Jovens e Adultos - lição 5
Lição 5
Texto Básico: 1Co 3.1- 23
1. Irmãos, não pude falar a vocês como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo.
Introdução: Que tipo de motivação é capaz de nos manter em uma vida de comunhão na igreja? Afinal, vivemos em uma sociedade extremamente competitiva onde acontece uma correria desenfreada em busca de uma vida vitoriosa. O pior é que os heróis que vão ditando as regras para o alcance de tais objetivos são jogadores de futebol, artistas, políticos e até mesmo supostos líderes religiosos. Com isso, vidas vão se construindo em bases direcionadas por supostos heróis, e as decisões tomadas a partir de tais construções, determinam a qualidade e a durabilidade da estrutura em que estas vidas foram edificadas. Em resumo, precisamos de forma urgente, exemplo para ser seguido. Mas, um exemplo que seja perfeito a ponto de ser capaz de servir de motivação para a comunhão da igreja e da sociedade em geral. As perguntas são: Como e onde conseguiremos encontrar um exemplo assim? E Esta, é a pergunta para a lição de hoje, e as resposta obteremos em textos da Bíblia que deverão ser examinados com extrema atenção e com bastante entusiasmo. Então, bom Estudo!
I. DEVEMOS OLHAR PARA CRISTO.
Cl 3.1-4 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória.
Paulo é enfático quando resolve nos apontar a maneira correta de agirmos no sentido de mantermos um padrão perfeito comportamental para nossas vidas em casa e na igreja. Ao utilizar a expressão “já que vocês”, O Apóstolo não deixa dúvidas no real sentido daquilo que está querendo dizer. Paulo fala aos cristãos de Colossos, e crentes de todas as partes que receberam uma nova vida em virtude da obra realizado pelo Senhor Jesus. Paulo procura deixar bem claro que essa nova vida deve ser vivida de acordo com o exemplo deixado pelo Senhor Jesus Cristo que se tornou o nosso exemplo perfeito. Como participantes dessa nova vida em Cristo, os padrões de nossa conduta precisam ser agora de natureza e qualidade superior aos padrões encontrados na sociedade que vivemos. Por esta razão, ele diz que devemos olhar sempre para cima, onde está o Senhor Jesus o nosso padrão mais elevado. Pertencemos agora ao reino de Deus e o que a Paulo esta nos ensinando é que devemos ocupar a nossa mente, coração e vida com coisas que servem para edificação e podem constituir um padrão para o nosso viver diário. Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Fp 4:8.
Por outro lado, devemos também saber, que o mundo moderno nos oferece, um padrão de vida onde predomina uma filosofia capitalista que incluiu uma competição predatória do “vencer a qualquer preço” movido pela desconfiança e pela falta de solidariedade. Este padrão, precisa, em todos os sentidos, ser evitado, pois ele determina uma conduta anticristã ilegítima além de ser extremamente exclusivista. Quando voltamos nossa atenção para o Senhor Jesus, como nos diz o texto, estamos na verdade colocando nossa visão das coisas deste mundo dentro de uma perspectiva correta, não permitindo que os padrões culturais da sociedade mundana em que vivemos, atropelem os padrões idealizados pela Palavra de Deus. Nossa nova vida em Cristo Jesus precisa ser moldada por um padrão bíblico verdadeiro que mostre de fato que somos pessoas que, embora ainda vivam na esfera visível da história humana, somos pessoas redimidas e seguramente parecidas com o Senhor Jesus. Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! 2Co 5:17
II. DEVEMOS ABANDOR A VELHA NATUREZA MUNDANA.
Cl 3.8-11 Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador. Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos.
A consequência imediata de tudo o que Paulo mencionou nos quatro primeiros versos de Colossenses 3, pode ser vista imediatamente nos versículos seguintes. O crente não se torna crente pelo simples fato do abandono de práticas passadas. A única e verdadeira forma de se tornar cristão, é arrependendo-se dos pecados e recebendo o Senhor Jesus como Salvador pessoal. Quando fazemos isto, Jesus passa a ser o Senhor da nossa vida e experimentamos uma mudança de foco e de direção. O padrão dos valores de vida mudam e o nosso comportamento automaticamente passa a ser diferente. Os reflexos dessa mudança podem ser percebidos no modo comportamental do crente como um todo. A relação das coisas que devem ser “exterminadas” ou “abandonadas” tem a ver com uma vida dominada pela sensualidade e pelo desejo desenfreado por posses materiais. O termo “avareza” significa obter bens materiais de forma fraudulenta. Segundo o psicólogo Erich Fromm existem pelo menos três tentações básicas do ser humano, e são elas: O desejo de poder, de posse e de prazer. em suma, são as mesmas que Paulo descreve como características do comportamento que resumia nossa antiga vida antes de receber o Senhor Jesus. Assim, o que Paulo está dizendo é que devemos abandonar as praticas de nossa vida anterior. As relações das coisas mencionadas nos versos 8 e 9 são provocadoras do rompimento das relações humanas, e caso não sejam abandonadas, impedem de fato a nossa comunhão entre os membros da família de Deus. No entanto, o cristianismo não se constitui de uma fé que apenas leve pessoas a deixar de fazer certas coisas, a fé em Cristo não nos leva a inércia ou a fuga. A orientação da fé cristã é positiva, nos ensina a deixar de fazer as coisas erradas para nos ocupar em fazer as coisas corretas que agradam a Deus.
III. DEVEMOS VIVER A PAZ DE CRISTO.
Cl 3.12-17 Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração.Tudo o que fizerem, seja em palavra seja em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.
Existe um preconceito religioso, racial, econômico e social que vem provocando competição e discórdia, além de provocar uma ruptura nos relacionamentos humanos.Será, a partir do nosso encontro com o Senhor Jesus, que predominará a aceitação, a compreensão, o perdão, o apoio e o amor de uns para com os outros. Estas atitudes são capazes de criar, fortalecer e disseminar um sentimento de profunda paz, gratidão e de solidariedade entre os membros da família de Deus. Fomos salvos e devemos mostrar ao mundo, através da nossa vida em comunidade na igreja, um novo paradigma de vida em sociedade. Não podemos permitir que os valores do mundo material nos domine e nos impeça de cumprir o plano de Deus para nós. O Apóstolo nos coloca em posição de responsabilidade ao nos chamar de “povo escolhido de Deus” e ao mesmo tempo nos exorta a tomarmos atitudes que não contrariem a nossa identidade. São atitudes simples como amar, ter compaixão, ser humilde, ser manso, ter paciência e acima de tudo, suportarmos as fraquezas daqueles que são nossos próximos. Não existe segredo para vivermos estas atitudes, mas deve existir vontade de nossa parte e certeza de quem nos somos agora que recebemos o Senhor Jesus. Viver a paz de Cristo é a força capaz de produzir em nos a capacidade para vivermos relacionamentos humanos significativos.
IV. O PADRÃO DE VIDA A SER VIVIDO.
Cl 3.18-25 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como convém a quem está no Senhor. Maridos, ame cada um a sua mulher e não a tratem com amargura. Filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agrada ao Senhor. Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem. Escravos, obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradá-los quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo. Quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para ninguém.
Na parte final, o apóstolo Paulo passa a enfatizar alguns aspectos fundamentais sobre o modo como devemos viver a nossa vida, e o foco principal enfatizado por ele, é a vida em família. Primeiro ele fala do relacionamento entre marido e mulher, nos mostrando que nossa nova vida, deve ser representada pela ideia de amor, da submissão e da intimidade familiar. Ef 5.21 Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. Não há no texto qualquer ideia de dominação por parte do homem sobre a mulher, como querem acreditar alguns. Mas o texto enfatiza em todos os sentidos a sujeição e o amor reciproco. Em seguida, o apostolo fala sobre o relacionamento entre pais e filhos, um relacionamento crucial e preponderante para a estabilização social como um todo. Lares onde este relacionamento é desajustado, tem grande potencial em ter sua estrutura completamente fragmentada, e por fim, profundas frustrações e tristezas. Ef 6.4 Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor. Os valores que devem ser priorizados aqui, devem ser em todos os sentidos, os de obediência e amor. A seguir, o apostolo passa para outro exemplo de relacionamento, também não menos importante. Embora este exemplo não se desenvolva num ambiente da casa, serve muito bem em referência ao tema proposto, afinal fala de um lugar onde passamos grande parte do nosso dia. Paulo fala do relacionamento entre patrões e empregados. Observem porém que Paula fala em um tempo em que os servos eram na verdade escravos, diferente de hoje que temos a lei trabalhista. ...obedeçam em tudo a seus senhores terrenos, não somente para agradá-los quando eles estão observando, mas com sinceridade de coração, pelo fato de vocês temerem o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, O texto procura mostrar um aspecto que pode ser central na nova vida que temos em Cristo, o aspecto da confiança e do respeito. Se conseguirmos trabalhar nossas motivações nas atmosferas declaradas por Paulo, que fala em amor e obediência, confiança e respeitabilidade, facilmente conseguiremos lidar com relacionamentos pessoais tanto na igreja como na sociedade em geral.
CONCLUSÃO:
Temos do apóstolo Paulo um desenvolvimento no que diz respeito ao padrão de vida que Deus espera de nós. O desejo de Deus é sempre que aqueles que formam uma vida em família vivam em comunhão uns com os outros sempre. Talvez estejamos precisando de reuniões onde podemos nos conhecer melhor e onde possamos nos expressar em ações bem simples, como conversar e ouvir as necessidades uns dos outros, e assim orarmos juntos. Coisas simples assim como uma visita informal apenas para um bate papo descompromissado em relação a assuntos diversos. Em fim, pequenas ações que podem fazer a diferença desde que estejamos dispostos a realizá-las.
Bibliografia:
Dusilek Darci,1943 A Nova Vida em Cristo,4 Horizontal Editora e Consultoria Ltda
www.bibliaon.com
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