segunda-feira, 10 de junho de 2019

O QUE É A COMUNHÃO

Lição 2 - Adultos
Texto Básico: AT 2.41-47 
Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em casa e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.

Texto Devocional: Hb 10.24,25 
E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia. 

Introdução: Um dos maiores problemas com que nos deparamos hoje na chamada vida moderna é a intolerância em termos de nossa individualidade pessoal. Vivemos em uma sociedade onde não encontramos espaço para relacionamentos, pois a tal urbanização, que é o fenômeno que reúne milhares de pessoas em uma mesma área geográfica, tem provocado um efeito colateral de distanciamento entre pessoas. Esbarramos-nos uns nos outros e quase não nos comunicamos. Parece que temos medo de desenvolver relacionamentos significativos. Na verdade nunca estivemos tão perto uns dos outros em termos físicos, e ao mesmo tempo tão distantes em termos de relacionamentos pessoais. É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E, se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade. Ec 4:9-12.

Até mesmo na igreja, a família de Deus, parece que acontece a mesma coisa. Mantemos um tipo de relacionamento muito superficial. Nos chamarmos de irmãos, mas até a forma como nos cumprimentamos denuncia uma incapacidade ou uma completa falta de vontade em manter relacionamentos com as pessoas com as quais vivemos no nosso dia a dia. Como irmãos devemos demonstrar amor e aprender a cuidar dos interesses uns dos outros e não olhar somente para a nossa própria vida. Procuramos manter uma certa distância pois tememos encontrar com pessoas enfrentando algum tipo de problema, e caso isso aconteça, nos veremos na contingência de parar a fim de escutá-la, e achamos que não temos tempo viável para isso, afinal estamos sempre muito ocupados. Mas, será no momento em que decidirmos parar um pouquinho para escutar o nosso irmão, e que poderemos ter a certeza que Deus está alegre e finalmente derramará as Suas bênçãos sobre a nossa vida. E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia. Hb 10:24-25

I. COMUNHÃO, O QUE É ISSO?
Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 1Jo 1:6-7
Quando ouvimos a palavra “comunhão” que tipo de imagem formamos na nossa cabeça? Pensamos num cafezinho ou num lanche com os “irmãos” na cantina da igreja? Ou uma conversa  no término do culto, um passeio, um acampamento ou coisa do gênero? A verdade é que temos o mal habito de utilizar o termo “comunhão” para designar nossa participação em atividades como estas, mas este uso da palavra é equivocado, pois o fato de participarmos de atividades sociais com outras pessoas na igreja não significa necessariamente que temos comunhão com elas. Não devemos negar que tais atividades sejam importantes na vida da igreja, mas, entendê-las como sinônimo de comunhão parece meio forçado e não passa de uma simples linguagem cristã. Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. Gl 5:13

1. DEFINIÇÃO DO TERMO.
Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Fp 2:1-2
Comunhão é uma das grandes palavras do NT e seu sentido denota alguma coisa que é vital para a saúde espiritual do cristão e que tem um significado central para a verdadeira vida da igreja. Sendo por isto mesmo, extremamente necessário um esclarecimento real do seu sentido para a igreja. Devemos entender o termo comunhão como algo maior do que simplesmente o ato de realizar ou desenvolver alguma coisa em conjunto.Comunhão num sentido mais amplo da palavra, vem do latim "communio.onis," e tem a ver com harmonia no modo de sentir, pensar e agir. Fala de identificação, tem a ver com união ou ligação, com compartilhamento. Em termos jurídicos comunhão fala de Compartilhamento ou posse entre duas ou mais pessoas de uma só coisa; assim como a comunhão de bens.

2. COMUNHÃO NA BÍBLIA.
Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação. 1Pe 4:9
Na Bíblia encontramos a palavra Comunhão na primeira descrição do NT sobre a vida inicial da igreja. At 2.42 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Para os cristãos da igreja primitiva, comunhão era uma palavra que denotava algo de uma outra natureza e de um nível bem mais profundo. Será na continuação da leitura do texto de Atos 2 que teremos um esclarecimento no sentido e na profundidade da palavra comunhão. A palavra grega que é traduzida por comunhão é “koinonia”, e expressa a idéia de participação, de ter algo em comum, exatamente da forma como está registrado nas Escrituras. Paulo ao descrever a participação na ceia do Senhor, consegue nos dar uma idéia central do significado do termo comunhão. 1Co 10.16 Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é a participação no sangue de Cristo e que o pão que partimos é a participação no corpo de Cristo? Neste sentido, comunhão pode assumir pelo menos duas formas básicas, a primeira tem a ver em permitimos que outras pessoas “participem” daquilo que temos ou fazemos. A segunda, é quando “participamos” daquilo que uma outra pessoa tem ou está fazendo. Na comunhão cristã ambas estas formas tem o seu lugar. Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro. Pv 27:17

II. A DUPLA DIMENSÃO DA COMUNHÃO CRISTÃ.
A comunhão cristã tem duas dimensões. A primeira é vertical e depois horizontal. No plano horizontal de comunhão que é a nossa preocupação imediata, pressupõem a dimensão vertical como garantia de sua própria existência. A dimensão vertical da comunhão é descrita com muita propriedade pelo apóstolo João. 2Jo 1.3 Proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. É esta a comunhão que identifica um cristão. João evita uma definição mais precisa, ele apenas diz que a pessoa que não estão em comunhão com o Pai e com o Filho, por mais piedosa que possa parecer, não deve nem mesmo ser considerada cristã. Já na dimensão horizontal da comunhão será o compartilhamento habitual, o constante dar e receber um do outro, que caracterizará o verdadeiro padrão de vida para o povo de Deus. A comunhão com Deus é portanto a fonte de onde se origina toda a idéia da comunhão entre os cristãos. A comunhão com Deus deverá sempre ser o fim último a ser alcançado, e a comunhão cristã será apenas um meio para conseguirmos de fato atingir esta meta. Consequentemente, não deveríamos considerar a nossa comunhão com os outros cristãos como um tipo de capricho espiritual ou mesmo como um acréscimo aos nosso exercícios devocionais privados. A comunhão, pelo contrário, é algo essencial e imprescindível a própria vida cristã. Devemos reconhecê-la como uma necessidade espiritual, pois Deus nos fez de tal maneira que a nossa comunhão com Ele seja alimentada pela nossa comunhão com os nossos irmãos e irmãs em Cristo. Precisamos alimentar nossa comunhão constantemente para que finalmente possamos nos aprofundar e enriquecer a nossa comunhão com o próprio Deus.

CONCLUSÃO.
Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé. Gl 6:10
Termos coisas em comum, vivermos com pessoas em comum, é isso que verificamos na vida da igreja de hoje? Vivemos realmente aquilo que o NT chama de comunhão? Ou será que a realidade atualmente é bem diferente disso? Infelizmente, em muitas igrejas de hoje não teríamos como reconhecer um cristãos que tenham qualquer coisa em comum, a não ser numa reunião que chamamos de culto, num período determinado de um dia conhecido por domingo e num lugar específico que denominamos de “templo”. Terminado o período de culto, e deixado o lugar específico, suas vidas não se tocam mais, caminham por direções completamente separadas e distantes. Não existe orar uns pelos outros, não se ajudam, e algumas vezes nem mesmo parece se conhecerem. Que tipo de comunhão será esta? Porque nossas igrejas, em grande número, não conseguem suprir a necessidade de comunhão entre os seus membros, uma vez que, de acordo com o ensino da Bíblia, a comunhão é parte inseparável de sua natureza de ser?

Bibliografia:
A Nova Vida em Cristo/Darci Dusilek/Editora Hotizontal
www.bibliaon.com
www.dicio.com.br/comunhao/

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