domingo, 15 de agosto de 2010

ESTUDO BÍBLICO - ESCATOLOGIA



ESCATOLOGIA 
PARTE II

Lição 2 
 O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS

Introdução: Para compreendermos os ensinos bíblicos sobre o lugar para onde vão os mortos, é necessário observarmos o texto original do Antigo Testamento. A palavra “SHEOL”, no Antigo Testamento, equivale em sentido a “HADES”  no Novo Testamento. Diferem em forma porque a primeira é hebraica e a segunda grega. Ambas designam o lugar para onde iam os mortos nos tempos do AT. Havia no entanto, nessa região dos mortos, uma divisão para os justos e outra para os injustos, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali em plena consciência. O lugar dos justos era chamado de “SEIO DE ABRAÃO” e “PARAÍSO”, e era um lugar de felicidade, prazer e segurança. Já o lugar dos injustos, era cheio de dores e sofrimentos (Lc 16.19-31). Conforme Ef 4.8-10, o hades, situa-se nas maiores profundezas da terra. As referências bíblicas de entrada de almas neste lugar são sempre “desceu” (Gn 37.35; Nm 16.10-33; Jó 11.8; 17.16; Sl 30.3; 86.13; 139.8; Pv 9.18; 15.24; Is 14.9; 38.12-32; Ez 31.15-17; Am 9.12). O hades não é o inferno propriamente dito, e sim, um inferno prisão, onde os ímpios permanecem entre a morte e a ressurreição deles. O inferno propriamente dito é o Lago que Arde em Fogo e Enxofre (Ap 20.10-14). a ressurreição dos ímpios ocorrerá por ocasião do Juízo do Grande Trono Branco, após o reino milenar de Cristo. (Ap 20.7.11,15). Antes da ressurreição de Jesus, todos desciam ao Seol – justos e injustos – havendo uma separação entre as duas divisões que ali existiam. Após a ressurreição de Cristo, houve uma mudança no mundo espiritual (Mt 16.18; Lc 23.43). Jesus ao ressuscitar, levou para o céu os crentes do AT que estavam no “Seio de Abraão”  (Ef 4.8,9). O Paraíso ficou assim, a partir daí, localizado no terceiro céu (2Co 12.1-4), “debaixo” do altar” (Ap 6.9,10), na imediata presença do Senhor (2Co 5.8). No arrebatamento os seus espíritos virão com Jesus unir-se a seus corpos ressurretos. (Fp 1.23; 1Pe 3.22). Para os ímpios, não houve mudança, continuam descendo ao “hades”, onde ficam retidos até o juízo. (Ap 20.13-15; Ez 32.17-32). Assim podemos afirmar que:
Justos – Estão com Deus, no Paraíso e em descanso (Fp 1.23; Ap 2.7; 14.13).
Injustos – Separados de Deus e reservados para o castigo eterno (2Pe 2.9; Lc 16.23).

I. AS RESSURREIÇÕES.
As ressurreições dos salvos e dos ímpios são claramente ensinadas na Bíblia. Ela é a prova de que os que morrem agora não deixam de existir. Se os que morrem deixassem de existir, para que eles fossem julgados, teriam de ser “recriados”, e não ressuscitados. Ressurreição só pode ser de alguém que já morreu. Se o caso fosse recriação, esta neutralizaria toda a base da recompensa, porque aqueles que saíssem da sepultura seriam indivíduos diferentes daqueles que praticaram as obras neste mundo, em sua suposta vida anterior. A palavra “ressurreição” implica em ressurreição do corpo que morreu e foi sepultado, ou de alguma forma ficou retido na terra. Se o corpo ressurreto não fosse o mesmo, isto não seria ressurreição, e sim uma nova criação, e o termo na Bíblia seria um absurdo. Há na Bíblia duas ressurreições: Dos justos. (Ek Ton Nekron) “Ressurreição dentre os mortos” (Lc 20.35; Fp 3.11). Dos injustos, havendo um intervalo de mil anos entre elas (Dn 12.2; Jo 5.28,29; Ap 20.5). 

1. RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS.

A primeira ressurreição, como é chamada, abrange pelo menos três grupos distintos (1Co 15.23):




  • A primícia da Primeira Ressurreição – São Cristo e os que ressuscitaram quando Ele venceu a morte. (Mt 27.53; 1Co 15.20-23; Cl 1.18).


  • A Colheita Geral da Ressurreição – Os que ressuscitarão no momento do Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16). Todos os mortos em Cristo, desde o tempo de Adão.


  • Os Rabiscos da Colheita (Lv 23.22) – Os gentios salvos e martirizados durante a Grande Tribulação que ressuscitarão logo antes do Milênio. (Dn 12.2; Jo 5.28,29; Ap 20.5).



2. JULGAMENTOS E RECOMPENSAS.


O crente foi julgado como pecador em Cristo, isto teve lugar no passado, na cruz do Calvário. Foi julgado como filho durante a sua vida. Agora será julgado como servo, isto é, quanto ao serviço  prestado a Deus. Este julgamento terá lugar nos céus, no lugar chamado “Tribunal de Cristo” (Lc 14.4; Rm 14.12; 1Co 3.13-15; 4.5; 2Co 5.10; 2Tm 4.8; 1Pe 5.4; 1Jo 4.17; Ap 22.12). O julgamento da Igreja terá lugar entre o Arrebatamento e a Revelação Pessoal em Glória. Não será um julgamento dos pecados nem quanto ao destino eterno, pois somente terão parte neste julgamento os salvos. O que será julgado:




  • O trabalho feito para Deus – 1Co 3.8,14,15; 2Co 9.6




  • A qualidade do trabalho feito para Deus – Mt 20.1-16




  • A conduta – 2Co 5.10




  • O tratamento dispensado aos irmão na fé – Rm 14.20; Tg 5.9; Mt 18.23-35




Resultado do julgamento: Todo crente receberá pelo menos um louvor da parte de Deus. Haverá galardão para aqueles que suportaram a provação, sofreram com paciência e praticaram atos bondosos despretensiosos e movidos por amor (1Co 4.5; Tg 1.12; Mt 5.11,12). Recompensa ou perda de recompensa. (Ap 22.12; 1Co 4.5)


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