TEXTO BÁSICO: Mateus 25:14-20
¹⁴ Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. ¹⁵ E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. ¹⁶ E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. ¹⁷ Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. ¹⁸ Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. ¹⁹ E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. ²⁰
Introdução: A palavra mordomia vem do Latim- MajorDomuns que significa Chefe ou dono da Casa. O mordomo é a pessoa que administra os assuntos de uma família e suas propriedades. No sentido cristão mordomia refere-se basicamente a oportunidade que temos de servirmos e administrarmos as causas relacionadas ao Reino de Deus, a responsabilidade de administrar assuntos concernente a igreja. Isto implica que cada igreja no mundo em seu contexto, histórico, social, cultural e politico deverá desenvolver entre os seus membros a consciência de que todos são importantes no reino e que cada um tem uma função no corpo de Cristo a ser desenvolvida para a glória de Deus. A igreja como um celeiro de talentos é constituída de pessoas com tarefas a serem cumpridas para o seu bom desenvolvimento. Desta forma, todos nós somos convocados a colocarmos os nossos talentos seja da área profissional, da área intelectual ou m esmo da área espiritual ao serviço do Senhor Jesus. E a igreja é o único organismo vivo que possui dons espirituais que transcende qualquer capacidade intelectual ou cientifica do mundo. Deus concedeu pelo seu Espirito Santo a todos nós os salvos na Pessoa do Senhor Cristo Jesus talentos, e o que nos cabe, como despenseiros, é desenvolvê-los. O que importa neste desenvolvimento, não é a quantidade de talentos e sim nossa responsabilidade, fidelidade, diligência, zelo e principalmente nossa devoção na dedicação a causa do mestre. Precisamos dar o melhor de nós e da nossa capacidade para Deus em todos os sentidos. Jr 48:10 “Maldito todo aquele que fizer a obra de Deus negligentemente ou relaxadamente”.
DEFININDO NOSSOS TALENTOS. Jo 13.13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
A parábola de Mateus 25 fala de “um homem” rico, possuidor de muitos bens, no grego υπαρχoντα (huparchonta), que ao sair para fora de sua terra convocou seus “servos” δoυλoς (doulos) e deu-lhes a oportunidade de trabalharem com os “talentos” ταλαντoν (talanton) a eles distribuídos. Como lição da parábola, temos o Senhor Jesus Cristo, o nosso Senhor, que tem dado a nós, seus “administradores”, “talentos” para trabalharmos. O Senhor Jesus “ausentou-se da terra” por um pouco de tempo, e quando voltar, receberá de volta, os frutos dos talentos que foram entregues a nós os seus servos.
TALENTOS. Um “talento” era uma medida de peso com valor monetário. Nas medidas de peso dos tempos bíblicos, um talento equivalia a 60 “minas” e uma “mina” tinha o peso de “60 ciclos”. Essa medida de peso podia ser de ouro, prata, bronze ou latão, por isso, o valor podia ser diferenciado. Um “talento” pesava aproximadamente e 34 kg e o seu valor era equivalente ao pagamento de 6.000 dias de jornada de um trabalhador diarista. A palavra dinheiro no versículo 18, no original αργυριoν (argurion) que significa prata. O valor monetário de um talento era muito alto. Uma pessoa que possuísse, pelo menos, um talento, era respeitada como bem de vida. O senhor da parábola entregou os seus talentos a três dos seus servos para que negociassem com os mesmos. Na linguagem figurada, esses talentos representam os dons, dotes e habilidades concedidos por Deus para com eles trabalharmos. Notemos que esses “talentos” pertencem ao Senhor, e Ele os concede conforme a capacidade individual de seus servos. V.15 E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
II. A ADMINISTRAÇÃO DOS TALENTOS (vv.16-18)
Os servos, cada um deles receberam talentos e deveriam trabalhar e administrar tais talentos ou bens conforme a suas capacidades. Cada servo deveria negociar da melhor forma possível conforme aquilo que recebeu para trabalhar, devendo preocupar-se apenas com o seu trabalho e procurar fazê-lo de forma digna. não dando espaço para invejas, ciúmes ou porfias entre os demais servos de Cristo. Os talentos podem ser classificados pelo menos em três categorias:
1. TALENTOS NATURAIS. São talentos que trazemos ao nascer. São talentos ou dons naturais, ou seja, natos da própria pessoa desde o seu nascimento. Exemplos: Composição de poesias, musica, instrumentos e canto, talentos de oratória, ou seja, habilidade para falar em publico com naturalidade e fluidez.
2. TALENTOS OU DONS ESPIRITUAIS. São habilidades ou recursos sobrenaturais concedidos pelo Espirito Santo de Deus aos homens. 1Co 12.4-11. São eles: Palavra de sabedoria, Palavra de Conhecimento, Don da fé, Dons de curar, Operação de Maravilhas, Profecia, Discernimento de Espíritos, Variedade de Línguas, Interpretação de línguas.
3. TALENTOS OU DONS MINISTERIAIS (dons de serviços). São talentos ou dons alcançado, através do estudo e do conhecimento, tendo a benção e a permissão de Deus. Ef 4.7-16 1Co 12.28-31 1Tm 3.1-13 Tt 1.1-9 At 6.1-6. Apóstolos, Profetas, Evangelistas/Missionários, Pastores/Bispos/ Presbíteros, Doutores/ Mestres, Socorros, Governos, Diáconos/Diaconisas.
CONCLUSÃO: Independentemente da quantidade de talentos e dons que nos foram confiados, a Bíblia diz que Deus nos recompensará por nosso trabalho e por nossa fidelidade. Mt 25.21 E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Desta forma nós seremos recompensados por trabalhos prestados a Deus através dos nosso talentos e dons Mt 16.27 Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. No entanto, os infiéis, os preguiçosos e os negligentes receberão castigo e punição. Mt 25.26,27 Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Deus nos deu “talentos” e espera que sejam usados de forma correta e eficiente, afim de produzir os melhores resultados para o reino de Deus, para a igreja e para a glorificação do nome do Senhor Jesus.
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