segunda-feira, 19 de março de 2018

CRESCENDO NA ESSÊNCIA DO EVANGELHO. PARTE III


A BÍBLIA DEVERÁ SER OBSERVADA COMO A MAIS IMPORTANTE DIRECIONADORA DE TODAS AS NOSSAS EMOÇÕES É CONHECIMENTOS E ACIMA DE TUDO, PELA NOSSA CONVERSÃO.
Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Rm 1:16

Crescimento tem sido o tema mais debatido e o mais falado ao longo destes meses em vista do tema que foi escolhido para reflexão de nossa igreja dutante todo o ano de 2018. No entanto, este tema não terá nenhum valor se não for analisado e entendido por nós. Simplesmente gritá-lo domingo após domingo não fará nenhuma diferença em nossa vida. No entanto, se procurarmos entender a mensagem anunciada pelo tema, é nos direcionarmos em direção ao cumprimento dos parâmetros por ele determinados, rapidamente perceberemos o valor circunstancial de mudança em nosso caráter e desenvolvimento actitudinais. É nesse sentido que o Apóstolo Paulo nos convida a não nos envergonharmos do Evangelho de Cristo. Se fizermos uma completa aplicação dos textos sagrados, consequentemente entenderemos o poder de Deus capaz de nos salvar e de aumentar gradativamente, dia após dia, o grau da nossa fé.

O que vimos até aqui, é a Bíblia sendo aplicada em áreas de nossas vidas que envolvem o nosso dia a dia e que muitas vezes, ou na maioria delas, nem sequer damos conta. A primeira coisa que temos que entender é que uma vez sendo aceitos por Deus, precisamos crescer Nele, e isto, através da Sua Palavra. Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hb 4:12


A segunda coisa é que podemos ter uma cosmovisão de Deus, desde que esta cosmovisão esteja baseada em uma visão cristã e bibliocêntrica, pois o conhecimento da doutrina de Deus é absolutamente essêncial para nossa vida. Por isso,  vos disse que morrereis em vossos pecados,  porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados. Jo 8:24

Resumindo, podemos afirmar que a nossa salvação depende única e exclusivamente em termos a doutrina certa para nortear nosso desenvolvimento. E para isso não precisamos de sermões práticos e pertinentes, o que precisamos é de Bíblia, pois ela por si só já é absolutamente prática e pertinente.

I. O CORAÇÃO, A SEDE DAS EMOÇÕES.  
O meu coração está dorido dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram. Sl 55:4
Seguindo nossa caminhada rumo ao crescimento na essência da Palavra, devemos fazer uma separação entre psicologia moderna e Bíblia. A psicologia moderna faz uma distinção entre a cabeça e o coração, e em virtude desta distinção, muitos cristãos liberais insistem que a fé é algo irracional. Eles erram quando colocam a fé em um ambiente localizado entre as nossas emoções, fazendo dela um sentimento abstrato e portanto de difícil interpretação. A Bíblia, no entanto, não faz tal distinção entre coração e cabeça. Na Bíblia, a fé é altamente Racional e por isso mesmo, não se alicerça em emoções. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Hb 11:1

O que precisamos entender, é que o coração como sede das nossas emoções, é capaz de produzir em nós sentimentos que na grande maioria das vezes são inerentes a ocasiões ou situações que já vivemos ou que estamos vivendo agora. Entre este muitos sentimentos, podemos citar por exemplo:

ALEGRÍA. É um estado de satisfação, júbilo ou prazer e que, geralmente, acontece em seguida a algum acontecimento importante que traz grande contentamento, tipo o nascimento de um filho, recebimento de um presente. Mahatma Gandhi chegou dizer que a alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não somente na vitória propriamente dita. Johan Goethe falou que a alegria não está nas coisas, está em nós. A Bíblia, no entanto, relaciona este sentimento entre nove modalidades do fruto do Espírito. Más o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade. Gl 5.22

DOR. No sentido em estamos falando, dor tem a ver com a mágoa originada pelo desgosto oriundo do espírito ou do coração. Podemos dizer que é um sentimento causado por decepção, desgraça, sofrimento, como por exemplo a morte de um ente querido. É um sentimento que pode causar uma sensação de angústia extrema ou mesmo levar a doenças psicossomáticas como a depressão. Sl 38.18 Na verdade estou preste a tropeçar, a minha dor não me larga um momento.

TRANQUILIDADE. Sinônimo de calmaria. Diferente da dor, este é o estado de pessoas que se encontram isento de inquietações, perturbações e alvoroço. É algo que podemos chamar de paz interior. Cícero disse que a vida feliz consiste na tranquilidade da mente. Assim estar tranquilo e algo como estar isento de preocupações. Jó 3.26 Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação.

RAIVA. É aquele acesso de fúria, de cólera, de ira, que as vezes nos faz perder o senso da razão e agir de forma meio que inesperada. A raiva nos faz agir mas pelo ímpeto do que pela lógica, pois ela nos priva do raciocínio e é capaz de causar distúrbios do equilíbrio emocional, a tal ponto que Tiago escreve o seguinte: ...mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Tg 1:19

Em resumo, o que podemos dizer que estes sentimentos nascem no nosso coração. Assim, precisamos ser cuidadosos para que nossa fé não seja fruto de nenhuma dessas emoções, pois o mesmo coração que produz em nós todos estes tipos de sentimentos também é capaz de produzir entendimento e conhecimento.

II. O CORAÇÃO, SEDE DOS ENTENDIMENTOS E CONHECIMENTOS. 
eis que fiz segundo as tuas palavras, eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará. 1Rs 3:12
Se o nosso coração é capaz de produzir sentimentos abstratos oriundos de situações adversas que vivemos, ele também é capaz de produzir em nós a capacidade de entender e conhecer os sentimentos mais profundos do nosso ser. Do nosso coração provém todas as vontades e todas as intenções seja para o bem ou seja para o mau. Uma vez que tais sentimentos de inteligência e vontade são produzidos, imediatamente estão prontos para ser colocados em vigor. Também Davi, meu pai, propusera em seu coração o edificar casa ao nome do Senhor , o Deus de Israel. 1Rs 8.17

Podemos então dizer que o coração significa a pessoa na sua totalidade, pois é também do coração que provém a estultice os maus pensamentos e até mesmo as fantasias e visões mesmo que ilusionárias. E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam. Jr 14:14

Em resumo, concluímos que em razão de sua capacidade, o coração deve ser entendido como a maior representação do nosso ego, pois ele é capaz de melhorar ou mesmo estragar não somente os aspectos físicos mas também o desejo, o pensamento e até mesmo nossos sentimentos. Porque  do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios,  os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.  Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem. MC 7.21-23

III. O CORAÇÃO, A SEDE DA CONVERSÃO.
E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. Ez 36:26
O coração é sede de nosso conhecimento e do nosso entendimento, então, é certo dizer que é no coração que se realiza a nossa conversão a Deus, pois será dele que sempre partirá todas as nossas concepções de reverência e de adoração. Assim, se pretendemos mesmo conhecer a graça salvadora de Deus, devemos ir além de simplesmente reduzir nossos comportamentos a leis estabelecidas por sentimentalismos ou emoções, pois isto trata tão somente de uma tentativa de manipular nosso comportamento sem mudar o nosso coração. É uma tentativa moralista e não dura muito tempo, pois se baseia simplesmente em abordagens superficiais.

Temos que é tender de uma vez por todas que o problema da fé não são emocionais e não se tratam com terapias. O problema da fé, se trata com instrução e orientação nas doutrinas biblicas. Terapia tem o seu ponto positivo, desde que basada por ensinamento da Palavra. Em razão disso, nós, os crentes na Pessoa do Senhor Jesus, não devemos nos contentar com um conhecimento superficial da Biblia. Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes. Tt 1:9

Para vivermos a essência da Palavra, precisamos conhecer a Bíblia estudando-a de forma sistematizada. Assim é  importantíssimo que as igrejas assumam seu papel de educadoras religiosas e façam, para isso, o uso de todos os meios para que seus membros sejam alcançados pelo ensino correto das Escrituras Sagradas.
Quanto a nós, os membros, resta-nos abrir o nosso coração é aplicarmos o nosso entendimento aos estudos que forem ministrados pela igreja. Seminários, Escola Bíblicas, Workshop, e todos os tipos possíveis de estratégias, devem ser aproveitados para este fim. Mas nada disso vai adiantar se não estivermos dispostos a aprender a Bíblia com toda devoção e com o coração aberto.

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