terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

LIÇÃO 3 - OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA NOSSA FÉ - PARTE III

TEXTO BÁSICO: Efésios 2.11-22

11. Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que,

12. naquela época, vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo.

13. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo.

14. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade,

15. anulando em seu corpo a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz,

16. e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade.

17. Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto,

18. pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito.

19. Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus,

20. edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular,

21. no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor.

22. Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.

Introdução: Continuamos nesta aula o estudo em relação aos princípios fundamentais da nossa eclesiologia e para tanto aconselhamos aos alunos a aquisição do Manual Básico Batista Nacional, uma vez que toda argumentação de nossa aula, como bem vimos, segue por base o texto “PRINCÍPIOS BATISTAS” que foi publicado mediante a autorização da Juerp se tornando parte integrante do Manual Básico Batista Nacional. Vimos na lição 2 os princípios da autoridade cristã, A Pessoa do Senhor Jesus Cristo, A Palavra de Deus e a Pessoa do Espírito Santo. Na lição 3, dando prosseguimento estudamos o indivíduo, sua competência e sua liberdade. Estudamos também o princípio relacionado a vida cristã onde foi abordada a salvação pela graça, as exigências do discipulados e o sacerdócio do crente. Por fim estudamos o cristão e o seu lar. Hoje dando prosseguimento vamos ver mais alguns princípios que são importantes a nossa eclesiologia. Estejamos atentos e tenhamos uma boa aula!

I. A IGREJA. E eu digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Mt 16:18

1. SUA NATUREZA. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos céus e da terra e não habita em santuários feitos por mãos humanas. At 17:24

No Novo Testamento, o termo igreja é usado para designar o povo de Deus na sua totalidade ou só uma assembléia local. A igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente chamadas, divinamente criadas e feitas uma só, debaixo do governo soberano de Deus. A igreja como uma entidade local, um organismo presidido pelo Espírito Santo, é uma fraternidade de crentes em Jesus Cristo, que se batizaram e voluntariamente se uniram para o culto, o estudo, a disciplina mútua, o serviço e a propagação do Evangelho, no local da igreja e até aos confins da terra. A igreja, no sentido lato, é a comunidade fraterna de pessoas redimidas por Cristo e tornadas uma só na família de Deus. A igreja, no sentido local, é a companhia fraterna de crentes balizados, voluntariamente unidos para o culto, desenvolvimento espiritual e serviço. 

2.SEUS MEMBROS. Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. 1Co 12.12-14

A igreja, como uma entidade, uma companhia de crentes regenerados e batizados que se associam num conceito de fé e fraternidade do Evangelho. Propriamente, a pessoa qualifica-se, para ser membro de igreja, por ser nascida de Deus e aceitar voluntariamente o batismo. Ser membro de uma igreja local, para tal pessoa, é um privilégio santo e um dever sagrado. O simples fato de arrolar-se na lista de membros de uma igreja não torna a pessoa membro do corpo de Cristo. Cuidado extremo deve ser exercido, a fim de que sejam aceitas como membros da igreja, somente as pessoas que dêem evidências positivas de regeneração verdadeira. Submissão a Cristo. Ser membro de igreja é um privilégio, dado exclusivamente a pessoas regeneradas que voluntariamente aceitam o batismo e se entregam ao discipulado fiel, segundo o preceito cristão.

3. SUAS ORDENANÇAS. Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Rm 12:4-5

O Batismo e a Ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja. São símbolos, mas sua observância envolve fé, exame de consciência, discernimento, confissão, gratidão, comunhão e culto. O batismo é administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus trino, e sua forma é a imersão daquele que, pela fé, já recebeu a Jesus como Salvador e Senhor. Por esse ato, o crente retraía a morte ao pecado e a ressurreição para uma vida nova. A Ceia do Senhor, observada através dos símbolos do pão e do vinho, é um profundo esquadrinhar do coração, uma grata lembrança de Cristo e Sua morte vicária na cruz, uma abençoada segurança de Sua volta e uma jubilosa comunhão com o Cristo vivo e Seu povo. O Batismo e a Ceia do Senhor, as duas ordenanças da igreja, são símbolos da redenção, mas sua observância envolve realidades espirituais na experiência cristã. 1Co 11.18 Examine-se cada um a si mesmo e então coma do pão e beba do cálice.

4. SEU GOVERNO. à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: 1Co 1:2

O princípio governante para uma igreja local é a soberania de Jesus Cristo. A autonomia da igreja tem, como fundamento, o fato de que Cristo está sempre presente e é o cabeça da congregação do Seu povo. A igreja, portanto, não pode sujeitar-se à autoridade de qualquer outra entidade religiosa. Sua autonomia, então, é válida somente quando exercida sob o domínio de Cristo. A democracia, ou governo pela congregação, é forma certa somente na medida em que, orientada pelo Espírito Santo, providencia e exige a participação consciente de cada um dos membros nas deliberações e trabalho da igreja. Nem a maioria, nem a minoria, nem tampouco a unanimidade refletem necessariamente a vontade divina. Uma igreja é um corpo autônomo, sujeito unicamente a Cristo, sua cabeça. Seu governo democrático, no sentido próprio, reflete a igualdade e responsabilidade de todos os crentes, sob a autoridade de Cristo.

5. SUA RELAÇÃO PARA COM O ESTADO. mas, se eu demorar, saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade. 1Tm 3:15

Tanto a igreja como o Estado são ordenados por Deus e responsáveis perante Ele. Cada um é distinto; cada um tem um propósito divino; nenhum deve transgredir os direitos do outro. Devem permanecer separados, mas igualmente manter a devida relação entre si e para com Deus. Cabe ao Estado o exercício da autoridade civil, a manutenção da ordem e a promoção do bem-estar público. A igreja é uma comunhão voluntária de cristãos, unidos, sob o domínio de Cristo, para o culto e serviço em Seu nome. O Estado não pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar Suas leis como a base da ordem moral e da justiça social. Os cristãos devem aceitar suas responsabilidades de sustentar o Estado e obedecer ao poder civil, de acordo com os princípios cristãos. O Estado deve à igreja a proteção da lei e a liberdade plena, no exercício do seu ministério espiritual. A igreja deve ao Estado o reforço moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como, a proclamação clara das verdades que fundamentam a justiça e a paz. A igreja tem a responsabilidade, tanto de orar pelo Estado, quanto de declarar o juízo divino em relação ao governo, às responsabilidades de uma cidadania autêntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas. A igreja deve praticar coerentemente os princípios que sustenta e que devem governar a relação entre ela e o Estado. A igreja e o Estado são constituídos por Deus e perante Ele responsáveis. Devem permanecer distintos, mas têm a obrigação de reconhecimento e reforços mútuos, no propósito de cumprir-se a função divina.

6. SUA RELAÇÃO PARA COM O MUNDO. Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 1Jo 2:15

Jesus Cristo veio ao mundo, mas não era do mundo. Ele orou não para que Seu povo fosse tirado do mundo, mas liberto do mal. Sua igreja, portanto, tem a responsabilidade de permanecer no mundo, sem ser do mundo. A igreja e o cristão, individualmente, têm a obrigação de opor-se ao mal e trabalhar para a eliminação de tudo que corrompa e degrade a vida humana. A igreja deve tomar posição definida em relação à justiça e trabalhar fervorosamente pelo respeito mútuo, à fraternidade, à retidão, à paz, em todas as relações entre os homens, raças e nações. Ela trabalha confiante no cumprimento final do propósito divino no mundo. Esses ideais, que têm focalizado o testemunho distinto dos batistas, chocam-se com o momento atual do mundo e em crucial significação. As forças do mundo os desafiam. Certas tendências em nossas igrejas e denominações põem-nos em perigo. Se esses ideais servirem para inspirar os batistas, com o senso da missão digna da hora presente, deverão ser relacionados com a realidade dinâmica de todo o aspecto de nossa tarefa contínua. A igreja tem uma posição de responsabilidade no mundo; sua missão é para com o mundo, mas seu caráter de ministérios é espiritual. Rm 13.1,2 Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos

Bibliografia: Manual Batista Nacional

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