Para
os Arminianos, Deus, em seu infinito amor e misericórdia, pré destinou todos os
homens que crerem em Cristo Jesus à salvação. Ao homem, cabe apenas aceitar
mediante a fé o ato de sacrifício de Jesus na Cruz. Segundo esta visão, o homem
tem participação direta na salvação através da sua escolha, podendo também da
mesma forma escolher, mediante seus atos, decair da fé, e assim perder a
salvação. Segundo o Arminianismo, todas as pessoas foram escolhidas para serem
salvas, mas somente os que aceitam o chamado e perseveram até o final serão de
fato salvos. Jacó Armínio enquadra-se como mentor do sinergismo Arminiano,
significando que, por sua doutrina, o homem não é capaz de escolher aceitar o
sacrifício de Jesus sem a intervenção Divina, intervenção essa que gera no
homem a capacidade de escolha (livre arbítrio).
Jacó (português Brasil) ou Jacob (português Europa)
Armínio (latim: Jacobus Arminius, nome latinizado de Jakob
Hermanszoon; 10/10/1560 – 19/10/1609) foi um teólogo neerlandês da época da
reforma protestante. Trabalhou em 1603 como professor de teologia na
Universidade de Leiden, e escreveu muitos livros e tratados sobre teologia; sua
visão tornou-se a base do arminianismo e do movimento neerlandês
Remonstrante. Após a sua morte, a sua objeção ao padrão reformado, a Confissão
de Fé Belga, provocou uma ampla discussão no Sínodo de Dort, resultando nos
cinco pontos do calvinismo na refutação dos ensinamentos de Armínio.
Seguindo uma linha
inversa de pensamento, estão os Calvinistas. Para estes Deus não destinou todos
os homens à salvação, visto que é fato que nem todos se salvam. Neste caso
Cristo, segundo esta teoria, teria morrido apenas pelos seus eleitos. Estes por
sua vez, ouvirão o chamado irresistível do Espírito Santo e se renderão a
Cristo, sendo então justificados pela graça de Deus. Ensinam também que em
virtude do pecado de Adão a condição de pecador se estendeu a toda raça humana
(depravação total). Portanto, o Homem peca porque é pecador, isto é, tem a
natureza do pecado, e não é pecador porque peca (ato do pecado). Sendo assim, o
homem necessitava de um plano de salvação para que pudesse ser restaurado à
imagem e semelhança de Deus. o Plano da Salvação, consistiu em Cristo
morrer pelos eleitos, para que por sua graça, houvesse remissão dos pecados.
Não cabe ao Homem qualquer parte no plano de salvação, toda a iniciativa e
realização parte da Pessoa de Deus. É Ele quem muda a disposição de um coração
morto e obstinado pelo pecado, transformando-o em um coração sensível à Sua
voz. Nesta condição o Homem só pode dizer “sim” a chamada à salvação. Uma vez
"verdadeiramente salvo" o homem não perde essa condição visto ser o
próprio Deus o sustentador do pecador regenerado. O Calvinismo, contudo não
"afrouxa" a necessidade de uma vida santificada, um salvo deve viver
como tal. Princípio que enfatiza apenas o aspecto último da salvação, o momento
final da vida de um homem, pois não são obras da vida do homem que salvam o
homem, mas o perdão de Deus.Uma pessoa que Deus perdoou têm uma vida digna de
piedade aos olhos de Deus, não cabendo aos homens julgarem quem é salvo ou não,
mas antes realizarem a vontade de Deus, que é viver de maneira misericordiosa,
ou seja Deus encarnou na pessoa de Jesus para salvar os pecadores não os
pecados. João Calvino pregava que Deus salva aqueles que elegeu desde antes da
fundação do mundo, concedendo-lhes irresistivelmente a fé em Cristo e em sua
obra redentora, o que não exclui nem mesmo fariseus, hipócritas, prostitutas,
pobres, ladrões, efeminados, assassinos, vaidosos, segundo o conselho da Sua
própria vontade santa e soberana. Ao conceder, pela Sua graça, a fé salvadora,
Deus livra os seus eleitos da hipocrisia, da prostituição, da luxuria, do
assassínio, e da miséria de espírito, por vezes disciplinando-os como filhos
amados que são, através de tribulações e sofrimentos, que são permitidos por
Deus na exata medida em que gerem crescimento e maturidade espiritual. At
14.22: "Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer
na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.".
Todavia, o maior ou menor grau de sofrimento dos homens não decorrem do maior
ou menor mérito destes, pois os justos aos olhos de Deus também passam por
adversidades e angústias, assim como os ímpios. Corrobora este entendimento, Sl
34.19: "Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas."
João
Calvino (Noyon, 10/07/1509, Genebra,
27/05/1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito
grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje.
Portanto, a forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por
alguns pelo nome Calvinismo, embora o próprio Calvino tivesse repudiado
contundentemente este apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem
sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul
(entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos. Nascido na Picardia,
ao norte da França, foi batizado com o nome de Jean Cauvin. A tradução
do apelido de família "Cauvin" para o latim Calvinus
deu a origem ao nome "Calvin", pelo qual se tornou conhecido
Nenhum comentário:
Postar um comentário