terça-feira, 2 de maio de 2017

Hermenêutica, a arte na preparação do sermão

Sala de Estudos

Introdução: Hoje é nosso primeiro dia de estudo. Estamos iniciando uma nova reunião onde teremos o privilégio de nos assentarmos para juntos estudar a Palavra de Deus. Nesta sala não existe ninguém com qualidade superior aos demais, todos nós que aqui estamos somos servos do mesmo Deus, temos nosso nome escrito no mesmo livro e recebemos, todos nós a mesma incumbência de pregarmos a Palavra. Então, nossa reúnião deve girar em torno de uma conversa, sempre com a Bíblia aberta. Tudo que aqui for dito ou ensinado, deve ter na Bíblia seu fundamento. Não será o que pensamos ou achamos, mais será o que Deus deixou registrado na Sua Palavra.Vamos então, por isso mesmo, começarmos nossa Sala de Estudos conversando sobre a arte de pregar a Palavra! Claro, nossa Igreja tem sido abençoada com inúmeros pregadores que tem subido ao nosso púlpito, e ainda melhor, a maioria deles são membros desta casa, e isto nos deixa, cada um de nós, muito orgulhosos. Mas, porque não estudarmos mais um pouquinho e buscar melhorar ainda mais a nossa pregação? Bem, se você está aqui hoje é porque está disposto a mergulhar nestas águas e deixar que o Espírito Santo seja seu professor. Nesta Sala, toda honra e toda glória será sempre a Eele.
Bom Estudo!

Hermenêutica, a arte na preparação do sermão
Texto Bíblico: Lc 4. 18-22 O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos 
e proclamar o ano da graça do Senhor.
Por incrível que possa parecer é uma reação normal sentirmos medo ao saber que somos o pregador escalado para o próximo culto. Agimos assim em razão de uma insegurança que produz em nós todo este desconforto. É possível que este desconforto também produza em nós aquela sensação de enjoo que às vezes nos faz ter medo de não suportarmos a pressão e acabar cedendo a tentação de sairmos correndo da igreja. Mas vamos pensar em uma coisa: Às vezes, isto acontece porque desconhecermos algumas ferramentas simples que temos a nossa disposição e podem nos auxiliar a nos preparar para este momento.

Para nos ajudar a administrar o que chamamos de "dificuldade" na pregação, temos um estudo prático conhecido como HOMILÉTICA.

A homilética com certeza é um grande auxílio a nossa disposição para o auxílio no preparo de algo tão prazeroso que é a pregação da Palavra de Deus.

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A PREGAÇÃO.
2Tm 4:24 prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longaminidade e ensino…
A hermenêutica nos ensina pelo menos quatro princípios básicos para um bom entendimento entre pregação e pregador. Estes princípios não sendo desprezados podem nos ajudar muito no desenvolvimento do preparo da mensagem que pregaremos. Se isto for levado a sério veremos em breve o resultado do Ministério da Palavra em pleno desenvolvimento em nossas vidas. Então Vamos ver cada um deles separadamente e com muita calma. (Embora nosso tempo seja bem curto).

Para inicio de conversa é bom sabermos que toda mensagem deve ser recebida diretamente de Deus. Nossa missão será apenas trabalhar a mensagem recebida no sentido de deixá-la apresentável aos ouvintes de maneira que consigam entender exatamente o que Deus quer falar através de nós. A mensagem será sempre recebida como resultado da leitura, do estudo e da meditação na Palavra de Deus. A Bíblia é a revelação de Deus aos homens, por isso, tem que ser nossa principal fonte de inspiração. Se não temos como ler e estudar a Palavra de Deus teremos dificuldades para pregar a Palavra.

O pregador é alguém que deve buscar de Deus, pelo menos, três características importantes. Ele precisa ter um chamado, ter conhecimento e precisa ter experiência. Vejam que destas três características apenas uma delas depende da ação divina as outras duas dependem da aplicação e busca do pregador.

1. O CHAMADO. 
1Co 9:14 – “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho;”
Todas as pessoas salvas em Jesus Cristo são chamados a pregar e disseminar o evangelho a todas as criaturas. No entanto nem todos tem um chamado específico no sentido de assumir um púlpito para pregar. Assim, podemos dizer que pregar o evangelho é tanto um direito como um dever para todo verdadeiro cristão; mas há, porém um chamado específico para o que a Bíblia chama de ministério que pode ser de ensinar, pastorear e liderar e pregar a Palavra de Deus. São honras que ninguém deveria tomar para si mesmo, senão quando é chamado. A UNS ESTABELECEU DEUS NA IGREJA, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiros lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 1Co. 12,27,28

O Chamado, ou Vocação Ministerial deve ser a primeira característica do pregador. Um pregador que tem um Chamado, geralmente se empenha no sentido de estar sempre preparado para o bom desempenho de seu ministério.

2. O CONHECIMENTO. 
Pv 1:7 O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina. 
Conhecer é o mesmo que ter ideia ou a noção de alguma coisa. É o saber, a instrução e a informação que pode ser dividido em uma série de categorias que podemos enumerar, a título de conhecimento (Desculpem pela redundância):
→ O Conhecimento sensorial, que é o conhecimento comum entre seres humanos e animais.
→ O Conhecimento intelectual que é o raciocínio, o pensamento do ser humano.
→ O Conhecimento popular que é a forma de conhecimento de uma determinada cultura.
→ O Conhecimento científico que são análises baseadas em provas.
→ O Conhecimento filosófico que está ligado à construção de ideias e conceitos.
→ O Conhecimento teológico que é o conhecimento adquirido a partir da fé.

Ainda podemos enumerar dois tipos de conhecimentos que se destacam em escalas diferenciadas. São eles o Conhecimento Científico e o Conhecimento Empírico.

Conhecimento científico. É um conhecimento real porque lida com ocorrências ou fatos, constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade comprovada através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.

Conhecimento empírico conhecimento empírico, é aquele que adquirimos no decorrer do dia, a dia por meio de tentativas e erros num agrupamento de ideias; o conhecimento empírico é aquele que não precisa ter comprovação científica.

No nosso caso aqui a ser exposto, para o desenvolvimento do Ministério profético, que é o ministério do pregador, o conhecimento é fundamental, principalmente o conhecimento bíblico, afinal, a Bíblia deverá ser a fonte expiradora nas nossas pregações.

Alguém pode estar perguntando, como se adquire um bom conhecimento da Palavra de Deus? A resposta é elementar: Pelo estudo aplicado das Escrituras, e nesse caso, a Igreja será fundamental pois deverá manter os auxílios nescessários. Seminários, EBD, Culto de Estudo e agora a Sala de Estudo são as ferramentas que temos no momento que poderão nos ajudar. Mas não será demais sempre nos lembrar que qualquer pessoa interessada neste ministério deve buscar conhecimento da Palavra e se dedicar nesta busca. Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seu coração, estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Cl 2:2-3

3. A Experiência.
A experiência também se encaixa na definição de conhecimento. A diferença é que a experiência, é um aprendizado, obtido através da prática ou da vivência que pode ser experiência de vida, de trabalho.

Não podemos no entanto confundir Experiência no sentido da obtenção do conhecimento e desenvolvimento do Ministério com supostas experiências sobrenaturais. Estamos em um momento da história do cristianismo no qual se buscam de maneira desordenada as experiências espirituais em detrimento da doutrina bíblica. Não se trata de negarmos a legitimidade de algumas experiências espirituais, afinal a Bíblia está repleta delas. O  novo-nascimento, por exemplo é uma experiência espiritual, de caráter pessoal Jo 3.3-5 Em resposta, Jesus declarou: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo” Perguntou Nicodemos: “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!” Respondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito.

A vivência no evangelho é um experiência, que mostra o resultado de uma vida transformada pelo conhecimento das Escrituras. Isto é “experiência”. 2 Co 5.17 Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!

Assim, toda experiência espiritual deve ser analisada à luz da Bíblia Sagrada, sendo esta superior em autoridade àquela.

No caso da pregação, temos a experiência como o conhecimento desenvolvido pela prática. O pregador tem chamado, tem conhecimento mas precisa saber desenvolver na prática tanto sua chamada como o conhecimento que tem. O chamado vem de Deus, o conhecimento veio da aplicação ao estudo da Palavra, a experiência vira na prática da pregação.

O futuro pregador necessariamente, não precisa começar pregando, por exemplo, num culto de domingo a noite. Estes cultos costumam ter uma cooperação maior tanto local como de visitantes. O ideal é começarmos em cultos de menores expressão, tipo cultos de visitas nos lares ou aqueles cultos semanais com menor frequência. Isto é para que o regador vá se acostumando com o púlpito. Depois ele mesmo vai, sem perceber estar pregando em cultos de grande expressões.

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