sábado, 11 de dezembro de 2010

BÍBLIA, A PALAVRA DE DEUS

Introdução: Vivemos dias em que a descrença na Bíblia e em Deus é crescente, porém para nós, salvos em Jesus Cristo, a Bíblia é a Palavra de Deus em todos os sentidos. A Bíblia alumia nossos corações, fortalece a nossa fé e reverdece em nós a esperança da glória do Grande Deus. Sobre a Bíblia, o incomparável Coelho Neto, poeta e apreciador profundo das Escrituras, escreveu: Homem de fé, o livro da minha alma aqui o tenho: é a Bíblia. Não o encerro na biblioteca, entre os de estudo, conservo-o sempre na minha cabeceira à mão. É dele que tiro água para a minha sede de verdades; é dele que tiro o pão para a minha fome de consolo; é dele que tiro a luz nas trevas das minhas dúvidas; é dele que tiro o bálsamo para as dores das minhas agonias. É vaso em que semeando a caridade, vejo sempre verde a esperança, abrindo-se na flor celestial, que é a fé. Eis o livro que é a valisa com que ando em peregrinação pelo mundo. Tenho nele tudo. O Deus que trago no coração, é Cristo. Tenho-o diante de mim, como trago no meu coração, no meu gabinete de trabalho, cercado de flores, turíbulos perenes, que embalsamam com seu aroma e, mais do que imagem, tenho-o em culto no oratório do meu coração. Os pontos cardeais da minha religião são os quatro evangelhos. Lendo-os, conforto-me e quanto mais os medito, mais me sinto aproximar de Deus.

A ORIGEM DIVINA DA BÍBLIA

Introdução: A Bíblia é a revelação de Deus a humanidade. Seu autor é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo. Sendo a Bíblia a revelação de Deus, ela expressa a vontade de Deus, portanto, ignorá-la, é ignorar o próprio Deus. Certo autor anônimo corretamente declarou: "A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando." O vocábulo "Bíblia" não se encontra dentro do texto das Sagradas Escrituras, ele é derivado do nome grego que se dava a folha de papiro preparada para escritura – BIBLOS. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado de BIBLION, e vários destes era uma BÍBLIA. Portanto a palavra "Bíblia" literalmente significa "coleção de livros pequenos". Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra "BÍBLIA", sendo plural, passou a ser singular significando "O LIVRO". A definição canônica de Bíblia é: "A Revelação de Deus a Humanidade". Os vocábulos "bíblia" e "bíblion" constam no N.T. Grego, mas não se refere a própria Bíblia:

  • BÍBLIA – Jo 21.25; 2Tm 4.13; Ap 20.12.
  • BÍBLION – Lc 4.17; Jo 20.30


 

I. A BÍBLIA COMO LIVRO.

Além da necessidade de se aceitar a Bíblia como divina revelação de Deus para a humanidade, impõem-se o dever de compreendê-la como um livro escrito com palavras em nível da assimilação humana.

1. MATERIAIS DE ESCRITA ORIGINAL

Primeiramente foi usada a pedra, como a roseta e centenas de outras, tanto no Egito como na Caldéia. Depois aparece a cerâmica largamente usada na Mesopotâmia.

  • PAPIRO – Era uma planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e banhados do Oriente, lugares úmidos. Sua haste enconchada era prensada, lixada, polida com verniz especial, ficando pronto para receber a tinta da escrita. Usado no mundo todo, mas principalmente no Egito. Tinha a vantagem de, emendadas as folhas, alcançar 4 a 5 metros de comprimento ou mais. Ex 2.3; Jó 8.11; Is 18.2. de papiro deriva o termo "papel". Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C. No Egito.
  • PERGAMINHO – É a pele de cabrito, curtida, raspada polida e preparada para a escrita. É material mais caro superior ao papiro, porém de uso mais recente do que aquele. Tinha a vantagem de poder ser raspado e receber nova escrita. Teve seu uso generalizado, a partir do século I, na Ásia Menor. É também citado na Bíblia. 2Tm 4.13


 

2. FORMATO PRIMITIVO.

Inicialmente foram dois os formatos antigos:

  • ROLOS – Era de fato um rolo, feito de papiro ou pergaminho. Era preso por dois cabos de madeira para facilidade do manuseio. Cada livro da Bíblia era um rolo separado.
  • CÓDICES - Era uma obra em formato de livro de grandes proporções.

Nosso vocábulo "livros" vem do latim "liber", que significa primeiramente "cascas de arvore", depois "livros".

3. ESCRITA PRIMITIVA.

Era manuscrito. Tudo feito pelos escribas de modo laborioso, oneroso e lento.

  • MANUSCRITO UNCIAL – Era o que continha somente letras maiúsculas.
  • MANUSCRITO CURSIVO – O que continha somente minúscula


 

4. LINGAS ORIGINAIS.

O AT foi todo escrito em hebraico, com exceção de Dn 2.4 – 7.28; Ed 4.8 – 6.18; 7.22-26 e Jr 10.11, escritos em aramaico. O NT foi escrito em grego popular chamado "KOINÉ" que quer dizer "comum". Os manuscritos do NT aparecem em iniciais maiúsculos, e cursivos que vem a ser minúsculos.

5. ESCRITORES DA BÍBLIA.

A existência da Bíblia, abrangendo seus escritores, sua formação, composição, preservação e transmissão, só pode ser explicada como milagre de Deus, ou melhor, como Deus sendo o seu autor. Foram cerca de 40 os escritores da Bíblia. Deste modo, a Palavra Escrita de Deus foi dada por canais humanos. Estes homens pertenceram as mais variadas profissões e atividades. Escreveram e viveram distantes uns dos outros em épocas e condições diferentes. Levou aproximadamente 1600 anos (16 séculos) para escreverem a Bíblia toda. Apesar de todas estas dificuldades, a Bíblia não contém erros nem contradições. Existe sim, dificuldade de compreensão, interpretação, tradução e aplicação, mas tudo isto do lado humano, devido a nossa incapacidade em todos os sentidos. Os homens escolhidos por Deus para compor a Bíblia, eram praticamente de todas as atividades da vida humana então conhecida, razão pela qual encontramos os mais variados estilos nos seus escritos. Exemplos:

  • Moisés foi príncipe e legislador, Josué, foi um valoroso soldado, Davi e Salomão foram reis e profetas, Isaías, foi estadista e profeta, Daniel, foi ministro de estado, na Babilônia, Jeremias e Zacarias, foram sacerdotes e profetas, Amós, foi agricultor e vaqueiro, Pedro, Tiago e João, foram pescadores, Mateus, foi funcionário público romano, Lucas, foi médico e historiador, Paulo, foi teólogo e erudito, além de confeccionar tendas.

Apesar das variadas formações e ocupações dos escritores da Bíblia, examinando os seus escritos, observamos como eles se harmonizam e se inteiram do começo ao fim. Eles não tomam rumos diferentes. As condições em que eles escreveram os livros, também foram as mais variadas. Por exemplo:

  • Moisés escreveu os seus livros nas solitárias paragens do deserto durante suas peregrinações do Egito para Canaã. Jeremias escreveu nas trevas e imundícies dum cárcere. Davi, nas campinas e elevações do campo, no calor das batalhas. Salomão, no conforto do palácio, em um reino sem guerras. Paulo, ora em prisões, ora em viagens. João, exilado na Ilha de Patmos, escreveu o Apocalipse.

Não obstante tantas e diferentes condições em que cada escritor encontrava-se quando tiveram que escrever seus livros, juntos eles são de uma uniformidade incrível, fluindo suavemente de Gênesis ao Apocalipse, e não apresentando nenhuma contradição.

A ESTRUTURA DA BÍBLIA

A estrutura da Bíblia compreende a sua composição, isto é, a sua divisão em partes principais e seus livros quanto a classificação por assunto, divisões em capítulos e versículos, e certas particularidades.

I. DIVISÃO EM PARTESE PRINCIPAIS

A Bíblia se divide em duas partes principais: Antigo Testamento (AT) e Novo Testamento (NT). O AT é três vezes mais volumoso que o NT.

1. COMPOSIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS LIVROS.

A Bíblia contém 66 livros, sendo 39 no AT e 27 no NT. O maior livro é o de Salmos e o menor o de 3João. Os 66 livros estão classificados ou agrupados por assunto, sem ordem cronológica.

O Antigo Testamento se divide em quatro partes:

  • PENTATEUCO/ LEI. 5 Livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Tratam da criação e da lei
  • HISTÓRIA. 12 Livros: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Contém a história do povo escolhido.
  • POESIA – 5 Livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. São chamados poéticos devido ao gênero do seu conteúdo.
  • PROFECIA – 17 Livros subdivididos em dois grupos:
    • POFETAS MAIORES – 5 Livros: Isaías, Jeremias, Lam. de Jeremias, Ezequiel e Daniel
    • PROFETAS MENORES – 12 Livros: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Os nomes maiores ou menores referem-se ao volume e matéria dos livros bem como a extensão dos ministérios.

O Novo Testamento também pode ser dividido em quatro partes:

  • BIOGRAFIA – 4 Livros: Mateus, Marcos, Lucas e João. São os quatro Evangelhos. Descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e o seu ministério entre os homens. Os três primeiros são chamados "Sinópticos" devido ao paralelismo que apresentam.
  • HISTÓRIA – 1 Livro: Atos dos Apóstolos. Registra a história da Igreja Primitiva, viver e agir.
  • DOUTRINA/ EPÍSTOLAS – 21 Livros, podendo ser subdivididos em dois grupos:
    • EPÍSTOLAS PAULINAS - 13 Livros. Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon.
    • EPÍSTOLAS GERAIS - 8 Livros. Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I,II e III João, Judas.
  • PROFECIA – 1 Livro. Apocalipse, que significa "Revelação" - Trata da volta pessoal de Jesus


     

2. CURIOSIDADES DA BÍBLIA.

A Bíblia contém cerca de 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras, 31.173 versículos (o maior é Et 8.9; o menor é Jó 3.2), e conta com 1189 capítulos. A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França. A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X primeiro dividiram o texto hebraico (AT) em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no AT, um impressor francês chamado Robert d'Etiénne, dividiu o NT em versículos no ano de 1551. D 'Etiénne morava então em Gênova, na Itália. Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos. Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suíça. Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo nisto grande utilidade para a memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. A primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida, em português (1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos. O maior capítulo da Bíblia é o Salmo 119, com 176 versículos. O menor capítulo da Bíblia é o Salmo 117, com 2 versículos apenas.

VERSÕES E TRADUÇÕES DA BÍBLIA

Introdução: A primeira tradução da Bíblia em português foi feita por um evangélico: Pastor João Ferreira A. D' Almeida. Fato interessante é que o trabalho foi realizado fora de Portugal, na cidade de Batávia, Ilha de Java, no Oceano Índico. Hoje esta cidade chama-se Djacarta, capital da República da Indonésia. Almeida foi ministro do evangelho da Igreja Reformada Holandesa, a mesma que evangelizou o Brasil, com sede em Recife durante a ocupação holandesa no século XVII.
Almeida nasceu em Portugal, perto de Lisboa em 1628, e faleceu em Java em 1691. a Igreja Católica através do Tribunal da Inquisição, não tendo como queimar Almeida vivo, queimou-o em estátua, em Goa, antiga possessão portuguesa na índia.

I. A VERSÃO DE ALMEIDA.

Almeida traduziu primeiro o NT, o qual foi publicado em 1681, em Amsterdam, Holanda. Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, há um exemplar da 3° edição de "O Novo Testamento de Almeida, feito em 1712. Almeida traduziu o AT até o livro de Ezequiel. A essa altura Deus o chamou para o lar celestial. Em 1691, ministros do evangelho, amigos de Almeida, terminaram a tradução que foi publicada completa em 1753. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, de Londres, começou a publicar a tradução de Almeida em 1809, apenas o NT. A Bíblia completa num só volume, a partir de 1819. o texto em apreço foi revisado em 1894 e 1925. a Bíblia de Almeida foi publicada pela primeira vez no Brasil em 1944 pela Imprensa Bíblica Brasileira, organização Batista.

  • ARC – ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA – Foi publicada em 1951 pela Imprensa Bíblica Brasileira.
  • ARA – ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA – Uma comissão de especialistas brasileiros trabalhando de 1946 a 1956, prepararam a edição ARA. É uma obra magnífica, com melhor linguagem e melhor tradução. O NT foi publicado em 1951. o AT em 1958. a publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil. Foi usado o texto grego de Nestle para NT e o hebraico de Letteris para o Antigo Testamento

Revisão é uma atualização do texto em vernáculo, para que se entenda melhor. Razão: uma língua evolui como todas as coisas vivas. Há uma comissão permanente de revisão mantida pela SBB, acompanhando o progresso da crítica textual.

II. OUTRAS TRADUÇÕES

  • FIG – Antônio Pereira de Figueiredo: Padre católico romano. Grande latinista. Editou o NT em 1778 e o AT em 1790, tradução feita em Portugal. Atualmente é impressa pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, Londres.
  • TR BR – Tradução Brasileira, publicada inicialmente em 1917. feita por uma comissão de teólogos brasileiros e estrangeiros. O NT foi publicado em 1910 e o AT em 1917. é tradução mui fiel ao original. Esgotada. Sua publicação foi suspensa em 1954.
  • RHODEN – Humberto Rhoden: Ex padre brasileiro. Versão particular dele. Foi publicada em 1935. esse padre de Santa Catarina deixou a Igreja Romana. Versão mui usada na crítica textual. Esgotada.
  • SOARES – Matos Soares: Versão popular dos católicos brasileiros (Edições Paulinas). Foi padre brasileiro e traduziu a vulgata. Foi publicado no Brasil em 1946. Já o era em Portugal desde 1933. um grava inconveniente são os itálicos que as vezes são mais extensos do que o texto em si, e conduzem a preconceitos e tendências.
  • VIBB – VERSÃO DA IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA: Lançada em 1968, após longo e cuidadoso trabalho, baseada na tradução de Almeida. A edição de 1968 aparece apenas em formato de púlpito. Em 1972 foi lançada em formato popular.
  • CBPS – CENTRO BÍBLICO DE SÃO PAULO: Edição Católica popular de SP.
  • NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE – Lançada em 2000, mantém-se fiel aos textos originais e ao mesmo tempo adota a estrutura gramatical e a linguagem falada pelo povo brasileiro. Desenvolvida pela Comissão de Tradução da SBB. Sendo uma revisão da BLH, recebendo uma revisão tão profunda que pode ser considerada, realmente, como uma nova tradução das Escrituras Sagradas. Lançada em 2000
  • TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO – Versão da Bíblia publicada pelas TJs. Foi preparada para apoiar as crenças da seita.


 

II. BÍBLIA HEBRAICA

Consiste apenas de nosso AT. Essa é a Bíblia dos judeus. Lá o arranjo dos livros é diferente, e o total é de 24 em vez de 39, porque vários grupos são contados como um livro. O texto é sempre o mesmo. Os 24 livros estão classificados em três grupos a que Jesus referiu-se em Lc 24.44. LEI, PROFETAS E ESCRITOS. Os Salmos eram o primeiro livro do último grupo, talvez por isso citados em Lc 24.44, querendo indicar o grupo.

IV. EDIÇÕES CATÓLICAS (OS APÓCRIFOS)

A Bíblia de edição católica contém sete livros a mais, perfazendo um total de 73 livros ao todo. Esses "livros a mais são chamados de APÓCRIFOS, palavra que no sentido religioso significa: "não genuínos" ou espúrios". São livros que não são considerados como inspirados por Deus. Os sete apócrifos estão todos inseridos no AT. Isto feito muito depois de encerrado o cânon do AT por conveniência da Igreja Católica. A aprovação deles por essa Igreja se deu no Concílio de Trento em 1546, em meio a muita controvérsia. Os sete livros são:

  • Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I e II Macabeus.

Além destes sete livros, a Bíblia de edição católica tem mais quatro acréscimos a livros canônicos:

  • Ester – Ao livro de Ester, Cântico dos Três santos filhos – Ao livro de Daniel, Bel e o Dragão – Ao livro de Daniel.

As Bíblias católicas têm livros cujos nomes diferem daqueles empregados nas edições dos evangélicos:

BÍBLIA PROTESTANTE

BÍBLIA CATÓLICA

I e II Samuel

I e II Reis

I e II Reis

III e IV Reis

I e II Crônicas

I e II Paralipômenos

Esdras/ Neemias

I e II Esdras

Lamentações de Jeremias

Trenos


 

Também existe variação na numeração dos salmos:

BÍBLIA PROTESTANTE

BÍBLIA CATÓLICA

Salmos 9,10

Salmos 9

11-113

10-112

114-115

113

116

114-115

117-146

116-145

147

146-147

148-150

148-150


 

A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a usando suas próprias personalidades e estilos comporem e registrarem sem erro as palavras de sua revelação. A inspiração aplica-se somente aos manuscritos originais, chamados de "autógrafos".

I. TEORIAS SOBRE A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

  • Natural – Não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento
  • Mística ou iluminativa. - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.
  • Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (os Dez mandamentos)
  • Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (criação, conceitos espirituais)
  • Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.
  • Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.
  • Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.
  • Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.
  • Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros.


 

1. CARACTERÍSTICAS DA INSPIRAÇÃO VERBAL E PLENÁRIA.

A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais. Ela se estende às próprias palavras. Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os. Inclui a inerrância.


 

2. PROVAS DA INSPIRAÇÃO VERBAL E PLENÁRIA:

2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador. 2Pe 1.20,21. O "como" da inspiração - homens "movidos" (lit., "carregados") pelo Espírito Santo. Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2). O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25). O uso que Jesus fez do A.T. (Mt 5.17; Jo 10.35). O NT afirma que outras partes do AT são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16). Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12


 

3. PROVAS DE INERRÂNCIA:

A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4). O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35). Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, "descendente"; Mt 22.31,32, "sou").


 

II. CANONICIDADE

O Cânon que significa do grego "Lista" ou "linha de medir" refere-se ao grupo de livros que entram como Sagrada Escritura. Existem há tempos divergências sobre os livros escritos no AT que devem entrar no cânon; resistências mesmo entre os pré-cristãos. Os samaritanos, por exemplo, rejeitam todos os livros do AT, com exceção do Pentateuco; em contrapartida no séc. II a.C. as pseudônimas de caráter apocalíptico reivindicam o caráter de inspirados. Entre os rabinos existe inaceitações com relação aos livros de Ezequiel, Provérbios, Cantares, Eclesiastes e Éster. As divergências patrísticas sobre os apócrifos gregos e latinos, se seriam ou não canônicos, o que perdurou até o Renascimento.


 

1. CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS:

A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros. Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.


 

b) CÂNON DO A.T.

Alguns afirmam que todos os livros do cânon do AT foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.). O NT se refere a AT como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje "de Gênesis a Malaquias"; cf. Mt 21.42; 22.29). O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T


 

c) OS PRINCÍPIOS DE CANONICIDADE DOS LIVROS DO N.T.

d) A FORMAÇÃO DO CÂNON DO N.T.


 

BIBLIOGRAFIA:

Maturidade Cristã – CPAD - Out. 1989

Manual da Escola Bíblica Dominical – Antônio Gilberto - CPAD

www.vivos.com.br


 

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