sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

MEU FILHO NA FÉ - FINAL


PRINCÍPIOS PARA DISCIPULADORES.



É necessário que o discipulador tenha realmente absorvido a visão do discipulado e não simplesmente concordado com sua eficácia. Em outras palavras, é necessário que ele esteja envolvido intelectualmente, emocionalmente e voluntariamente com a visão.  Qual a importância disso? George Barna diz que a visão é a “força impulsora por trás da atividade de um líder ou grupo de pessoas motivadas. É uma força interior que guia o indivíduo através de dificuldades imprevistas ou estimula a agir quando exausto ou hesitante em dar o próximo passo rumo a meta a ser alcançada.” Quando se tem a visão deste ministério, se ocorrer do responsável pela implantação do discipulado vier a desistir do trabalho, aquele que tem a visão, não abandonará a idéia e nem o trabalho. Pois ele vê nessa visão algo essencial à vida da Igreja.  Para nós este fator motivador é a verdade bíblica sobre discipulado confirmada e estimulada pela iluminação do Espírito Santo. Uma das coisas mais necessárias para que a igreja local evite a paralisia e a rotina é ter uma visão nitidamente do porquê e para quê ela existe.



1. DETERMINAÇÃO E COMPROMISSO.

Aquele que assume o ministério do discipulado deve estar consciente da grande responsabilidade que está assumindo. Este compromisso pode ser deleitoso, caso assuma totalmente este ministério, pois é um ministério de formação de vidas, o qual poderá ver na prática o fruto do seu trabalho. Porém, deve ser lembrado que aqueles discipulados serão pessoas que, muitas vezes, vêm para a igreja, feridas, problemáticas, com conceitos errados e costumes que deverão ser trabalhados através de um acompanhamento sincero, onde o discipulador deverá identificar-se com tais pessoas e seus problemas, não deixando de confrontar o que está errado, equilibrando para não tomar uma posição legalista (Tt 2:11-15). Isto deve ser feito com amor. O princípio a ser seguido aqui entre discipulador e discípulo é o da “identificação”. Caso o discipulador não se identifique com o problema do discípulo, este não sentirá segurança em ser pastoreado, comprometendo assim o objetivo do discipulado. Muitas vezes o discípulo será acometido de desânimo, e caso o discipulador não tenha determinação e compromisso, também será absorvido pelo desânimo do seu discípulo. Por isso também, não falte aos compromissos e só desmarque em casos totalmente incontornáveis.



3. PREPARO E CONHECIMENTO BÍBLICO/DOUTRINÁRIO.

É imprescindível que o discipulador tenha tal conhecimento, pois o discípulo estará adentrando a uma denominação confessional. Caso ensine doutrinas que não coadunem com todo o corpo doutrinário da denominação, causará uma confusão na mente do discípulo tornando-o um crente instável (Ef 4.11-16). Caso você tenha alguma dúvida quanto alguma doutrina procure os pastores e/ou obreiros e recorra para pesquisa ao conhecimento e biblioteca teológica que eles e a igreja têm. O discipulador/discipulando deverá estar participando dos trabalhos ou  cursos oferecidos na igreja. Matérias avulsas doutrinárias (oferecidas em módulos na Escola Dominical ou no estudo bíblico semanal). Cursos de aperfeiçoamento de líderes (Seformi; ministério infantil; treinamento p/ professores, superintendentes e secretários de EBD). Cursos de treinamento como: visitação hospitalar, música, etc.



4. DEVE SER EMPÁTICO.

O discipulador deve ter facilidade para desenvolver um relacionamento pessoal. Precisa estar disposto a ter uma amizade sincera com o seu discípulo e trabalhar continuamente para esse fim, deve ter um comportamento pastoral, sendo sensível aos problemas e necessidades do discípulo, expressando esse sentimento através de: aconselhamento, oração e outros tipos de ajuda, se necessário.  Portanto, deve ter um profundo senso de equipe; já vimos que pessoas auto-suficientes não têm característica de ovelha, mas sim de lobo. O discipulador deve entregar o discípulo aos cuidados de todos os recursos da igreja. Se necessário encaminhá-lo ao pastor da igreja.



5. BOM TESTEMUNHO.

Isto envolve muito mais do que ser simplesmente um crente “bonzinho”.  Mas deve ser alguém que se preocupe em ser fiel àquilo que é bíblico e lute por isso, na sua vida em primeiro lugar. Deve ser alguém que tenha “sede de Deus”, para aprender, orar e envolver-se.





6. SABER OUVIR.

O discipulador é uma pessoa que sabe dar a oportunidade para que outros falem. Que se agrade em ver o desenvolvimento de seus discípulos. Que não venha pelo seu orgulho inibir o crescimento do discípulo. Quem sabe ouvir, saberá que deve fazer o discípulo pensar e não dar respostas prontas, como se fosse o dono da verdade. Evite este três erros:

  1. Não ignore o que está sendo falado.
  2. Não aparente estar ouvindo, desligando-se mentalmente da conversa.
  3. Não ouça as palavras, sem “ouvir” os sentimentos que estão por trás delas.



7. COMO VOCÊ APRENDE?

(  ) Eu leio muito. Os livros são importantes para mim quando quero aprender.

(  ) Raramente leio. Não gosto de ler.

(  ) Eu aprendo ao fazer, olhar e me envolver com coisas práticas.

(  ) Freqüentemente ouço fitas, CD´s ou vídeos educativos.

(  ) Gosto de conversar com alguém que conhece sobre o assunto que me interessa.

(  ) Eu não tenho um padrão definido de aprendizagem.




Os discipuladores devem seguir as seguintes sugestões para que o trabalho não se torne extinto:

·         Supervisionar o trabalho de todos os grupos de discipulado.

·         Manter clara a visão do próprio Discipulado, corrigindo os desvios.

·         Periodicamente desafiar novos discipuladores.

·         Aperfeiçoar continuamente o material de estudo do discipulado.

·         Coordenar o Discipulado como meta dos outros serviços e departamentos da igreja.



O progeto “MEU FILHO NA FÉ” possui princípios que transmitidos aos discipuladores serão também apresentados aos novos convertidos, posteriormente, favorecendo a seqüência do programa de Discipulado. Em primeiro lugar teremos um grupo de discipuladores formados, porém, o primeiro grupo de novos convertidos formados depois destes, já serão discipulados dentro desta visão, e se engajarão no programa como discipuladores.  É importante lembrar que o alvo não é apenas a multiplicação de conversões, mas, que principalmente da maturidade e crescimento dos cristãos convertidos, e outros novos convertidos virão como conseqüência dessa maturidade. É tempo de repensarmos a forma da igreja, onde até então, o trabalho eclesiástico se atém a um pequeno grupo de líderes, que provavelmente não foram discipulados. Indispensavelmente a liderança da igreja deve estar preparada para equipar os santos (Ef 4.11-13). O pastor coordenando os grupos de formação de líderes estará mais livre para pastorear o rebanho, podendo em reuniões periódicas com os discipuladores, ser informado a respeito das ovelhas que carecem de um cuidado mais específico. Cada encontro será um instrumento de formação e transformação. O pequeno grupo propicia um ambiente onde deve haver instrução, e admoestação mútua (Cl 3.16).  O pastor e os demais líderes das igrejas devem equipar o povo de Deus. Já que eles (a liderança) não possuem todos os dons necessários para que o corpo cumpra as suas funções. A liderança deve preparar os crentes para que cumpram este serviço de Discipulado.








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