segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ORIGEM DO PECADO NA RAÇA HUMANA


“Portanto, assim como por um só homem entrou no pecado o mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. (Rm 5:12)

O ensino da Bíblia em relação à origem do pecado, é que seu início se deu com a transgressão de Adão no Éden, sendo, portanto, com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador sugestionou o homem, a fim de coloca-lo em oposição a Deus, e Adão rende-se à tentação cometendo o primeiro pecado, comendo do fruto que Deus havia proibido. O mal não para aí, com esse primeiro pecado o homem tornou-se escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, tendo efeito, não somente sobre Adão, mas sobre todos os seus descendentes. Como resultado da Queda, o pai da raça transmitiu uma natureza depravada aos que viriam depois dele. Dessa fonte não santa o pecado flui numa corrente impura passando para todas as gerações de homens, corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó:
·         “Quem da imundícia poderá tirar cousa pura? Ninguém”, Jó 14.4.
Adão pecou não somente como o pai da raça humana, mas também como representante de todos os seus descendentes, portanto, a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são passíveis de punição e morte. É primariamente nesse sentido que o pecado de Adão é o pecado de todos.
·         Rm 5.12: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”.
As últimas palavras só podem significar que pecaram em Adão, e isso de modo que se tornaram sujeitos ao castigo e à morte. Não se trata do pecado considerado meramente como corrupção, mas como culpa que leva consigo o castigo. Deus declara e estabelece todos os homens na condição de pecadores culpados em Adão, exatamente como todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo.
·         “pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio à graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos”, Rm 5.18, 19.

NATUREZA DO PECADO.
Podemos afirmar, numa perspectiva puramente formal, que o primeiro pecado do homem consistiu em comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Não sabemos exatamente que espécie de árvore era, e nada havia de ofensivo no fruto. Comê-lo não era pecaminoso, pois não era uma transgressão da lei moral. Quer dizer que não seria pecaminoso, se Deus não tivesse dito: “da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás”. Não há unanimidade quanto ao motivo pelo qual a árvore foi denominada “do conhecimento do bem e do mal”. A opinião mais comum é que a árvore foi chamada assim pelo fato de que comer do seu fruto infundiria conhecimento prático do bem e do mal; mas é difícil sustentar isso face à exposição bíblica segundo a qual, comendo-o, o homem passaria a ser como Deus, no conhecimento do bem e do mal, pois Deus não comete pecado e, portanto, não tem conhecimento prático dele. É muito mais provável que a árvore foi denominada desse modo porque fora destinada a revelar:
·         Se o estado futuro do homem seria bom ou mal.
·         Se o homem deixaria que Deus lhe determinasse o que era bom ou mau.
·         Se o homem se encarregaria de determina-lo por si e para si.
Mas, seja qual for à explicação que se dê do nome, a ordem de Deus para não comer do fruto da árvore serviu simplesmente ao propósito de pôr à prova a obediência do homem. Foi um teste de pura obediência, desde que Deus de modo nenhum procurou justificar ou explicar a proibição. Adão tinha que mostrar sua disposição para submeter a sua vontade a vontade do seu Deus com obediência implícita.

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO.
A primeira transgressão do homem teve os seguintes resultados:
A depravação total da natureza humana. O contágio do pecado de Adão espalhou-se imediatamente por todos os homens, não ficando sem ser tocada nenhuma parte da sua natureza, mas contaminando todos os poderes e faculdades do corpo e da alma. Esta completa corrupção do homem é ensinada claramente na Escritura, Gn 6.5; Sl 14.3; Rm 7.18. A depravação total de que se trata aqui não significa que a natureza humana ficou logo tão completamente depravada como teria a possibilidade de vir a ser. Na vontade essa depravação manifestou-se como incapacidade espiritual.
A perda da comunhão com Deus mediante o Espírito Santo. Esta é simplesmente o reverso da completa corrupção mencionada anteriormente. Ambos podem ser combinados numa única declaração, de que o homem perdeu a imagem de Deus no sentido de retidão original. Ele rompeu com a verdadeira fonte de vida e bem-aventurança, e o resultado foi uma condição de morte espiritual, Ef 2.1, 5, 12; 4.18.
Mudança da condição real do homem. O pecado refletiu-se também na consciência. Houve, primeiramente, uma consciência da corrupção, revelando-se no sentido de vergonha, e no esforço que os nossos primeiros pais fizeram para cobrir a sua nudez. E depois houve uma consciência de culpa, que achou expressão numa consciência acusadora e no temor de Deus que isso inspirou.
Morte espiritual, e morte física. A morte resultou do primeiro pecado do homem. Havendo pecado, ele foi condenado a retornar ao pó do qual fora tomado, Gn 3.19; Rm 5.12; Rm 6.23.
Mudança de residência. O homem foi expulso do paraíso, porque este representava o lugar da comunhão com Deus, e era símbolo da vida mais completa e de uma bem-aventurança maior reservadas para ele, se continuasse firme. Foi-lhe vedada à árvore da vida, porque esta era o símbolo da vida prometida na aliança das obras.

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