PROJETO MEU FILHO NA
FÉ
INTEGRANDO O NOVO
CRENTE
“Escrevo
a você, Tito, meu verdadeiro filho na fé, esta fé que é sua e minha. Que a
graça e a paz de Deus, o Pai, e de Cristo Jesus, o nosso Salvador, estejam com
você!” (Tito 1:4 NTLH)
CONCIENTIZAÇÃO,
E MOTIVAÇÃO
Introdução: Muito pouco temos
feito por uma eficiente integraçção do novo crente na Igreja. Por esta nossa falta
de empenho, as perdas no reino, acabem sendo irreparáveis. Muitos dos que se
convertem não permanecem por muito tempo, a porta dos fundos parecem serem bem
maiores do que a da frente. Precisamos agir rápido e recuperarmos o tempo
perdido. Recursos até temos bastante, o que está faltando mesmo é vontade tanto
por parte da líderança quanto por parte dos membros em geral. Mudar este
quadro, com ajuda do Espírito Santo, será uma tarefa que exigirá de todos nós
uma extrema dedicação de tempo, por isso, como proposta, este projeto visa a
oportunidade de darmos a Deus a maior quantidade de tempo de que dispusermos,
pois nada substituirá a evangelização, e o trabalho de conservação de
resultados. A igreja pode fazer tudo, mas se não voltar-se de maneira decidida
para buscar incessantemente a ovelha perdida e a sua consequente integração no
Corpo de Cristo, sua presença não terá sentido na terra. “Tome os ensinamentos que você me ouviu
dar na presença de muitas testemunhas e entregue-os aos cuidados de homens de
confiança, que sejam capazes de ensinar outros.” (2Tm
2:2). Este treinamento está voltado para a formação
de seguidores de Jesus, bem como o seu conseqüente treinamento para integração
e discipulado do novo crente na Igreja.
Está dividido em duas partes principais: Uma de conscientização e motivação,
e outra de treinamento prático. A primeira é o embasamento bíblico, e a
segunda é a orientação pratica desses princípios.
I. EVANGELHO,
EVANGELISMO, EVANGELISTA E A EVANGELIZAÇÃO.
“Quando
a verdadeira mensagem, a boa notícia do evangelho, chegou a vocês pela primeira
vez, vocês ouviram falar a respeito da esperança que o evangelho oferece. Por
isso, a fé e o amor que vocês têm são baseados naquilo que esperam e que está
guardado para vocês no céu.” (Cl 1:5)
Introdução: Para um melhor entendimento, vamos primeiro
compreender alguns termos básicos que usamos com muita liberdade mais nem
sempre com compreensão. Para chegarmos a uma compreensão básica a respeito de
evangelismo, é necessário, primeiro percorrermos uma conceituação de
“evangelho” e “evangelização”. Depois então formularemos um entendimento razoável
sobre “evangelismo”. Uma vez com claro entendimento dos termos, ficaremos de
certa forma “prontos” para colocá-los em prática num projeto sério que tem como
proposta o crescimento do corpo de Cristo e a manutenção de novos crentes
preparando-os para o encontro triunfal com o Senhor Jesus. “Jesus
nos mandou anunciar o evangelho ao povo e testemunhar que ele foi posto por
Deus como Juiz dos vivos e dos mortos.” (At 10:42)
1. EVANGELHO.
“Digam a ele que os cegos
vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados,
e os pobres recebem o evangelho.” (Mt11:5)
A palavra “evangelho”
ocorre 72 vezes no NT, das quais 54 nas Cartas Paulinas. O termo vem do grego e
significa literalmente “boas novas”. O correspondente em hebraico quer dizer
“proclamar boas novas” ou “trazer novas de vitória”. Porém “evangelho” é mais
do que “boas novas”, numa definição prática podemos afirmar que evangelho é o
próprio Jesus presente entre os homens, cumprindo os desígnios de Deus, com o
fim de salvá-los.
2. EVANGELIZAÇÃO.
“ E
nós estamos aqui para trazer o evangelho a vocês.” (Atos
13:32 NTLH)
Em última análise, evangelização
é a ação de evangelizar. A palavra “evangelizar” ocorre 52 vezes no NT,
incluindo 25 vezes em Lucas e 21 vezes nas Cartas Paulinas. Podemos dizer que a
evangelização constitui-se na ação de comunicar o evangelho, visando levar
perdidos ao Senhor Jesus para que sejam salvos por Ele. A técnica da
evangelização é ação, ação que realiza. A palavra “evangelizar” difere da
palavra “pregar” pois nem toda pregação tem por finalidade a evangelização. A
idéia fundamental da evangelização é a de passar o evangelho para alguém, de
tal maneira que a pessoa fique “entranhada” por ele. Pela evangelização, a
pessoa absorve o evangelho e ele passa a fazer parte da sua vida. “Pois é meu dever pregar a todos, tanto
aos civilizados como aos não-civilizados, tanto aos instruídos como aos sem
instrução.” (Romanos 1:14 NTLH)
3. EVANGELISMO.
A palavra evangelismo não se
encontra no NT. Naturalmente, é ele que torna possível a ação de evangelizar. A
partícula “ismo” denota sistema. Assim, antes de mais nada, evangelismo envolve
os princípios, os métodos, as estratégias, as técnicas na ação de evangelizar.
O evangelho dá a evangelização as condições para que ela atinja os seus
objetivos. Para melhor compreensão do termo, podemos recorrer a uma definição Anglicana
de 1918: Evangelizar é apresentar Cristo Jesus no poder do Espírito Santo,
para que os homens possam vir a pôr sua confiança em Deus através dEle,
aceitá-lo como seu salvador, e servi-lo como Rei na fraternidade de Sua igreja. Pelo
evangelismo, nós fazemos o evangelho chegar ao pecador e atuar nele. Os métodos
são apenas dois: evangelismo pessoal e evangelismo em massa. De qualquer
maneira, o indivíduo será atingido. Dependendo do contexto em que esteja o
indivíduo ou os indivíduos a serem alcançados, vamos estudar as estratégias.
Dependendo ainda, do tipo de pessoa, das circunstâncias que cercam, o
evangelista usará a técnica adequada. A técnica é o recurso que usamos, tudo
isto é trabalhado pelo Espírito Santo que usa homens que usam recursos dados
por Deus. Jesus respondeu: —Vamos aos povoados que ficam perto daqui, para que
eu possa anunciar o evangelho ali também, pois foi para isso que eu vim.
(Marcos 1:38 NTLH)
4. EVANGELISTA.
A palavra
“evangelista” ocorre três vezes no NT.
·
No dia seguinte partimos e chegamos à
cidade de Cesaréia. Ali fomos para a casa do evangelista Filipe e
ficamos com ele. Filipe era um dos sete homens que haviam sido escolhidos em
Jerusalém. At 21:8 NTLH)
·
Foi ele quem “deu dons às pessoas”. Ele
escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja. Ef
4:11 NTLH
·
Mas tu sê sóbrio em {ou em todas as
coisas} tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o
teu ministério. 2Tm 4:5 RC
Na primeira referência,
encontramos o nome de Felipe, classificado como um evangelista. Alguém que
recebeu um cargo eclesiástico e foi incumbido de uma missão pela igreja. Em
Efésios, a menção são a “dons espirituais” ou dotações sobrenaturais do
Espírito Santo, que Ele dá a “crentes” para crescimento e aperfeiçoamento da
igreja. Na última, o jovem pastor Timóteo é conclamado a fazer a obra de um
evangelista. Neste caso a ênfase recai no fato de que o termo pode e deve ser
estendido a todos os crentes. Todos os crentes são testemunhas de Cristo e
pregam o Evangelho na tentativa de conduzir alguém a Cristo. Assim um
“evengelista” seria alguém que “prega” o evangelho esteja ele incubido desta
missão pela igreja, sendo assim alguém que possui um função eclesiastica, ou
simplesmente alguém que entendeu sua chamada e respondeu a ela, pregando.
II. QUALIFICAÇÕES A SEREM
CULTIVADAS PELO EVANGELISTA.
Fazer
discípulos implica em algo muito mais profundo do que simplesmente entregar um
folheto ao não crente ou trocar com ele algumas palavras sobre salvação. Fazer
discípulo é torna-lo um seguidor do Senhor Jesus, através do aprendizado das
doutrinas fundamentais da fé cristã. É um acompanhamento diário, com dedicação
e amor, de seus primeiros passos nesta caminhada. Pessoas que não sabem
relacionar-se e nem são capazes de dar-se ao exercício da paciência terão
dificuldades para conviver com as dificuldades do discípulos. O evangelista,
portanto deve cultivar características ou qualificações essenciais que abaixo passamos a listar como
“experiências” ou, conhecimentos obtidos na prática da vida. O evangelista
precisa cultivar habilidades ou perícias que são resultado do exercício
contínuo de uma vida dedicada a Deus e a
Igreja.
a. Experiência de
Conversão.
O simples fato de nascer numa família cristã, engajar na
igreja e no seu sistema, ou aprender educação religiosa não quer dizer
exatamente que a pessoa está salva. Isto pode ser um tremendo engano. O salvo precisa ter uma experiência com Deus,
mesmo que variável de pessoa para pessoa, mais uma experiência que seja determinante
na convicção inconfundível de sua conversão. Se alguém não nasceu de novo,
também não terá condições de conduzir alguém a este novo nascimento. “Quem
está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou
o que é novo.” (2Co 5:17)
Podemos definir a conversão como uma mudança de vida operada por Deus. Essa
mudança tem dois aspectos. O primeiro, relacionado com o pecado, chama-se
arrependimento, e o segundo, relacionado com cristo, é a fé. Ser convertido é
uma caracteristica fundamental para se tornar um discipulador.
B. Experiência de
Santificação.
Sendo a salvação um ato selado pelo Espírito Santo,
o evangelista precisa ter uma relação convicta e inconfundível com Ele. Existem
muitos movimentos confusos sobre a doutrina do Espírito Santo, por isto, já é
mais do que hora de entendermos que não é possível ser crente sem ter o
Espírito Santo, pois não não há conversão sem Ele. A santificação é o
ato, estado ou processo de se tornar santo. É realizada na vida do salvo pela
ação do Espírito Santo, e portanto, qualificação também necessária ao crente
como capacitação para o trabalho de evangelização pois é a santificação que mantém
o “vaso limpo” dando ao Espírito Santo as condições necessárias para usar o
crente poderosamente. “Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o
vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”
(Romanos 6:22 RC)
c. Experiência com a Palavra. O conhecimento da
Palavra de Deus é um dos requisitos mais importantes ao discipulador. O
evangelista tem que conviver com a Bíblia de tal maneira que possa, por ela,
não só seja instruído, mais, mas do que isto, seja por Ela, “alimentado”. Enquanto você espera a minha chegada,
dedique-se à leitura em público das Escrituras Sagradas, à pregação do
evangelho e ao ensino cristão. (1Tm 4:13). Infelizmente,
exitem muitos crentes com pouco convívio com a Bíblia, não lêem, não estudam,
não procura um conhecimento básico, o resultado é que se tornam cristãos
imaturos e inseguros. O ideal é não somente lê-la, mais estudá-la de maneira
ordenada e sistemática. Ajuda também neste processo, “ouvir a Bíblia”, existem
hoje alguns programas para computador com a Bíblia em áudio. “Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a
mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo.” (Rm 10:17). A audição da
Bíblia, vai ajudar a memorização que é outro processo muito importante ao
evangelista. Saber textos bíblicos de cor podem ajudar na evangelização e
também servem de “armas” nos momentos de lutas e conflitos espirituais. “Guardem
sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje” (Dt
6:6) Se
a nossa missão será “ensinar”, teremos quer
ter preparo espiritual e bíblico para tanto. Espiritual porque crentes
espirituais, formarão crentes espirituais, e bíblicos porque será sempre a
Bíblia a nossa “regra” de conduta e fé. Assim, nunca é demais lembrar que é
imprescindível ao discipulador, o bom “manejo” da Palavra. “Faça todo o possível para conseguir a
completa aprovação de Deus, como um trabalhador que não se envergonha do seu
trabalho, mas ensina corretamente a verdade do evangelho.” (2Tm
2:15)
Além destas
qualificações básicas, acima demostradas, requer-se ainda que o evangelista ou
discipulador tenha profunda convicção de sua missão, pois a falta dela produzirá
inconstância, dúvidas e falta de firmeza nos discípulos. Requer-se ainda que
ele sinta paixão pelos perdidos. Sem este amor ardente pelas almas não haverá
um discipulado produtivo, poderá ser apenas uma espécie de “cumprimento de
dever” sem maior envolvimento. da Palavra. A oração deve fazer parte da vida do
evangelista, ele deve possuir um programa pessoal de oração, fazendo da oração
um estilo de vida. A conduta do evangelista é outra importante exigência
importante, devendo se ruma pessoa digna de caráter firme e de hábitos puros.
Não deve ser ‘mundano”, mas deve conviver bem com a família. para que vocês não tenham nenhuma falha
ou mancha. Sejam filhos de Deus, vivendo sem nenhuma culpa no meio de pessoas
más, que não querem saber de Deus. No meio delas vocês devem brilhar como as
estrelas no céu, (Fp 2:15)
CONTINUA...
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