sábado, 3 de agosto de 2019

SEM PERDÃO É IMPOSSÍVEL A COMUNHÃO

Classe Jovens e Adultos - Lição 9
Leitura Bíblica em Classe: Mt 6.9-15
Texto Básico: Ef 5.32 Antes sede bondosos uns par com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros como também Deus vos perdoou em Cristo.

INTRODUÇÃO: Existe um problema que ronda os caminhos mais íntimos das relações familiares, passa no ambiente de círculos sociais específicos e chega as comunidades cristãs. Este problema chama-se “Falta de Perdão”. Na realidade temos menor dificuldade em perdoar estranhos que nos ofendem do que perdoar as pessoas que se encontram próximas a nós. Isso talvez se explique pelo fato de não termos nenhum relacionamento com tais pessoas estranhas, e assim poucos nos importamos. Quanto as pessoas com as quais nutrimos alguma relação afetiva, elas tem um potencial maior de nos ofender, e quase sempre não esperamos isso delas.

 I. O QUE É O PERDÃO?
O Senhor Jesus encerrou a sua oração do Pai Nosso com uma advertência: “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós... Mt 5.14,15. Fomos perdoados por Deus por todas as ofensas que cometemos contra Ele, e é natural que Ele espere de nós que também perdoemos nossos ofensores, afinal é impossível manter relacionamentos com pessoas que não demonstrarmos disposição para perdoar. Quanto maior for nossa disposição para amar, maior deverá ser também a disposição para perdoar, pois o perdão não é um ato,ele é um processo mental ou espiritual cujo objetivo é cessar o ressentimento tóxico contra outra pessoa ou contra nós mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, por diferenças, erros ou fracassos. Trata-se de uma habilidade que precisa de treino. O perdão é uma graça concedida por Deus para prosseguirmos no caminho após um ferimento profundo. Ele age como um cauterizador, nos curando de dentro para fora. A cicatriz permanece, pois as lembranças são a garantia de que temos uma história. A “cura” aplica-se perfeitamente, visto que, por algum motivo, houve uma ferida, e o perdão sobre essa ferida evita, de forma metafórica, a infecção ou a necrose.

II. O QUE OU A QUEM DEVEMOS PERDOAR?
O perdão é algo sério e deve ser aplicado de forma judiciosa para as coisas que realmente nos ofendem em profundidade. Ofensas que atingem o centro de nossas vidas e personalidades que precisam ser perdoadas. Coisas que ferem fundo, coisas que não conseguimos deixar de lado. O que devemos perdoar:

a. Pessoas, não instituições. Quando somos atingidos por decisões em nome de uma organização, devemos perdoar as pessoas que exercem funções executivas que de certa forma representam a organização.

b. Pessoas pelo que fazem, não pelo que são. Podemos rejeitar atos específicos que cometam contra nós, sem contudo rejeitar as pessoas. O desafio não é perdoar uma pessoa por ser mau, mas perdoar o mau que tal pessoa fez contra nós.

c. Pessoas que traíram a nossa confiança e nos desapontaram. Relações pessoais se fundamentam na confiança mútua. Uma relação baseada em contrato escrito e registrado em cartório não é uma relação pessoal. Somente na relação de confiança somos capazes de nos manter unidos e em comunhão. Seja este relacionamento na amizade, casamento, família ou igreja. Quando nos sentirmos traídos e tivermos dificuldades de confiar em outra pessoa, somente o perdão poderá nos curar deste desencanto.

CONCLUSÃO: A igreja primitiva, sem dúvida, demonstrou possuir um elevado grau de comunhão. Contudo, também experimentou momentos de hostilidades e ressentimentos que ameaçaram a paz interna da igreja. Precisamos aprender a ser pacientes uns com os outros e perdoar as falhas recíprocas. Precisamos aprender a perdoar para vivermos a comunhão. Precisamos aprender a amarmos uns aos outros em Cristo Jesus, para depois perdoarmos.

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