sábado, 28 de janeiro de 2017

O APOCALIPSE (SEMINÁRIO)


Apocalipse 1.1 Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João.

Introdução: O Apocalipse é um livro sobre Jesus e sua Igreja. O termo vem do grego “Apokalypsis” e significa “revelação”. É formado por "apo", tirado de, e "kalumna", véu, o Apocalipse recebeu esse nome por ter como fim, descortinar as profecias reveladas por Deus Pai a Jesus Cristo, que enviou seu anjo a seu servo João.

Destinação: O Apocalipse foi inicialmente endereçado aos crentes que estavam suportando o martírio na época do apóstolo João. Houve grandes perseguições nos primeiros séculos contra a Igreja:

è  Nero, 64 D.C.

è  Domiciano, 95 D.C.

è  Trajano, 112 D.C.

è  Marco Aurélio, 117 D.C.

è  Sétimo Severo (fim do segundo século)

è  Décio, 250 D.C.

è  Diocleciano, 303 D.C.

A Bíblia divide a raça humana em três povos: Judeus, gentios, e Igreja (1Co 10.32), O Apocalipse contém mensagem para estes três povos, mas foi especialmente escrito para o povo “igreja”. O AT, nos livros Ezequiel e Daniel, os judeus e os domínios gentílicos recebem destaque, a Igreja nem mesmo é mencionada graficamente. O NT trata da Igreja especialmente nas epístolas. Porém é no Apocalipse que a história final da Igreja é apresentada, desde o seu inicio lá por volta do ano 33 d.C. até sua glorificação no céu, ao lado do Senhor Jesus. Apocalipse começou onde Atos dos Apóstolos parou.

AUTORIA. O autor do Apocalipse se identifica como João (1.1.4.9; 22,8), o apóstolo, bem conhecido entre as igrejas da Ásia Menor (1.9), filho de Zebedeu (Mt 10.2), judeu versado nas Escrituras, João foi um líder eclesiástico profundamente consagrado, com plena certeza de que não demoraria muito, a fé cristã, triunfaria vitoriosa sobre as forças demoníacas em atuação no mundo.

No século III, um bispo africano de nome Dionísio comparou a linguagem, o estilo e o pensamento do livro aos demais escritos do apóstolo João, e chegou a conclusão que o mesmo não poderia ter sido o escritor do Apocalipse. Dionísio apresentou a possibilidade do autor do Apocalipse ser outro João, um Presbítero, cujo nome aparece em outros escritos antigos. Embora alguns hoje sigam o entendimento de Dionísio quanto à autoria do Apocalipse, outros pelas provas internas do livro, preferem apoiar, de modo mais claro, a concepção tradicional, ou seja, O autor seria mesmo Apostolo João.


 LOCAL E DATA: Segundo Irineu e Eusébio o Apocalipse foi escrito no tempo do Imperador Domiciano. Testemunho aceito por Clemente de Alexandria, Orígenes e Jerônimo. A data fixada por esta escola de interpretação é o ano 96 d.C, tempo em que Domiciano decretou o “culto ao imperador”, fazendo disso uma prova de lealdade ao império. Como os cristãos se recusaram a adorá-lo como se fosse um deus, as consequências foram desastrosas para os santos naqueles dias. Domiciano deportou vários cristãos, e com eles o Apostolo João para uma ilha chamada Patmos (1.1).

Patmos foi uma colônia penal romana, onde se exilavam prisioneiros políticos. Ali esses prisioneiros perdiam todos os seus direitos civis e toda possessão material. Os prisioneiros eram obrigados a trabalhar nas minas daquela ilha, vestindo-se de trapos. A ilha ficava no Mar Egeu e tinha 16Km de comprimento por 10Km de largura, era uma ilha vulcânica, com elevações de até 300 metros.

O Apocalipse possui 22 capítulos, 404 versículos e 12.000 palavras.
→ A palavra “MISTÉRIO” ocorre 04 vezes.
→ A palavra “Igreja” aparece 19 vezes.
→ O Termo “Filho do Homem” aparece 22 vezes.
→ A palavra “Satanás” aparece 08 vezes.
→ O vocábulo “voz” aparece 50 vezes.
→ A palavra “trono” ocorre 38 vezes.
→ O termo “fogo” aparece 17 vezes

O NÚMERO SETE. O número sete aparece 50 vezes no Apocalipse. Provém de uma raiz hebraica que significa “ser completo, satisfeito, ter suficiente” e transmite a ideia de perfeição ou totalidade. Há sete cartas para sete Igrejas da Ásia Menor. Sete selos, sete trombetas, sete castiçais, sete anjos, um Cordeiro com sete pontas e sete olhos, sete trovões, um grande dragão vermelho com sete cabeças e sete diademas, sete montes e sete reis. Para os remidos do Senhor, sete bem aventurança. Existem sete promessas para aqueles que vencerem, e sete cores no arco celeste.

“PALAVRAS CHAVES”

→ JUÍZO E JUÍZES. Estas palavras cobrem quase todo o livro, 15 vezes menciona estes dois termos
→ PROFECIA. O Apocalipse é o único livro profético do NT. O vocábulo “profecia” aparece sete vezes indicando a projeção dos eventos futuros.
→ “EIS QUE VEM...” Esta Expressão aparece trinta vezes, reafirmando a volta iminente do Senhor Jesus.
→ TESTEMUNHA. As palavras “mártir” e “testemunhas” são iguais no original grego. Elas são usadas seis vezes. Os termos “testemunho” e “testificar”  aparecem doze vezes.

I. PRINCIPAIS ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO.
Os métodos de interpretação do livro de Apocalipse têm sido variados e com frequências imaginativas. Milhares de livros foram escritos tentando explicar o que está escrito no Apocalipse, e existem pelo menos, quatro principais escolas de interpretação:

ð  A Escola Preterista.
É a escola cujos defensores entendem que todas as profecias do Apocalipse se cumpriram no passado, no contexto histórico do Império Romano, onde o livro em sua grande parte tenha se desenrolado com a destruição de Jerusalém, e com os eventos conflitantes dos primórdios da Igreja durante o primeiro século. Segundo esta escola, somente os capítulos de 20,21 e 22 terão sua realização no futuro.

ð  A Escola Historicista.
Para esta escola, o Apocalipse é uma descrição da história total da Igreja, continuando a narração onde Atos dos Apóstolos teria encerrado. Segundo esta escola, O Apocalipse leva a termo os detalhes finais nos acontecimentos da história da Igreja aqui na terra e, em seguida, apresenta a Igreja glorificada no céu como coparticipante da redenção da terra. O livro é rico em símbolos, imagens e números. Agostinho, os reformadores, as confissões reformadas e a maioria dos grandes teólogos seguiram esta escola.

ð  A Escola Futurista.
São os que veem o livro por um prisma futurista e literal. Entendem que todos os capítulos a partir do quarto e até o último, são predições das coisas que dizem respeito somente ao futuro, onde se cumprirão no fim dos tempos em conexão com a volta de Cristo. Esta escola não faz justiça ao livro que foi uma mensagem atual, pertinente e poderosa para todos os crentes em todas as épocas, principalmente aqueles que sofreram as perseguições nos primeiros séculos da igreja cristã.

ð  A Escola Idealista.
Entendem o livro do Apocalipse numa visão de simbolismo. Por esta escola todo o livro deve ser entendido num prisma espiritual e não literal, evidenciando o bem triunfando sobre o mal em um mundo de grandes conflitos. Essa escola crê que há três classes de passagens no Apocalipse: as que são muito claras em seu ensino espiritual; as que são misteriosas, mas que contém elementos de verdade e são instrutivas; as que são tão ocultas que é inútil, com nosso conhecimento, dar-lhes interpretações finais.

É de bom termo que cada escola seja observada com cuidado. Cada uma destas quatro escolas se completa, e nelas encontraremos elementos elucidativos que bem podem nos ajudar a entender passagens de menor clareza no entendimento. Porém defendemos a Escola Historicista por entender que tal escola se coaduna melhor com as profecias apocalípticas.

II. OS OBJETIVOS DO APOCALIPSE.
Ap 1.19,20 escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de suceder. Eis o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.

O Apocalipse não é um livro sem organização como muitos pensam, pelo contrário, este é um livro que pode muito bem ser comparado a uma casa bem projetada onde cada cômodo se comunica com o outro de forma bem organizada. Se olharmos assim para o Apocalipse, veremos logo que é possível fazer uma transição leve e descomplicada, sem textos ou capítulos desconexos, cada cômodo possui uma saída para o outro sem ferir ou distorcer a profecia apresentada.

→ Passado: as coisas que viste (1).
→ Presente: as que são (2-3).
→ Futuro: as coisas que hão de acontecer (4-22).
→ Os ímpios serão julgados (4-19).
→ Os justos serão abençoados (20-22)
.
1. REVELAR O PASSADO. As coisas que tens visto...
2. DESCREVER O PRESENTE:  As Coisas que são...
3. PROJETAR O FUTURO. E as que depois destas hão de acontecer

III. A PESSOA DO SENHOR JESUS CRISTO.
Ap 1.13 – “...e no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do Homem...”

João ouve uma “grande voz”. A voz da parte do Senhor é uma característica do chamado profético. A ele é dito que após registrar por escrito o conteúdo da visão, deveria enviá-lo às sete igrejas. Após a audição vem à visão. Em cada cena do Apocalipse, Cristo sempre aparece como a figura central. O título “Filho do Homem” lembra sua humanidade e ocorre cerca de 79 vezes somente no NT e com exclusividade nos Evangelhos. O termo aparece 22 vezes aparece no livro de Apocalipse.

→ “...vestido até os pés de um vestido comprido...”  
A veste de Cristo era uma vestimenta talar, isto é, um manto comprido, usada exclusivamente pelos sacerdotes e juízes no desempenho de suas funções. Refere-se não somente a graça pastoral de Cristo, mas também sua autoridade judiciária. O livro é visto como “O Livro dos Juízos” e as palavras “Juiz” e “Juízes” aparece 15 vezes no Apocalipse.

→ “...e cingido pelos peitos de um cinto de ouro...”
O cinto a altura do peito também era usado pelo sacerdote quando este ministrava no santuário. Quando o cinto estava a altura dos lombos o serviço era proeminente, mas quando estava em volta do peito, implicava em juízo sacerdotal dignificado. Coisas que são inerentes ao Filho de Deus tanto no passado como no presente.

 “...e a sua cabeça e cabelos eram brancos como a lã branca, como a neve...”
O texto aqui em destaque é similar a Dn 7.9 “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou: seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a limpa lã...“ Certamente a alvura da cabeça e cabelos de Cristo não fala de “velhice”, provém, em parte, da intensidade da glória celestial e em parte da sabedoria e, idoneidade moral. Indica eternidade, pureza e Divindade.

→ “...Seus olhos eram como chamas de fogo...” (Ap 1.14).
Os olhos como chamas de fogo fala da onisciência de Cristo, que tudo vê, conhece e perscruta. Diante do Senhor Jesus todas as coisas são nuas e patentes (Hb 4.13). Por isso, nas sete cartas às Igrejas da Ásia, Ele disse: “Eu sei as tuas obras” (Ap 2.2,9,13,19; 3.1,8,15).

→ “...os seus pés, semelhante a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha...”
Na simbologia profética, os pés como latão reluzente pode apontar para dois sentidos.
1º Fala do sofrimento de Cristo, pois Ele passou pela fornalha do sofrimento, e foi provado no fogo do juízo de Deus, sofrendo até a morte em lugar do pecador (Lc 22.44; Hb 5.7);
2º Fala do seu poder para julgar. Ele mesmo disse: “É-me dado todo o poder no céu e na terra…” (Mt 28.18); e, o apóstolo Paulo disse: “Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés” (1 Co 15.25).
      
→ “...Sua voz era como a voz de muitas águas...” 
(Ap 1.15). Isso fala do poder irresistível de Sua Palavra e de Sua autoridade. A voz de Cristo é poderosa, infalível e determinante. Isto fica bem claro nas cartas às igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia, onde Cristo demonstra a Sua autoridade para elogiar, exortar, repreender, advertir; bem como em fazer promessas aos vencedores, e ninguém pode questionar ou contestar (Ap 2.1-3.22).

IV. AS SETE IGREJAS.
João vê “sete candeeiros de ouro” que representam as sete igrejas.
 v.20 Eis o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.

Quanto às cartas as sete igrejas, o número é representativo. João Escreve a sete igrejas da Ásia Menor, atualmente parte da Turquia Asiática. Estas sete Igrejas representam todas as igrejas em todos os séculos, iniciando em Atos, na Dispensação da Graça e findando com a Vinda de Jesus no Arrebatamento. O estudo das sete igrejas nos revelam a legítima avaliação do tipo de vida cristã que estamos vivendo, e nos mostra o quadro atual da Igreja, bem como seu futuro. O Fato de haver outras igrejas na região e serem escolhidas apenas sete indica que estas eram representativas do ciclo completo da história da Igreja. Caracterizam a Igreja em todos os tempos.

Interessante comparar o fato de que o Apóstolo Paulo também escreveu a sete igrejas, quando nos seus dias existiam muito mais. Essas sete igrejas foram: Roma, Corinto, Galácia, Éfeso, Filipos, Colossos, Tessalônica. As demais cartas foram dirigias a pessoas, não a igrejas.

1. A Igreja De Éfeso.
“Éfeso” significa “desejável”. É a Igreja do amor decadente. Representa a igreja do Século I, isto é, a igreja da época apostólica.

2. A Igreja De Esmirna.
“Esmirna” significa “amargura”. Esmirna é a Igreja Perseguida. Representa o período dos anos 100 a 312 d.C A partir daí o imperador Constantino aboliu as perseguições aos cristãos. “Tereis tribulação de dez dias” (Ap. 2.10) “Dez dias” pode referir-se, pois, às dez perseguições de 64-305 d.C sob os dez imperadores romanos daquela época.

3. A Igreja De Pérgamo.
“Pérgamo” parece significar “casamento”. É a Igreja Mundana. Representa a igreja dos anos 313 a 600 dc., quando se deu a união da igreja com o Estado. Diz um antigo escritor, que Pérgamo era a cidade mais idólatra de toda a província da Ásia. “Onde está o trono de Satanás” (Ap. 2.13). Isto sem dúvida é uma referência à seita pagã babilônica, ocultista, que mudou-se para Pérgamo, vinda da babilônia (o centro do espiritismo nos tempos primitivos). Quando o Diabo não consegue enfraquecer a Igreja pela perseguição e sofrimento (v. 10), procura fazê-lo pela corrupção da fé. “A doutrina de Balaão” (Ap. 2.14). É a mistura espiritual da Igreja com o mundo. “Uma pedrinha branca” (Ap. 2.17) A história antiga dos gregos e romanos menciona essa pedrinha. 1) Nos tribunais, os juizes tinham pedrinhas brancas e pretas. Se o acusado recebia uma pedrinha preta, estava condenado; se branca, estava perdoado. 2) Nos jogos públicos, os vencedores recebiam pedrinhas brancas com seus nomes gravados nelas. Isto dava-lhes direito a auxilio do governo pelo resto da vida. 3) Também pedrinhas brancas eram fornecidas a certas pessoas para livre trânsito em certas regiões, situações e reuniões. Era o passe, a entrada livre, autorizada, nesses casos especiais.

4. A Igreja De Tiatira.
“Quem sacrifica sempre” É À igreja Profana. Apesar de ser uma igreja caída espiritualmente, ela desfruta de progresso material. Representa a Igreja dos anos 600 a 1517 d.C., quando eclodiu de vez a Reforma Protestante. É era do Papado. Quase todos os templos foram transformados em igrejas; simplesmente pintaram os nomes dos apóstolos nos antigos ídolos e adornaram o sacerdote com uma cruz.

5. A Igreja de Sardes.
“Sardes” significa “os que escapam” ou “remanescente”. É À Igreja Morta. Representa a igreja do
período 1517-1750 d.C. “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” O movimento da Reforma Protestante foi mais de obtenção de liberdade política do que religiosa.

6. A Igreja de Filadélfia.
“Filadélfia” significa “amor fraternal” Representa a igreja cristã, na sua fase avivada e missionária (Ap. 3.8)

7. A Igreja de Laodicéia.
“Laodicéia” significa “direitos do povo” (isto é, direito do povo mandar; direitos humanos) É A Igreja Morna. Representa a igreja dos dias finais desta dispensação. Na igreja de Laodicéia a opinião do povo substitui a Palavra de Deus. “Cearei com ele e ele Comigo” (Ap. 3.20). A ceia é a última refeição do dia. Assim, mesmo a um cristianismo morno, Jesus apela até o fim do dia da graça para que voltem a Ele. Isso também indica que o período da igreja de Laodicéia é o último do dia da graça, antes que venha a manhã de uma nova era para a Igreja. (Ap. 3.21) A maior promessa feita por Jesus às igrejas, foi à de Laodicéia. Isso quer dizer que a igreja mais decadente, e o crente mais distanciado, mais frio, pode alcançar mais alto estado espiritual, se arrepender-se e andar com Deus, como no princípio.

ACONTECIMENTOS IMPORTANTES.

A Igreja Arrebatada.
O capítulo 4 do Apocalipse prefigura o arrebatamento de João à altura claramente. Fala do arrebatamento marcando o momento final da Igreja e sua presença neste mundo.

A Igreja Glorificada.
Aqui temos representados os santos do Antigo e do Novo Testamento sob a forma de 24 anciãos perante o Trono do Cordeiro, integrado um culto em que tomam parte todos os seres celestiais. Trata-se da igreja já glorificada, após ter sido arrebatada.

A Grande Tribulação.
A grande Tribulação será um período de aflição sem paralelo que sobrevirá aos judeus e aos gentios após o arrebatamento da Igreja. Não há palavras que possam descrever os horrores do sofrimento nesse período. Será um período que poderá abranger um tempo entre 7 anos a 10 anos e meio. não temos como precisar o tempo do arrebatamento em razão de que seu princípio será com o pacto do anticristo com Israel Segundo um estudo comparativo da Bíblia, os capítulos 6 a 10 abrangem a primeira metade da Tribulação. Os capítulos 11 a 18 abrangem a segunda metade da grande metade da Grande Tribulação, isto é, os últimos três anos e meio.

A Volta Pessoal de Jesus em Glória.
É a última fase da sua volta, sendo a primeira o arrebatamento da Igreja. No arrebatamento Ele virá para os seus santos. Na sua volta em glória Ele virá com os seus santos, para livrar Israel, julgar as nações e estabelecer o Milênio.

O Milênio E O Juízo Final
O Milênio é o glorioso reinado de Cristo. Na verdade Jesus não vem reinar por 1.000 anos, este é o período em que satanás estará preso. Jesus vem para reinar eternamente. O Juízo Final seguir-se-á ao Milênio, ocasião em que todos os ímpios falecidos desde o tempo de Adão ressuscitarão para serem julgados segundo as suas obras.

O Perfeito Estado Eterno.
Aqui temos um quadro mostrando como serão todas as coisas depois que o pecado for julgado e banido do universo, juntamente com os ímpios e o Diabo. Isto é, um quadro da terra e seus ocupantes quando Deus fizer novas todas as coisas, assim como era no principio. (Ap. 1.7,8). “Até quantos o traspassaram” (Ap. 1.7). Isto é, seus irmãos segundo a carne, os judeus. “Vi sete candeeiros de ouro” (Ap. 1.12). O v. 20 explica que estes candeeiros representavam as sete igrejas de que trata o cap. 2. O efeito da visão do Cristo glorificado. “Caí a Seus pés como morto (ver. 17). Se João, que era o “discípulo amado” do senhor, que pertencia ao seu grupo íntimo de discípulos, caiu como morto ante a majestosa visão de Cristo glorificado, que vamos dizer dos zombadores.
Os ímpios e atrevidos, quando o virem, sem meios de escapar da Sua presença? Graças a Deus que nós somos Seus.

O Livro Selado Com Sete Selos (Ap. 5.1).
“Selo” na Bíblia, fala de garantia, proteção, segurança. “Sete selos” falam da plenitude de certeza de que o conteúdo do Livro terá o seu fiel cumprimento. Esse Livro não é outro senão o Livro do juízo das nações. Cristo é o único ser que em todo o universo foi achado digno de tomar o Livro, abri-Lo e desatar seus sete selos. Nesse Livro, como veremos a partir de agora, estão gravados os juízos que Deus enviará a este mundo. Os juízos sob os selos, trombetas e taças não são paralelos, mas sucessivos. Do último selo saem as trombetas, e da última trombeta saem as taças.

1º O Cavaleiro do cavalo branco. Ap 6:1 E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. Alguns intérpretes entendem que este cavaleiro representa o anticristo em razão do texto que diz que ele saiu vitorioso e para vencer. porém o texto nada indica que tal cavaleiro não tenha vencido. O Mais provável é que ele  o Senhor Jesus pois recebe uma coroa e uma um arco. Se tem um arco, logicamente tem flechas. Ap 6:2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.

2º A Terra sem paz! Ap 6:4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada. Quanto ao Cavalo Vermelho, podemos imaginar o que acontecerá com toda a terra. A ausência da paz será estabelecida por completo neste período.  

3º Selo “Medida”, Ap 6:5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. Este Cavalo preto parece trazer algo ou alguém para cuidar ou determinar como o povo deveria agir em relação a alimentação. No original a palavra que corresponde a capacidade de um litro mais ou menos é um denário que também corresponde ao salário de um dia de trabalho.

4º Selo. Ap 6:8 E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra. O cavalo amarelo determina o estagio da grande tribulação em que muitas mortes acontecerão de muitas maneiras.

5º Selo. Ap 6:9 E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. Estes aqui, com toda certeza são os crentes que ao serem deixados no arrebatamento por estarem desatentos, despertaram, voltaram para Deus e morreram como mártires.

6º Selo. Ap 6:12 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue; Mudanças na superfície da terra. “Então todos os montes e ilhas foram movidos dos seus lugares” (Ap. 6. 4). Nos vv. 15 - 17 vemos que os grandes da terra, bem como os pequenos, por fim reconhecerão quem é Jesus. mas... é tarde demais!

O capitulo 7 de Apocalipse é a primeira passagem de natureza parentética desse Livro. Ap 7:1 E DEPOIS destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.O selo deve ser a inscrição dos nomes de Cristo e do Pai nas frontes desses redimidos. (Ap. 14.1). 144.000 selados. Trata-se de um grupo de judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande Tribulação para testemunharem de Cristo em lugar da igreja. Entre as 12 tribos arroladas nos vv. 5

Devemos observar que não aparecem Dã e Efraim. Dã e Efraim não sendo selados aqui, passarão pela Grande Tribulação sem a proteção do selo de Deus. No entanto, na lista das tribos em evidência durante o Milênio de Cristo na terra, Dã vem em primeiro lugar, e logo mais também Efraim (Ez 48. 2,6). Como se explica isso? Na conversão de judeus durante a Grande Tribulação, Dã e Efraim não crerão a princípio, mas crerão depois. (Ap. 7. 9 - 17). Esse grupo é de gentios salvos durante a Grande Tribulação. Com palmas nas mãos (v.9) Palmas é símbolo da vitória. Venceram. João os viu no céu (vv. 5,9). Não tinham coroas; somente palmas. Coroas são galardões por algo feito para Deus.
No inicio do cap. 8, o Cordeiro abre o último selo o qual introduz as sete trombetas de juízo.

A Primeira trombeta. Ap 8:7 E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada. Saraiva, fogo e sangue sem dúvida é um espetáculo muito cruel e neste momento todos os habitantes da terra sofrerão. Um terço da vegetação destruída.

A Segunda trombeta. (vv. 8,9). Algo como um meteoro incandescente caindo no mar e contaminando-o. E um terço da vida marinha e um terço dos navios são destruídos.

A Terceira trombeta. Ap 8:8 E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar.. . Cursos d’água e fontes ficam contaminados. Um terço da água dos rios e das fontes tornam-se contaminadas.

A Quarta trombeta. Ap 8:12 E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite.Trevas na terra. Um terço do sol, lua e estrelas deixarão de brilhar. Como não ficarão mais apavorados os habitantes da terra diante dessas convulsões cada vez maiores e piores?

A Quinta trombeta. Ap 9:3 E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra.Um incalculável enxame de gafanhotos gigantes e infernais invadem a terra e durante cinco meses atormentam os homens, exceto o grupo que recebeu o selo de Deus. Uma estrela caída do céu na terra... (v. 1). Trata-se sem dúvida de Satanás. Poço do abismo (v. 1). Região interna a inferior do Hades. Há muitos textos Bíblicos que abonam esse fato.

A Sexta trombeta Apocalipse 9:16 E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles.. Trata-se de uma cavalaria infernal. O número de seres infernais era de 200 milhões, como diz literalmente o original. Quatro anjos infernais liderarão esses demônios. Significa que cada anjo comandará 50 milhões deles. Eles matarão uma terça parte dos homens, não num período de tempo, mas numa hora certa.

Um Anjo Com um Livrinho. Ap 10:1-2 E VI outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo; E tinha na sua mão um livrinho aberto. E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra; este é o exatamente o momento em que o Senhor Jesus assume a posse da terra.

E As Duas Testemunhas. Ap 11:3 E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. Nos caps. 10 e l1 tem início a Segunda metade de 70 Semana de anos de Daniel 9.27, isto é, seus últimos 3 anos e meio. No capitulo 11.2 (“quarenta e dois meses”). A seguir, é mencionado em: 12. 6 - --- “mil duzentos e sessenta dias 12. 14 - - - “um tempo, tempos, e metade de um tempo” 13. 5 - - - - “quarenta e dois meses”.
A única parte do Apocalipse que foi selada e ficou em segredo foi o que estes trovões falaram. E não adianta ninguém especular. Amargo no estômago devido aos sofrimentos contidos no Livro.

Doce na boca por causa das boas-novas do estabelecimento em breve do Reino de Deus na terra. A captura de Jerusalém pelo Anticristo (Ap. l1.1,2). Isto é uma evidência do templo dos judeus já estar então reconstruído. O ato de medir, na Bíblia, fala de castigar. “Intentou o Senhor destruir o muro da filha de Sião, estendeu o cordel, não retirou a sua mão destruidora...” (Lm 2.8). As duas testemunhas (Ap. l1. 3 - 13). Dizem serem estes dois homens, talvez Enoque e Elias. Ambos não morreram. As duas testemunhas ministrarão na terra na primeira metade da Grande Tribulação. No entanto o Apocalipse não define com clareza suas identidades.

A Sétima Trombeta - A Mulher e o Dragão. Ap12:1 E VIU-SE um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
Terminada a missão das “duas testemunhas” segue-se:
A Sétima trombeta (Ap. 11. 15 - 19). Esta trombeta ecoa no inicio da Segunda metade da Grande Tribulação. A Mulher vestida do sol e o dragão devorador (Ap. 12. 1 - 17) “Viu-se grande sinal no céu” (v 1). A Mulher é um símbolo da Igreja que será arrebatada. O grande dragão vermelho é o Diabo. O conflito dos séculos (Ap. 12. 2 - 4). É a luta do Diabo, tudo fazendo para que o Messias não viesse ao mundo. “A terça parte das estrelas do céu”. Isto refere-se aos anjos que caíram com Lúcifer, conforme Is 14. 12 e Ez 28. 16. “A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.” Comparando-se o final do v.5 com o v.6 nota-se que na narrativa não há qualquer intervalo de tempo entre a ascensão de Jesus ao céu e a fuga de Israel para o deserto. E que com a ascensão de Jesus para o céu (v.5), teve inicio o intervalo de tempo da Igreja, entre 69 e a 70 semana de Daniel, conforme mostramos no comentário das Setenta Semanas, e aqui em Apocalipse a Bíblia está tratando de Israel e da Igreja que não foi arrebatada. Por esta razão nada é dito sobre o intervalo de tempo da Igreja

A Besta Que Sobe Do Mar. Ap 13:1 E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.
O dragão aparece em 12.3 com sete cabeças e dez chifres. Mas há uma diferença entre os dois. Os diademas do dragão estavam nas cabeças (12.3), e os da Besta estavam nos chifres (13.1). Deste modo, os diademas do dragão eram sete, e os da besta eram dez. O profeta Daniel viu esse animal sob outro ângulo, porém tinham também sete cabeças e dez chifres (Dn 7.23 - 25). Parecida com leopardo, como pés de urso e boca de leão. Isso nos leva ao capitulo 7 de Daniel. Ali o leopardo é a Grécia, o urso é a Pérsia e o leão é a Babilônia. Significa que o domínio da Besta será caracterizado por princípios que predominaram em Babilônia, na Pérsia e na Grécia e também no império romano. Os “santos” aqui, são aqueles que crerão durante a Tribulação.

A Besta Que Sobe Da Terra. Ap 13:11 E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. Esta Possuía dois chifres. chifre é símbolo de poder em qualquer sentido. Podem indicar seu poder político e religioso. A leitura desses vv. mostrará que haverá muita religiosidade naqueles dias.

Pelos vv. 12 a 15 vê-se que ele promoverá uma religião universal em torno da primeira besta. O palco já está armado, só faltando os atores para o drama. A imagem da besta falará. Sim, provavelmente os demônios falarão como os médiuns espíritas. Sobre as duas bestas. Estes dois homens de que acabamos de tratar, representam dois grandes movimentos mundiais nos últimos dias dos tempos dos gentios: uma confederação de nações para fins políticos, e uma confederação (também mundial) de igrejas para fins religiosos. “Não se macularam com mulheres” (v.4). Significa: não praticaram religiões falsas. Isto tem sentido espiritual. Deus nunca ficou sem testemunho, e naqueles últimos dias até o testemunho angelical se ouvirá na terra, tendo como púlpito os céus.

A Ceifa Dos Gentios (Ap. 14. 14 - 16). A ceifa de Israel (14. 17 - 20). Estas duas ceifas - a dos gentios e a de Israel, não são ceifas de santos para o céu, mas de ímpios para o justo juízo.

As Sete Taças Dos Últimos Juízos. Apocalipse, caps. 15 e 16 Os juízos das trombetas, que precederam os das sete taças contendo as sete últimas pragas, foram até certo ponto, de alcance limitado. Deles está escrito que atingiram a terça parte da terra, do mar, das fontes, rios, sol, lua e estrelas. Mas estes juízos das sete taças atingem a terra inteira. Se olharmos atentamente perceberemos que as trombetas e taças apresentam uma mesma coisa dependendo apenas do ponto de vista.

A Primeira praga. Ap 16:2 E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem. As chagas malignas sobre todos os adoradores da Besta são resultado da saraiva e fogo misturado com sangue que foi lançada na primeira trombeta

A Segunda praga Ap 16:3 E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente.. O mar torna-se em sangue, causando a morte de toda vida marinha.
Algo um meteoro incandescente cai no mar e contaminando-o e traz morte em grande escala.


A Terceira praga. Ap 16:4 E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. Fontes e rios se transformam em sangue. Esse juízo é causado pelo milenar derramamento de sangue pelo homem.

A Quarta praga. Ap 16:8 E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. O sol queima os homens pelo seu calor multiplicado. Apesar de seu tão grande padecimento, os homens não são levados por isso ao arrependimento. Blasfemam contra Deus. Exatamente como descrito sobre a quarta trombeta ...E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol,  a falta de brilho no sol na lua e nas estrelas produzem Trevas no trono e no reino da Besta.

A quinta praga. Ap16:10 E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. Aqui a descrição do reino tenebroso e a intensa dor que lhes faziam  morder as línguas se dá em razão da ação dos escorpiões que foram liberados neste espaço de tempo.

A Sexta praga Ap 16:12 E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente.. O rio Eufrates seca, deixando livre o avanço das tropas que avançarão do Oriente para Israel. para a Batalha de Armagedom. “Reis que vêm do lado do nascimento do sol” Deve ser uma referência aos países-chaves do Oriente. A trindade satânica incitam as potências do Oriente a unirem suas forças e avançarem para Oeste, para destruírem Israel. Armagedom: a palavra significa monte de Megido. Tem sido um famoso e histórico campo de batalha onde exércitos de muitas nações resolveram aí suas disputas. Fica próximo ao monte Carmelo, no sudoeste da Galiléia. “Então derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar.” Ocorreu um terremoto como nunca houve igual. Será pavoroso além do que se possa imaginar. É o maior terremoto dos cinco de Apocalipse, e através dele se abre a saída para os duzentos milhões da cavalaria infernal mencionados em Ap  9.16. A grande cidade é Jerusalém, melhor identificada por esse título em l1.8. Caíram as cidades das nações. Isso incluirá muitas cidades. Quantos morrerão  Também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento. Um talento é o peso de mais ou menos 45 quilos. Portanto não adianta lutar contra Deus! Resistir a Deus é perder a Batalha. Ele vencerá de qualquer maneira e o homem terá que se defrontar com Ele.
A Babilônia Religiosa.

“A grande meretriz”. Ap 17:3 E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. Na Bíblia, religiões falsas são chamadas prostituição, porque são forma de infidelidade a Deus. Vi um mulher, sendo na visão uma mulher meretriz, isso indica um falso sistema religioso.

Um falso sistema político. Nesse tempo a igreja falsa conduz a Besta, mas depois, esta se virará contra aquela e a destruirá, para que possa implantar uma nova religião para sua adoração. O nome Babilônia associado à mulher, indica que a religião predominante durante a Grande Tribulação será algo com tendências espiritas sob as mais variadas formas. A história nos conta que as religiões falsas (que sempre incluem a idolatria)

A Babilônia Comercial. Apo 17:18 E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.
Este capitulo trata de uma cidade literal que será a capital do Anticristo antes dele ocupar Jerusalém. Há uma grande diferença entre esta Babilônia do cap. 18 e a do capítulo 17. A do capítulo 17 é destruída por homens. (Ap. 17.16). Já a Babilônia do cap. 18 é destruída por Deus, mediante terremoto e fogo. Esses versículos segundo alguns intérpretes retratam a cidade de Babilônia reconstruída como um colossal centro comercial e financeiro. Dizem ainda que Os povos árabes do Oriente Médio, do dia para a noite tornaram-se os principais banqueiros do mundo. Esses bancos têm no momento a maior reserva de ouro da terra. E vão adiante com seus projetos. Essas região possui mais petróleo do que qualquer outra área do globo. A volta de Jesus em Glória (cap.19). “Bodas do Cordeiro”(v. 7). Esses glorioso evento tem lugar no céu após o arrebatamento da Igreja. É o encontro, que durará para sempre.

A volta do Rei “vi o céu aberto” Ap 19:11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.. É chegado o momento que todo o universo aguarda!  A vinda de Jesus em Glória. Os primeiros ocupantes do inferno (v.20). São o Anticristo e o Falso Profeta.

O Milênio e o Juízo Grande Trono Branco. Ap 20:2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. Como vimos o milênio não será o tempo em que Cristo reinará sobre a terra, Ele vem para reinar eternamente. Será um período de preparação da terra para o estado perfeito e eterno que se seguirá ao Milênio. O mar tem sido um imenso cemitério através dos milênios. O certo é que nenhum morto faltará ao chamado do Rei. “A morte e o além entregaram os mortos que neles havia”. Além, é Hades. A morte deu os corpos que levara, e o Hades os espíritos. “Foram julgados, um por um, segundo as obras.” (v. 13). Este julgamento não é coletivo, mas individual.

O Eterno e Perfeito Estado. Ap. 21. 22. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. O pecado já foi julgado. Satanás e todos os seus seguidores já foram para o seu lugar definitivo. Deus agora estabelecerá um novo céu, uma nova terra, e uma nova cidade - a Nova Jerusalém “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. A cidade não será o céu. O texto bíblico afirma que ela “descia do céu”. Ela será a capital de Deus aqui na terra, para sempre. O capitulo 22 dá continuação à descrição do eterno e perfeito estado da nova terra e dos salvos que nela habitarão.




domingo, 22 de janeiro de 2017

QUANDO O PODER TRAZ A DESGRAÇA

QUANDO O PODER PODE TRAZER A DESGRAÇA
Porém, quando se tornou assim poderoso, Uzias ficou cheio de orgulho, e essa foi a sua desgraça. Ele pecou contra o SENHOR, seu Deus, pois entrou no Templo para queimar incenso no altar do incenso.” (2Cr 26:16)

Introdução: Uzias (Azarias). Javé Ajuda. Nome comum entre os israelitas, dado a 28 personagens bíblicos. O principal foi o décimo rei de Judá, também conhecido como Uzias, que reinou de 781 a 740 aC, filho de Amazias e Jecolias, uma mulher da cidade de Jerusalém.  (2Rs 14.21; 15.1-7). Uzias começou a reinar muito jovem, com apenas 16 anos ele assumiu o reinado depois que seu pai, vítima de uma conspiração foi morto. (2Cr 25.27). O reinado de Uzias se estendeu por longos 52 anos e o segredo do seu sucesso foi seguir o exemplo de seu pai. “Seguindo o exemplo do seu pai, Uzias fez aquilo que agrada a Deus, o SENHOR.” (2Rs 15:3). Durante muito tempo Uzias viveu sob a orientação de um homem de Deus chamado Zacarias que o ensinou a servir e respeitar a Deus o Senhor. “Enquanto Zacarias viveu, Uzias serviu a Deus fielmente, pois Zacarias o ensinou a respeitar o SENHOR. Durante esse tempo Deus o abençoou.” (2Cr 26:5). Uzias conquistou grandes vitórias pelo seu temor a Deus a ponto de se tornar muito famoso e poderoso. “Em Jerusalém os seus engenheiros construíram máquinas de guerra que eram postas nas torres e nas esquinas das muralhas, a fim de atirarem flechas e pedras grandes. A fama de Uzias se espalhou por toda parte. E ele se tornou muito poderoso, pois Deus o ajudava.” (2Cr 26:15). Mais por se tornar famoso e poderoso, Uzias começou a pecar contra Deus e desta forma iniciou uma verdadeira derrocada na vida do rei que estava no caminho certo, mais se deixou conduzir para um final triste e solitário. Tudo isto por causa de uma coisa chamada “poder” que lhe conferia a livre disposição de força ou autoridade, dando-lhe o direito de deliberar, agir e mandar da maneira que quisesse. Poder este que lhe conferia o pleno domínio e a força sobre tudo e sobre todos.
  • Mt 8:9 Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: “Vá lá”, e ele vai. Digo para outro: “Venha cá”, e ele vem. E digo também para o meu empregado: “Faça isto”, e ele faz.
O mesmo poder que fez daquele que começou como um garoto a reinar aprendendo a servir ao Senhor sendo obediente em tudo. Transformou ao longo deste tempo sua vida fazendo dele um homem que sorrateiramente ia se distanciando de seu Deus e conseqüentemente destruindo tudo aquilo que havia construído. “Porém, quando se tornou assim poderoso, Uzias ficou cheio de orgulho, e essa foi a sua desgraça. Ele pecou contra o SENHOR, seu Deus, pois entrou no Templo para queimar incenso no altar do incenso.” (2Cr 26:16). Quais foram os pecados de Uzias?

I. O SEU CORAÇÃO SE EXALTOU (FICOU ORGULHOSO)
Entre as grandes conquistas de Uzias, podemos citar o fortalecimento das muralhas de Jerusalém, a construção de torres de vigia nos campos, os homens que trabalhavam nas suas plantações e um exército pronto para a guerra todos soldados valentes. Uzias armou os seus soldados com escudos, lanças, capacetes, couraças, arcos e flechas, e fundas para atirar pedras.  Em Jerusalém os seus engenheiros construíram máquinas de guerra que eram postas nas torres e nas esquinas das muralhas, a fim de atirarem flechas e pedras grandes. (2Cr 26:9-15). Tudo isto serviu como para engrandecer e fortalecer o seu reino, mais serviu também para fazer com que Uzias começasse a sentir-se “todo-poderoso” e não demorou muito para que ele fosse atingido pelo primeiro mal: O orgulho. Conceito elevado que alguém faz de si próprio.
  • 1Sm 15.23 - O orgulho é pecado como é pecado a idolatria.
  • Pv 21:4 Os maus são dominados pelo orgulho e pela vaidade, e isso é pecado.
Uzias começou a agir como se fosse o rei mais poderoso e mais importante que já existiu em Judá. É exatamente assim que funciona o orgulho. Começamos a fazer um exagerado conceito de nós mesmo acompanhado de sentimentos tais como a:
  • Vaidade: Desejo imoderado de atrair admiração. Queremos e gostamos de sermos admirados pelas pessoas que nos cercam. Gostamos quando nos tornamos o centro das atenções.
  • Jactância: Ostentação (Exibição aparatosa, pompa, luxo). Fazemos toda questão de nos apresentarmos em público, e neste caso, quanto maior for o público para nos aplaudir melhor será. Evitamos “apresentações” em lugares onde não teremos destaque e não teremos os nossos “méritos” reconhecidos. A Sensação de que somos capazes de fazer qualquer coisa melhor que qualquer pessoa. Dn 4.30: “... Com o meu grande poder, eu a construí para ser a capital do meu reino, a fim de mostrar a todos a minha grandeza e a minha glória”.
  • Arrogância: Soberba, insolência (Ofensivamente desrespeitoso em atos e/ou palavras; atrevido, arrogante, grosseiro, malcriado). Tratamos todas as demais pessoas como se fôssemos muito melhores do que elas em tudo. Achamos que não precisamos respeitar a ninguém, mas todas as pessoas nos devem o respeito pelo aquilo que somos ou representamos. Acabamos por nos conduzir a um sentimento de que não precisamos nem mesmo de Deus. Sl 10.4 -... Por causa do seu orgulho ele pensa assim: “Para mim, Deus não tem importância.”
Todos sentimentos reprovados por Deus acompanham este tipo de atitude. Pv 8.13 Eu odeio o orgulho e a falta de modéstia,” Os resultado destes sentimentos não demoram aparecer:
  • Intrigas. Pv 13:10 “O orgulho só traz brigas...”
  • Destruição. Pv 16:18 O orgulho leva a pessoa à destruição”
  • Sl 73.6 -... Usam o orgulho como se fosse um colar e a violência, como uma capa.
Neste estado acabamos por nos tornar pessoas insuportáveis e pouco sociáveis.  As pessoas que no inicio estavam ao nosso lado tendem a ir se afastando em resposta ao tipo comportamento arrogante e recebido de nós. Sl 73:9 - Falam mal de Deus, que está no céu, e com orgulho dão ordens às pessoas aqui na terra.
Como conseqüência deste primeiro mal, o orgulho, veio em seguido o segundo:

II. CORROMPEU-SE
Em decorrência ao orgulho, Uzias não tardou a corromper-se em sua fé. Achando-se mais importante do que era, o rei Uzias quis tomar o lugar do sacerdote e exercer funções que não cabiam a ele. “Porém, quando se tornou assim poderoso, Uzias ficou cheio de orgulho, e essa foi a sua desgraça. Ele pecou contra o SENHOR, seu Deus, pois entrou no Templo para queimar incenso no altar do incenso.” (2Cr 26:16). A corrupção e a indução a realização de atos contrários ao dever ou a ética. Não cabia ao rei em nenhuma hipótese assumir o lugar sacerdotal. Uzias mostrou-se completamente deteriorado em sua fé a ponto de enfrentar o Sacerdote no intento de fazer aquilo que achava, pela sua corrupção, no direito de fazer. “O Grande Sacerdote Azarias e oitenta sacerdotes corajosos entraram atrás do rei e o enfrentaram, dizendo: Ó rei, o senhor não pode queimar incenso ao SENHOR Deus. Só têm esse direito os sacerdotes, os descendentes de Arão, que foram separados para este serviço. Saia deste Lugar Santo, pois o senhor pecou contra Deus, e por isso ele não vai abençoá-lo.” (2Cr 26:17, 18). A perversão e alteração do rei eram claras. Ele não era mais o mesmo. Havia sido atingido pelo mau e suas atitudes correspondiam aquilo no qual ele havia se entregado por completo. Sl 14:3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. Sua infidelidade A Deus era patente naquilo que ele fazia. “Fazendo essas coisas, eles se corromperam e foram infiéis a Deus.” (Sl 106:39)
A corrupção é um mal que atinge a alma humana vai fazendo com que ele, aos poucos vá perdendo todo o seu brilho. Corromper no sentido mais estrito da palavra significa deteriorar, decompor, apodrecer. É exatamente assim que funciona. A alma humana, entregue a Deus tem todo um brilho especial e suas atitudes correspondem exatamente a este brilho. Porém quando se corrompe, ela vai perdendo este brilho, porque ela vai se deteriorando, vai estragando, assim como um alimento que apodrece e não serve mais para alimentar, a alma humana deteriorada perde todo o seu resplendor em Deus e conseqüentemente as suas atitudes começam a sofrer uma mudança sendo pervertida pelo engano. Ef 4:22 “... quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano”,
Quais as situações que podem promover a corrupção?
  1. AÇÃO MALIGNA. “Pois, assim como Eva foi enganada pelas mentiras da cobra, eu tenho medo de que a mente de vocês seja corrompida e vocês abandonem a devoção sincera e pura a Cristo.” (2Co 11:3). Não existe ninguém mais interessado na corrupção da alma humana, do que Satanás. Por isso, ele procura minar de todas as formas a sua mente, enganado e fazendo com que ele vá se esquecendo de Deus. “Fazendo essas coisas, eles se corromperam e foram infiéis a Deus.” (Sl 106:39).
  2. RELAXAMENTO COM AS COISAS DE DEUS. “Os tolos pensam assim: “Para mim, Deus não tem importância.” Todos são corruptos e as coisas que eles fazem são nojentas; não há uma só pessoa que faça o bem.” (Sl 14:1). Quando achamos que somos alto suficientes temos a tendência natural de irmos enfraquecendo na nossa fé. Perdemos aos poucos o nosso contato com Ele, e como conseqüência deixamos que nossa alma seja minada. Uma vez que satanás consiga entrar, ele vai aos poucos nos destruindo, pois é esta sua especialidade.
  3. MÁ INFLUÊNCIA. “Não se enganem: “As más companhias estragam os bons costumes.”” (1Co 15:33). Pessoas boas devem se relacionar com pessoas boas. O relacionamento com pessoas más podem fazer com que suas prioridades sejam confundidas. Influência é a capacidade, ou poder, que uma pessoa ou coisa tem de interferir no comportamento, no desenvolvimento, na vida de outra. Assim, quando nos relacionamos com pessoas cuja tendência já está deteriorada, corremos o risco de sermos influenciado por elas. “Mas esses homens xingam aquilo que não entendem. E as coisas que eles conhecem por instinto, como os animais selvagens, são estas que os destroem.” (Jd 1:10)




III. COMETEU TRANSGRESSÕES CONTRA O SENHOR SEU DEUS
Uzias pecou ao permitir que os altares outrora levantados por reis que antecederam seu reinado, continuassem erguidos e servindo como lugar de adoração a deuses pagãos pelo povo. Por causa desta “permissão”, Uzias foi atingido por uma enfermidade que lhe impediu de continuar exercendo o seu ofício de rei, e foi seu filho Jotão que exerceu por muito tempo esta tarefa. “O SENHOR Deus feriu o rei Uzias, e ele ficou sofrendo de uma terrível doença da pele até o fim da sua vida. Ele morava numa casa separada, e era o seu filho Jotão quem cuidava das coisas do governo e reinava no país.” (2Rs 15:5). Transgredir significa passar além, atravessar. Uzias aprendeu desde muito novo a seguir ao Senhor. Zacarias lhe ensinou as leis de Deus e fez dele um jovem temente e obediente ao Senhor. Porém, na sua vida adulta, por causa das muitas vitórias e sucessos, Uzias foi se permitindo ultrapassar os ensinamentos de Deus, e foi atravessando uma linha invisível delimitadora entre o bem e o mal. Quando o texto diz que Uzias cometeu transgressões, o que na verdade o escritor bíblico está dizendo, é que Uzias começou a desobedecer a Deus, e infringiu e violou as lei do Senhor. Ele foi se esquecendo facilmente dos benefícios recebidos de Deus e se deixou levar por sentimentos ou sensações movidas pelo engano, de que por ele e só por ele, havia chegado até ali. Este foi o seu fim.  “Jamais procurei encobrir as minhas faltas, como fazem algumas pessoas, nem escondi no coração os meus pecados.” (Jó 31:33 NTLH). Deixar-se levar por este sentimento destruidor pode ser, como no caso de Uzias, uma descida implacável. Porém, o reconhecimento deste estado, e o abandono imediato desta situação, pode muito bem corrigir o problema a tempo e com a ajuda de Deus, fazer com que objetivos melhores ainda possam ser alcançados. “Pois eu conheço bem os meus erros, e o meu pecado está sempre diante de mim.” (Sl 51:3) Uzias escolheu terminar a sua vida assim, morando num casa separada de tudo e de todos.

CONCLUSÃO:
A escolha de Uzias não foi acertada, pois a Bíblia vais nos mostrar que outras pessoas também tiveram a sorte de Uzias, mais foram capazes de mudarem o fim da sua história. Não precisamos nos conformar com este estado final, podemos mudar o fim. O fim quem vai determinar somos nós mesmos. (2Cr 33.10-17)


“Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona.” (Pv 28:13)



O ESTADO DE ISRAEL

O ESTADO DE ISRAEL . TEXTO BÁSICO: GÊNESIS 13.6-12 6 - E não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos, porque a sua fazenda era ...