terça-feira, 18 de julho de 2017

PREPARANDO-SE PARA O SERMÃO




SALA DE ESTUDO

Antes de começarmos a desvendar todos os mistérios concernente o preparo do sermão propriamente dito, será de bom proveito observarmos mais alguns detalhezinhos rápidos mais que poderão ser de grande ajuda para quando colocarmos as mãos na massa!

Então, deixa eu falar sobre o corpo do sermão. O corpo do sermão será o local onde distribuiremos de maneira uniforme os pontos da mensagem que pretendemos desenvolver. Mas tudo feito com cuidado e com muita calma, observando cada detalhe atenciosamente. Nada de pressa! É preciso tempo para desenvolver o esboço.

Outro detalhe importante é o tema que vamos dar a nossa mensagem. Então, vale a pena ver rapidinho alguns detalhezinhos em relação a ele. São coisas muito básicas, nenhum bicho de sete cabeças. Então vamos lá: O Temos possui pelo menos duas formas:

A Forma lógica. Aquela pela qual apresentamos um pensamento de modo resumido. Deixa eu dar um exemplo: “A fé, o firme fundamento de Deus”. Aqui abordaremos o assunto “fé”, e, como o tema indica, abordaremos a fé como sendo um fundamento firme de Deus. Entenderam? Isso é lógica, simples assim!

A Forma retórica. É a forma que não requer uma expressão de pensamento completo facilitando nossa criatividade em sua formação. Neste caso podemos dizer que o tema é mais objetivo, e geralmente o expressamos por meio de uma frase, como por Exemplo: “A fé em Deus, o que é?”.
Para um melhor entendimento, deixa eu falar outra coisa: O bom desenvolvimento na escolha de um tema para nossa mensagem pode precisar de pelo menos de três coisinhas básicas, que devemos anotar. São elas: 
  • A Criatividade, 
  • O hábito da leitura da Bíblia,
  • A visão global do sermão que iremos pregar. 

Se conseguirmos unir estas três coisinhas, Xeque Mate, estamos prontos!

O tema do sermão pode sofrer algumas variações, isto é, ele pode ser apresentados em diferentes formas. Podemos citar algumas.

TEMA INTERROGATIVO: É o tipo de tema que se desenvolve em forma de perguntas que fazemos e que respondemos no desenrolar do nosso sermão. Exemplos: “Que farei de Jesus?” “O Sangue de Cristo é suficiente para nos salvar?”. O importante neste temas, é nunca deixar as perguntas sem as devidas respostas.

TEMA LÓGICO OU EXPLICATIVO. Já este tema aqui, nos força a mostrar aos ouvintes, de forma lógica e explicativa toda a verdade que durante o desenvolvimento da nossa mensagem iremos expressar. Por exemplo: “O que o homem semear, isto também ceifará”.

TEMA IMPERATIVO. Aqui o tema é apresentado em forma de ordens ou Mandamentos. Pode variar numa espécie de aviso, chamamento ou coisa do gênero. Por isso que é dito que são imperativos! Exemplos: “Enchei-vos do espírito!” “Não sejais incrédulos!”.

ENFÁTICOS. Os temas enfáticos são aqueles que realçam o aspécto doutrinário que desejamos apresentar durante o nosso sermão. Exemplos: “Só Jesus salva”. “Dois tipos de cristãos”. Em temas assim, se faz extremamente importante a interpretação correta dos textos. Se bem que esta deve ser uma preocupação em todos os temas e desenvolvimentos nos nossos sermões.

TEMA GERAL. Por fim temos o chamado: Tema geral. Este tema é o mais usado, pois ele aborda um assunto, mas sem a preocupação em especifica-lo. Ele deixa a nosso cargo quaisquer definições que se fizerem necessárias para a mensagem. Exemplo: “A fé, a esperança e o amor...”. Perceberam? Podemos desenvolver nossa mensagem em qualquer uma destes preposições, pois não existe uma regra específica. Por isso é dito que o tema é geral. 

Agora podemos começar, e vamos começar dividindo nosso sermão em pelo menos três partes principais ou essenciais que formarão a sua estrutura.

1° INTRODUÇÃO OU EXÓRDIO.
A introdução é o nosso ponto de contato com os ouvintes, costumamos dizer que ela é uma ponte entre o tema e a primeira divisão da mensagem, por isso, em via de regra, ela deve ser breve, apropriada, interessante e simples, afinal ela é apenas uma idéia do que vamos pregar. Podemos deixar para prepará-la por último.

Podemos usar qualquer um destes tipos de introduções para iniciar nosso sermão:

INTRODUÇÃO ILUSTRATIVA. É quando utilizamos uma história que contada esclareça o assunto que vamos desenvolver. Podemos neste caso utilizar nosso Conhecimento Intelectual envolvendo nosso conhecimento cientifico, psicológico, técnico ou cultural. Exemplos. Técnico Cientifico: A antena da TV recebe todas as frequências ao mesmo tempo entretanto, quando escolhemos um canal, através da sintonia, estamos selecionando uma determinada frequência.

DEFINIÇÃO. Neste tipo de introdução, explicamos detalhes de um conceito que temos a desenvolver. Podemos dar significados de símbolos, descrição geográfica de lugares bíblicos, interpretação de termos e assuntos que provavelmente o ouvinte não conheça. Quando aplicamos um conhecimento histórico ou explicação do contexto em que o texto esta inserido fazermos uso deste tipo de introdução e podemos também designá-lo de Introdução Histórica e Contextual. Exemplos: Fundo da agulha, aponta para uma Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades de passar com os camelos. Mt 19.24.

DIVISÃO. Aqui temos de usar o bom senso e falarmos de características opostas a determinados assuntos dos quais deveremos dar esclarecimentos, é algo como mostramos os dois lados da moeda.

CONVITE. Nesta introdução podemos convidar algum ou alguns dos ouvintes para participarem e interagirem com a mensagem que iremos pregar. É preciso ter bastante criatividade para desenvolver este tipo de introdução, pois temos que levar o ouvinte à uma ação usando verbos imperativos. O IMPERATIVO caracteriza um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte vai ser estimulado a agir e participar. Alguns pregadores conseguem com suas criatividades elaborarem uma espécie de teatro, ilustrando ações dos personagens da mensagem.

INTERROGAÇÃO. Aqui, é como no tema interrogativo, a diferença é que  a mensagem já foi pregada, então, nossa pergunta precisará variar entre o tema e a mensagem propriamente dita.
Fazemos a pergunta e respondemos tal pergunta relembrando o que já foi pregado.

SUSPENSE. A introdução como suspense é uma composição narrativa que consiste em retardar ou levar momentaneamente a ação num crucial, a fim de levar o ouvinte a uma expectativa ansiosa dos acontecimentos que virão a seguir. A mensagem principal está oculta e será esclarecida no corpo do sermão.

ALUSÃO HISTÓRICA. O texto utilizado para a mensagem, neste caso pode ser explicado dentro do contexto histórico em que será aplicado. Neste caso a mensagem falando de época, países, costumes, tradição, tornam-se excelentes modelos para este tipo de introdução. Quando empregamos figuras metafóricas como uma historia bíblica, secular ou até mesmo folclórica. Quando empregamos figuras metafóricas como uma historia bíblica, secular ou até mesmo folclórica podemos chamar esta introdução de Metafórica ou Alegórica.

EXPERIÊNCIA PESSOAL. Neste tipo de introdução o cuidado deve ser redobrado. Devemos nos lembrar que o momento é para pregarmos e não darmos o testemunho da nossa vida. Podemos utilizar Testemunhos de fatos verídicos que demonstram a atuação de Deus, através de milagres que podem ser nosso ou de outras pessoas. Todas as respostas que Deus atendeu realizando curas, transformações, salvação, livramentos, libertação, mas de forma resumida.

2° PLANO OU CORPO DO SERMÃO.
O corpo do sermão é o lugar onde desenvolvemos a estrutura ou o plano do nosso esboço. Nele desenvolvemos a ordem nas divisões com suas partes colocadas em seus devidos lugares e com ordem própria onde cada ponto corresponde a outro ponto. Devemos fazer existir ordem lógica entre os pontos e subpontos da mensagem que apresentaremos, e em cada divisão destes pontos, deve haver uma ordem ascendente com os argumentos mais fracos aumentando em força à medida que progridem. 

A ordem do esboço deve ser ainda “cronológica” e ter evolução natural de um ponto principal para o outro. A transição entre os pontos deve ser suave, havendo uma ponte entre estas passagens. As divisões precisam ser pertinentes as necessidades presentes e o tempo do sermão. Todos estes pontos podem ser retirados do texto escolhido, mas para isso devemos observar alguns critérios tipo:

  • Ler todo o texto. Ex.: At 2: 37-47 (Nada de preguiça!)
  • Procurar a ideia principal do texto. (subtema, o contexto, e a situação)
  • Procurar os principais verbos e seus complementos existentes.
  • Criar frases (divisões) que passem ideia que esteja ligada com a mensagem que vamos pregar.
  • Organizar as frases dentro da ideia principal.

Mas um cuidado: Devemos apresentar as divisões que retiramos do texto, de forma ordenada evitando uma confusão de ideias. O ouvinte precisa entender o que falamos. Cada divisão, subdivisão, ilustrações e explicações terão de apontar na direção do alvo e em ordem de interesse. Cada ponto deve discutir um aspécto diferente para que não haja repetição. As frases devem ser breves e claras. As divisões devem indicar a linha de pensamento que apresentaremos no sermão.

3° CONCLUSÃO OU PERORAÇÃO.
A conclusão é o clímax do sermão. É o momento de apresentarmos a aplicação final da mensagem. Se não tivermos uma conclusão, corremos o risco de ficar dando voltas e até se envolvendo em outros assuntos sem nenhuma relação com a mensagem. A conclusão deve apontar para o objetivo especifico da mensagem, deve ser clara e especifica, pode trazer um breve resumo do sermão e ter aplicação direta à vida dos ouvintes. Mas nunca se esqueça... Ela deve ser pequena! Você já pregou tá na hora de terminar... Olha a hora, vigia!

Uma boa conclusão proporciona aos ouvintes satisfação, no sentido de ter esclarecido completamente o objetivo da mensagem. Para a conclusão podemos ter várias aplicações, como:

RECAPITULAÇÃO. Implica simplesmente em relembrarmos aos ouvintes de forma sucinta e dinamicamente os principais pontos, pensamentos chave e os pontos fortes e positivos da mensagem pregada. Mas tudo de forma reduzida. Não se trata de uma nova pregação!

NARRAÇÃO. É como a introdução. Narramos um fato que possa servir de aplicação à mensagem que pregamos. Pode ser histórico ou contextual, porém breve!

PERSUASÃO. Neste ponto procuramos Levar os ouvintes a uma decisão. Nem sempre a decisão será um a que esperamos. De qualquer forma, sempre os ouvintes terão de fazer uma escolha, seja pelo sim, pelo não ou pelo agora não.

CONVITE/ APELO. O convite deve enquadrar o propósito específico da pregação, e o apelo um esforço para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte. Apelo não e apelação. Dois tipos de apelo podem ser feitos após a mensagem: Conversão/reconciliação. Aos ímpios e aos desviados. Restauração. A igreja




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