segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

NATAL, UM DIA EXTREMAMENTE IMPORTANTE.

 Mateus 2:9-11 NAA Depois de ouvirem o rei, os magos partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, parou sobre onde o menino estava. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.


Introdução. Hoje é 22 de dezembro, daqui a dois dias… três para ser mais exato, será Natal e devo dizer… Natal é um dia muito especial.


É uma data especial porque nos convida a reunir-se em família, com amigos, irmãos em Cristo… é uma linda celebração, se não a maior, talvez a mais importante festa, celebrada não só por nós os crentes no Senhor Jesus Cristo, mas por todas as demais pessoas religiosas ou não. 


Natal tem amizade, natal tem confraternização, natal tem comidas gostosas… natal tem alguns dos mais variados tipos de especiarias deliciosas preparadas especialmente para esta celebração… tais como  panetone e rabanada por exemplo…


Mas pensemos… o que realmente faz do natal esse dia assim, tão especial? Serão as comidas? Será que são os presentes? ou quem sabe se não são as roupas novas que costumamos vestir nestas reuniões? A verdadeira razão, sem dúvidas, vai depender do quanto nos importamos ou sabemos sobre este importante e grandioso acontecimento que talvez até seja, em sua essência, algo ignorado pela grande maioria das pessoas…


Natal é a festa que em sua celebração nos traz à lembrança nascimento… aliás é exatamente isto que significa o termo “Natal”, nascimento. Mas natal não é simplesmente “nascimento”. Natal fala do nascimento do Senhor Jesus Cristo, o nosso Salvador. Natal marca o dia em que, segundo o texto de Filipenses 2.6,7 o Senhor Jesus, sendo Deus, assume uma natureza humana… e como diz Gálatas,4.4,5 …nascido de mulher… 


O acontecimento mais importante da história, um dia tão especial que só temos como mensurar toda preciosidade deste dia olhando com atenção para alguns textos específicos que tratam da grandiosidade deste tema nas Sagradas Escrituras. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram… E será exatamente isto que faremos neste culto a partir de agora… Uma festa chamada Natal e a razão do natal ser um dia assim tão grandioso e extremamente importante…



I. PRIMEIRA RAZÃO: NATAL, UMA MENSAGEM MUITO ESPECIAL.

LC 1.31,32,33 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.

Se a pergunta a ser respondida hoje neste culto fosse porque comemoramos o natal no dia 25 de dezembro, Confesso aos irmãos que certamente eu ficaria bastante embaraçado na tentativa de lhes dar uma resposta que talvez fosse convincente, afinal, não encontrei, e talvez nem exista qualquer evidência histórica que comprove este dia como o dia real do nascimento de Jesus. Para falar a verdade, descobrimos até que outras datas até já foram consideradas para esta comemoração. A pergunta que talvez melhor possa melhor se relacionar com o tema de hoje em relação a esta festa que chamamos de “NATAL” talvez seja: PORQUE FAZEMOS DO NATAL ESTE  DIA TÃO ESPECIAL? ”Porque um menino nos nasceu…”


Para começar a responder esta pergunta talvez precisemos voltar um pouco na história e nos posicionarmos num tempo bíblico, Mt 1.18 onde encontramos uma menina… talvez uma moça, não temos como precisar a sua idade. O que sabemos é que ela morava em uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. Mateus chega a enfatizar no capítulo 2 o fato de que esta menina, chamada Maria, estava comprometida a casar-se com um homem muito justo chamado José que pertencia a casa de Davi. Até aqui a narrativa se assemelha a tantas outras narrativas históricas ou não, mas que descrevem a trajetória da vida comum entre um homem e uma mulher. 


Tudo muda, porém quando na história, um anjo aparece com uma mensagem que haveria de mudar não só a vida daqueles, jovens enamorados, acho que assim posso chamá-los, mas uma mensagem que haveria de mudar o contexto histórico, não só deles, mas de todo um povo, de uma nação e para ser mais exato mudar a história do mundo inteiro em todos os tempos. E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus…


O nome do anjo… GABRIEL. Na verdade, um mensageiro de Deus que se tornou conhecido exatamente em razão de suas aparições como portador de mensagens celestes. Lc 1.19 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.


Interessante o fato de que a Bíblia menciona o nome de apenas dois seres angelicais, Miguel e Gabriel. No caso de Gabriel, ele próprio se apresenta como “mensageiro”. Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te… Na verdade não existem muitos dados na Bíblia sobre a existência de uma hierarquia entre os anjos, contudo apresenta diferentes tipos ou classe de anjos como por exemplo os querubins, serafins e arcanjo. Paulo chega a apresentar uma espécie de classificação em Cl 1.16 porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.


No nosso caso, para hoje, o que nos interessa é considerar que diferente do Arcanjo Miguel, cujo nome se traduz por “quem é semelhante a Deus” um tipo de chefe angelical, príncipe ou primeiro-ministro, Jd 1.9  Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. Gabriel, cujo nome significa “o poderoso” pertenceria a uma classe  de anjos muito elevada, contudo não identificado como um arcanjo. 


E foi exatamente este “anjo” chamado na Bíblia de Gabriel que se apresentou naquele dia como o portador da maior mensagem de todos os tempos para todos nós os seres humanos, não importante apenas para o casal, mas a notícia de uma concepção sobrenatural tão preciosa que culminaria no nascimento de um menino… mas não apenas um menino, mas um menino que se tornaria no homem que transformaria  o coração das pessoas em relação a Deus, e que mudaria toda a história da humanidade dividindo o inclusive o tempo em antes e depois dEle. 


Esta “MENSAGEM” é a primeira razão que faz entender a grandeza da  festa que chamamos de natal e porque este dia é um dia tão especial… 


II RAZÃO: UM NASCIMENTO, MUITO ESPECIAL.

Isaías 9.6 - Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

Seguindo a história, após a mensagem angelical e o desenvolvimento dos acontecimentos fica uma situação que precisava ser muito bem entendida para que não houvesse um desenrolar com medidas embaraçosas. José e Maria não estavam casados, desta forma não era bom Maria aparecer publicamente… afinal, uma mulher “solteira” grávida, seria, em seu tempo uma situação muito escandalosa sujeito até mesmo a pena de morte por apedrejamento da mesma. E José, precisava fazer alguma coisa… Mt 1.18,19 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.


O próprio José, a princípio não conseguiu entender o que estava acontecendo, e isto é muito natural. Maria estava grávida e dizia que era por obra do Espírito Santo… como seria isto? Como entender ou aceitar algo assim… 


É então que o Evangelista Mateus na sua descrição comenta uma nova aparição de Gabriel, só que agora, não mais para Maria , o assunto agora era com José… José, melhor que ninguém precisava dessa conversa para conseguir entender de verdade o que estava acontecendo... Mt 1.20,21 E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.


Com a mensagem do anjo, tudo parece ficar esclarecido e entendido entre eles “pelo menos entre eles” e José, toma proveito de uma lei expedida por um decreto de César Augusto, então Imperador Romano, e em obediência a mesma sai com Maria da Galiléia, da Cidade de Nazaré e viaja para a cidade de Belém, na Judeia, para como diz Lucas, alistar-se com Maria sua mulher que estava grávida…Lc 2.4,5 E subiu da Galiléia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida.


Finalmente, uma vez estando em Belém cumpre-se fielmente a profecias de Isaías 7.14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. Ao mesmo tempo em que se cumpre a profecia de Miquéias 5.2 - E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.


O cumprimento destas profecias no desenvolvimento dos acontecimentos descritos no evangelho podem ser de forma segura a nossa segunda razão para fazermos do natal este dia tão especial… Uma virgem… Uma pequena cidade… Um cenário  onde não fica exposto nenhuma grandeza daquele que seria o maior dia da história… diz ainda o evangelista que nem mesmo um lugar de hospedagem onde pudessem dar a luz de maneira decente e com todo o cuidado necessários teve Maria… lhes restou apenas um estábulo e em lugar de um berço o que lhe restou foi uma manjedoura. Lc 2.7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. 


Isso mesmo, uma manjedoura, uma espécie de cocho para animais que se coloca, em um estábulo ou estrebaria, com comida para animais, geralmente cavalos e vacas. 


Mas nada disso apagou a grandeza daquele dia e a grandeza daquele acontecimento… A final naquele dia… naquele lugar nasceu o Salvador que é Jesus. E isso sim faz do Natal este dia extremamente importante…


Para terminar temos ainda uma terceira razão…


III RAZÃO. UM PRESENTE MUITO ESPECIAL.

Mateus 2:9-11 NAA Depois de ouvirem o rei, os magos partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, parou sobre onde o menino estava. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.

A história, ao que parece, estava apenas começando… Um pai… uma mãe… um bebezinho… e uma história que se segue… isto é natal. Natal é família, natal é alegria, natal é estarmos juntos e não importa se em uma casa enorme, com uma mesa cheia de coisas gostosas… ou, quem sabe, numa casa pequenina e uma mesa talvez bem simples, não importa… o importante no natal não é o quanto nós temos, o que importa no natal é o quanto conseguimos ser ser felizes por termos ao nosso lado pessoas que amamos e nos fazem sentir tão bem quando estamos perto delas… 


Assim foi com José e com Maria… não tinha mais ninguém ali com eles… talvez a presença de alguns animais e nada mais que isso… Até que uma estrela… um brilho e um clamor que consegue alegrar aquela noite de forma diferente, nunca algo assim havia acontecido antes… E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura,


Não muito perto dali… ao que parece outras pessoas são contagiadas pela alegria daquele momento… Lc 2:8-12 Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam os seus rebanhos durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor…


As palavras do anjo… hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.


Que dia sublime… Lc 2:13-14 E, de repente, apareceu com o anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.”


Os pastores, magos ou seja lá quem na verdade eram aqueles homens… não desejavam outra coisa senão ver com seus próprios olhos o real motivo de tudo o que estava acontecendo naquele dia… eles  estavam um pouco longe… Mas partiram imediatamente na busca daquele que fazia daquele dia, um dia tão especial…


Mt 2:9-11 Depois de ouvirem o rei, os magos partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, parou sobre onde o menino estava. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram…

O que mais posso dizer dessa festa chamada Natal? Dizer que contratempos como Herodes tentaram apagar o seu brilho? Dizer que pessoas se embriagam e coisas ruins podem acontecer? Na verdade nada pode apagar a grandeza deste dia…


Tudo já estava pronto… e Isaías 9.6 finalmente havia se cumprido… Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.


Os pastores, talvez consigam representar um pouquinho de cada um de nós diante de tudo que está exposto pela sublimidade desta história e da grandeza dos acontecimento nas Escrituras… Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.


Natal pode ser para nós uma grande oportunidade para “entrarmos” na presença de Deus… e juntos de nossa família e amigos o adorarmos ao mesmo tempo em que abrirmos diante dele o nosso tesouro… e entregamos a ele o que temos de melhor… nossa vida, nossa dedicação e todo o controle da nossa história… ouro, incenso e mirra talvez possa representar um pouquinho de tudo isso… então sejamos capazes de dizer que o natal é sim um dia especial. Um dia especial porque quem recebeu o presente fomos nós, cada um de nós… afinal foi por nós, por mim e por você que tudo isso aconteceu…


Alegre-se… daqui a três dias e natal… portanto…


FELIZ NATAL A TODOS VCS …



















sábado, 2 de novembro de 2024

QUEM ENTREGOU JESUS PARA MORRER?

 João 19:28-30 NAA‬ Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para que se cumprisse a Escritura, disse: — Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, aproximaram a esponja da boca de Jesus.Quando Jesus tomou o vinagre, disse: — Está consumado! E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 


INTRODUÇÃO: Está consumado! E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. O texto de hoje, apesar de ser um daqueles textos dos quais estamos sempre diante dele lendo ou mesmo acompanhado alguém em sua leitura, nos convida a uma reflexão um pouco mais centralizada relativa aos fatos históricos nele narrados que aprendemos a chamar de  “A Paixão de Cristo”. 

Os quatro evangelhos apresentam uma narrativa bem detalhada dos acontecimentos, e diante dos fatos apresentados nos deparamos uma dúvida que se pudermos determinar uma resposta  talvez possamos nos posicionar melhor no sentido de um real entendimento do plano executado por Deus que de forma determinante extremou na morte e na ressurreição do Senhor Jesus.  

Diante disso e de um contexto tão relevante na apresentação dos fatos, a pergunta que fazemos talvez seja a seguinte: Quem, afinal, entregou o Senhor Jesus para a morte na cruz? 

Se conseguimos caminhar na direção bíblica correta poderemos caminhar também no sentido de uma compreensão do valor representativo do culto que chamamos de celebração da Ceia do Senhor e ainda melhor, conseguiremos compreenderemos o real valor para nós, os salvos na fé, do sacrifício realizado pelo Senhor Jesus, por nós, na cruz do Calvário, que determinou uma vez por toda a nossa salvação. ‭Gl 4:4-5 NAA‬ Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 

Nossa caminhada precisará ser objetivamente pelas páginas das Sagradas Escrituras, e, principalmente nos evangelhos. E nosso primeiro direcionamento poderemos encontrar no Evangelho escrito por Mateus… 

I. Judas, entregou Jesus por dinheiro… Mt 26:15-16 Ele disse: Quanto me darão para que eu o entregue a vocês? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, Judas buscava uma boa ocasião para entregar Jesus.  

Começamos nossa investigação por Judas Iscariotes, personagem que em referência ao nome, nasceu em Queriote, uma cidade ao sul da Judéia, no antigo Império Romano. Judas foi um dos doze discípulos escolhidos pelo Senhor Jesus, sendo, depois de Pedro, o discípulo cujo nome mais aparece nos evangelhos, 20 vezes. Judas foi escolhido pelo próprio Senhor Jesus e discipulado por Ele. ‭Mt 10:2-4 São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e o seu irmão André; Tiago e o seu irmão João, filhos de Zebedeu; Filipe, Bartolomeu, Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu e Simão, o nacionalista; e Judas Iscariotes, que traiu Jesus.  O desenvolvimento das narrativas bíblicas revelam que Judas conseguiu conquistar a confiança dos discípulos tendo assumido no grupo um cargo extremamente importante, o cargo de tesoureiro. ‭Jo 12:4-6‬ Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que estava para trair Jesus, disse:  — Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e o valor não foi dado aos pobres? Ele disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela. 

Contudo, ao observarmos com um pouco mais de atenção o mesmo texto, vamos perceber que Judas tinha sim em seu poder a “bolsa do dinheiro”, e isto parece significar que ele era diretamente responsável por todas as contribuições que chegavam até os discípulos. Porém, no mesmo texto João não esconde o fato de que embora ele tivesse conquistado a confiança do Mestre, ele não mantinha uma conduta correta diante do cargo que exercia.. tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela. 

Diante de fatos não há argumentos, Judas na verdade parece não ter experimentado uma transformação legítima… ou, se experimentou, ele a perdeu com o tempo e, consequentemente, toda a sua ganância fica exposta quando ele descobre que poderia lucrar ainda mais entregando o Mestre nas mãos de seus algozes… ‭Mt 26:14-15‬ Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi falar com os principais sacerdotes. Ele disse: — Quanto me darão para que eu o entregue a vocês? E pagaram-lhe trinta moedas de prata.

Isso mesmo, 30 moedas de prata foi o preço que pagaram para que Judas lhes entregasse o Senhor Jesus… Uma soma que convertido para nossos dias chegaria no máximo a soma de aproximados 3.130 Reais… não mais do que isso. Um dinheiro que sinceramente não resolve de forma alguma a vida de ninguém… Mas foi exatamente por essa soma que Judas traiu o Senhor Jesus. O texto até diz que Judas a partir desse “acordo” ficou esperando uma ocasião oportuna para agir… ‭Mt 26:16‬ E, desse momento em diante, Judas buscava uma boa ocasião para entregar Jesus.  


O que podemos perceber daqui em diante no que diz respeito a ação de Judas, é que…


1. Toda ação e todo acerto macabro deste acordo de Judas com os “religiosos” foi por uma ação intuitiva  direta do diabo. Judas se posicionou como um instrumento adequado para a conclusão de ato tão infame. ‭Jo 13:2 Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, que traísse Jesus…


2. O Senhor Jesus não foi pego de surpresa, ele sabia exatamente o que Judas havia tramado e sabia também exatamente a maneira e a hora que Judas agiria… ‭Jo13:10-11‬ Jesus respondeu: Quem já se banhou não precisa lavar nada, a não ser os pés, pois, quanto ao mais, está todo limpo. E vocês estão limpos, mas não todos. Pois ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: “Nem todos estão limpos.”


Todo contexto do que acontece daqui pra frente é bem conhecido por todos nós... Jesus é traído, entregue aos romanos, e finalmente crucificado na cruz do Calvário… Tudo acontece em razão de 30 moedas de prata…


Contudo temos outras narrativas que merecem e precisam ser observadas… Se Judas entregou Jesus por dinheiro, o que podemos então dizer de Pilatos?


II. Pilatos, entregou Jesus por medo… ‭Lc 23:23-25 NAA Mas eles insistiam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o clamor deles prevaleceu. Então Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Soltou aquele que estava encarcerado por causa da revolta e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou-o à vontade deles.  


O Evangelista Lucas nos coloca agora diante de outro personagem, e ao mesmo tempo nos apresenta outra ocasião e situação em que o Senhor Jesus aparece sendo entregue… Desta vez temos a figura de Pôncio Pilatos, uma espécie de governador/prefeito da província romana da Judeia entre os anos 26 e 36 D.C. Pilatos se tornou conhecido na tradição cristã por sua não intervenção contra os fariseus no momento em que pediam a condenação do Senhor Jesus e sua crucificação.


Embora Pilatos, historicamente tenha sido o governador mais atestado da Judeia, poucas fontes sobre o seu governo sobreviveram. Nada sabemos ao certo sobre sua vida antes de se tornar governador da Judéia, nem sobre as circunstâncias que levaram à sua nomeação para o governo.


O que temos é uma cena para lá de intrigante... Jesus é preso pelos romanos, e depois de passar por pelo menos 3 tribunais fajutos, primeiro com Anás, sogro de Caifás o Sumo Sacerdote, Anás o enviou então a Caifás que em seguida o envia para Pilatos que até tenta não se comprometer neste julgamento. ‭Jo 18:31‬ Então Pilatos disse: Levem-no daqui e julguem-no segundo a lei de vocês. Ao que os judeus responderam: Não nos é lícito matar ninguém.


Vencido pelo alvoroço do povo, Pilatos conduz o senhor Jesus a uma sessão de interrogatório que não o conduz a nenhuma decisão pertinente ou mesmo condenatória … ‭‭Jo 19:8-9‬ Pilatos, ouvindo tal declaração, ficou ainda mais atemorizado…


Medo… o que pairava na figura deste comandante era puro medo do que poderia acontecer caso ele se mostrasse fraco... Jo 18:33 Pilatos entrou novamente no Pretório, chamou Jesus e lhe perguntou: — Você é o rei dos judeus? 


Perguntas, perguntas e depois de mais algumas perguntas, Pilatos percebe que não consegue encontrar em Jesus qualquer culpa ou crime para condená-lo como era exigido e esperado por aqueles que o havia entregado. ‭Jo 18:38‬ Pilatos perguntou: O que é a verdade?   Depois de dizer isso, Pilatos voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum. 


Sem saída, e apertado pela pressão do povo, Pilatos resolveu enviar Jesus a Herodes, quem sabe assim, pensava ele, poderia se livrar da pressão popular. ‭Lc 23:7‬ Ao saber que Jesus era da região governada por Herodes, e estando este em Jerusalém naqueles dias, Pilatos enviou Jesus a Herodes. Porém Herodes envia Jesus a Pilatos novamente, e Pilatos, não vendo outra saída decide oferecer uma espécie de perdão concedido por ocasião da Páscoa acreditando que o povo se contentaria e acolheria tal acordo se conformando. ‭Jo 18:39 Mas é costume entre vocês que eu solte alguém por ocasião da Páscoa. Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus? 


Não deu certo… o povo incentivado pelos sacerdotes vão contra as inúteis tentativas de Pilatos e pedem a soltura, não de Jesus, mas de Barrabás, um criminoso que também estava preso sob poder do governo romano. ‭Jo 18:40 Então todos gritaram, novamente: — Não este, mas Barrabás! Ora, Barrabás era salteador. 


Diante do alvoroço, Pilatos já não vendo qualquer saída manda açoitar a Jesus mesmo convencido de sua inocência. ‭Jo 19:4 NAA‬ Pilatos saiu outra vez e disse aos judeus: — Eis que eu o apresento a vocês, para que saibam que não encontro nele crime algum. Os principais sacerdotes e os anciãos continuam persuadindo o povo para que pedissem a Pilatos que soltasse Barrabás e condenasse Jesus à morte. E finalmente vencido pelo cansaço e pelo medo Pilatos “entrega” Jesus para ser crucificado. ‭Mt 27:26 NAA‬ Então Pilatos lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.


Mas nossa investigação parece não parar por aí… Os textos bíblicos em sua descrição apresentam todo um contexto de acusações formalizadas contra a Pessoa do Senhor Jesus… e assim, somos conduzidos ou levados a um terceiro grupo de culpados…


III. Judeus religiosos, entregam Jesus por inveja ‭Lc 24:20 e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 


Passamos por Judas, Pilatos e ao que parece a lista não para de crescer. Agora temos diante de nós um grupo de pessoas, e o pior, não se trata de pessoas comuns do povo, mas estamos falando de judeus religiosos e para piorar “líderes” judeus, autoridades religiosas do tempo de Jesus . Lc 22:2 Os principais sacerdotes e os escribas procuravam uma forma de matar Jesus; porque temiam o povo.  


Estamos falando dos sacerdotes e do Sumo sacerdote, homens que deveriam ser aqueles que sairiam na defesa do Mestre, mas bem ao contrário disso, foram eles os próprios que planejaram e orquestraram todo este desenrolar critérioso para a condenação e crucificação do Mestre. ‭Mt 26:3,4‬ Então os principais sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás, ‭e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo. 


No primeiro caso, como vimos foram esses mesmos “religiosos” responsáveis pelo templo e pelos sacrifícios que pagaram a Judas para que ele traísse a Jesus. ‭Lc 22:4,5 NAA‬ Judas foi entender-se com os principais sacerdotes e os capitães sobre como lhes entregaria Jesus. Eles se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro. 


No segundo caso, foram estes mesmos sacerdotes que armaram julgamentos mentirosos e pagaram para que testemunhas falsas fizessem acusações inverídicas contra o Mestre. ‭Mt 26:59-61‬ E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de terem sido apresentadas muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: “Posso destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias.”


Quem eram estes homens e que tipo de influências eles tinham para que pudessem pedir a morte de Jesus?


  1. Yehosef bar Qafa. Sumo-sacerdote, conhecido simplesmente como Caifás. Havia sido nomeado por Valério Grato por volta do ano 18 para ser o Sumo-sacerdote, e por essa razão ele ocupava a posição de chefe da corte suprema. Foi casado com a filha de Anás que havia sido Sumo-sacerdote entre os anos 6 e 15. Foi deposto por Vitélio no ano 36.


  1. Anás ben Sete. Anás, Sogro de Caifás, era sacerdote na época de Jesus. Segundo o texto bíblico, Anás teria sido o Sumo-sacerdote em Jerusalém entre os anos 6 a 15 e tinha grande influência na época do ministério de seu genro. Seus cinco filhos também serviram como Sumo-sacerdotes.


‭Jo 18:13-14 NAA‬ Então o levaram primeiramente a Anás, sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano. Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus ser conveniente morrer um homem pelo povo.  


Além das funções religiosas, o Sumo-sacerdote também era quem decidia judicialmente determinadas coisas. Neste tempo o Sinédrio já havia sido constituído, e era uma espécie de suprema corte judaica e ambos, Anás e Caifás presidiram esta corte.


Se Pilatos tinha o poder de condenar Jesus, o fez por medo. Jo 19:12‬ A partir desse momento, Pilatos queria soltá-lo, mas os judeus gritavam: — Se você soltar este homem, não é amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César! 


Porém os sacerdotes decidiram conduzir o Senhor Jesus para a morte, simplesmente por inveja. ‭Jo 19:15‬ Eles, porém, clamavam: — Fora! Fora! Crucifique-o! Então Pilatos perguntou: — Devo crucificar o rei de vocês? Os principais sacerdotes responderam: — Não temos rei, senão César! 


O resultado… Jo 19:16‬ Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram.  


Eles, Judas, Pilatos, Sacerdotes segundo o que vimos parecem terem sido as pessoas que "entregaram" o Senhor Jesus para a morte. Cada um deles de seu jeito, com seus possíveis motivos ou intenções … Dinheiro, medo de perder o poder, inveja ou seja qual tenha sido a "razão". Tiveram sim, suas participações neste ato profano e criminoso da crucificação do Senhor Jesus. Judas por suas 30 moedas de prata, Pilatos pela suposta manutenção de seu prestígio diante do imperador César e os sacerdotes por pura inveja ante suas incapacidades diante dos cargos tão importantes que exerciam… ‭Mt 27:18 Porque sabia que era por inveja que eles tinham entregado Jesus.


Contudo, vamos olhar mais atentamente para os textos bíblicos apresentados e  seremos finalmente conduzidos a uma última e talvez a mais acertada das opções de resposta à pergunta inicial… QUEM ENTREGOU JESUS PARA MORRER?


Conclusão: 

Deus, entregou Jesus por amor.... ‭Jo 3:16 NAA‬ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 


A conclusão é óbvia e não pode ser outra… Judas, Pilatos, Anás, Caifás ou qualquer outra pessoa jamais teriam poder e nenhuma das razões apresentadas seriam fortes o suficiente para justificar ou mesmo condicionar uma possibilidade de entrega da pessoa do Senhor Jesus para morte nas mãos dos romanos. Talvez nas palavras de Paulo possamos encontrar o apelo capaz de nos conduzir à resposta… ‭1Co 15:55 “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” O verdadeiro teor da resposta que queremos encontrar, está na verdadeira razão da entrega… Rm 5:8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores. 


Na verdade apesar de todas as circunstâncias apresentadas pelos quatro evangelistas que fizeram as narrativas dos fatos, não foi o dinheiro entregue a Judas, nem mesmo o medo de Pilatos de perder seus prestígios ante o imperador, muito menos a inveja declarada dos religiosos judeus que foram a razão da morte de Jesus. A razão é descrita pelo apóstolo Paulo e faz todo o sentido para nós agora:  Rm 4:25 NAA‬ o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou para a nossa justificação.


O profeta Isaías, lá atrás, nas páginas do AT já deixava clara esta verdade. ‭Is 53:4,5 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o considerávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados. 


O Senhor Jesus… "entregou-se" a si mesmo por causa das nossas transgressões…  A entrega foi voluntária e foram as nossas culpas, os nossos pecados a razão para que a crucificação acontecesse. 1Tm 2:6 que deu a si mesmo em resgate por todos, testemunho que se deve dar em tempos oportunos. 


‭A salvação na Pessoa do Senhor Jesus está na sua entrega voluntária por nós na cruz do Calvário. ‭Gl 1:4 NAA‬ o qual entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, 


Nele, e somente nele podemos encontrar a salvação. Não existe igreja capaz de nos salvar, não existe filosofia, ideologia ou qualquer outra possibilidade de salvação que não seja a Pessoa Bendita do Senhor Jesus  4:12 E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.



domingo, 8 de setembro de 2024

RESTAURANDO NOSSO ALTAR

 1Rs 18:30-32 NAA Então Elias disse a todo o povo: Aproximem-se de mim. E todo o povo se aproximou dele. Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas. Pegou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, a quem tinha vindo a palavra do Senhor, dizendo: “O seu nome será Israel.” Com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor…


Int. O termo “restaurar” em sua essência é no mínimo bastante significativo pois trata-se de um verbo transitivo direto que indica uma ação cuja finalidade seria a de colocar em bom estado algo que por alguma situação qualquer foi danificado. Nesse sentido, podemos então dizer que o tema é no mínimo convidativo pois nos chama entre outras coisas a uma ação de conduta responsável no sentido de restaurar ao seu estado original algo que por alguma razão em algum momento perdemos ou permitimos que fosse danificado.


Para melhor compreensão do tema podemos recorrer a alguns textos das Sagradas Escrituras dentre os quais destacamos 1Rs 18.30Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas. 


Neste texto poderemos percebermos sem maiores esforços o pensamento desenvolvido no começo de nossa fala, pois nele estão inseridos alguns elementos essenciais para uma boa  compreensão dos fatos previamente estabelecidos.


1. Temos a pessoa para quem o tema foi proposto ou direcionado. No caso podemos chamá-lo de o sujeito do tema…


2. Temos uma ação a ser tomada pelo detentor da dita atribuição a que se faz referência no tema propriamente dito. Chamamos esta ação de objeto direto do tema.


3. Finalmente temos a referência essencial do objeto que foi danificado e precisa ser de forma urgente restabelecido ao seu estado original. Este objeto é o foco determinante do tema propriamente dito.


Assim com uma análise simples poderemos nos posicionar positivamente diante do tema e perceber qual o sentido de nossa interação com o mesmo…


Então vejamos…


I. O SUJEITO DO TEMA.

Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas. 

Quem ou o que executa uma ação é chamado de sujeito e no caso de 1Rs 18.30. O sujeito do tema faz referência direta à pessoa do profeta Elias que no contexto geral hoje pode representar em sua essência qualquer um de nós, se não todos nós presente aqui nesta noite. Tg 5:17 Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos…

Elias, no texto em apreço, vive um momento de desafio  e todos nós conhecemos o desfecho da história. Temos 450 profetas de Baal, 400 profetas de Aserá, uma multidão de gente e metade de um dia perdido sem qualquer resposta das supostas divindades que só existiam na cabeça dessa gente e desses supostos profetas. 1Rs 18:29 Passado o meio-dia, eles profetizaram, até a hora do sacrifício da tarde; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

Elias a despeito dos acontecimentos apenas aguarda pacientemente o seu tempo de entrar em ação, e o faz, mas não sem antes tomar algumas iniciativas importantes no sentido de se postar corretamente ante a expectativa de uma resposta divina e imediata. 


Nesse momento que envolve todo este processo podemos começar  percebendo que não é a pessoa do sujeito nem sua ocupação que vai consolidar a diferença. No ápice dos acontecimentos destaca-se aqui a posição adequada em que o sujeito se coloca em oposição à demanda dos seus desafiantes opositores e a sua convicção de fé na Pessoa Bendita do Deus Todo Poderoso capaz de ouvir e atender nesse tempo as suas petições.


Os profetas de Baal e Aserá nada representam senão aquelas coisas que se apresentam no sentido de minar a nossa convicção nas coisas de Deus. Podem representar algumas ocasiões em que as coisas até podem parecer que estão andando bem, igreja… cultos… reuniões… mas entre um acontecimento e outro… um descontentamento… um aborrecimento… ou quem sabe algum desentendimento qualquer e… sem percebermos nossa fé vai sendo atingida e quando nos damos conta… estamos desguarnecidos, nos tornando alvos fáceis diante do nosso inimigo. O resultado não pode ser pior … nossas forças, como disse,  vão sendo minadas, vamos esmorecendo e pronto… nos encontramos completamente desanimados…  achamos que o melhor que temos a fazer é ficarmos em casa… 


Nossas expectativas, nossa fé, tudo parece ir desaparecendo de uma hora para outra… a sensação é a de que ficamos sozinhos…. 1Rs 18:22 Então Elias disse ao povo: — Eu sou o único que restou dos profetas do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. 

É neste ponto que o sujeito precisa ter estratégias para saber agir. Ficar parado e ver suas forças simplesmente sendo minadas pela ação do inimigo, sem qualquer reação pode ser realmente fatal… Elias sabia disso, por isso enquanto ele esperava o momento certo de agir ele concentrava toda sua atenção em Deus e na certeza de que sua oração certamente, no momento certo, seria atendida.


II. A AÇÃO DO SUJEITO.

1Rs 18:31 Pegou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, a quem tinha vindo a palavra do Senhor, dizendo: “O seu nome será Israel.”

Se no primeiro momento Elias se destacou como a pessoa singular e descritiva em relação ao texto em apreço, agora temos diante de nós a a ação capaz de otimizar o momento edificante e singular em que o tema procura nos conduzir. 1Rs 18:30 NAA Então Elias disse a todo o povo: — Aproximem-se de mim. E todo o povo se aproximou dele…

Temos em Elias agora a figura proeminente que não se destaca apenas por sua aparição oportuna no desfecho de um desafio avassalador. Elias por suas atitudes passa a idealizar agora a figura do cristão que diante de uma situação embaraçosa ou difícil se consolida na percepção de que precisa agir com prudência e coragem ou fatalmente poderá não ter outra oportunidade tão significativa como esta que está diante dele neste impactante desafio. 


O inimigo já mostrou as suas armas e agora é a hora de agir e isso indica que a batalha pode estar apenas começando. Elias precisava agora concentrar toda a sua atenção para as atitudes e demandas que se faziam necessárias. Ele reúne todo material necessário e imediatamente coloca em prática o que havia aprendido ao longo de sua caminhada ao lado do Deus Todo Poderoso… 18:37 Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que fizeste o coração deles voltar para ti.


As lições que podemos retirar deste confronto podem ser maiores do que as que conseguimos visualizar numa simples e pura leitura do texto. 1Rs 


III. O OBJETO DIRETO.

1Rs 18:32 Com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor. Ao redor dele fez uma vala capaz de conter duas medidas de sementes 

Neste terceiro ponto finalmente vamos nos posicionar com o que podemos chamar de principal argumento da narrativa do tema. 


Vimos o sujeito simbolizando nós os crentes em nossas vidas e embates cotidianos . Vimos a ação diante da qual o sujeito precisou se posicionar de forma a ser capaz de vencer cada um dos desafios se projetando rumo a uma vida cristã vitoriosa e ideal. 


Algumas ações têm consequências, e algo ou alguém vai ser diretamente afetado por esta ação... Chamamos isso de objeto direto.


Assim, finalmente podemos dizer que chegamos ao ápice fundamental do nosso tema, o ponto mais culminante do nosso entendimento em relação a tudo que vimos até aqui. 1Rs 18:36 Quando chegou a hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou do altar e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje se fique sabendo que tu és Deus em Israel, e que eu sou o teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. 

Toda a narrativa se concentra agora com a chegada da hora do sacrifício da tarde. Elias até tinha o altar, mas o altar precisava de alguns reajustes importantes e exatamente neste sentido caminharemos para o êxtase final de nossa mensagem… 1Rs 18:30 …E todo o povo se aproximou dele. Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas. 


A pergunta que tem sido feita desde o início desse congresso não podia ser outra: O QUE É O ALTAR?

Algumas pessoas até deram o seu parecer … e ao que parece todos, de certa forma caminharam unânimes a um mesmo sentido ou entendimento…


O altar agora vai apontar diretamente para a nossa vida cristã A vida cristã de entregas e comunhão com o Deus Altíssimo. É no altar que concentramos toda nossa dedicação e todo o tempo devocional que podemos oferecer a Pessoa Bendita do Senhor Jesus. 


No altar nossa conduta cristã, nossa confiança e nossa interação com as coisas espirituais se intensificam e tudo quanto temos ou podemos entregar no que diz respeito a nossa relação diária com Deus o fazemos no que podemos chamar de "altar". 


É no altar que concentramos nossas orações, nossos pedidos e nossos momentos mais significantes de adoração. No altar bendizemos ao Senhor da nossa existência e exaltamos o Deus da nossa salvação. Por essa razão que o nosso altar precisa estar em perfeita condição.


Qualquer avaria, qualquer desgaste precisa ser reparado e verificado imediatamente para que não haja interrupções na nossa devoção diária com nosso Salvador. 


O nosso altar, na forma que o definimos mediante o tema deste congresso não tem a ver com coisas palpáveis tipo o púlpito da igreja, ou a nossa denominação eclesiástica. O altar nada tem a ver nem mesmo com o cargo que exercemos ou o serviço que fazemos na igreja, por mais que importante que este cargo ou serviço possa ser. O altar é mais que um sentimento de devoção, mas que uma vontade de ser útil em alguma coisa, o altar é em toda a sua essência a nossa vida com o Deus da nossa vida. Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje se fique sabendo que tu és Deus em Israel, e que eu sou o teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. 


É por essa razão que hoje, neste domingo especial diante desse chamado, não posso apontar para nenhum de vocês aqui presentes e dizer que  "você precisa consertar o seu altar", pois se assim eu fizer com certeza estarei me excluindo da minha condição de “sujeito “ do tema desta noite. E hoje eu preciso com todas as letras ser também essa pessoa. Afinal, o tema hoje é direcionado especificamente a cada um de nós, ninguém aqui está excluído, ministros, músicos, jovens, homens e mulheres. Este é o momento de olharmos para nós mesmos… Não  temos que olhar para quem está próximo, do lado ou à nossa volta. Este momento é só “meu”…


É meu e só meu… é seu e somente seu... Não importa quanto tempo nós temos de crente ou de igreja. O que importa agora é como anda a nossa vida com o Deus da nossa vida… 


A maneira de fazermos isso o tema já nos demonstrou ao longo desta festividade… Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas.


Restaurando o altar… reparando cada uma das brechas… 1Reis 18:36-38 Quando chegou a hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou do altar e disse: — Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje se fique sabendo que tu és Deus em Israel, e que eu sou o teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que fizeste o coração deles voltar para ti. Então caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e a terra, e ainda lambeu a água que estava na vala. 


Mas isto é uma coisa a ser feita por você, por mim…. Tem que ser feita a dois… mas não entre eu e você, ou entre você e a pessoa que está do se lado… é  algo a ser feito entre, o sujeito… e Pessoa Bendita do Deus Todo Poderoso…. 






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