segunda-feira, 10 de junho de 2019

OS DONS DO ESPIRITO SANTO

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO.
1Co 12.8-10 Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas.

Dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus colocou a disposição da Igreja na terra, destaca-se os dons do Espírito Santo, apresentados pelo Apóstolo Paulo como agentes do poder e da vitória. Sob uma perspectiva geral, trata-se de uma variedade de dons concedidos aos crentes, e uma das maneiras pela qual o Espírito Santo manifesta-se a Igreja. Manifestações estas que visam a edificação e a santificação da mesma. O NT cita uma grande variedade de dons, cuja finalidade sempre é a de capacitar os crentes para servir a Igreja, de forma permanente ou não.

Rm 12.6-8. Portanto, usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça que Deus nos deu. Se o dom que recebemos é o de anunciar a mensagem de Deus, façamos isso de acordo com a fé que temos.  Se é o dom de servir, então devemos servir; se é o de ensinar, então ensinemos;  se é o dom de animar os outros, então animemos. Quem reparte com os outros o que tem, que faça isso com generosidade. Quem tem autoridade, que use a sua autoridade com todo o cuidado. Quem ajuda os outros, que ajude com alegria.

Ef 4.11. Foi ele quem “deu dons às pessoas”. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja.

Estes dons, revelam uma intima relação do Espírito Santo com certos ofícios, como os de profetas, apóstolos, pastores, mestres, líderes, e os diáconos. Em todos eles percebemos uma dotação ou capacitação divina, para cumprir devidamente a suas tarefas, parecida como a atuação no AT, tendo como diferença apenas a permanência do Espírito Santo no crente independente de tais manifestações.

I. DEFININDO O TERMOS.
1Co 12:4, Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito quem dá esses dons.

Dom significa donativo, dádiva, presente. Refere-se também a dote, qualidade natural, poder, virtude ou mérito. Em grego o termo é “charisma” no singular ou “charismata” no plural. “Por isso se esforcem para ter os melhores dons. Porém eu vou mostrar a vocês o caminho que é o melhor de todos.” 1Co 12:3.
Temos ainda o termo “manifestações” do grego “phanerosis” que significa tornar claro, fazer conhecido, ou trazer luz. O sentido do termo é o de revelar as obras que o Espírito Santo realiza através do cristão. “Para o bem de todos, Deus dá a cada um alguma prova da presença do Espírito Santo.” 1Co 12:7.

Segundo uma definição do PR Antônio Gilberto, um dom é uma dotação ou concessão especial e sobrenatural de capacidade para serviço especial da execução do propósito divino para a Igreja e através dela. Em resumo é uma operação especial e sobrenatural do Espírito Santo e por meio do crente.
Conforme Atos, é o Espírito Santo quem governa a Igreja, através dos apóstolos e dos seus colaboradores. At 20.28 Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho que o Espírito Santo entregou aos seus cuidados, como pastores da Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio Filho.

O termo batismo vem do grego “baptismós” e significa mergulhar. Na Bíblia vemos o Espírito Santo concedendo dons espirituais aos crentes. O problema é que alguns estudiosos entendem que estes dons foram concedidos apenas aos cristãos do tempo no Pentecostes não fazendo alusão aos nossos dias. Contudo, outro grupo acredita que essas habilidades sobrenaturais estão ainda hoje disponíveis. Este duplo entendimento é responsável pela grande divisão entre as igrejas em duas vertentes quanto a questão dos dons espirituais: “Cessacionistas” e “Continuístas”

CESSACIONISTAS - Concepção Tradicional. O batismo com o Espírito Santo acontece no ato da conversão. Os dons espirituais foram dados para a fundação da igreja e cessaram durante o quarto século de nossa era, quando a igreja tornou-se vigorosa o bastante para prosseguir sem sua assistência. Era um sinal que autenticava os apóstolos como mensageiros de Deus e que somente eles podiam conferir a outros crentes. Os dons cessaram gradualmente com a morte daqueles sobre quem os apóstolos haviam conferido.

CONTINUISTAS - Concepção Pentecostal. O batismo com o Espírito Santo e uma “segunda bênção”, uma segunda experiência que acontece após a conversão. As línguas são a evidência do batismo com o Espírito Santo. Acreditam na atualidade dos dons espirituais baseados em eventos históricos acontecidos a menos de um século, ou seja, os grandes avivamentos. Afirmam ainda que a ausência dos dons espirituais depois do primeiro século se deu em razão da apostasia. Agora nos últimos dias Deus tem “visitado” Sua igreja tornando-a vigorosa pela presença dos dons espirituais.

O Apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu que a Igreja não deve ser “ignorante” a respeito dos dons espirituais, por esta razão é imperioso que este assunto faça parte da presente matéria. Para não ficarmos com nenhuma dúvida referente aos dons, podemos dizer que a Bíblia define pelo menos três categorias de dons. São eles:
Os Dons do Espírito Santo. Não se trata de regeneração e nem de conversão, mas sim de dádivas aos que crêem. 1Co 12.7-11
O Dom de Deus. É o Senhor Jesus, o Messias prometido para a salvação da humanidade.
Os Dons de Cristo. São os dons ministeriais entregues a Igreja para sua edificação, conforme  Ef 4.11 e Rm 12.6-8.

II. DEFININDO REGRAS.
Para um melhor entendimento dos dons do Espírito Santo, vamos definir biblicamente algumas regras que devem ser observadas.

Primeiro queremos definir nossa crença, como Batistas Nacionais que somos. No momento em que entregamos nossa vida ao Senhor Jesus, imediatamente, em ato continuo a nossa conversão, “recebemos” o Espírito Santo. “A mesma coisa aconteceu também com vocês. Quando ouviram a verdadeira mensagem, a boa notícia que trouxe para vocês a salvação, vocês creram em Cristo. E Deus pôs em vocês a sua marca de proprietário quando lhes deu o Espírito Santo, que ele havia prometido.” Ef 1:13. Porém, também cremos na existência de uma experiência subsequente a salvação a qual chamamos de “Batismo no Espírito Santo”. “Eu os batizo com água para mostrar que vocês se arrependeram dos seus pecados, mas aquele que virá depois de mim os batizará com o Espírito Santo e fogo. Ele é mais importante do que eu, e não mereço a honra de carregar as sandálias dele.” Mt 3:11. Um batismo de fogo implicando em condenação e juízo, conforme alguns estudiosos interpretam este texto, parece não se harmonizar com o contexto da passagem. Este fogo, de forma alguma pareçe se referir ao inferno. O texto parece indicar mais uma obra purificadora do Espírito Santo na vida do cristão. Segundo o que podemos ver em Atos dos Apóstolos, existe uma obra envolvida no novo nascimento que acontece numa experiência que se segue após a salvação. “Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ficaram sabendo que o povo de Samaria também havia recebido a palavra de Deus e por isso mandaram Pedro e João para lá. Quando os dois chegaram, oraram para que a gente de Samaria recebesse o Espírito Santo,  pois o Espírito ainda não tinha descido sobre nenhum deles. Eles apenas haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus. Aí Pedro e João puseram as mãos sobre eles, e assim eles receberam o Espírito Santo.” At 8:14-17. Pedro e João foram enviados a Samaria com propósito específico. Os samaritanos haviam recebido a salvação, os apóstolos, no entanto, não pensavam que eles possuíam a totalidade do Espírito Santo que é possível possuir. Assim, Pedro e João foram enviados para orar para que eles, recebessem o Espírito Santo. É fato no texto bíblico que a plenitude do Espírito Santo não é para pecadores, mais para pessoas que receberam Jesus como Senhor e Salvador pessoal. (Jo 14.16,17; At 2.32,33; Jo 4.13,14; 7.37-39).

REGRA Nº 1 - Os dons são do Espírito Santo e não daqueles através dos quais Ele opera. São do Espírito Santo, e, através deles o Espírito Santo opera em quem quer, como quer, quando quer e onde quer, com a finalidade de edificar a Igreja o Corpo de Cristo.

REGRA Nº 2 - O Espírito Santo já foi dado por Deus, assim, não existe necessidade de ficar esperando. Jesus orou para que o Pai enviasse o Consolador para estar sempre conosco. Deus derramou o Espírito Santo e Ele tem estado aqui desde então. Agora, não é questão do Pai “dar” o Espírito Santo a alguém, e sim de alguém “receber” o Espírito Santo. Depois do Pentecostes, não encontramos registros na Bíblia no sentido de mandar alguém ficar esperando.
At 8.5-8. Oito anos após o pentecostes.
At 10. 44-46. Dez anos após o pentecostes.
At 14. 1.3,6. 20 anos após o pentecostes.

REGRA Nº 3 - Nenhum dos Dons do Espírito Santo são naturais. Isto implica dizer que se um dom é sobrenatural, todos os nove são. Assim pela Bíblia podemos afirmar que não existe nenhuma possibilidade de alguém já nascer com qualquer um destes dons.

III. CLASSIFICAÇÃO DOS DONS.
At 12.8-10 Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas.
Os dons, como vimos trabalham geralmente em conjunto. Dificilmente alguém possui apenas um dos nove dons. Na grande maioria das vezes, possuímos alguns destes dons, mais não sabemos identificá-lo, apenas exercemos sem contudo saber o que estamos exercendo. Embora estes dons trabalhem em conjunto, para fins de estudo e uma melhor compreensão dos mesmos vamos seguir uma definição e divisão extraída do livro “A Respeito do Espírito Santo” do Pr Kennet Haggins. A descrição mais simples, segundo Haggins é de que dos nove dons e que três deles dizem algo, três fazem algo e três revelam algo.

Três que “dizem” algo. (Dons de Expressão Verbal).
Profecia: É a expressão vocal sobrenatural mediante o Espírito Santo, num idioma conhecido.
Variedade de Línguas: São expressões vocais mediante o Espírito Santo em idiomas nunca aprendidos pela pessoa que fala. Não conhecido pela pessoa que fala, nem necessariamente sempre compreendido pelo ouvinte.
Interpretação de Línguas: É a capacidade de interpretar as línguas faladas em um idioma desconhecido sem nunca ter estudado para tal.

2. Três que “fazem” algo. (Dons de Poder).
: É uma dotação sobrenatural pelo Espírito Santo mediante a qual aquilo que o homem declara ou deseja, ou que Deus fala, acabará acontecendo.
Operação de Milagres: É uma intervenção sobrenatural no curso usual da natureza, uma suspensão temporária da ordem costumeira mediante O Espírito Santo. (O dom de operação de milagres é uma ação enquanto que o dom da fé é um processo. O primeiro realiza o milagre, ao passo que o segundo recebe o milagre)
Dons de cura: Os dons de cura são dados por Deus visando a cura sobrenatural da enfermidade sem meios naturais de qualquer espécie ou origem.

3. Três que “revelam” algo. (Dons de revelação).
Palavra da Sabedoria: É a revelação sobrenatural pelo Espírito Santo no tocante ao plano e a propósitos divinos na mente e na vontade de Deus. Traz revelações que indicam o futuro.
Palavra do Conhecimento: É a revelação sobrenatural pelo Espírito Santo de certos fatos existentes na mente de Deus. Traz revelações a respeito de coisas passadas ou presentes.
Discernimento de Espíritos: Oferece introspecção na dimensão espiritual tendo alcance limitado, revelando apenas uma classe de objetos, os espíritos. Também revela o tipo de espírito por de trás de uma manifestação sobrenatural.

Estes dons são listados na ordem de sua importância. Dos três dons de revelação, a Palavra da Sabedoria é o melhor deles. Dos três de poder, o dom da Fé é o melhor. Dos três de expressão verbal, a Profecia é o melhor dom.

IV. IDENTIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS DONS.

1.OS TRÊS DONS QUE REVELAM ALGO. (Dons de Revelação)

O DOM DA PALAVRA DA SABEDORIA.
Porque a um, pelo Espirito, é dada a palavra de SABEDORIA...
É uma revelação sobrenatural pelo Espírito de Deus no tocante ao plano e propósito divino na mente e na vontade de Deus que se relacionam com pessoas, lugares ou objetos. A Palavra da Sabedoria é frequentemente usada em conexão com a sabedoria simples (Tg 1.5), que é usada ao lidar com os negócios da vida, mais a sabedoria para lidar com questões da vida não é um dom espiritual da parte do Espírito Santo, pois ela está a disposição de quem pedir. Paulo porém referindo-se ao dom da Palavra da Sabedoria, diz: “...a um é dado...”, isto dá a entender que nem todos terão esta manifestação. A Palavra da Sabedoria, assim como a Palavra do Conhecimento pode vir através de uma voz audível, uma visão, um sonho ou através dos dons vocais de profecia ou variedades de línguas com interpretação.
At 11.28-30
At 21.10,11
At 9.10-16
At 8.26-29
Em se tratando do dom da Palavra da Sabedoria, ela pode ser uma revelação de caráter condicional pois o seu cumprimento, as vezes, pode depender de mudanças de atitudes ou circunstâncias referente ao que se foi revelado (2Rs 20. 1-6). Podem também garantir o livramento iminente num momento de calamidade (At 27.10,23,24)

O DOM DA PALAVRA DO CONHECIMENTO.
... a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento...
É a revelação sobrenatural pelo Espírito Santo de certos fatos existentes na mente de Deus. Deus é dono de todo conhecimento, Ele sabe tudo, porém Ele não revela aos homens tudo quanto sabe, Deus apenas lhes dá uma “palavra” ou uma “parte” daquilo que Ele sabe. Uma palavra é uma parte fragmentária de uma frase, de modo que uma “palavra de Conhecimento”, é simplesmente uma parte fragmentária do conhecimento de Deus. além disso, esta “Palavra de Conhecimento é uma manifestação sobrenatural, assim como todos os dons são. A “Palavra do Conhecimento” não provém de longa experiência com Deus. Existe um conhecimento de Deus que é obtido através  de andar em estreita comunhão com Ele, mais não é idêntico a manifestação sobrenatural da Palavra do Conhecimento. Este dom pode se manifestar através de uma voz audível, de visão, sonho ou através do dom vocal da profecia ou variedade de línguas.
Mediante visão. At 9.10-12; 10.9-20
Mediante revelação interior. Jo 4. 17,18
A revelação trazida pela Palavra do Conhecimento nunca diz respeito ao futuro, a Palavra do Conhecimento traz revelações a respeito das coisas passadas ou presentes.

A diferença entre os dois dons, é que o dom da “Palavra do Conhecimento” traz sempre revelação de conhecimento presente ou conhecimento de alguma coisa que aconteceu no passado, ao passo que a "Palavra da Sabedoria" sempre traz revelação do futuro. Ao ensinarmos a respeito destes dons geralmente fazemos divisão entre eles e lidamos com eles separadamente, no entanto, frequentemente eles operam juntos.

O DOM DO DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS.
... a outro, discernimento de espíritos...
O dom do discernimento de espíritos tem um alcance mais limitado do que os outros dois dons de revelação, porque a sua revelação é limitada a uma única classe de objetos, os espíritos. As revelações trazidas pela Palavra da Sabedoria e Palavra do Conhecimento são mais amplas e se aplicam a pessoas, lugares e a objetos, ao passo que o discernimento de espíritos oferece uma introspecção somente na dimensão dos espíritos. Uma visão poderá trazer consigo uma Palavra de Conhecimento e/ou uma Palavra da Sabedoria, mas a visão propriamente dita seria o dom de Discernimento de Espíritos em operação, porque através dele a pessoa estaria vendo dentro da dimensão espiritual naquele momento. “Discernir” significa “ver”, de modo que a pessoa está discernindo ou vendo no âmbito dos espíritos e na dimensão espiritual. Existem espíritos divinos tanto quanto malignos, desta forma este dom é capaz de revelar o “tipo” de espírito por detrás de uma manifestação sobrenatural.
Ex 33.20-23
At 16.16-18

OS TRÊS DONS QUE FAZEM ALGO. (Dons de Poder)

DOM DA FÉ.
... a outro, fé...
O Dom da Fé é o maior dos três dons de poder. É um dom do Espírito Santo para o crente, para que este possa “receber” o milagre. O Dom da fé, recebe o milagre enquanto que o dom de operação de milagres realiza. A Bíblia apresenta pelo menos quatro tipos de fé, a saber:
Fé Salvífica. Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. Ef 2:8
Fé geral. Por causa da bondade de Deus para comigo, me chamando para ser apóstolo, eu digo a todos vocês que não se achem melhores do que realmente são. Pelo contrário, pensem com humildade a respeito de vocês mesmos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu. Rm 12:3
Fruto do Espírito. Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade. Gl 5:22
Dom da fé. Para uma pessoa o mesmo Espírito dá fé... 1Co 12:9
O dom da fé distingue-se dos demais tipos de fé pelo fato de que, com essa fé especial, há uma manifestação de evidências sobrenaturais. A pessoa consegue, de modo sobrenatural, e contrariamente a todas as probabilidades, crer em Deus para receber o milagre.

DOM DE OPERAÇÃO DE MILAGRES.
... a outro, poder para operar milagres...
A operação de Milagres é um dom usado para demonstrar o poder e a grandeza de Deus. na  “Concordância de Young” a palavra grega usada para milagres é “poderes”. Em outras palavras, a operação de milagres é chamada “operação de poderes”. A palavra grega indica “Explosões de Onipotência”, significando “maravilhas que impulsionam e deixam estonteado e atônito”. No sentido original da palavra cada um dos nove dons do Espírito Santo é milagroso, pois são todos sobrenaturais. O dom de operação de milagres, no entanto, é mais específico, pois trata-se de uma intervenção no decurso usual da natureza. A diferença entre o dom da fé e o dom de operação de milagres é que por meio da fé a pessoa é levada por meio do perigo sem sofrer dano algum, mas por meio da operação de milagres as circunstâncias que causam o perigo são mudadas. Quando, por exemplo, Paulo sofreu naufrágio, a tempestade não cessou até chegar ao fim por meios naturais (At 27). Paulo não se levantou para ordenar o fim da tempestade, mais porque Deus lhe falara, Paulo teve fé sobrenatural para crer na proteção divina. Mas agora peço que tenham coragem. Ninguém vai morrer; vamos perder somente o navio.  Digo isso porque, na noite passada, um anjo do Deus a quem pertenço e sirvo apareceu a mim At 27:22-23
Tratava-se do dom da fé em ação. Quando, no entanto, o Senhor Jesus ficou em pé naquele barco durante uma tempestade no Mar da Galiléia e ordenou: “acalma-te” (Mc 4.39), Ele operou um milagre que mudou as próprias circunstâncias que causavam o perigo. 

DOM DE CURAS.
... a outro, dons de curar...
Os dons de cura são dados por Deus visando a cura sobrenatural da enfermidade sem os meios naturais de qualquer origem. Podemos ter dificuldades, por causa de nosso conhecimento limitado, quanto a definição dos demais dons, mais deve haver pouca dificuldade em definir os dons de cura. Quase todos nós sabemos algo a respeito de curas, foi o próprio Jesus quem deu as curas uma posição de destaque em seu ministério (Mt 10.8). Devemos enfatizar o caráter sobrenatural também deste dom que nada tem a ver com a ciência médica ou o conhecimento humano. A cura realizada através deste dom independe de diagnósticos, receitas ou tratamentos, vem mediante a imposição de mãos, a unção com o óleo ou simplesmente por meio de uma palavra. Pedro lhe disse: —Enéias, Jesus Cristo já curou você. Levante-se e arrume a sua cama. Na mesma hora Enéias se levantou. At 9:34. Importante percebermos que tanto em 1Co 12.9, quanto no verso 28, a palavra “dons” está no plural, sendo este o único dom do Espírito Santo, listado que encontra-se no plural. A melhor explicação para isto é que existe diferentes tipos de enfermidades, sugerindo que cada ato de cura vem de um dom específico de Deus. Não podemos nos esquecer que existem possibilidades diferentes na operação sobrenatural da cura, sendo todas elas realizadas por Deus. Na Bíblia encontramos pelo menos três meios para a cura:
A fé de quem está doente.
A fé de quem está ministrando ao doente.
Os dons de curas

OS TRÊS DONS QUE FALAM ALGO (Dons de Expressão Verbal)

PROFECIA.
... a outro, profecia...
Dos três dons de inspiração ou expressão verbal, a profecia é o mais importante. A razão é que são necessário outros dois juntos, a diversidade de línguas e a interpretação, para igualar-se a profecia. Eu gostaria que vocês todos falassem em línguas estranhas, mas gostaria ainda mais que tivessem o dom de anunciar a mensagem de Deus. Porque quem anuncia a mensagem de Deus tem mais valor do que quem fala em línguas estranhas, a não ser que esteja ali alguém que possa interpretar o que está sendo dito, para que toda a igreja seja ajudada espiritualmente. 1Co 14:5. A profecia é a expressão vocal sobrenatural num idioma conhecido. A palavra hebraica que é traduzida “profetizar” significa “sair fluindo”. Transmite o pensamento de “borbulhar” como uma fonte, gotejar, jorrar. A palavra do grego que se traduziu por profetizar significa “falar em prol de outrem” , significando “Falar em nome de Deus, ou ser o seu porta voz”. O simples ato de profetizar, não deve ser confundido com o cargo profético. Existe grande diferença entre a profecia no AT e a profecia no NT. No AT a profecia essencialmente predizia eventos futuros, ao passo que no NT, há uma mudança forte para “proclamação”. No simples dom de profecia não há nenhuma predição, e o fato de alguém profetizar não a torna profeta, significa sim que a pessoa exerceu o dom de profecia. O dom de profecia é dado para edificar a Igreja. Porém quem anuncia a mensagem de Deus fala para as pessoas, ajudando-as e dando-lhes coragem e consolo. 1Co 14:3. Edificar tem o sentido de “carregar” como se fosse uma bateria. Esse dom também é dado para exortar, que significa, segundo o texto grego, “chamar” para mais perto de Deus. Também para consolar. A Igreja não deve ter como infalível toda profecia, porque muitos “falsos profetas” estarão na Igreja. Meus queridos amigos, não acreditem em todos os que dizem que têm o Espírito de Deus. Ponham à prova essas pessoas para saber se o espírito que elas têm vem mesmo de Deus; pois muitos falsos profetas já se espalharam por toda parte. 1Jo 4:1. Daí toda profecia deve ser julgada quanto a sua autenticidade.

O DOM DE VARIEDADES DE LÍNGUAS
... a outro, variedade de línguas...
As variedades de línguas são a expressão vocal mediante o Espírito Santo em idiomas nunca aprendido ou compreendido pela pessoa que fala, nem necessariamente sempre compreendido pelo ouvinte. As línguas são sempre estranhas para que fala, no entanto, nem sempre para quem ouve. Falar em línguas estranhas não tem absolutamente nada a ver com a capacidade linguística, mente ou intelecto do homem, é um milagre vocal, não se tratando, de estudos de idiomas. O dom de variedades de línguas parece ser o mais destacado dos três dons vocais, não significando que seja o melhor, a razão talvez esteja no fato de que muitas perguntas são feitas a respeito das línguas, dando assim parecer ter maior destaque que os outros dons. Aos que crerem será dado o poder de fazer estes milagres: expulsar demônios pelo poder do meu nome e falar novas línguas; Mc 16:17

INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS.
... ainda a outro, interpretação de línguas.
O dom da interpretação de línguas é o menor dos nove dons do Espírito Santo, porque depende de outro dom para poder operar. Não opera a não ser que o dom de variedades de línguas tenha estado em operação. Não se trata de tradução das línguas, é interpretação e tem o propósito de tornar o dom de línguas inteligível aos ouvintes, de modo que a igreja bem como aqueles que possuem o dom possa saber o que foi dito e passa a ser edificado. Eu gostaria que vocês todos falassem em línguas estranhas, mas gostaria ainda mais que tivessem o dom de anunciar a mensagem de Deus. Porque quem anuncia a mensagem de Deus tem mais valor do que quem fala em línguas estranhas, a não ser que esteja ali alguém que possa interpretar o que está sendo dito, para que toda a igreja seja ajudada espiritualmente. 1Co 14:5. Segundo o verso 13, os que falam em outras línguas são exortados a orar pedindo o dom da interpretação. Paulo nos manda buscar este dom não necessariamente a fim de interpretarmos em público, mais sim, a fim de interpretarmos as nossas orações particulares, se Deus assim quiser. Saber aquilo que oramos nos edificaria espiritualmente em grande medida e se Deus quisesse usar publicamente para interpretar mensagens em línguas essa seria uma bênção adicional. Porque, se eu orar em línguas estranhas, o meu espírito, de fato, estará orando, mas a minha inteligência não tomará parte nisso. 1Co 14:14. Existe portanto uma aspecto íntimo desse dom que pode ser muito importante para nós pessoalmente. E também um aspecto público. 1Co 14,13-15,27,28,40

BIBLIOGRAFIA.
A Respeito do Espírito Santo” do Pr Kennet Haggins.

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