PRINCÍPIOS PARA DISCIPULADORES.
É necessário que o
discipulador tenha realmente absorvido a visão do discipulado e não
simplesmente concordado com sua eficácia. Em outras palavras, é necessário que
ele esteja envolvido intelectualmente, emocionalmente e voluntariamente com a
visão. Qual a importância disso? George Barna
diz que a visão é a “força impulsora por
trás da atividade de um líder ou grupo de pessoas motivadas. É uma força
interior que guia o indivíduo através de dificuldades imprevistas ou estimula a
agir quando exausto ou hesitante em dar o próximo passo rumo a meta a ser
alcançada.” Quando se tem a visão deste ministério, se ocorrer do responsável pela
implantação do discipulado vier a desistir do trabalho, aquele que tem a visão,
não abandonará a idéia e nem o trabalho. Pois ele vê nessa visão algo essencial
à vida da Igreja. Para nós este fator
motivador é a verdade bíblica sobre discipulado confirmada e estimulada pela
iluminação do Espírito Santo. Uma das coisas mais necessárias para que a
igreja local evite a paralisia e a rotina é ter uma visão nitidamente do porquê
e para quê ela existe.
1. DETERMINAÇÃO E COMPROMISSO.
Aquele que assume o
ministério do discipulado deve estar consciente da grande responsabilidade que
está assumindo. Este compromisso pode ser deleitoso, caso assuma totalmente
este ministério, pois é um ministério de formação de vidas, o qual poderá ver
na prática o fruto do seu trabalho. Porém, deve ser lembrado que aqueles
discipulados serão pessoas que, muitas vezes, vêm para a igreja, feridas,
problemáticas, com conceitos errados e costumes que deverão ser trabalhados através
de um acompanhamento sincero, onde o discipulador deverá identificar-se com
tais pessoas e seus problemas, não deixando de confrontar o que está errado,
equilibrando para não tomar uma posição legalista (Tt 2:11-15). Isto deve ser
feito com amor. O princípio a ser seguido aqui entre discipulador e discípulo é
o da “identificação”. Caso o
discipulador não se identifique com o problema do discípulo, este não sentirá
segurança em ser pastoreado, comprometendo assim o objetivo do discipulado.
Muitas vezes o discípulo será acometido de desânimo, e caso o discipulador não
tenha determinação e compromisso, também será absorvido pelo desânimo do seu
discípulo. Por isso também, não falte aos compromissos e só desmarque em casos
totalmente incontornáveis.
3. PREPARO E CONHECIMENTO
BÍBLICO/DOUTRINÁRIO.
É imprescindível que
o discipulador tenha tal conhecimento, pois o discípulo estará adentrando a uma
denominação confessional. Caso ensine doutrinas que não coadunem com todo o
corpo doutrinário da denominação, causará uma confusão na mente do discípulo
tornando-o um crente instável (Ef 4.11-16). Caso você tenha alguma dúvida
quanto alguma doutrina procure os pastores e/ou obreiros e recorra para
pesquisa ao conhecimento e biblioteca teológica que eles e a igreja têm. O
discipulador/discipulando deverá estar participando dos trabalhos ou cursos oferecidos na igreja. Matérias avulsas
doutrinárias (oferecidas em módulos na Escola Dominical ou no estudo bíblico
semanal). Cursos de aperfeiçoamento de líderes (Seformi; ministério infantil;
treinamento p/ professores, superintendentes e secretários de EBD). Cursos de
treinamento como: visitação hospitalar, música, etc.
4. DEVE SER EMPÁTICO.
O discipulador deve
ter facilidade para desenvolver um relacionamento pessoal. Precisa estar
disposto a ter uma amizade sincera com o seu discípulo e trabalhar
continuamente para esse fim, deve ter um comportamento pastoral, sendo sensível
aos problemas e necessidades do discípulo, expressando esse sentimento através
de: aconselhamento,
oração e outros tipos de ajuda, se necessário. Portanto, deve ter um
profundo senso
de equipe; já vimos que pessoas auto-suficientes não têm característica de
ovelha, mas sim de lobo. O discipulador deve entregar o discípulo
aos cuidados de todos os recursos da igreja. Se necessário encaminhá-lo ao
pastor da igreja.
5. BOM TESTEMUNHO.
Isto envolve muito
mais do que ser simplesmente um crente “bonzinho”. Mas deve ser alguém que se preocupe em ser
fiel àquilo que é bíblico e lute por isso, na sua vida em primeiro lugar. Deve
ser alguém que tenha “sede de Deus”, para aprender, orar e envolver-se.
6. SABER OUVIR.
O discipulador é uma
pessoa que sabe dar a oportunidade para que outros falem. Que se agrade em ver
o desenvolvimento de seus discípulos. Que não venha pelo seu orgulho inibir o
crescimento do discípulo. Quem sabe ouvir, saberá que deve fazer o discípulo pensar e não dar respostas prontas, como
se fosse o dono da verdade. Evite este três erros:
- Não ignore o que está sendo falado.
- Não aparente estar ouvindo, desligando-se mentalmente da conversa.
- Não ouça as palavras, sem “ouvir” os sentimentos que estão por trás delas.
7. COMO VOCÊ APRENDE?
( ) Eu leio muito. Os livros são importantes
para mim quando quero aprender.
( ) Raramente leio. Não gosto de ler.
( ) Eu aprendo ao fazer, olhar e me envolver
com coisas práticas.
( ) Freqüentemente ouço fitas, CD´s ou vídeos
educativos.
( ) Gosto de conversar com alguém que conhece
sobre o assunto que me interessa.
( ) Eu não tenho um padrão definido de
aprendizagem.
Os discipuladores
devem seguir as seguintes sugestões para que o trabalho não se torne extinto:
·
Supervisionar
o trabalho de todos os grupos de discipulado.
·
Manter
clara a visão do próprio Discipulado, corrigindo os desvios.
·
Periodicamente
desafiar novos discipuladores.
·
Aperfeiçoar
continuamente o material de estudo do discipulado.
·
Coordenar
o Discipulado como meta dos outros serviços e departamentos da igreja.
O progeto “MEU FILHO
NA FÉ” possui princípios que transmitidos aos discipuladores serão também
apresentados aos novos convertidos, posteriormente, favorecendo a seqüência do
programa de Discipulado. Em primeiro lugar teremos um grupo de discipuladores
formados, porém, o primeiro grupo de novos convertidos formados depois destes,
já serão discipulados dentro desta visão, e se engajarão no programa como
discipuladores. É importante lembrar que
o alvo não é apenas a multiplicação de conversões, mas, que principalmente da
maturidade e crescimento dos cristãos convertidos, e outros novos convertidos
virão como conseqüência dessa maturidade. É tempo de repensarmos a forma da
igreja, onde até então, o trabalho eclesiástico se atém a um pequeno grupo de
líderes, que provavelmente não foram discipulados. Indispensavelmente a liderança da igreja deve estar preparada
para equipar os santos (Ef 4.11-13). O pastor coordenando os grupos de
formação de líderes estará mais livre para pastorear o rebanho, podendo em
reuniões periódicas com os discipuladores, ser informado a respeito das ovelhas
que carecem de um cuidado mais específico. Cada encontro será um instrumento de
formação e transformação. O pequeno grupo propicia um ambiente onde deve haver
instrução, e admoestação mútua (Cl 3.16). O pastor
e os demais líderes das igrejas devem equipar o povo de Deus. Já que eles (a
liderança) não possuem todos os dons necessários para que o corpo cumpra as
suas funções. A liderança deve preparar os crentes para que cumpram este
serviço de Discipulado.
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