terça-feira, 19 de março de 2024

 “ISRAEL PALESTINA”

                 O MOVIMENTO SIONISTA

Texto Básico: Js 1.1-9

1. Sucedeu, depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que este falou a Josué, filho de Num, servidor de Moisés, dizendo: 2. Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. 3. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés. 4. Desde o deserto e o Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus e até ao mar Grande para o poente do sol será o vosso limite. 5. Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. 6. Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. 7. Tão-somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. 8. Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido. 9. Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.

Introdução: As causas de conflito entre Israel e Palestina são muito antigas e se tivermos que colocar uma data, certamente apontaremos para os anos 70 d.C. quando aconteceu, como vimos em lições anteriores,  a expulsão dos judeus pelos romanos, sob comando do general Tito. Neste tempo os judeus tiveram que se deslocar em fuga para o norte da África e para a Europa. No entanto, nosso olhar agora se estende mais para o final do século XIX, quando explodiu uma onda de nacionalismos na Europa, onde muitos judeus se uniram em torno das ideias do  jornalista  húngaro Theodor Herzl (1860-1904), que defendeu a ideia de constituição de um Estado Nacional para os judeus na Palestina. Segundo Herzl,  o lar para os judeus deveria ser em "Sião" ou a terra de Israel, a Palestina e, finalmente, os judeus teriam um lar como os outros povos. Movimento que se tornou conhecido como “Movimento Sionista”. O que podemos dizer é que continuamos diante de um longo e exaustivo contexto histórico de conflitos e de muitas tensões e preocupações pelo mundo inteiro. Porém desta vez nossa atenção envolve judeus e muçulmanos no território de enclave entre Israel e Palestina. A verdade é que todo este conflito acontece em razão de ambos os lados reivindicarem o seu próprio espaço de soberania, embora atualmente esse direito seja exercido plenamente apenas pelo lado dos israelenses. Com isso, guerras são travadas, grupos considerados terroristas erguem-se, vidas são perdidas, e uma paz duradoura encontra-se cada vez mais distante. Nestas aulas que se seguem por mais algumas terças feiras a Escola Bíblica Dinâmica, procura visualizar este intrigante tema para tentarmos entender, nem que seja um pouquinho do que está acontecendo atualmente neste conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos. Orem por Israel e Bons estudos…

I. O FOCO DO CONFLITO.

Mt 24.1-10.  1. Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. 2. Ele, porém, lhes disse: Não vedes  tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. 3. No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos  quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. 4. E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. 5. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. 6. E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. 7. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; 8. porém tudo isto é o princípio das dores. 9. Então, sereis atribulados,  e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. 10. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros;

Quando paramos para analizar este longo processo de conflito entre Israel e Palestina descobrimos que tudo acontece em razão destes dois povos possuirem uma mesma área de disputa que se localiza-se no Oriente Médio, mais precisamente, na parte denominada “Palestina” tendo como foco principal a cidade de Jerusalém, um ponto de forte potencial turístico religioso e que é considerado um lugar sagrado para as três grandes religiões monoteístas do planeta: o cristianismo, o islamismo e o judaísmo. A base moderna, se assim podemos chamar os tempos atuais deste conflito, começou com o surgimento de um movimento conhecido como "movimento sionista", lá pelo final do século XIX. Nesse período, uma grande quantidade de judeus começou a migrar, em massa, em direção aos territórios da Palestina, então habitados por cerca de não menos que 500 mil árabes. Essa região era reivindicada pelos judeus por ter sido deles até a sua expulsão pelo Império Romano, no século III d.C, dando início à diáspora judaica, a dispersão de judeus pelo mundo. (A diáspora judaica refere-se ao distanciamento forçado dos hebreus de sua terra natal – Israel – em razão das invasões de povos inimigos e, consequentemente, deixando-os dispersos em várias partes do mundo.)

1. O MOVIMENTO SIONISTA

O chamado “movimento sionista” que se consolidou por meio do jornalista húngaro Theodor Herzl (1860-1904), defendia o direito dos judeus de retornarem a Palestina e lá formarem um Estado nacional judeu. Esse movimento surgiu como resposta da comunidade judia na Europa ao crescente antissemitismo naquele continente. Surgido no século 19 na comunidade judia na Europa o movimento buscava uma solução para a questão judaica. (O termo sionismo faz referência ao Monte Sião, nome de uma das colinas de Jerusalém e usado como sinônimo de terra prometida, ou terra de Israel). Naquela época, o antissemitismo, que é a discriminação contra os povos semitas, entre os quais, está o povo judeu, estava em crescimento no continente. Foi o sionismo enquanto movimento político que deu corpo à criação do Estado de Israel, em 1947, logo após o Holocausto na Europa, quando cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados, principalmente em campos de concentração da Alemanha nazista. 

II. O HOLOCAUSTO.

Dt 29.24-28 - 24 - isto é, todas as nações dirão: Por que fez o SENHOR assim com esta terra? Qual foi a causa do furor desta tão grande ira? 25 - Então, se dirá: Porque deixaram o concerto do SENHOR, o Deus de seus pais, que com eles tinha feito, quando os tirou do Egito, 26 - e foram-se, e serviram a outros deuses, e se inclinaram diante deles; deuses que os não conheceram, e nenhum dos quais ele lhes tinha dado. 27 - Pelo que a ira do SENHOR se acendeu contra esta terra, para trazer sobre ela toda maldição que está escrita neste livro. 28 - E o SENHOR os tirou da sua terra com ira, e com indignação, e com grande furor e os lançou em outra terra, como neste dia se vê.

O termo Holocausto designa o processo de perseguição e o assassinato sistemáticos de 6 milhões de judeus europeus pelo regime nazista alemão e seus aliados e colaboradores. O Museu Estadunidense Memorial do Holocausto define 1933-1945 como os anos do Holocausto. Ele teve início em 1933, quando Adolf Hitler e o Partido Nazista chegaram ao poder na Alemanha, e terminou em 1945, quando as potências aliadas derrotaram a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. O Partido Nazista foi um partido político na Alemanha fundado em 1919, após a Primeira Guerra Mundial. Os nazistas eram racistas e acreditavam que o que chamavam de “raça ariana” era superior às demais. Na concepção nazista, um ariano era alguém germânico, enquanto judeus, ciganos, negros e outros grupos étnicos eram inferiores. Eram impiedosamente antissemitas e isso afetou todas as suas políticas e ações. Eles também acreditavam que a Alemanha era um país melhor que os outros e que a superioridade do seu povo implicava em dominar outros. Isso levou a Alemanha a invadir e dominar outros países antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

1. ADOLF HITLER

Em 1921, Adolf Hitler tornou-se líder do partido. Então, em janeiro de 1933, os nazistas foram chamados a formar um governo depois de terem sido escolhidos em eleição como o maior partido do país. A partir do momento em que o seu partido chegou ao poder, Adolf Hitler decidiu impor os valores nazistas em todos os aspectos da vida alemã, assumindo o controle por meio do medo e do terror. Quando o presidente alemão Hindenburg morreu, em 1934, Hitler declarou-se o Führer, ou “líder supremo da Alemanha”. (Hoje em dia, a palavra Führer tem uma conotação negativa, a de um líder implacável que impõe um governo brutal sobre as pessoas.) Os três pilares mais importantes para Hitler e os nazistas eram o que acreditavam ser:

A pureza da raça ariana

A grandeza da Alemanha

Idolatria ao Führer , Adolf Hitler

O partido usou de muita propaganda para persuadir as pessoas a apoiá-lo. Eles realizavam grandes comícios, com alto-falantes em locais públicos entoando mensagens nazistas.

2. PERSEGUIÇÃO NAZISTA.

Durante a década de 1930, com a ascensão de Hitler, a perseguição aos judeus se intensificou. Como resultado disso, a migração de judeus para a Palestina aumentou consideravelmente.Em 1931, o número de judeus na Palestina estava na casa dos 174.600.  Em 1939 começa a Segunda Guerra Mundial e, com ela, o Holocausto, um processo que começou com a discriminação contra o povo judeu e terminou com milhões de pessoas sendo mortas por simplesmente serem quem eram. Foi um processo que se tornou cada vez mais brutal ao longo do tempo. Desde o momento em que chegaram ao poder, em 1933, os nazistas perseguiram pessoas que não consideravam ser membros dignos da sociedade, principalmente os judeus. Eles introduziram leis que os discriminavam e retiravam seus direitos. O povo judeu não era permitido em certos lugares e era proibido de conseguir determinados empregos. Os nazistas também começaram a montar campos de concentração para onde prender e impor trabalho forçado a pessoas que acreditavam ser "inimigos do Estado". Isto incluía o povo judeu e qualquer pessoa que não os apoiasse. 

Em 9 de novembro de 1938, houve uma noite de terrível violência contra o povo judeu. Ficou conhecida como Kristallnacht - a "Noite dos Cristais" - por conta dos vidros quebrados que cobriram as ruas, das lojas que foram invadidas. Noventa e um judeus foram assassinados, 30 mil foram presos e enviados para campos de concentração e 267 sinagogas foram destruídas. No dia 1º de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia, o que marcou o início da Segunda Guerra Mundial. O povo judeu na Polônia foi forçado a viver em áreas selecionadas, os chamados guetos, sujeitos a maus-tratos e assassinatos. As condições nos guetos eram péssimas, e muitos morreram em consequência de doenças e fome e pela violência arbitrária. Eventualmente, as autoridades alemãs também estabeleceram guetos em outras partes da Europa Oriental ocupada e na Hungria. Centenas de milhares de judeus morreram nos guetos entre os anos de 1939 e 1945. 

3. CAMPOS DE EXTERMÍNIOS

No início da década de 1940, os nazistas procuravam uma forma de matar um grande número de pessoas num curto espaço de tempo, a fim de se livrarem da população judaica da Europa. Disso surgiu a ideia de criar campos de extermínio nos quais pudessem cometer assassinatos em grande escala. Isso é o que seria chamado de “a solução final”. No final de 1941, foi criado o primeiro campo de extermínio, chamado Chelmno, na Polônia. Houve seis campos de extermínio, no total, em áreas da Polônia controladas pelos nazistas: Auschwitz-Birkenau (o maior), Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka. Também foram criados campos fora da Polônia (em Belarus, Sérvia, Ucrânia e Croácia) pelos nazistas e seus aliados, onde morreram muitas centenas de milhares de pessoas. Entre 1941 e 1945, pessoas foram assassinadas numa escala que nunca tinha sido vista antes. Milhões foram presos e levados em comboios para os campos, onde seriam forçados a trabalhar ou mortos. Eles massacraram comunidades judaicas inteiras. Além dos fuzilamentos, as unidades alemãs por vezes utilizavam caminhões de gás especialmente concebidos para assassinar judeus. Cerca de 2 milhões de homens, mulheres e crianças judias foram assassinadas nesses massacres. Sabe-se que as vítimas incluíam:

Povo judeu

Povo Roma e Sinti (Ciganos)

Povos eslavos, especialmente na antiga União Soviética, Polônia e antiga Iugoslávia

Pessoas com deficiências

Gays

Pessoas negras

Testemunhas de Jeová

Opositores políticos

Adolf Hitler inspirou, ordenou, aprovou e apoiou o genocídio dos judeus da Europa, mas Hitler não agiu sozinho, outros líderes nazistas coordenaram, planejaram e implementaram diretamente o Holocausto. Eles acionaram muitas instituições, organizações e indivíduos alemães para perseguir os judeus, travar guerras e realizar assassinatos em massa. A Alemanha nazista também contou com a ajuda de seus aliados nos países do Eixo, assim como de colaboradores nos territórios ocupados. Sem o envolvimento de milhões de europeus (tanto alemães como de outras nacionalidades), o Holocausto não teria acontecido.

CONTINUA...

 

 

 

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