quinta-feira, 25 de maio de 2017

SALA DE ESTUDOS - HERMENÊUTICA

Sala de Estudos

Introdução: Hoje é nosso primeiro dia Sala de Estudo. Iniciamos agora uma nova reunião onde teremos o privilégio de nos assentarmos para juntos estudar a Palavra de Deu. Nosso tempo será pequeno, mas nosso estudo será feito com muita calma, nada de pressa, nada de ficar "devendo" qualquer da matéria. Nesta sala não existe ninguém com qualidade superior aos demais, todos os que aqui estiverem serão visto como servos do mesmo Deus,  com o nome escrito no mesmo livro e co a mesma incumbência, a de pregar e viver a Palavra de Deus. Então, a Sala de Estudo deverá ser uma reunião que vai girar em torno de uma conversa, sempre com a Bíblia aberta. Tudo que aqui for dito ou ensinado, deve ter na Bíblia seu fundamento. Não será o que pensamos ou achamos, mais será o que Deus deixou registrado na Sua Palavra. Todos terão direito de falar, sem brigas, mas com muita vontade de aprender e ensinar o que sabe!

Vamos começar nossa Sala de Estudos conversando a Hermenêutica e sobre a arte de subir ao púlpito e pregar a Palavra de Deus! Isso não quer dizer que em nossa Igreja não temos sido abençoada com inúmeros pregadores, e ainda mais, a grande a maioria dos pregadores que sobem em nosso púlpito, são membros desta casa, e isto nos deixa muito orgulhosos. Mas, porque não estudarmos mais um pouquinho e buscar melhorar ainda mais a nossa pregação? Bem, se você está aqui hoje é porque está disposto a mergulhar nestas águas e deixar que o Espírito Santo te conduza nessa importante missão. Seja então bem vindo, e lembre-se sempre: Nesta Sala, toda honra, toda glória e toda adoração será sempre ao Senhor Jesus!

Bom Estudo!

Homilética, a arte na preparação do sermão
Texto Bíblico: Lc 4. 18-22 O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos 
e proclamar o ano da graça do Senhor.
Não temos como negar que sempre, ou quase sempre, que somos avisados que seremos o pregador da noite? Sentimos um certo "friozinho" na barriga. Por incrível que possa parecer, esta, na verdade, parece ser uma reação normal. Sentimos este desconforto, esta sensação de enjoo e às vezes até mesmo medo, simplesmente por aquilo que chamamos de "DESPREPARO". Tememos que na hora em que subirmos no púlpito e tivermos de encarar a Igreja de frente, não suportemos a pressão e não saia sequer uma palavra daquilo que planejávamos falar. Tememos que na hora, aquela vontade de sair correndo da igreja, se consuma! Mas vamos pensar em uma coisa: Isto só vai acontecer, por duas razões: Não nos preparamos para este momento, ou porque somos preguiçosos mesmo, aí o melhor e sair corrento mesmo! Mas, se estamos dispostos a nos preparar para assumirmos o púlpito, anime-se pois temos algumas ferramentas simples que estão a nossa disposição e podem nos auxiliar a nos preparar para este momento.

Para nos ajudar a administrar o que chamamos de "dificuldade" na pregação, temos um estudo prático conhecido como HOMILÉTICAA homilética com certeza é um grande auxílio a nossa disposição para o auxílio no preparo de algo tão prazeroso que é a pregação da Palavra de Deus. Que tal então, começarmos imediatamente a buscar estes auxílios?

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A PREGAÇÃO.
2Tm 4:24 prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longaminidade e ensino…
Para começar vamos procurar conhecer os princípios básicos que a hermenêutica coloca a nossa disposição. Ela nos apresenta pelo menos quatro princípios básicos, e para um bom entendimento entre pregação e pregador, estes princípios não devem ser desprezados, pois eles poderão nos ajudar muito no desenvolvimento e no preparo da mensagem que iremos pregar. Se levarmos isto a a sério, logo veremos um resultado extraordinário no Ministério da Palavra em pleno desenvolvimento em nossas vidas. Então Vamos ver cada um deles separadamente e com muita calma?. Embora nosso tempo seja bem curto, faremos isto com muita calma!

Para inicio de conversa é bom sabermos que toda mensagem a ser pregada no púlpito da Igreja, deve ser recebida diretamente de Deus. Nossa missão será apenas trabalhar a mensagem recebida Dele, no sentido de deixá-la apresentável aos ouvintes de maneira que as pessoas que nos ouvirem consigam entender exatamente o que Deus quer falar através de nós. A mensagem será sempre recebida como resultado principalmente da leitura, do estudo e da meditação na Palavra de Deus. Mas é bom que o pregador seja um bom observador, pois muitas coisas que acontecem a nossa volta podem ser temas de excelentes mensagens. e porque não falar da leitura de bons livros. Mas, sempre procurando sempre saber quem é o autor do livro e a qual denominação ele pertence, para que não sejamos traídos por heresias e venhamos falar ensiná-las na a Igreja. Muito cuidado!

A Bíblia sendo a revelação de Deus aos homens, precisa ser nossa principal fonte de inspiração. Se não temos como ler e estudar a Palavra de Deus teremos dificuldades para pregar a Palavra. Aí, o melhor mesmo será procurar outar coisa para fazer na Igreja!

O pregador em si mesmo, não é uma pessoa especial em relação aos demais crentes. Ele é simplesmente alguém que busca de Deus, pelo menos, três características importantes, a Saber: Ele busca conhecer o seu chamado, busca incansavelmente adquirir conhecimento e,  se buscar a experiência no ato de pregar. Tendo estas características, não impedem que alguém salvo em Jesus Cristo, seja um pregador. Visto isto, qualquer um de nós podemos exercer este importante trabalho, e exercer com maestria. Uma coisa importante a ser observada é que nestas três características apenas uma delas depende da ação divina as outras duas dependem inteiramente da nossa aplicação e busca como pregadores da Palavra.

1. O CHAMADO. 
1Co 9:14 – “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho;
Sabemos que todos os Salvos em Jesus Cristo receberam uma ordem para pregar e disseminar o evangelho a todas as criaturas. No entanto nem todos tem um chamado específico no sentido de assumir um púlpito para a pregação. Assim, podemos dizer que pregar o evangelho é tanto um direito como um dever, mas, há porém, um chamado específico para o que a Bíblia chama de ministérios que dentre os quais destacamos o ensino, (Mestre), o cuidado (Pastores), e a pregação da Palavra de Deus (profetas). São honras que ninguém deveria tomar para si mesmo, senão quando é chamado, e mesmo assim, toda honra deve ser dada ao Senhor Jesus. A UNS ESTABELECEU DEUS NA IGREJA, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiros lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 1Co. 12,27,28

O chamado, ou vocação ministerial deve ser a primeira característica que o crente desejosos de pregar a Palavra deve buscar. Um pregador que tem um chamado de Deus, geralmente se empenha no sentido de estar sempre preparado para o bom desempenho de seu ministério. Assim esperamos!

2. O CONHECIMENTO. 
Pv 1:7 O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina. 
Aqui temos uma característica que depende inteiramente de nosso próprio empenho. Conhecimento a ideia ou noção que temos em relação a alguma coisa. E podemos enumerar alguns graus ou tipos de conhecimentos.

→ O Conhecimento sensorial. É o conhecimento comum entre seres humanos e animais.
→ O Conhecimento intelectual. É o raciocínio, o pensamento do ser humano.
→ O Conhecimento popular. É a forma de conhecimento de uma determinada cultura.
→ O Conhecimento científico. São análises baseadas em provas.
→ O Conhecimento filosófico. É à construção de ideias e conceitos.
→ O Conhecimento teológico. É o conhecimento adquirido a partir do estudo da Bíblia.

Destes tipos de conhecimento, dois deles se destacam em escalas diferenciadas. São eles o Conhecimento Científico e o Conhecimento Empírico.

Conhecimento científico. É um conhecimento real que lida com ocorrências ou fatos, constituindo um conhecimento ou hipóteses que tem sua veracidade ou falsidade comprovada através da experimentação e não apenas pela razão como acontece no conhecimento filosófico.

Conhecimento empírico conhecimento empírico, é aquele que adquirimos no decorrer do dia, a dia por meio de tentativas e erros num agrupamento de ideias; o conhecimento empírico não precisa ter comprovação científica.

No nosso caso aqui a ser exposto, para o desenvolvimento do Ministério profético, que é o ministério do pregador, o conhecimento é fundamental, principalmente o conhecimento bíblico,ciêntifico. A Bíblia deverá ser sempre a nossa fonte de inspiração.

Alguém pode estar perguntando, como se adquire um bom conhecimento da Palavra de Deus? A resposta é elementar: Pelo estudo aplicado das Escrituras, e nesse caso, a Igreja será fundamental pois deverá manter os auxílios nescessários. Seminários, EBD, Culto de Estudo e agora a Sala de Estudo são as ferramentas que temos no momento que poderão nos ajudar. Mas não será demais sempre nos lembrar que qualquer pessoa interessada neste ministério deve buscar conhecimento da Palavra e se dedicar nesta busca. Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seu coração, estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Cl 2:2-3

3. A Experiência.
A experiência é a característica que se evidenciará no nosso dia dia. Ela é um um aprendizado, obtido através da prática ou da vivência que em pouco tempo poderemos adquirir.

Não podemos no entanto confundir Experiência no sentido da obtenção do conhecimento e desenvolvimento do Ministério com supostas experiências sobrenaturais. Estamos em um momento da história do cristianismo no qual se buscam de maneira desordenada as experiências espirituais em detrimento da doutrina bíblica. Não se trata de negarmos a legitimidade de algumas experiências espirituais, afinal a Bíblia está repleta delas. O novo-nascimento, por exemplo é uma experiência espiritual, de caráter pessoal Jo 3.3-5 Em resposta, Jesus declarou: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo” Perguntou Nicodemos: “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!” Respondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito.

A vivência no evangelho é um experiência, que mostra o resultado de uma vida transformada pelo conhecimento das Escrituras. Isto é “experiência”. 2 Co 5.17 Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!

Assim, toda experiência espiritual deve ser analisada à luz da Bíblia Sagrada, sendo esta superior em autoridade àquela.

No caso da pregação, temos a experiência como o conhecimento desenvolvido pela prática. O pregador tem chamado, tem conhecimento mas precisa saber desenvolver na prática tanto sua chamada como o conhecimento que tem. O chamado vem de Deus, o conhecimento veio da aplicação ao estudo da Palavra, a experiência vira na prática da pregação.

O futuro pregador necessariamente, não precisa começar pregando, por exemplo, num culto de domingo a noite. Estes cultos costumam ter uma cooperação maior tanto local como de visitantes. O ideal é começarmos em cultos de menores expressão, tipo cultos de visitas nos lares ou aqueles cultos semanais com menor frequência. Isto é para que o regador vá se acostumando com o púlpito. Depois ele mesmo vai, sem perceber estar pregando em cultos de grande expressões.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Um Conceito de Aspectos humanos em Deus

CONHECIMENTO BÍBLICO APLICADO

          


“ANTROPOFORMISMO”
Já ouviram falar do termo “Antropoformismo”? Pois bem, observando o que diz a Enciclopédia Bíblica Online, descobrimos que este termo vem do grego, “antropomorfos”, e significa “de forma humana”. Isto indica um conceito onde atribuímos a Pessoa de Deus qualidades humanas. O termo em si, pode ainda nos dar a ideia de que Deus ou os deuses possuem alguma espécie de formato, similar à nossa anatomia humana. Mas, devido nossas restrições de linguagem, não temos entre nós nenhuma linguagem que podemos dizer ser puramente divina, por isso não temos como falar sobre Deus sem que utilizemos termos que o antropomorfizem.

 “Assim diz o Senhor: Nisto você saberá que eu sou o Senhor: com a vara que trago na mão ferirei as águas do Nilo, e elas se trans formarão em sangue.” Ex 7:17

 “Os olhos do Senhor voltam-se para os justos e os seus ouvidos estão atentos ao seu grito de socorro;” Sl 34:15

 O rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal, para apagar da terra a memória deles.” Sl 34:16

“ANTROPOPATIA”
A Antropopatia é um conceito parecido mas não está associado a uma significação que aponte para qualidades. O conceito aponta para a atribuição a Deus de sentimentos que são puramente humanos. A palavra, “Antropopatia”, é derivada do grego e representa a união de dois termos “anthropo” (homem) e “pathos”, (paixão). Para entendermos melhor este conceito, vamos observar o que diz Gn 6.6 Então arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra e isto lhe pesou no coração.

Pois bem, o que vimos neste texto? Fácil, vimos exatamente o que estamos falando: A atribuição de sentimentos humanos a Pessoa de Deus. O Senhor, porém, ri dos ímpios, pois sabe que o dia deles está chegando.Sl 37:13. No Cristianismo sempre utilizamos os conceitos, mesmo sem saber, da “Antropopatia”, ou do “Antropoformismo” para designar aspectos humanos não só a Pessoa de Deus, mas também a seres espirituais como anjos ou demônios, de forma que mostre sua figura, mesmo que a mesma não apresente sua forma determinada (amorfos).

Agora Pensem na figura de Deus, sendo citado como se tivesse corpo (antropomorfismo) e sentimentos humanos (antropopatia) sendo associada ao sexo masculino. No entanto, os textos bíblicos deixam claro que Deus é espírito e, portanto, não possui um corpo nem sentimentos humanos. Assim, podemos dizer com toda certeza que o antropomorfismo e a antropopatia desempenham uma função importante posto facilitam o nosso entendimento sobre o mundo espiritual. 

“TEOFANIA”
Outro conceito importante bastante importante que não deve ser desprezado é o da Teofania. O termo, como os outros já vistos, vem do grego “theophnaia” . Esta palavra é composta por dois vocábulos também gregos, são eles: “Théos”, que significa Deus e “phanei”, que significa aparecer. A Teofania é um conceito teológico que descreve manifestações visíveis de Deus, na forma que Ele quiser. Alguns estudiosos chegaram a definir a Teofania como uma manifestação em que Deus se apresenta, seja em forma humana, seja através de fenômenos da natureza grandes ou que cause alguma impressão, como na sarsa ardente.

Em sua essência, a “Teofania” indica qualquer manifestação temporária e normalmente visível da Pessoa de Deus. Dizemos isto porque há uma enorme diferença entre o conceito da Teofania (que é uma manifestação temporária) e o conceito da Encarnação (que é uma manifestação permanente). A Teofania em quase todos os casos é encontrada nos tempos do AT mais abundantemente no livro de Gênesis. E isto se deve principalmente, em razão de dois fatores:
1) O livro de Gênesis cobre o maior espaço de tempo em relação aos demais livros.
2) Ainda não havia uma revelação escrita para a humanidade, o que veio a acontecer somente durante o último estágio da vida de Moisés.

Importante dizer que embora haja menos registros de teofania no NT, existem aparições que podem certamente serem definidas como teofânicas. At 1.10 E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco. Outra coisa importante que devemos notar é que no AT a maioria das teofanias eram manifestações de Jesus pré-encarnado, enquanto no NT o Senhor Jesus não mais se manifesta dessa maneira, Ele se manifesta como o verbo encarnado.

O ANJO DO SENHOR
Na Bíblia, encontramos não menos que cinquenta vezes, e com maior frequência no AT, a expressão “Anjo do Senhor” ou sua variante “Anjo de Deus”. Sendo assim, entendemos ser necessário, neste estudo, também observarmos algumas considerações acerca desse personagem, tendo em vista estarmos estudando o tema propriamente dito. Como exemplo vamos citar a primeira aparição que encontramos na bíblia do “Anjo do Senhor” que foi no episódio de Agar, no deserto Gn 16:7  O Anjo do Senhor encontrou Hagar perto de uma fonte no deserto, no caminho de Sur. Outros acontecimento incluíram pessoas como Abraão e seu filho Isaque Gn 22:11,12 Mas o Anjo do Senhor o chamou do céu: “Abraão! Abraão!” “Eis-me aqui”, respondeu ele. “Não toque no rapaz”, disse o Anjo. “Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho.”

O que a Bíblia parece querer nos informar, é que o “Anjo do Senhor” realizou algumas tarefas semelhantes as que os anjos, em geral realizavam. Suas aparições eram, as vezes simplesmente para trazer mensagens de ,Deus, outras aparições, foram enviado para suprir alguma necessidade ou proteger o povo de Deus de perigos. Mas afinal quem são estes seres identificados como “Anjos do Senhor”? Vou falar a verdade, com relação à identidade do chamado Anjo do Senhor, não existe unânimidade. Existe sim uma antiga interpretação cristã de que, em alguns casos eles são uma manifestações preencarnada da Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Se pudermos apresentar a seguir pelo menos três argumentos  que comprovem que o Anjo do Senhor era o Senhor Jesus Cristo antes de encarnado, talvez possamos chegar a uma conclusão.

1) Js 5.14 “Nem uma coisa nem outra”, respondeu ele. “Venho na qualidade de comandante do exército do Senhor.” Então Josué prostrou-se com o rosto em terra, em sinal de respeito, e lhe perguntou: “Que mensagem o meu senhor tem para o seu servo?” Bem a primeira conclusão que temos é a que se o Anjo não fosse o Senhor Jesus como Segunda Pessoa da Trindade, teria, sem dúvida alguma, proibido que Josué se prostrasse de forma a adorá-lo, exatamente como ocorreu em Ap 19:10 e Ap 22:8,9

2) Jz 13:18  Respondeu-lhe o Anjo do SENHOR e lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, que é maravilhoso? (RA)
Aqui temos um texto que não trz grande esclarecimento de interpretação. O que temos é uma pergunta de Manoá, ao Anjo do Senhor, como relação a Seu Nome, E temos a sua resposta: “… porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?” Podemos fazer uma comparação da resposta do anjo com a passagem de Is 9:6 “...E ele será chamado Maravilhoso...”  Assim temos a semelhança de identidade entre o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino descrito por Isaías. A Segunda conclusão que temos é que o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor Jesus.

3. A gora vamos a um contexto neo-testamentário. A Bíblia, em um determinado momento, abandona o termo “Anjo do Senhor” como pessoa específica. Fato demonstrado pelo artigo definido masculino singular “o” que deixa de ser utilizado, e é substituído pelo artigo indefinido “um”. Alguns exemplos disto são os textos de Lc 1.11  Então um anjo do Senhor apareceu a Zacarias, à direita do altar do incensos. At 12.7 Repentinamente apareceu um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na cela. Ele tocou no lado de Pedro e o acordou. “Depressa, levante-se!”, disse ele. Então as algemas caíram dos punhos de Pedro. Temos no entanto um problema, nem todos as ocorrências do termo “Anjo do Senhor” na versão ARC do NT, se encontram com o artigo indefinido “um”, como ocorre na versão ARA.  O fato é que esta substituição possui um grande significado pois a terceira conclusão que chegamos é que no contexto do NT, posterior à Encarnação, as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos, pois o “Anjo do Senhor” já havia sido manifestado na carne 1Tm 3:16 Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória.

OS AMIGOS INSEPARÁVEIS DA HOMILÉTICA I

Sala de Estudo



A ORATÓRIA
Oratória é a arte de falar em público de forma elegante, precisa, fluente e atrativa. O pregador ao apresentar ao público sua mensagem o faz com o objetivo de alcançá-los com as boas novas da salvação ou com o ensino das Escrituras, e isto deve ser feito de maneira que a mensagem seja agradável aos ouvintes. A Oratória visa “moldar” o pregador na maneira correta de fazer isso. Pela oratória o desenvolvimento da mensagem deve ser feito com pelo menos quatro importantes elementos. São eles:

ELEGÂNCIA” Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, Elegância indica graciosidade e gentileza no falar. Uma mensagem pregada de forma elegante e gentil, dificilmente cansará os ouvintes pois a gentileza nas palavras bem escolhidas os dará conforto e desejo de ouvirem a mensagem até o final. Pregar de forma elegante não significa fazer uso de termos difíceis. Alguns pregadores pecam por querer “impressionar” seus ouvintes e exageram no uso de termos nas línguas originais com jargões do tipo “etimologicamente falando...” ou coisa do gênero. Isso sim, cansa!

“PRECISÃO” Em se falando de pregação, podemos entender a precisão como exatidão e linguagem sóbria. Numa definição mas popular, podemos até dizer que precisão significa direção e certeza. E, em se tratando da Palavra de Deus, é o que se espera, pois o pregador que fala com precisão não fica mudando o rumo da sua mensagem e fazendo o público se perder e ficando perdido ele mesmo. Afinal, como bem disse um renomado escritor: Ninguém gosta de ouvir um pregador que pregue suas convicções com dúvidas, ou com com dúvidas suas convicções.

“FLUIDEZ” Fluidez tem tudo a ver com falar de forma fluente. Isto significa falar de forma natural, sem teor mecânico que mais parece à leitura de um texto longo e cansativo. A pregação deve ser desenrolada e de fácil entendimento para alcançar aqueles que ouvem. É aconselhável para isso, que se busque textos dos quais se tenha certo domínio de entendimento sobre eles para não correr o risco de ficar perdido nas próprias palavras.

“ATRATIVIDADE” A pregação da Palavra deve ser feita de forma atrativa. Deve ser o momento mais esperado do culto. Em uma pregação atrativa os ouvintes não torcem para o seu final, Pelo contrário, se houver os ingredientes de estímulo e atração, os ouvintes ficarão em silêncio para não perderem sequer um detalhe do que está sendo pregado.  

Este é o primeiro elemento do nosso estudo. Se o pregador reunir os quatro elementos que estudaremos, sua mensagem, terá caminhado metade do caminho em direção ao sucesso no púlpito. Os outros 50% ficam a cargo do Espírito Santo, e com o que ainda temos para aprender com a homilética.

domingo, 21 de maio de 2017

SANTIDADE.

Assim, quem vive unido com Cristo não continua pecando. Porém quem continua pecando nunca o viu e nunca o conheceu  (1Jo 3:6)

O termo Santidade” fala de um atributo comunicável da Pessoa de Deus. É a característica que aponta para a moral, a pureza e a perfeição de quem é separado acima de tudo que é mau e imperfeito, exatamente como a Pessoa de Deus. Como atributo comunicável, isto é, que Deus divide com o homem, ela é uma qualidade que deve ser vista no povo de Deus que separados do mundo, procuram não seguir seus maus costumes. Naquele tempo vocês seguiam o mau caminho deste mundo e faziam a vontade daquele que governa os poderes espirituais do espaço, o espírito que agora controla os que desobedecem a Deus. (Ef 2:2).

N Bíblia entre várias referências ao termo “Santidade”, vamos destacar três que indicam diretamente a Pessoa divina, e que destacam a Sua santidade.
· Ele é Santo e Majestoso. Não há outro deus como tu, ó SENHOR! Quem é santo e majestoso como tu? Quem pode fazer os milagres e as maravilhas que fazes? (Êx 15:11)
· Não tolera a inconsistência.  Josué disse ao povo: Vocês não podem servir o SENHOR, pois ele é Deus Santo e não tolera aqueles que adoram outros deuses. Ele não perdoará os pecados e as maldades de vocês.  Js 24:19
· E é digno de ser adorado. Tu, porém, és santo e, sentado no teu trono, recebes os louvores do povo de Israel. Sl 22:3

A Santidade deve ser vista como um atributo alcançável somente através da Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Uma pessoa somente será capaz de se tornar santo e puro em relação a este mundo de pecado, recebendo a Pessoa do Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador . Porque aqueles que já tinham sido escolhidos por Deus ele também separou a fim de se tornarem parecidos com o seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos. (Rm 8:29) 

Assim, Santo é aquele que conheceu o Senhor Jesus Cristo, entregou a sua vida a Ele, e reuniu toda a sua força com objetivo único de se tornar parecido com Ele. Isto implica não somente em ter uma vida de fé e de receber paz e força para viver no seu dia-a-dia, mas também indica trabalho incansável no sentido de buscar ter a mente de Cristo e ser conforme a Sua imagem.
Ela fala a respeito do Filho de Deus, o nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, como ser humano, foi descendente do rei Davi. E, quanto à sua santidade divina, a sua ressurreição provou, com grande poder, que ele é o Filho de Deus. (Rm 1:3,4)

Ser salvo em Jesus Cristo nos condiciona a possuirmos a mente de Cristo e nos faz capaz de odiar o que Ele odeia e amar o que Ele ama. 
Existem sete coisas que o SENHOR Deus detesta e que não pode tolerar: o olhar orgulhoso, a língua mentirosa, mãos que matam gente inocente, a mente que faz planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que diz mentiras e a pessoa que provoca brigas entre amigos. (Pv 6:16-19)

Amar o que Deus ama implica exatamente nisto: Detestar as coisas que Ele detesta:
Ações Desonestas:  O SENHOR Deus detesta quem usa balanças desonestas, mas gosta de quem usa pesos justos. Pv 11:1
Coração malvado. O SENHOR Deus detesta quem tem coração perverso, mas se alegra com as pessoas corretas. Pv 11:20
Boca mentirosa. O SENHOR Deus detesta os mentirosos, porém ama os que dizem a verdade. Pv 12:22

Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus.” (Rm 7:22)
Uma pessoa santa vai sempre se esforçar ao máximo para evitar cada pecado conhecido, e guardará cada mandamento revelado. Vai procura ter a sua mente inclinada decisivamente para Deus e o desejo do seu coração será simplesmente o de fazer a vontade do Pai. Antes de conhecermos a Cristo, nossa condição era a de separados de Deus e sem esperança alguma, mas em Jesus Cristo, nos tornamos santos e fomos salvos de uma vida inteira de pecados. Naquele tempo vocês estavam separados de Cristo; eram estrangeiros e não pertenciam ao povo escolhido de Deus. Não tinham parte nas suas alianças, que eram baseadas nas promessas de Deus para o seu povo. E neste mundo viviam sem esperança e sem Deus.” (Ef 2:12)

CONCLUSÃO:
Desse modo Deus dará força ao coração de vocês, e vocês serão completamente dedicados a ele e estarão sem culpa na presença do nosso Deus e Pai, quando o nosso Senhor Jesus vier com todos os que são dele. Amém!” (1 Ts 3:13)


segunda-feira, 15 de maio de 2017

ANGELOLATRIA, A HERESIA DA ADORAÇÃO A ANJOS

Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar. Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.  Ap.22:8-9

Introdução: precisamos dar um pequeno intervalo em nosso estudo da “Angelologia” para abordarmos um tema diretamente ligado a ele. Atualmente, (não tão atualmente, pois nos parece que isso vem de longa data), temos percebido que algumas práticas em nossos nossos cultos (não nos nossos, isto é força de expressão) estão exaltando mais as figuras dos “anjos” do que a Pessoa de Deus propriamente dita”. De uma forma nada discreta, introduzem uma espécie de música na igreja que de forma pervertida vem levando os participantes do culto a tirem seu o foco da verdadeira adoração a Pessoa do Senhor Jesus, que na maioria das vezes nem é citado, e direcionarem todo o foco para seres angelicais. quando os anjos passeiam a Igreja se alegra, ela pula, ela grita, ela chora e congrega, enfrenta o inferno e expulsa o mal”. 

Hinos como "Jacó Segurou o Anjo", "Anjos de Deus" que tem o refrão tipo: "Tem anjos voando neste lugar...", são cantados repetidas vezes em alguns destes cultos, de forma quase hipnótica, contribuindo para uma espécie de "febre angelical". Eles fazem uma espécie de troca, a ação do Espírito Santo que passa a ser ignorada e dão lugar a uma crença ineficaz onde os anjos são vistos como os responsáveis por toda ação no culto. Em nenhum lugar das Escrituras, seja no AT ou NT, vamos encontrar homens adorando ou sendo exortados a pedir ajuda a anjos. Toda petição, segundo o Texto Sagrado, deve ser feita ao Senhor Jesus, mesmo que isto resulte em intervenção angélica. Os anjos só executam as ordens de Deus. O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e como rei domina sobre tudo o que existe. Bendigam o Senhor, vocês, seus anjos poderosos, que obedecem à sua palavra. Bendigam o Senhor todos os seus exércitos, vocês, seus servos, que cumprem a sua vontade.Bendigam o Senhor todas as suas obras em todos os lugares do seu domínio. Bendiga o Senhor a minha alma!  Sl 103.19-21.

Em cultos como estes (não são poucos), os crentes são exortados a esperar pela cura do anjo, a sentir a presença do anjo, a receber a bênção da mão do anjo e até mesmo chegar ao ridículo ponto de falar em “brincar de roda com anjos, arcanjos e querubins”. É muita heresia para um culto só, MISERICÓRDIA! Uma parte dos anjos saiu pra guerrear Outra parte dos anjos saiu para curar E o Senhor da igreja Veio pra restaurar...Uma parte dos Anjos saiu pra guerrear outra parte dos anjos saiu pra libertar. E se não fosse pouco, em tais igrejas os crentes acreditam que podem comandar a ação dos anjos, lhes dando ordens para eles, achando que podem tomar o lugar do único Senhor dos Exércitos. Mas a Bíblia nos apresenta uma situação completamente diferente, ao invés de encontrarmos homens dando ordens em anjos, vemos anjos mandando em homens. Gn.19.15-17 E ao amanhecer os anjos apertaram com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade. Ele, porém, demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o SENHOR misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade. E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças. Em todos estes casos, os anjos estão mandando por que estão sob ordem do Deus Altíssimo, Todo Poderoso. At. 12.8 E disse-lhe o anjo: Cinge-te, e ata as tuas alparcas. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa, e segue-me.

I. ASSIM COMEÇAM AS HERESIAS.
Ap 12.7 Houve então uma guerra nos céus. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu lugar nos céus.
Um certo pregador conhecido (e este não é o único), após fazer uma excelente apresentação de sua pessoa fez uma oração fervorosa e deu início á sua pregação. Vinte minutos depois, ele solta um grito numa voz estridente: “Deus vai enviar nesta noite o anjo do consolo, que estará ao seu lado 24 horas por dia. A partir de hoje, sua vida não será mais a mesma”. O povo vibrante se perde num tremendo barulho de glórias e “aleluias”, seguido de um desfile que mais parece cenas de lutas marciais com crentes rodopiando com suas mão esticadas e dando pulos e socos nos bancos. Há, parece acontecer também uma espécie de algo tipo uma competição de quem fala em línguas estranhas mais alto. A esta explosão chamam de “pentecostalismo” ou “ré-té-té. O problema é que não tem uma viva alma que atente para o cúmulo do absurdo teológico: Um anjo, tomar o papel do Espírito Santo, e passar a ser o canal de segurança para eles nos momentos difíceis de suas jornadas cristãs.

Isto é o que a Teologia chama de “Angelolatria” ou o culto de adoração a anjos. Não precisamos dizer que tal culto acontece por pura falta de conhecimento da Palavra de Deus. Deixa o anjo trabalhar,esse anjo está trazendo fogo. Deixa o anjo trabalhar,estendendo a mão sobre o povo. Esse anjo que desceu foi prá nos abençoar só deixa ele partir. Quando a sua benção entregar. Tem anjo na igreja e prá quem se importa. Tem anjo na porta e aqui no altar Tem anjo aqui com a mão estendida. Com uma brasa viva querendo tocar Os lábios do crente que é igual manteiga Que quando vê fogo tem que derreter Esse tipo de crente não volta pra casa vazio Porque o Senhor vai encher...  Tal desconhecimento faz com que muitos crentes não saibam discernir os anjo de suas verdadeiras funções (talvez nem saibam o que é Angelologia). Anjos que SEGUNDO A bíblia nunca foram convocados para derramar qualquer tipo de fogo em reuniões pentecostais, muito menos promover revelações ou batizarem alguém no Espírito Santo.

Portanto, nós crentes, precisamos saber com todas as letras que os anjos, mesmo em nossos dias atuais, são seres criados por Deus em um tempo que não conhecemos, e que, no momento em que precisarmos de ajuda, o Senhor sempre os envia para guerrear a nosso favor.

II. A ANGELOMANIA.
"Não deixem que ninguém os condene, afirmando que é superior porque tem visões especiais e insistindo na falsa humildade e na adoração de anjos. Essa pessoa, sem motivo algum, está cheia de orgulho por causa do seu modo humano de pensar". Cl 2.18 NTLH.
Visto tudo isso que vimos até o momento, a questão a ser discutida (no bom sentido e sem brigas, por favor), neste estudo, resume-se no fato de que muitos que se dizem evangélicos se animam tanto diante de um culto onde os anjos são o centro da adoração. Cultos cuja ministração acontece por líderes (homens ou mulheres) que mais se parecem “animadores de auditório” que obreiros da igreja. É bem verdade, que nem sempre tais líderes chegam a ser maus caráter (embora exista um número enorme dos que são). São pessoas se comprometem com um evangelho banal e estranho ao ensinamento da Bíblia e sua correta interpretação. Aqui tem anjos, Aqui tem anjos, Anjos de Deus, Sinta eles agora, Com a espada de fogo. Aqui tem glória, Aqui tem fogo, Carruagens de fogo (fogo), Muralhas de fogo, E há um homem de branco, Assinando vitória (Alice Maciel).

Isto é conhecido teologicamente como “Angelomania”, e pode ser entendida como uma distorção da adoração devida a Deus. Muitas igrejas evangélicas em nossos dias, vivem tais distorções e podem ser vistas basicamente no culto onde Costumam colocar cadeiras reservadas para anjos, falam de supostas visitas constantes do arcanjo Miguel. Falam ainda em anjos trazendo recados com supostas revelações. Nas músicas entoadas, as letras falam de anjos como agentes do Batismo no Espírito Santo e até promovendo a cura. O apóstolo Paulo já alertava: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”(Cl 2.18).

Sem nenhuma dúvida tais cultos assumem características de angelocêntrismo, onde os anjos são vistos como os primeiros objetos de louvor. O escritor aos Hebreus nos lembra que os anjos são espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” 1.14.

Prestem atenção: Anjos não foram convocados para “derramar brasas de fogo nos crentes,  nem promover curas, revelações ou batismos no Espírito Santo. Quem derrama do Seu poder na igreja continua sendo a Pessoa de Deus, o Espírito Santo ainda é quem batiza, é o Senhor Jesus Cristo continua sendo quem distribui revelações que são frutos do “dons espirituais”, que nunca contradizem ou acrescentam algo as Escrituras.

a. LETRAS EQUIVOCADAS QUE SÃO CANTADAS.
Ainda que venha um anjo do céu e pregue outro evangelho diferente do que vos tenho pregado, seja anátema.” Gl 1.1-8
A adoração aos anjos se instalou sorrateiramente no meio evangélico,  assumindo, uma super valorização das nossas canções, em sua grande maioria aquelas denominadas de “louvores de fogo”.

“Desceu Miguel, e lá vem Gabriel, para tua bênção entregar...”
 “Olha o anjo ai, tocando em tua cabeça e curando a enfermidade...”
 “Desceu um anjo de fogo com a espada na mão, ele veio te dizer que não precisa temer...”
 “O nome do anjo que vejo na Igreja é  LABASSU-DE-ONDERÁR...”
 “Vixe, começou o mistério do anjo que macha no tempo, em suas mãos a bandeja com o rolo para te entregar...”
 I plá, plá, plá, Iplá, Ipa labassu-de-onderrar...

Os pastores ou líderes iniciam suas reuniões com louvores e afirmam em suas congregações que o anjo do Senhor está presente, o povo grita, saltam e sapateia interminavelmente ao ouvir alguém dizer:

“Eu estou vendo um anjo andando em nosso meio!”
 “Sinto um anjo de fogo espalhando brasas no meio da igreja!”
 “Desceu o anjo do mistério...”
 “Acabou de chegar o anjo da cura!”
 “Desceu Miguel e lá vem Gabriel...”

Embora começamos nosso estudo falando basicamente dos nossos dias, não foi difícil descobrirmos que os cultos a anjos sempre fizeram parte dos desvios doutrinários da igreja. É bom sabermos que os anjos de Deus de maneira alguma fazem parte deste tipo de irregularidade cultual, mas Satanás e seus anjos (que são assunto para a aula do Pr Edson), estão sempre buscando meios de enganar o homem. Por isso vimos tantas heresias que surgiram baseadas neste tema tanto no no passado quanto no presente.

III. E TUDO PARECE QUE COMEÇOU A MUITO TEMPO ATRÁS...
Vamos dar pelo menos dois exemplos da influência demoníaca destes supostos anjos na criação de heresias que perduram ainda hoje.

a. O MAOMETISMO E O ALCORÃO. 
Segundo o “Alcorão”, numa época em que o mundo enfrentava grades problemas religiosos, políticos, sociais e até econômicos, (parecia o Brasil de hoje),lá pelo ano 610 a.D., surge um suposto profeta chamado Maomé. Segundo dizem, ele recebeu um chamado feito pelo anjo Gabriel, em Islã. Em razão deste chamado, Maomé recebeu, transmitido por tal anjo, o Alcorão. Oficialmente, a religião de Maomé, o Islamismo foi criádo no ano 622 a.D. Na religião Islâmica existia uma crença nos anjos, que seriam liderados por quatro arcanjos: Jibril, Kakhail, Israfil e Izrail. Segundo criam, Gabriel é o anjo Jibril, que juntamente com Izrail Israfil, guardavam o trono de Alá. Miguel é Mikal no Islã. Um dos anjos, Iblis, por ter recusado a adorar o homem recém-criado, foi expulso do paraíso e provocou o exílio de Adão e Eva. O Islãmismo, não reconhece o pecado original.

b. O MORMONISMO.
Por volta do ano de 1827, em uma suposta visão, Joseph Smith diz ter recebido uma mensagem divina que havia sido escrita em placas de ouro, em hieróglifos. Segundo Smith, apareceu-lhe um “anjo” chamado Moroni, que disse ter vivido naquele região há uns 1.400 anos. Seguindo o relato, o pai de Moroni, um profeta, havia gravado a história do seu povo nestas placas. Quando estavam a ponto de serem exterminados por seus inimigos, Moroni teria enterrado tais placas ao pé dum monte próximo do local onde hoje é a cidade de Palmyra. Nesta visão, segundo Smith, Moroni teria indicado a ele o lugar onde tais placas teriam sido escondidas e lhe deu umas pedras especiais, um certo tipo de lentes, chamadas de “Urim” e “Tumim”, com as quais Smith poderia decifrar e traduzir os dizeres dessas placas. Smith traduziu e publicou (1830) o texto, recebendo o título de “O Livro de Mórmom” Esta é a origem do evangelho pregado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, ou Igreja Mómon, como é conhecida. É um “outro evangelho” entregue por um suposto anjo, que não passa de uma maldição com roupagem cristã. Deus confiou a homens a missão do Evangelho, e nenhum anjo tem permissão para pregá-lo, muito menos anunciar outro Evangelho. 1Pe 1.12 A eles foi revelado que estavam ministrando, não para si próprios, mas para vocês, quando falaram das coisas que agora lhes foram anunciadas por meio daqueles que lhes pregaram o evangelho pelo Espírito Santo enviado dos céus; coisas que até os anjos anseiam observar.


AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL SEGUNDA PARTE

  Texto Básico: Dn 9.25,26,27 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, s...