quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

WORKSHOP HOMILÉTICA


PARTE I
HOMILÉTICA?  QUE BICHO É ESTE?
Texto Básico: 2Tm 2.2
E o que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
Exatamente este o tema ou propósito deste nosso workshop. Queremos ser apresentados de maneira clara e descomplicados a esta ferramenta capaz de trazer para nós algum auxilio no preparo para um ministério tão empolgante. A homilética com certeza vai ser um grande auxílio no preparo de algo tão prazeroso que é a pregação da Palavra de Deus. Mas cuidado, se não fizermos de forma correta e com convicção bíblica, isso pode causar sentimentos capazes de nos fazer até mesmo desistir deste ministério abençoador.

I. “ISSO SERVE PARA COMER?”
A resposta a esta pergunta é: Não é sim. Não serve para encher nosso estômago por não tratar-se de nenhuma receita de comida daquelas que nos fazem “lamber os beiços”. No entanto, serve como ferramenta auxiliar ao estudo da Bíblia, que nos ajudará a “enchermos” nosso espírito e nossa alma com alimento espiritual vindo da Palavra de Deus.
Para começar bem o WORKSHOP vamos tentar entender alguns termos que serão usados ao longo do nosso estudo. Como em todos os estudos das doutrinas bíblicas, vamos nos confrontar, logo de cara, com alguns termos “originais”. Aqueles complicados que às vezes chegam ser chatos de estudar. Mas, é preciso paciência, e quem sabe se este não o primeiro “preço” que vamos ter que pagar... É atenção para não se confundir com eles.
"Homilética”→“homilétike” e significa "O ensino em tom familiar". (É algo tipo aqueles cultos que realizamos nas nossas casas... Pois é, acho que já fazemos uso da homilética a bastante tempo e nem sabíamos).
homilos”→ No grego clássico, este termo significa “multidão, assembleias do povo”.  Isso lembra nossos cultos de Estudo... Toda a Igreja (em? Toda?) assentada e atenta ao as palavras do preletor.
homileo”→ Termo da mesma origem e quer dizer “conversar”. (Parece uma reunião menos formal de palestra. Algo como ensinar num tom de conversa, tipo se assentar-se para ouvir, e participar do ensino junto com o professor).
Uma BREVE CONCLUSÃO.
... HÁ É ISSO? NÃO ENTENDI BULUFAS!
Calma... Estamos apenas começando, tem muita coisa pela frente...

Há, vamos ver se conseguimos entender então...
HOMILÉTICA é uma ciência, e como tal possui objetivos específicos de ensinos. O que nos importa agora é saber o que vamos aprender estudando a homilética. Queremos aprender os princípios fundamentais para discursarmos ou pregarmos em Público. (Até mesmo se a igreja estiver cheia). Se conseguirmos matar está charada, pronto! Atingimos boa parte do nosso objetivo neste workshop, e a escala de pregação da nossa igreja vai começar a ficar um pouco mais folgada.

Mas, tem ainda uma coisinha... Antes de utilizarmos qualquer “ferramenta”, temos que entender o chamado de Deus. A homilética sozinha não faz milagre! Pode até ajudar! Mas, o “chamado” vai fazer uma grande diferença.

Entendam, por favor!
A HOMILÉTICA vai nos “auxiliar” na preparação para este chamado, mas o que vai nos deixar na “cara do gol”, em condições de abrir a Bíblia e pregar a Palavra com unção, vai ser a nossa dedicação e seriedade no Ministério da Palavra. Para isso, como disse nosso irmão Paulo, temos de procurar nos apresentar diante de Deus aprovados… 2Tm 2.1

EM TEMPO...
ESPERA UM POUQUINHO, TEM outras COISINHAS...
Espera aí, temos ainda que aprender mais algumas coisinhas. A Homilética no sentido de melhorar nossa habilidade para pregar (é isso que queremos), anda acompanhada com alguns amiguinhos que nos fará bem se os conhecê-los.

II. OS AMIGOS INSEPARAVEIS DA HOMILÉTICA.
erEste último termo, "homileo", conversar, foi muito utilizado nas reuniões cristãs das igrejas primitivas e indicavam os discursos dos dirigentes ou pastores. Deste termo temos a adaptação do termo “homilia”, que hoje entendemos por “HOMILÉTICA” A arte na preparação dos sermões. 
Será que já ouvimos falar de “Oratória”? Então é bom considerarmos este negócio. Além disso, ainda tem mais… Existem outros “termos” que estão relacionados com a pregação em público que nos farão muito bem aprendermos sobre eles,

.1. ORATÓRIA,
A oratória é a arte de falar em público de forma elegante, precisa, fluente e atrativa. Como pregadores devemos apresentar ao público uma mensagem capaz de alcançá-los com a salvação ou com o ensino das Escrituras, e isto deve ser feito de maneira que nossa mensagem seja agradável aos ouvidos. Exatamente aí entra a Oratória. A Oratória nos vai “moldar” na maneira de fazer isso. Vamos aprender com a oratória a desenvolvermos nossa mensagem com pelo menos quatro importantes elementos. São eles:
a)           “ELEGÂNCIA”
Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, Elegância tema ver com Graciosidade, gentileza, esbelteza. Uma mensagem pregada de forma elegante e esbelta dificilmente cansará os ouvintes. Não acontecerá dos ouvintes sentirem aquela sensação de sonolência ou mesmo daquela malfazeja vontade de ficar indo ao banheiro o tempo todo em que o pregador estiver falando. A gentileza nas palavras bem escolhidas dará aos ouvintes o desejo de ficarem até o final da mensagem. Certamente não vai ter gente se movimentando durante a nossa mensagem. Sabe por quê? Eles não vão querer perder nada do que está sendo dito ou pregado. Agora cuidado! Pregar de forma elegante não significa fazer uso daqueles termos difíceis que mais confundem do que trazem entendimento. Alguns pregadores querem “impressionar” o seu publico e, às vezes exageram no uso de termos nas línguas originais ou coisa parecida. Utilizam jargões do tipo “etimologicamente falando...” ou coisa do gênero. Isso pode cansar os ouvintes.
 b) “PRECISÃO”
Nesta palavra o sentido é o de Exatidão, Rigor sóbrio de linguagem. Numa definição bem popular, podemos dizer que precisão na mensagem é o mesmo que “direcionamento e certeza". Quando se trata da Palavra de Deus, aí o assunto é muito sério. Nós pregadores precisamos saber o que falar sobre quem falar e como falar com precisão o que estamos falando. Não é admissível que o pregador fique mudando o rumo da sua mensagem o tempo inteiro. Isso vai fazer o público se perder durante a mensagem. Às vezes é o próprio pregador que fica perdido. Se tivermos como dimensionar o grau de entendimento dos ouvintes pode ser uma grande ajuda. Certo pastor disse o seguinte: Ninguém gosta de ouvir um pregador que pregue suas convicções com dúvidas, como também, ninguém gosta de ouvir um pregador que pregue com dúvidas suas convicções.
 C) “FLUIDEZ”
Falar com fluidez significa falar de forma fluente, isto é, falar de forma em que a mensagem flua ou corra como um rio. É o sentido de falar de forma natural, sem aquele teor mecânico que mais parece à leitura de um texto longo e cansativo.  A mensagem deve ser desenrolada e de fácil entendimento para alcançar aqueles que nos ouvem. É aconselhável para isso, que busquemos textos dos quais ele tenhamos certo domínio de entendimento sobre eles para não corrermos o risco de ficarmos "perdidos" em nossas próprias palavras.
 d) “ATRATIVIDADE”
Por fim a oratória vai exigir de nós pregadores Força de atração e estímulo em nossas mensagens. A pregação da Palavra deve ser acima de tudo atrativa. Ela deve ser o momento mais esperado do culto, e se não for pedir muito, causar nos ouvintes a sensação de querer ouvir mais. Em uma pregação atrativa os ouvintes não ficam olhando para o relógio, o tempo inteiro, torcendo que o pregador dê logo o amém e acabe de uma vez com o martírio. Pelo contrário, se houver os ingredientes de estímulo e atração, os ouvintes ficarão em silêncio para não perderem nenhum detalhe do que está sendo pregado.  
Se conseguirmos reunir estes quatro elementos em nossa mensagem, podem acreditar, já teremos caminhado metade do caminho em direção ao sucesso no púlpito. Os outros 50% ficam a cargo do Espírito Santo, e com o que ainda temos para aprender com a homilética.

CALMA! TEM MAIS COISA...
2. “ELOQUÊNCIA”
Esta aí e a Capacidade do bem falar. A eloquência nos ajuda a manter nossa voz em uma tonalidade que produza em nossos ouvintes conforto. Sabem aquela história de não sermos monótonos nem narradores de futebol? Isso tem a ver com a eloquência. Eloquência nos ensina a pregar sem gritarias ou pulos e gestos tipo lutadores de kug-fú. Vamos entender de uma vez por todas? A mensagem da Palavra de Deus é para ser entendida por aqueles que estão nos ouvindo e a Eloquência entra em cena exatamente para nos ajudar neste ponto. Falar de forma Eloquente é ter Expressividade no falar. Falar de forma que sejamos capazes de transmitir nossa mensagem com entendimento e firmeza. Isso pode ser desenvido utilizando recursos da teoria, que é o nosso caso aqui neste Workshop. Ou podemos desenvolver na prática, pregando.
Como se faz isso? Vejamos.
Podemos usar um pouco de criatividade.
è  PREGANDO pra nós mesmos...
Conheci um pastor que preparava suas mensagens com muita calma (pelo menos ele transmitia isso quando pregava). Depois, com a mensagem pronta, ele se posicionava em frente ao espelho e pregava para ele mesmo, como se estivesse na igreja, e ia corrigindo possíveis erros que ele encontrasse na mensagem ou na transmissão da mesma.
è Pregando Para Ouvintes Inanimados...
O PR Josué Orion, conhecido por falar sobre os perigos do Walt Disney, testemunha em algumas de suas palestras que no início de seu ministério, para desenvolver a prática da oratória, ele pregava para uma plantação de abóboras. O pior de tudo, é que, segundo ele mesmo sempre diz, estas abóboras tinham todas elas, um coração endurecido, nenhuma delas se converteram.
è Pregando para uma plateia disposta a te ouvir.
Meu cunhado, dirigente de uma igreja, na Baixada Fluminense, para desenvolver sua técnica de oratória, pregou para um grupo de crianças, seus próprios filhos. Coitadinhos, isso devia ser um castigo daqueles... Ele reunia os meninos e mandava ver. Assim querendo ou não estes meninos o ajudaram a desenvolver o seu talento, a duras causas, eu acho...

Na Eloquência o dom natural se desenvolve geralmente de forma natural, entretanto, por ser uma arte, sua técnica pode ser desenvolvida pelo estudo e pelo treinamento.
3. RETÓRICA.
Retórica é o estudo teórico das regras que ajudam a desenvolver e aperfeiçoar o talento natural da palavra. Basear-se na observação e no raciocínio. A retórica nos apresenta algumas regras relativas a eloquência. Se por um lado a Oratória nos ensina o desenvolvimento de nossa capacidade de falar bem em público, por outro lado, a retórica vem nos ensinar a desenvolvermos nosso talento natural, ou seja, aquilo que o próprio Deus fez nascer em nós, e que podemos desenvolver pela busca de conhecimentos específicos. Trocando em miúdos significa aprender a usar um talento que temos mais precisa ser desenvolvido.
FINALMENTE! A CONCLUSÃO DOS PRIMEIROS ARGUMENTOS.
A Homilética, no seu aspecto técnico e prático precisa atingir pelo menos três elementos que também devem ser claramente entendidos: Dom, conhecimento e habilidade.

Dom ou talento, vem de Deus.
Conhecimento é o resultado do estudo sistemático da Palavra de Deus.
Habilidade, o desenvolvimento da experiência.
IMPORTANTE
É possível fazer boas preleções mesmo sem o DOM. Neste caso o pregador terá de contar com o conhecimento e com a habilidade. Se souber fazer uso destas ferramentas, pode ter bons resultados mesmo que sinta ausência do chamado para tal Ministério.

Continua...

 

















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