamos de fatos verídicos que demonstram a atuação de Deus, através de milagres. Pode nosso ou de outras pessoas. Todas as respostas que Deus atendeu realizando curas, transformações, salvação, livramentos, libertação, etc.

2. CONCLUSÃO OU PERORAÇÃO o que é e como deve ser?
A conclusão é o clímax do sermão, o momento de apresentação e aplicação final da mensagem. Se não tivermos uma conclusão, corremos o risco de ficar dando voltas e até se envolvendo em outros assuntos sem nenhuma relação com a mensagem. A conclusão deve apontar para o objetivo especifico da mensagem, deve ser clara e especifica, pode trazer um breve resumo do sermão e ter aplicação direta à vida dos ouvintes. Mas nunca se esqueça... Ela deve ser pequena! Você já pregou tá na hora de terminar... Olha a hora, vigia!

Uma boa conclusão proporciona aos ouvintes satisfação, no sentido de ter esclarecido completamente o objetivo da mensagem. Para a conclusão podemos ter várias aplicações, como:

® Recapitulação. Implica em relembrarmos, sucinta e dinamicamente os pontos principais, os pensamentos chave, os pontos fortes e positivos. Mas lembre-se, sem discuti-los outra vez!
® Narração. Narrar um fato que possa servir de aplicação à mensagem que pregamos.
® Persuasão. Levar os ouvintes a uma decisão. Nem sempre a decisão será um sim...
® Convite. Enquadrar o propósito específico da pregação.
® Apelo. Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte. Apelo não e apelação. Dois tipos de apelo:
· Conversão/reconciliação. Aos ímpios e aos desviados.  Restauração. A igreja

III. Tipos de sermão.
Tradicionalmente encontraremos praticamente em todas as obras de homilética, três tipos básicos de sermões. São eles: Sermão Temático, Sermão Textual e Sermão Expositivo. Sempre usaremos um deles.

1. O Sermão Temático.
Este é o tipo de sermão cujos argumentos ou divisões resultam do tema, mas independem do texto. Toda a argumentação estará amarrada no tema, e neste caso, o que será dividido é o tema e não o texto, o que nos permitirá utilizar vários textos bíblicos. A Determinação do assunto nos orientará na procura dos textos, das ilustrações e dos pensamentos que deverão apoiar a mensagem. Um Cuidado, uma vez escolhido o texto, devemos procurar nos deter dentro dele.

a) BELEZA, MAS PODE DAR UM EXEMPLO?
Claro que podemos. Vejamos então...
Título: A Tríade do Cristianismo.
Texto: Tito 2.12
I. Renuncia. Rm 6.19
II. Modo de vida. 1Tm 6.11-13
III. Esperança. 1Pe 1.13
Conclusão: 2Co 7.1
Reparem que cada tópico (divisão) apresenta uma característica do “Cristianismo” proposto pelo tema, mas, para cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a “A Tríade do Cristianismo” que é abordada em diversos textos bíblicos. É necessário aplicarmos um texto bíblico em cada divisão do tema para não atrair muito a atenção para nós em detrimento da palavra de Deus. Devemos também evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas. O sermão temático exige do pregador cultura geral e teológica, criatividade, estilo apurado, contudo, o sermão temático conserva melhor a unidade.  

b) COMO RETIRAMOS IDEIAS E ARGUMENTOS (DIVISÕES) DO TEMA?A

  • Escolhemos o tema. Criamos frases, retirando dos textos bíblicos ou de outras fontes.
  • Analisamos o tema. Podemos fazer isto repetindo várias vezes, e refletindo sobre o mesmo.
  • Perguntarmos o que devemos falar sobre o tema, ou o que o povo está precisando ouvir.
  • Extraímos a principal palavra ou frase do tema. Ela pode se repetir nos argumentos.
  • Separamos no mínimo três argumentos ligados ao tema.
  • Pesquisamos passagens bíblicas que se refiram aos argumentos que usaremos no desenvolvimento.
  • As divisões são explicação ou respostas do tema.  


2. Sermão Textual.
O sermão textual, como o nome indica utiliza argumentos ou divisões retirados diretamente do texto bíblico. É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será dividido em tópicos.  As divisões do sermão textual podem ser feitas de acordo com as declarações originais do texto. Ou utilizarmos uma análise mais apurada baseando-se em perguntas como: Onde? Que? Quem? Por quê? Que deverão ser respondidas pelas declarações ou frases do texto. Podemos ainda dividir por inferência, as orações textuais reduzindo-as a expressões sintéticas que encerra o conteúdo.   

a) JÁ SEI, TAMBÉM QUER UM EXEMPLO...
Título: As Três Ações que Movem o Coração de Deus.
Texto: 2 Crônicas 7.14
I. Humilhação. 
II. Oração.
III. Busca
Conclusão: “Então Eu ouvirei dos céus...”

b) COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO para um sermão textual?
1. O principal, Ler o texto em sua totalidade.   
2. Procurando identificar a ideia principal do texto. Observando o subtema, o contexto, e a situação.
3. Identificando os principais verbos e seus complementos. Lembrando-se que verbo é sempre uma ação.
4. Procurando com cuidado os sentidos expressos nas representações simbólicas, metáforas e figuras.
5. Com base nos verbos e significados retirados criamos frases (divisões) que serão os complementos e que, passarão a ideia da mensagem a que pregaremos.
6. Organizar as frases dentro da ideia principal.

Repare que cada tópico ou divisão apresenta um termo ou uma passagem do texto, o que nos dá condições de explorar bem o texto. As divagações e generalizações vazias e inexpressivas devem ser evitadas. O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.  

3. Sermão Expositivo.
Este tipo de sermão utiliza argumentos que giram em torno da exposição exegética completa do texto. Surge de uma passagem bíblica com mais de dois ou três versículos, e é o método considerado mais difícil, porém apreciado por pessoas que se dedicam à leitura e ao estudo da bíblia. Neste tipo de sermão fazemos uma análise de línguas, interpretação, pesquisa arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.  Ele explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição completa de um trecho mais ou menos extenso. É uma aula em forma de pregação, uma análise pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo do sermão requer do pregador cultura teológica e poder espiritual. Teoricamente este tipo de sermão difere do sermão textual, principalmente pela extensão da passagem bíblica em que se baseia.

a) CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO
1. Planejamento. Neste sermão o cuidado deve ser redobrado, pois geralmente falamos de assunto de grande relevância espiritual e difícil interpretação. Conhecimento bíblico é fundamental para o planejamento.
2. Poder de abordar um grande texto ou uma passagem curta. Pouco importa o tamanho do texto, o que mais importa é o domínio que exercemos em matéria de conhecimento do mesmo.
3. Interpretação mais fiel. O uso da Hermenêutica pode ser fundamental na preparação.
4. Análise profunda do texto. Refazer a leitura quantas vezes se fizerem necessárias.
5. Tempo de estudo dos pontos difíceis.
6. Pode ser abordado em série.    

Neste tipo de sermão a unidade e as ideias subsidiárias devem ser agrupadas com base em uma ideia principal.  Não é suficiente apresentar só tópicos ou divisões.

MAIS EXEMPLO... E ACABOU...
Título: A Ressurreição do Corpo.
Texto: 1 Coríntios 15.35-38
Introdução: Definição do termo Ressurreição.
I. Razões da Ressurreição do Corpo. Rm 8.22,23
1. Desfazer o Corpo do Pecado. 1 Co 25.26
2. Desfazer os resultados do Pecado. 1 Co 25.26
II. Como será o Corpo ressurreto?
1. Um Corpo Semelhante ao de Jesus. Rm 8.29
2. Um Corpo Transformado para o céu. 1 Co 15.42
3. Um Corpo não Limitado a Leis da Natureza. Lc 24.30,31
Conclusão: 1 Coríntios 15.35

Ufa! Finalmente terminamos...

Uma Palavra...
O Work Shop de Homilética está chegando ao fim. Este foi um projeto que nasceu no coração de Deus e imediatamente frutificou no coração do Pr Jorge Ocaci. O objetivo deste encontro não foi o de ensinar pregadores a pregar muito menos ensinadores a ministrar o ensino. Nosso objetivo juntamente com o Pr Jorge Ocaci e os pastores Edson Marcelino e Wellington, foi o de trazer um incentivo aos membros e obreiros, principalmente desta igreja, a uma busca profunda e mais atenta de conhecimento em relação a obra do Senhor. Nosso objetivo principal foi chamar a cada um dos participantes à responsabilidade e ao entendimento de que significa subir ao púlpito para anunciar a mensagem da Palavra de Deus. Lembrar que quando assumimos tal responsabilidade, assumimos uma identidade digna de respeito. Por isso, neste Work Shop procuramos tratar cada um de vocês de maneira respeitosa e digna da função que estão ou estarão assumindo. Falamos de postura, pois entendemos que alguém que assume tão importante dom, deve portar-se como alguém a altura do mesmo.  Espero que este tempo que passamos juntos hoje tenha sido grande valia ao seu ministério.

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AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL SEGUNDA PARTE

  Texto Básico: Dn 9.25,26,27 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, s...