quinta-feira, 1 de abril de 2021

LIÇÃO 7 NOSSA DECLARAÇÃO DE FÉ Parte II

 TEXTO BÁSICO: Rm 3.21-31

21. Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, 22. justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem. Não há distinção, 23. pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, 24. sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. 25. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26. mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. 27. Onde está, então, o motivo de vanglória? É excluído. Baseado em que princípio? No da obediência à Lei? Não, mas no princípio da fé. 28. Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à Lei. 29. Deus é Deus apenas dos judeus? Ele não é também o Deus dos gentios? Sim, dos gentios também, 30. visto que existe um só Deus, que pela fé justificará os circuncisos e os incircuncisos. 31. Anulamos então a Lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a Lei.

Introdução: Começamos na lição passada enumerar nossa Confissão de Fé, uma herança que nos foi deixada pelos primeiros batistas que trouxeram a mensagem do evangelho para o Brasil. Nossa Confissão Fé é uma expressão sucinta e consistente daquilo que acreditamos e da maneira como devemos proceder, por isso chamamos de “credenda” e “agenda”. Contudo, é preciso deixar claro que esse documento, em nosso entendimento, não substitui as Escrituras Sagradas, a nossa regra de fé e conduta por excelência, mas se constitue em um auxiliar importantíssimo para as nossas igrejas à medida que, como reconhece o Manual Básico Batista Nacional, contribui para a preservação de nossa identidade. Esse documento foi redigido por volta de 1833 pelo Reverendo John Newton Brown (1803 – 1868) no Estado de New Hampshire e posteriormente publicado pela convenção batista daquele Estado e tem como tendência geral uma inclinação para o modelo calvinista de interpretação das Sagradas Escrituras. Aqui nos Brasil, esse documento chegou com os primeiros missionários batistas e foi adotado como símbolo confessional pela Primeira Igreja Batista do Brasil em Salvador em 1882, a primeira igreja batista no Brasil fundada com a intenção de alcançar os brasileiros para o Senhor Jesus. Essa declaração de fé dos primeiros batistas no Brasil é ainda hoje a declaração de fé dos Batistas Nacionais, com exceção de seu terceiro artigo que fora extraído da Confissão dos Batistas do Sul (Convenção de Kansas City), por expressar o entendimento Batista Nacional quanto à doutrina do batismo com o Espírito Santo. Desta forma, nesta lição continuaremos a expor o texto da Confissão de Fé dos Batistas Nacionais conforme registrado no Manual Básico de nossa convenção.

 DECLARAÇÃO DE FÉ DAS IGREJAS BATISTAS DA CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL VOTADA NA SUA 1ª ASSEMBLÉIA. CONTINUAÇÃO.

IV. DA QUEDA DO HOMEMGn 6.3 Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e e o deu a seu marido, que comeu também.

A Queda do Homem é o momento registrado na Bíblia Sagrada em que Adão e Eva desobedeceram a Deus. Esse ato também é chamado de Pecado Original, visto  ter sido nesse momento que o pecado contaminou a humanidade causando separação entre Deus e o homem. Entender a Queda do Homem é fundamental para a compreensão das Escrituras, sobretudo entender o plano de redenção com o sacrifício do Senhor Jesus no Calvário. Is 53.6 Todos nós, como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.

  • Cremos que o homem foi criado em santidade, sob a lei do seu Criador, mas caiu desse estado santo e feliz, por transgressão voluntária, em conseqüência da qual toda a humanidade tornou-se pecadora, não por constrangimento, mas por livre escolha, sendo por natureza destituída completamente daquela santidade que a lei de Deus requer, e positivamente inclinada à prática do mal, estando, sem defesa nem escusa, condenada com justiça à ruína eterna. Ec 7.29 Assim, cheguei a esta conclusão: Deus fez os homens justos, mas eles foram em busca de muitas intrigas."

(Gn 1.27, 31; Ec 7.29; At 17.26; Gn 2.16; Gn 3.6-24; Rm 5.12; Rm 5.19; Jo 3.6; SI 51.5; Rm 5.15-19; 8.7; Is 53.6; Gn 6.12; Rm 3.9-18; Rm 1.18,32; 2.1-16; Gl 3.10; Mt 20.15; Ez 18.20; 3.19; Gl 3.22).

V. DO MEIO DA SALVAÇÃO. Mt 28.11 O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido.

A Bíblia é muito clara quanto ao fato de não existir salvação fora do Senhor Jesus. At 4.12 Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos. Não existe “meios de salvação”, a única possibilidade declarada pela Bíblia para a salvação da humanidade está na Pessoa do Senhor Jesus Cristo, através do sacrifício realizado na cruz do Calvário. 1Tm 2:6 o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo.

  • Cremos que a salvação dos pecadores é inteiramente de graça pela mediação do Filho de Deus, o qual, segundo desígnio do Pai, assumiu livremente nossa natureza, mas sem pecado, honrou a lei divina pela sua obediência pessoal, e por sua morte realizou completa expiação dos nossos pecados; que, tendo ressurgido dos mortos, está agora entronizado nos céus e que, unindo em sua maravilhosa pessoa a mais terna simpatia com a perfeição divina, está completamente capacitado para ser o Salvador adequado, compassivo e todo-suficiente dos homens. Hb 1.3 O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas,

(Ef 2.5, 8, 9; Mt 18.11; l Jo 4.10; 1Co 3.5,7; At 15.11; Jo 3.16; Jo 1.1-14; Hb 4.14; 12:24; Fl 2.6,7; Hb 2.9, 14; 2Co 5.21; Is 42.21; Fl 2.8; Gl 4.4, 5; Rm 3.21; Is 53.4, 5; Mt 20.28; Rm 3.21; 3.24, 25; 1Jo 4.10; 2.2; 1Co 15.1-3; Hb 9.13-15; Hb 1.3, 8; 8.1; Cl 3.1-4; Hb 7.25; Cl 2.9; Hb 2.18; 7.26; SI 89.19; SI 34).

VI. DA JUSTIFICAÇÃO, Rm 5:1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo

Justificação como definição Teológica ocorre quando o homem comum pecador recebe o caráter de Justo, em Cristo por intermédio da conversão. (Dicionário Informal). Simplificando podemos dizer que justificar significa declarar justo; fazer alguém justo diante de Deus. Fato que acontece imediatamente ao recebemos o Senhor Jesus como Salvador Pessoal. Apesar de podermos encontrar a justificação como um princípio por todas as Escrituras, a passagem que melhor a descreve em relação aos crentes é Rm 3:21-26:

  • Cremos que a grande bênção do evangelho, que Cristo assegura aos que nEle crêem, é a Justificação; que esta inclui o perdão dos pecados e a promessa da vida eterna, baseada nos princípios da justiça; que é conferida, não em consideração de quaisquer obras justas que tenhamos feito. Mas exclusivamente pela fé no sangue do Redentor que, em virtude dessa fé, a perfeita justiça de Cristo é livremente imputada por Deus; que ela nos leva ao estado da mais abençoada paz e favor com Deus e nos assegura todas as outras bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade. Tt 3.4,5,6 não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna.

(Jo 1.16; Ef 3.8; At 13.39; Is 53.11, 12; Rm 8.1; Rm 5.9; Zc 13.1; Mt 9.6; At 10.43; Rm 5:17; Tt. 3.5,6; 1Jo 2.25; Rm 5.21; Rm 4.4, 5; 5.22; 6.23; Fl 3.8,9; Rm 5.19; 3.24-26; 4.23-25; 1Jo 2.12; Rm 5.1-3,11; 1Co 1.30,31; Mt 6.23; 1Tm 4.8).

VII. DA GRATUIDADE DA SALVAÇÃO. Rm 6:23 Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. 

A salvação é um dom gratuito de Deus, é um dom e não vem pelas obras. O caminho da salvação provido por Deus é receber a Cristo pessoalmente. Não a podemos adquirir com boas obras, penitências sacrifícios ou coisa do gênero. Sl 49:7,8 NTLH Ninguém pode salvar a si mesmo, nem pagar a Deus o preço da sua vida, pois não há dinheiro que pague a vida de alguém. Por mais dinheiro que uma pessoa tenha”.

  • Cremos que as bênçãos da salvação cabem gratuitamente a todos por meio do evangelho; que é dever imediato de todos aceitá-las com fé obediente, cordial e penitente, e que nada impede a salvação, ainda mesmo do maior pecador da terra, senão sua perversidade inerente à voluntária rejeição do evangelho, a qual agrava a sua condenação. Is 55.1 Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e vocês que não possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem dinheiro e sem custo.

(Is 55.1; Ap 22.17; Lc 14.17; Rm 16.26; Mc 1.15; Rm 1.15,17; Jo 5.40; Mt 23.27; Rm 9.32; Pv 1.24; At 13.46; Jo 3.19; Mt 11.20; Lc 19.27; 2Ts 1.8).

 CONTINUA...

Bibliografia:

Manual Básico Batista Nacional

Dicionárioinformal.com.br/justificação


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