quinta-feira, 21 de julho de 2016

COMO IMITADORES DE DEUS

IGREJA BATISTA NACIONAL VALE DAS BENÇÃOS
BACAXÁ/ SAQUAREMA
CULTO DE ESTUDO DA PALAVRA
COMO IMITADORES DE DEUS
02/08/2016
Texto Básico: Efésios 5.1-8
Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele.  Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!  Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês.  Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário, digam palavras de gratidão a Deus.  Fiquem certos disto: jamais receberá uma parte no Reino de Cristo e de Deus qualquer pessoa que seja imoral, indecente ou cobiçosa (pois a cobiça é um tipo de idolatria).  Não deixem que ninguém engane vocês com conversas tolas, pois é por causa dessas coisas que o castigo de Deus cairá sobre os que não obedecem a ele.  Portanto, não tenham nada a ver com esse tipo de gente.  Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz,

Introdução: Paulo veio ensinado ao longo da Epístola aos Efésios diversos assuntos que se mostraram de vital importância para aquela igreja. Estes ensinos assumiram um lugar de importância também para a Igreja de Hoje. Ele destaca nesta carta o serviço cristão, a vida de dedicação e a necessidade do crente entregar a sua vida por inteiro a Deus. Agora, Paulo passa a incentivar os crentes de Efésios a algumas aplicações pessoais e específicas.

Meus irmãos continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês. Fp 3.17. Paulo tinha, melhor do que ninguém condições de escrever sobre o assunto, pois viveu uma vida de extrema dedicação ao lado de Deus. Paulo por sua coragem, foi capaz de suportar terríveis perseguições por amor a Deus e a igreja.

  • “Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim.” 2Co 12:10
  •   “as minhas perseguições e os meus sofrimentos. Você sabe tudo o que me aconteceu nas cidades de Antioquia, de Icônio e de Listra. Que terríveis perseguições eu sofri! Porém o Senhor me livrou de todas elas.” 2Tm 3:11


I. IMITADORES DE DEUS (4:25 - 5:2).
“Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele.” (Ef 5:1)
Imitar é o mesmo que reproduzir à semelhança, copiar. Nesta altura da Epístola aos Efésios, Paulo vai nos mostrar que nós cristãos, temos condições de ter o Senhor Jesus para nosso modelo. Paulo não está falando em reproduzir um estilo tipo as mesmas vestimentas, o cabelo crescido. Muito menos agir com hipocrisia demonstrando uma falsa aparência. A ideia de Paulo é demonstrar que no arrependimento verdadeiro não somente paramos de praticar as coisas erradas, mas temos um comportamento novo e diferente. Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo.(2Co 5:17. O que Paulo tenta nos fazer entender é que não temos de vivermos um vazio espiritual quando os atos errados são removidos, atos bons precisam tomar o lugar deles

  • Quando paramos de mentir, temos que falar a verdade. Por isso não mintam mais. Que cada um diga a verdade para o seu irmão na fé, pois todos nós somos membros do corpo de Cristo!  (4:25)
  • Quando abandonamos a ira, procuramos a reconciliação e não a vingança. Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro com raiva.  (4:26)
  • Quando paramos de furtar, começamos a trabalhar para dar aos outros. Quem roubava que não roube mais, porém comece a trabalhar a fim de viver honestamente e poder ajudar os pobres.  (4:28)
  • Ao invés de usar linguagem obscena, falamos o que edifica e transmite graça. Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem. (4:29)
  • Deixamos as coisas más que entristecem o Espírito Santo e agimos com compaixão e perdão, como Deus mesmo faz. E não façam com que o Espírito Santo de Deus fique triste. Pois o Espírito é a marca de propriedade de Deus colocada em vocês... Abandonem toda amargura, todo ódio e toda raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades!  Pelo contrário, sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês. (4:30,31,32)
  • Quando deixamos de andar como filhos de Satanás, temos que começar a andar como filhos amados de Deus, observando e imitando nosso Pai e nos entregando como Cristo o fez. Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!  (5:2)

Sempre correremos risco ou perigo quando resolvemos ficar imitando pessoas erradas. O que Paulo quis dizer ao utilizar o termo imitação foi que na vida cristã sempre haverá uma necessidade de procurar viver de modo semelhante a alguém que tenha credenciais para ser imitado. Por isso a preocupação do Apóstolo em alertar a igreja. Se temos que imitar alguém, então porque não começar imitando o estilo de vida do Apóstolo Paulo? Ele se colocou na brecha e nos deixou como ensino um modo de vida exemplar. Efe 2.10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.

II. “PROVANDO SEMPRE..." (5:3-14).
“Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz,” (5:8).
A vida de Deus é uma vida de absoluta pureza e santidade. (1Pe 1.14-16). Os Filhos de Deus que não aprendem a deixar a impureza para praticar a justiça demonstram não ter aprendido a lição ensinada pelo Aposto Paulo. Ele mesmo enfatiza que os desobedientes não terão nenhuma herança no reino de Deus. Ef 2:3 entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.

O reino de Deus não aparece em nenhum mapa ou GPS. Mas acima de qualquer coisa ele é um lugar real. O Reino de Deus é um lugar onde a vontade de Deus é realizada inteiramente. Um lugar perfeito e repleto de muita paz. Deus trouxe o seu reino a luz quando enviou Seu Filho ao mundo curando os doentes e ressuscitando os mortos. Nós o veremos e entenderemos o  reino quando o Senhor Jesus, o Filho de Deus e Senhor deste Reino, vier novamente de maneira gloriosa. Seu Reino durará para sempre. Os verdadeiros filhos de Deus procuram não participarem das obras de desobediência e das trevas, procuram andar como filhos da luz. Andar como filhos da luz, significa dizer "provando sempre o que é agradável ao Senhor" (5.10).
O apóstolo Paulo nos ensina a não seguirmos os nossos próprios desejos fazendo o que “achamos” ser agradável. Se queremos agradar ao Senhor, podemos começar lendo, estudando a Sua Palavra. Nossa única "prova" do que agradamos ao Senhor é fazendo o que para Ele é agradável. E, se vocês lerem o que escrevi, poderão saber como entendo o segredo de Cristo. 3.4. A prática da Palavra revelada é em todos os sentidos o efeito de andarmos na luz de Cristo. Se aplicamos a Palavra de Deus a nossa vida, deixamos a luz brilhar em nós, despertando outros da escuridão do pecado (5:11-14).

III. "VEDE COMO ANDAIS" (5:15-21).
“Portanto, prestem atenção na sua maneira de viver. Não vivam como os ignorantes, mas como os sábios.” (5:15)
Se já sabemos o que agrada ao Senhor, cabe nós procurar de todos os meios andar de acordo com esse entendimento. O nosso tempo pode ser dedicado a Ele (5:15-16). Gastamos muito tempo e energia fazendo obras que Deus não autorizou, ao invés de procurar compreender e praticar a vontade dele. Não ajam como pessoas sem juízo, mas procurem entender o que o Senhor quer que vocês façam. (5.17). Se em nosso tempo "servirmos ao Senhor" teremos vida abundante, mas se vivermos de acordo com os nossos próprios planos nos tornamos insensatos. O conselho de Paulo neste sentido é que devemos deixar as coisas carnais, isto é, as coisas que pertencem à nossa natureza humana como pensamentos e desejos em contraste com os pensamentos e desejos espirituais, que vêm de Deus. Abandonar de vez as inclinações para o pecado. Ef 5.18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito. Como salvos devemos procurar as coisas espirituais (1Co 2.14-3.1; 1Pe 2.11).

Podemos começar enriquecendo o nosso “culto a Deus”. Falando uns aos outros com salmos, louvando de coração ao Senhor, e dando graças a Deus por tudo em nome de Jesus. Esta deve ser a nossa “liturgia” ou o nosso “ritual” diário. Não precisamos esperar um horário de culto para começar a cultuar a Deus, o nosso culto pode ser diário. Este estilo de vida, no entanto exige submissão, não só a Deus, mais também uns aos outros (servindo uns aos outros) no temor de Cristo (5:19-21).

(Atenção, Domingo dia 28/08 acontecerá nosso "Workshop Homilética". Inicio 08H30Min
Igreja Batista Nacional Vale das Benção em Bacaxá - Saquarema
Pr Jorge Ocaci Mendes de Paula)




sábado, 16 de julho de 2016

UM CORPO EM CRISTO

IGREJA BATISTA NACIONAL VALE DAS BENÇÃOS
EM BACAXÁ/ SAQUAREMA
CULTO DE ESTUDO DA PALAVRA
CARTA AOS EFÉSIOS – LIÇÃO 6

UM CORPO EM CRISTO
19/07/2016
26/07/2016
(Continuação)

Texto Básico: Efésios 4.1-12 Por isso eu, que estou preso porque sirvo o Senhor Jesus Cristo, peço a vocês que vivam de uma maneira que esteja de acordo com o que Deus quis quando chamou vocês.  Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor.  Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá.  Há um só corpo, e um só Espírito, e uma só esperança, para a qual Deus chamou vocês.  Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo.  E há somente um Deus e Pai de todos, que é o Senhor de todos, que age por meio de todos e está em todos.  Porém cada um de nós recebeu um dom especial, de acordo com o que Cristo deu.  Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quando Ele subiu aos lugares mais altos, levou consigo muitos prisioneiros e deu dons às pessoas.” O que quer dizer “Ele subiu”? Quer dizer que Ele também desceu até os lugares mais baixos da terra, isto é, até o mundo dos mortos.  Assim, quem desceu é o mesmo que subiu, acima e além dos céus, para encher todo o Universo com a Sua presença.  Foi Ele quem “deu dons às pessoas”. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja.  Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo.

Introdução: Paulo escreveu extensamente em relação ao respeito à unidade que deve haver entre os judeus e os gentios em Cristo, Agora ele começa a descrever de forma clara e sucinta, a maneira como manter essa unidade. Paulo procura utilizar em sua carta uma linguagem simples capaz de mostrar as qualidades que a Igreja precisa manter na sua unidade, pois são exatamente estas qualidades ou uniformidades que vão diferenciar a igreja de Cristo das demais organizações humanas. É exatamente esta união que Paulo trata a partir deste ponto. “E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito.” 

I. "SOMENTE UM..." (4:1-6).
Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá.” (4:3)
Paulo discorre sobre a necessidade de a igreja manter sua unidade vivendo como filhos adotados por Deus “Deu já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo...”. 1:5.  Para que isso aconteça a Igreja precisa manter algumas qualidades essenciais das quais Paulo destaca:
  • Humildade. Sentimento proveniente do conhecimento dos próprios erros e defeitos.
  • Mansidão. Índole pacífica, calma, brandura.
  • Longanimidade. Paciência para suportar as afrontas.
  • Clemência. Virtude que modera o rigor da justiça, brandura, amenidade.

Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor.” 4:2. Estas são qualidades que apresentam a Igreja como um referencial para um mundo tão cheio de pessoas arrogantes e cruéis.  É preciso que a igreja se entregue diligentemente ao desenvolvimento da unidade fator de essencial para o relacionamento familiar com bases cristã:

1. UM CORPO.
A Bíblia em parte alguma ensina ou sequer menciona o que chamamos denominações. A Bíblia fala, e isto incansavelmente, de um corpo, o corpo de Cristo, que é a igreja (1:22-23). Por esta razão, as várias denominações existentes não podem assumir a posição de partículas do Corpo de Cristo ou se identificarem como uma “divisão” do mesmo Corpo. O Corpo de Cristo é indivisível, ele é uno. As denominações se mostram importantes nas questões relativas ao encontro e local para “congregar”, isto é, um local para exercer sua posição de Filho com pessoas que exercem esta mesma posição, mas sem nenhuma conotação de separação ou individualidade. Somos todos parte de um mesmo Corpo.

2. UM ESPÍRITO.
O Espírito Santo é o agente que estabelece no homem condições finais para que este tenha um encontro com Cristo e se torne Filho de Deus passando a pertencer a uma igreja uma. Toda esta unidade é exercida por obra do Espírito Santo que apesar de Uno, é apresentado, ao mesmo tempo na Bíblia como Deus “trino”. Ele é uno no sentido de que é suficiente para santificar a igreja “Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus,” 1Co 6:19, e para mantê-la livre deste mundo. Mas é trino por ser Deus assim como o Pai e o Filho é Deus. O Espírito Santo é a garantia de que receberemos o que Deus prometeu ao seu povo, e isso nos dá a certeza de que Deus dará liberdade completa aos que são seus. Portanto, louvemos a sua glória.  1:14

3. UMA ESPERANÇA. 
Os termos esperança e confiança representam uma expectativa no cumprimento de um desejo, e é a segunda virtude mencionada em 1Co 13.13 e baseia o seu conceito na confiança Pessoal em Deus (Rm 15.13). Cristo é a esperança da Igreja (1Tm 1.1; Cl 1.27). O símbolo da esperança é a âncora (Hb 6.18-19). O Dicionário da Língua portuguesa define confiança no sentimento de se conseguir o que se deseja ou a coragem proveniente da convicção no próprio valor. Mas em referência a religião, o mesmo dicionário a descreve como uma virtude teológica que inclina a vontade a confiar na bondade e onipotência de Deus, e a esperar na vida eterna pelos méritos de Cristo. Verdade, nossa esperança é estar no céu com o Senhor Jesus (Jo 14:1-3). Todas as outras esperanças, reencarnação, purgatório, um paraíso terrestre, riquezas nesta vida, dividem em vez de unir. Naquele tempo vocês estavam separados de Cristo; eram estrangeiros e não pertenciam ao povo escolhido de Deus. Não tinham parte nas suas alianças, que eram baseadas nas promessas de Deus para o seu povo. E neste mundo viviam sem esperança e sem Deus. 2:12

4. UM SENHOR.
O termo “Senhor” é tradução do hebraico ADONAI e do grego. KYRIOS. Senhor é o título de Deus como dono de tudo o que existe especialmente daqueles que são seus servos. (Sl 97.5; Rm 14.4-8). No NT, o termo “Senhor” é usado tanto em referência a Pessoa de Deus o Pai, como para Jesus Cristo, o Deus Filho, como para Deus Espírito Santo. Por ser uma doutrina de difícil compreensão a trindade chega às vezes a confundir os menos avisados que chegam mesmo achar impossível afirmar com certeza de qual deles o texto está falando. Mas basta uma passagem pelo contexto e logo teremos o texto esclarecido. O que Paulo deseja enfatizar mesmo é que existe somente uma autoridade para nosso serviço a Deus, e esta autoridade está com a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. A Igreja deve ser submissa a Ele em todos os sentidos. Foi Ele quem se entregou por ela e não há nenhuma outra lei ou senhor sobre ela. (Estudamos este tema intitulado “Os Fundamentos da Fé Cristã” postado no Mural da Bíblia).

5. UMA FÉ.
Fé é a crença em algo que não podemos ver, tocar ou provar. Vimos na lição anterior que a Bíblia não se preocupa em defini-la e o texto que sempre entendemos ser a melhor definição, na verdade não a define, apenas apresenta as características que a identificam (Hb 11.1). A Bíblia vai sempre identificar a fé descrevendo-a como a crença em Deus. Tanto no Velho quanto no Novo Testamento, a fé tem muitos significados.
  • Fé pode significar simples confiança em Deus ou na Palavra de Deus.
  • Fé pode também significar ativa obediência a Deus. 
Desta forma, a fé sempre apontará para os significados que compõe todas as crenças do cristianismo. "A verdade".
  • Em Cl 2:7, a palavra fé é usada para significar algo que os cristãos aceitaram e tentam vivenciar em suas vidas. 
  • Em 2Tm 4:7, Paulo se descreve como alguém que "guardou a fé". E mais uma vez a ênfase de Paulo recai no fato de que não há muitos caminhos de fé para o céu, mas somente um. 
A Bíblia seja em que sentidos a entendermos, sempre nos exortará a que obedeçamos à fé que Cristo nos entregou no NT (Jd 3), ou seremos perdidos para sempre.

6. UM BATISMO. 
O que significa a final o Batismo? Qual o poder que o ato do batismo pode exercer sobre a nossa vida? Uma olhada com mais atenção para os textos bíblicos e vamos perceber que o batismo não passa de um anúncio público de uma experiência pessoal. É um ato cristão de obediência e um testemunho público do desejo do crente de se identificar com Cristo e segui-lo. Jesus deu exemplo sendo batizado por João Batista e ordenou o ensino sobre o batismo. Mas Jesus e nenhum dos escritores sagrados apontaram o batismo como uma atitude capaz de operar transformações ou mesmo garantir entrada no Reino dos céus. O Batismo é a afirmação pública da nossa fé. Jesus mandou que seus discípulos batizassem outros crentes (Mt 28:19). Como SÍMBOLO, o batismo pode ser visto como morte, sepultamento e ressurreição do crente em Cristo Jesus. É uma visão externa da mudança interna de uma pessoa. O crente deixa para trás a velha maneira de viver em troca de uma nova vida em Cristo. É símbolo de salvação, não um requisito para a salvação ou a vida eterna. Entretanto, como um ato de obediência, também não deve ser opcional para os cristãos. O batismo indica nosso desejo de dizer à nossa igreja e ao mundo que estamos comprometidos com a pessoa de Jesus e seus ensinamentos e todos os crentes em Cristo devem desejar este ato tão significante para suas vidas.

7. UM DEUS.
Deus no hebraico: El, Elah, Eloah, Elohim. No grego: Theós. O nome mais geral da Divindade (Gn 1.1; Jo 1.1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. É santo, justo, amoroso e perdoador de todos os que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; os crentes sabem que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17.28). Somos unidos sob um único Deus, que nos criou iguais, deu-nos vida igualmente, e nos julgará igualmente, de acordo com o que fizermos com nossas vidas. 2Co 5:10 Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.

II. COM VISTAS AO APERFEIÇOAMENTO.
Ef 4.11 Foi ele quem “deu dons às pessoas”. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da Igreja.
Pela graça de Deus distribuiu muitas "dádivas" à igreja e para àqueles que participam da vitória da salvação (4:7-11). Estas dádivas ou dons de Cristo são capacitações do Espírito Santo para o auxílio ou edificação da Igreja. Estes dons servem de ajuda ou auxílio no desenvolvimento do trabalho a ser exercido no Corpo de Cristo. Os cristãos necessitam deste auxilio enquanto crescem no Senhor.
  • Os "apóstolos" e os "profetas" completaram a obra do Senhor revelando a vontade de Deus (Jo 14:26; 2Pe 1:3). Os apóstolos serviram nos tempos bíblicos como “plantadores” de Igrejas enquanto os profetas serviram como mensageiros da Palavra de Deus. 
  • Os "evangelistas" eram os pregadores das boas novas do evangelho através do mundo, ensinando e convidando as pessoas a entregarem suas vidas a Cristo (Mt 28:20). Seria um ministério como o dos “Missionários”. Hoje o cargo de evangelista assume uma função mais local auxiliando os pastores e dirigentes nas igrejas.
  • "Pastores e mestres" cuidam das necessidades dos cristãos nas congregações locais, das quais eles também são membros (1Pe 5:1-4).

CONCLUSÃO.
Os chamados como “obreiros” para trabalharem no Corpo de Cristo devem se esforçar no sentido de que através de sua dedicação no trabalho, outros crentes sejam preparados para o exercício da "edificação do corpo de Cristo" (4:12). Uma igreja que está trabalhando refletirá em seu ministério:
  • "unidade da fé" (4:13). 
  • "a verdade em amor" 
  • Crescimento em Cristo (4:15), 
  • Trabalho em conjunto (4:16).

Os cristãos aperfeiçoados em Cristo caminham segundo "a verdade em Cristo", como aprenderam na Bíblia (4:17-21). O cristão se "despe" de uma velha vida e se "veste" de uma nova em Cristo Jesus (4:22-24).

O NOVO NASCIMENTO

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL VALE DAS BENÇÃOS
BACAXÁ/ SAQUAREMA
SOTERIOLOGIA 
Lição V

O NOVO NASCIMENTO
17/07/2016
24/07/2016
(Continuação)


Texto Básico: (Jo 3:1-10 RA) “Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.  A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.  Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?  Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.  O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.  Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.  O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.  Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus:  Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas?”
Introdução: O Novo Nascimento é um milagre operado por ação exclusiva do Espírito Santo na natureza do indivíduo. Somente o Espírito Santo tem poder para transformar o pecador em uma nova criatura. Esta ação não representa de forma alguma fruto do esforço ou boas qualidades do homem. Não existe mérito humano nesta operação (Jo 3.6,7) O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. Nenhuma atitude ou ação sem que haja um encontro real com o Salvador Jesus Cristo, é capaz de em si mesmo operar tal milagre. O batismo nas águas, por exemplo, não efetua qualquer influência nesta ação sendo falsa a doutrina que ensina que a regeneração acontece pelas águas do batismo. O Novo Nascimento não é fruto de hereditariedade, nem de filiação a uma Igreja ou de participação em algum rito religioso. Nenhum fruto de resoluções humanas, nada, absolutamente nada será capaz de efetuar o Novo Nascimento se não a ação do Espírito Santo. Assim como o nascimento físico depende de fatores naturais, na regeneração o processo é passivo, recebemos o Novo Nascimento quando entregamos nossa vida ao Senhor Jesus Cristo. Jo 1.12. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;

I. FUNDAMENTAÇÃO E EXPLANAÇÃO DOUTRINÁRIA.
Ef 2.1 (RA) Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,
É bom procurarmos entender como se dá o processo ou o milagre do Novo Nascimento. Podemos começar vendo como acontece o processo divino e entender porque por nossos próprios méritos não podemos exercer ação de transformação ou mesmo de forma pura e simples, efetuar a transformação na nossa vida da nossa maneira.

I. ENTENDENDO O PROCESSO DOUTRINÁRIO.
O processo do Novo Nascimento pode ser visto como uma reação a uma ação. 
  • Primeiro, por reconhecermos nosso estado de pecador, sentimos tristeza em razão de nossa separação de Deus, e aí, o processo começará a acontecer na atitude que tomaremos ante este sentimento de tristeza e separação de Deus.
  • Tocados pelo Espírito Santo, nos arrependemos da vida de pecado que estamos levando e tomamos a atitude de buscar por socorro. 
  • Desta busca, acontece nosso encontro com o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Um encontro entre pecador e Salvador. Este é o ponto principal de todo o processo.
  • Neste encontro, nossa vida é entregue ao Salvador e imediatamente recebemos Dele, o perdão dos nossos pecados. Uma mudança de estado de mortos espirituais para um estado de vida com Deus. 
Ef 2.5,6 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 

Aqui começa definitivamente o milagre do Novo Nascimento. No momento em que, arrependidos de nossos pecados, confessamos nossas culpas ao Senhor Jesus, e o recebemos como Senhor e Salvador. Além do perdão de nossos pecados somos novamente “gerados” em Cristo Jesus. Este é o Novo Nascimento. 2Co 5.17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

A operação deste milagre que chamamos do “Novo Nascimento” é um fenômeno, aos olhos humanos, quase que inexplicável em seu alcance mais profundo. Jo 3.4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 

Mais por ser um processo de ação puramente divino, pode ser entendido como a penetração da vida de Deus em nossa vida. Uma mudança radical em nosso estado de pecador para um estado de vivos, mortos para o pecado. O Novo Nascimento opera em nós uma nova vida, fato pelo qual Jesus insistiu na sua necessidade.

II. A DOUTRINA NA BÍBLIA.
Jo 1.10-12 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;
A doutrina referente ao Novo Nascimento é amplamente divulgada nas páginas das Escrituras Sagradas, tanto no NT, como no AT. Às vezes algumas expressões podem parecer diminuir ou até mesmo aumentar o valor doutrinário em razão dos diferentes termos apresentados, mas são palavras diferentes que apresentam uma mesma verdade. O sentido será sempre o de nos fazer compreender que não temos como nos movimentar na direção dos propósitos de Deus sozinhos. Nossa natureza está totalmente comprometida com a corrupção do pecado, por isto é necessário mudarmos nossa natureza e é Deus o único capaz de operar tal transformação, nos tornando um em Cristo. Vários textos podem e devem ser considerados para o conhecimento desta doutrina. João 3 é o que mais longamente expõe o tema, demonstrando  que pelo princípio da regeneração pela fé depende à entrada de qualquer pessoa no Reino dos Céus. Para um melhor entendimento do tema, vamos nos deter em algumas expressões usadas no texto:

1. OS FARISEUS.
Este constituíam uma das três principais seitas Judaicas, sendo ela em alguns sentidos melhor, no entanto muito severa (At 26:5). pois, na verdade, eu era conhecido deles desde o princípio, se assim o quiserem testemunhar, porque vivi fariseu conforme a seita mais severa da nossa religião. 

Os Judeus sofreram feroz perseguição por parte de Antíoco Epifanes, rei da Síria, depois da volta do Cativeiro Babilônico. Os mais patriotas se organizaram em partido para resistirem à infiltração do Helenismo. Isso em 175-164 a.C. Logo, os fariseus tiveram uma nobre origem. Mas seu nome aparece só lá pelos anos 135-105 a.C.

Os fariseus visavam preservar a religião de Israel, as Escrituras Hebraicas, estimular o amor pátrio, etc. Criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, na existência do espírito, nas recompensas e castigos na vida futura (céu e inferno). Pontos é que se opunham aos saduceus, não aceitando nem uma nem outra destas coisas (At 23:6-8). Sabendo Paulo que uma parte do Sinédrio se compunha de saduceus e outra, de fariseus, exclamou: Varões, irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus! No tocante à esperança e à ressurreição dos mortos sou julgado! Ditas estas palavras, levantou-se grande dissensão entre fariseus e saduceus, e a multidão se dividiu. Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas. 

Os Fariseus eram extremos em suas formas externas de religião, opondo-se ferrenhamente a Jesus. Eram verdadeiros legalistas. Apesar de tudo, homens como Gamaliel (At 5.34; 22.3); Saulo de Tarso (Fp 3.5), Nicodemos (Jo 3.1), e outros de muito boa vontade (At 5.34; Jo 7.50), pertenceram a tal religião. Os fariseus julgavam que por muito falarem seriam ouvidos em suas orações (Mt 6:7).

2. NICODEMOS. 
Jo 3.1 Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus...
Agostinho descreve Nicodemos como “um dos crentes em quem Jesus não podia confiar logo”. A tradição dos rabinos o descreve como um dos três homens mais ricos de Jerusalém. Exercia altíssima autoridade no Sinédrio, corpo legislativo, judicial e executivo entre os judeus, e, aparentemente no início de sua conversa com o Mestre, ele não estava ainda convertido. Jesus repudia o regime religioso de Nicodemos e exige dele uma transformação para entrar no Reino dos Céus. Nicodemos é mencionado três vezes no Evangelho de João.
  • A primeira vez, visitando Jesus de noite (Jo 3:1-15); 
  • A segunda, protestando contra a condenação de Jesus sem o ouvirem. Nicodemos estava tão impressionado com as palavras de Jesus que seu desejo era que seus colegas o ouvissem também (Jo 7:50,51); 
  • A terceira vez, trazendo especiarias para ungir o corpo de Jesus em seu sepultamento (Jo 19:38,39).

Jo 3:2, diz “... Este, de noite, foi ter com Jesus...” Ao que parece havia um temor político e social e Nicodemos não se expôs para não prejudicar sua posição (Jo 3:10). O texto bíblico apresenta o motivo, em relação a José de Arimatéia: “por medo dos judeus” (Jo 19:38,39). Porém nada fala em relação a Nicodemos. Orlando Boyer assim testifica em relação a Nicodemos: “A sinceridade militava contra a timidez e a timidez contra a sinceridade no coração de Nicodemos” Mas não podemos negar, Nicodemos pelo menos mostrou devoção a Jesus. Foi ele que juntamente com José de Arimatéia, cuidou do corpo de Jesus e do seu sepultamento (Jo 19:38,39).

Rabi, SABEMOS que és Mestre...” Nicodemos, ao falar na terceira pessoa, fala por seu grupo. Ele era membro do Sinédrio e delegado único dos chefes dos judeus, que provavelmente conheciam suas pretensões. O magno tribunal já havia investigado oficialmente acerca de João Batista (Jo 1:19-31), mas não fez isso com relação a Jesus. Nicodemos se queixa disso mais tarde (Jo 7:50), querendo que Jesus fosse ouvido em juízo. Ele mesmo ficara impressionado com a pessoa e o ensino de Jesus de ter estado com ele naquela noite.

3. REINO DE DEUS.
... se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus
Os Judeus esperavam que a vinda do Reino fosse alguma coisa assinalada tipo por manifestações de poderio bélico ou político. Esperavam a chegada de um líder como Sansão Jefté, Eúde, disposto como comandante de um grande exército, pronto para destruir os inimigos e libertar o povo de Israel. O Reino de Deus, no entanto, falava de uma era ou época Messiânica. O Senhor Jesus, aparece, para decepção deste que respiravam a guerra, proclamando uma ordem espiritual invisível aos olhos, e aos sentidos humanos. A tônica de Sua mensagem nunca falou em guerra, mas em regeneração, arrependimento e renovação pelo Espírito Santo. Experiências indispensáveis para a entrada no Reino dos Céus.

4. NASCER DA ÁGUA E DO ESPÍRITO.
...quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” 
C. H. Wright, erudito anglicano, traz, em nossa opinião, uma interpretação interessante do tema, Ele apresenta ambos os termos “Água” e “Espírito” como sinônimos da mesma expressão. Segundo Wright, nascer da água e do Espírito significa a mesma coisa. Jesus apenas cita ambos para enfatizar a necessidade de nascer de cima.

a. OUTRAS INTERPRETAÇÕES:
  • A expressão “água e Espírito” sinaliza o batismo pelo seu significado “arrependimento”. Assim, nascer da água, segundo dizem, pode ser entendido como “nascer do arrependimento”. 
  • A expressão “nascer da água”, apontaria para o “nascimento”, pelo aspecto impressionante do parto. Fogem da ideia do Reino Espiritual identificando “água e espírito” com as Igrejas, e dando ao batismo o valor de admissão às mesmas. O sentido de tal admissão teria a equivalência da entrada no Reino. 
Os sacramentalistas interpretam a expressão “nascer da água”, como uma referência do Mestre ao batismo. Os católicos, por exemplo, entende como Regeneração Batismal, o sacramento chamado batismo.

b. REFUTAÇÕES A INTERPRETAÇÕES.
Embora muitos não concordem que as expressões “Água e Espírito” sejam sinônimas, é bem mais viável admitir a probabilidade de que sejam. E, optar pela interpretação inteligente do Dr. Wright. Assim, não corremos o risco de ferir qualquer doutrina bíblica, e cair num sacramentalismo anti-bíblico. Se admitirmos como sinônimo as duas expressões, enfatizaremos a necessidade de uma transformação a ser operar somente pela Pessoa de Deus. Neste caso as duas expressões significariam uma mesma coisa, nascer de novo, seria o mesmo que nascer de cima. (Taylor).

Entendermos como arrependimento, batismo ou qualquer forma de nascimento a expressão “nascer da água”, seria no mínimo contraditório. É o mesmo que ligar a esta expressão à ideia sacramentalista de que para “entrar na igreja”, tem de se admitir o “nascer da água” como sendo o batismo, que no caso, se tornaria um requisito ao Novo Nascimento. O único batismo conhecido, na época em que JESUS proferiu tal discurso, era o de João, e este era destituído da graça salvadora e do Espírito regenerador. 

Além de tudo isso, temos a ideia sacramentalista que entra em contradição com todo o ensino claro das Escrituras sobre a doutrina bíblica do batismo, que não tem o poder de operar a regeneração; o batismo não salva. É para ser ministrado a pessoas que já tenham tido a experiência do Novo Nascimento. 

A participação dos ritos sacramentais de qualquer seita religiosa não abre a porta a ninguém para entrar no Reino de Deus, mas só o arrependimento e fé, são caminhos bíblicos da regeneração. Pois, se fosse de outro modo (pelo batismo), não seria razoável censurar Nicodemos por não entender o ensino de Jesus.

CONCLUSÃO:
O fator indispensável na regeneração do pecador é sem nenhuma dúvida a Palavra de Deus, o Evangelho. Vários textos ensinam isto:
Jo 15:3; Ef 5:26; Hb 4:12; 10:22; Tg 1:21; 1Pe 1:22, 23; etc.
É doutrina bíblica inegável que o Espírito Santo opera a regeneração pela Palavra. “Essas considerações me levam a afirmar que aqui, como nas outras passagens estudadas nas páginas do Evangelho de João, Jesus ensina um Novo Nascimento com dois fatores sublimes: o poder purificador do Evangelho de salvação pelo sangue de Jesus e a obra vitalizadora do Espírito Santo que acompanha a pregação e opera no pecador ouvinte a graça e a Nova Vida”. (Taylor).
Esta interpretação de Taylor concorda com tantos outros textos claros da Palavra de Deus. Nicodemos foi um profundo conhecedor de textos como Is 44:3; Ez 36:25,26; que tratam da regeneração como operação divina pelo Seu poder e pela Sua palavra. Água simboliza a purificação efetuada no crente pelo Evangelho de Jesus, fator sublime na regeneração. Observando Jo 3.6 “Todo o que é nascido do Espírito é espírito”, fica claro que não apenas o crente batizado, mas todo o crente tem a vida eterna, quando crê. Haja vista o caso do ladrão convertido à cruz foi salvo sem batismo, quando lhe prometeu Jesus: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23:43).



segunda-feira, 11 de julho de 2016

UM MISTÉRIO REVELADO

CARTA AOS EFÉSIOS. 
Lição 6 - UM MISTERIO REVELADO
“pois nós somos membros do corpo de Cristo”. Ef 5:30

Texto Básico: Ef 3.1-12 Por essa razão eu oro a Deus, eu, Paulo, que estou preso por causa de Cristo Jesus para o bem de vocês, os não-judeus. Com certeza vocês já sabem que Deus, por causa da sua graça, me deu esse trabalho para o bem de vocês. Deus me revelou o seu plano secreto e fez com que eu o conhecesse. (Eu escrevi isso em poucas palavras, e, se vocês lerem o que escrevi, poderão saber como entendo o segredo de Cristo.) No passado esse segredo não foi contado aos seres humanos, mas agora, por meio do seu Espírito, Deus o revelou aos seus santos apóstolos e profetas. O segredo é este: por meio do evangelho os não-judeus participam com os judeus das bênçãos divinas. Eles são membros do mesmo corpo e participam da promessa que Deus fez por meio de Cristo Jesus. Graças ao dom que Deus, na sua bondade, me deu, e, pela ação do seu poder, eu fui colocado como servo do evangelho. Eu sou menos do que o menor de todos os que pertencem a Deus, mas mesmo assim ele me deu este privilégio de anunciar aos não-judeus a boa notícia das imensas riquezas de Cristo. E também me deu o privilégio de fazer com que todos vejam como se realiza o plano secreto de Deus. Deus, que criou tudo, escondeu esse segredo durante os tempos passados. E isso aconteceu a fim de que agora, por meio da Igreja, as autoridades e os poderes angélicos do mundo celestial conheçam a sabedoria de Deus em todas as suas diferentes formas. Deus fez isso de acordo com o seu propósito eterno, que ele realizou por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor. Por estarmos unidos com Cristo, por meio da nossa fé nele, nós temos a coragem de nos apresentarmos na presença de Deus com toda a confiança. 

Introdução: O que nos chama a atenção nesta carta é o fato de ser esta uma das epístolas escrita pelo Apostolo Paulo enquanto ele está preso. O pior é que a razão de sua prisão não foi porque ele havia cometido nenhum crime passível de julgamento ou condenação. Paulo estava preso porque os seus irmãos, os judeus, se opunham ao trabalho que ele vinha realizando em obediência ao chamado divino, e o acusavam de estar “introduzindo” os gentios que estavam crendo, no templo (At 21.27-33). Esta obra que Paulo estava realizando, ele chama, em sua carta aos efésios de “A revelação de um mistério” (3:3). É fácil percebermos o desenvolvimento do processo desta revelação de que fala o Apóstolo:


  • Deus planejou “algo” que ficou oculto em Cristo, desde antes da fundação do mundo (Ef 1:3-6). 
  • O mistério foi revelado a Paulo e a outros apóstolos e profetas por intermédio do próprio Senhor Jesus Cristo, e através do Espírito Santo. (Ef 3:5; Jo 14:25-26; 16:12-13). 
  • Os apóstolos e profetas, ao receberem tal revelação, o escreveram, estando debaixo da inspiração divina. (3:3-4). 
  • Nós, ao lermos com atenção e coração aberto, somos capazes de entendemos o que está revelado pela Palavra (3:4). 
O mistério de Cristo uma vez revelado é para ser entendido. Toda revelação de uma verdade acontece exatamente por esta razão. Ela é para que ao nos defrontarmos com ela, sejamos capazes de entender o que estamos lendo. Não são sentimentos nem visões ou mesmo supostas revelações tidas como sobrenaturais, mas pela Bíblia, a Palavra de Deus, e pela dedicação ao estudo e a leitura, nos é revelado todos os mistérios de Cristo que Deus decidiu que de tais devíamos tomar conhecimento.

I. O MISTÉRIO REVELADO (3:1-7).
O segredo é este: por meio do evangelho os não-judeus participam com os judeus das bênçãos divinas. Eles são membros do mesmo corpo e participam da promessa que Deus fez por meio de Cristo Jesus. (3:6)

Prestemos atenção no verso 6. Paulo agora preso, fala do desenvolvimento de um trabalho que Deus o havia comissionado para que por intermédio da revelação de Sua Palavra, pudesse alcançar os gentios. Podemos entender como melhor clareza o que Paulo chama de “revelação” se atentarmos para pelo menos três definições simples do termo. Assim podemos dizer que REVELAÇÃO pode ser entendida como:


  • O ato pelo qual Deus torna conhecido um propósito ou uma verdade. Louvemos a Deus! Pois ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com o evangelho que eu anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo. E de acordo também com a verdade secreta que nunca foi revelada no passado. (Rm 16:25) 
  • O ato pelo qual Deus faz com que alguma coisa seja claramente entendida. Mas o seu coração é duro e teimoso. Por isso você está aumentando ainda mais o castigo que vai sofrer no dia em que forem revelados a ira e os julgamentos justos de Deus. Rm 2:5 
  • A Explicação ou apresentação de verdades divinas. Portanto, meus irmãos, o que é que deve ser feito? Quando vocês se reúnem na igreja, um irmão tem um hino para cantar; outro, alguma coisa para ensinar; outro, uma revelação de Deus; outro, uma mensagem em línguas estranhas; e ainda outro, a interpretação dessa mensagem. Que tudo seja feito para o crescimento espiritual da igreja. 1Co 14:26 
Estas definições, embora simples, nos dão clareza do assunto que o Apostolo está desenvolvendo na Epístola aos Efésios. O mistério de Cristo refere-se à união entre judeus e gentios num só, o corpo de Cristo, que a igreja “Deus colocou todas as coisas debaixo da autoridade de Cristo e deu Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo.” (1:22). Igreja, numa visão geral, fala de um grupo de pessoas que se reúnem para aprender sobre Deus e adorá-Lo. No tempo do NT era um termo novo, que começa a aparecer em versículo como Evangelho de Mateus 16.18. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão ontra ela. Lucas usou bastante termo em Atos dos Apóstolos, tornando-o mais comum. No entanto ninguém, mas do que Paulo escreveu tanto sobre a igreja. Falou dela incansavelmente em suas epístolas. João também falou sobre a Igreja no Apocalipse.

No VT Israel era simplesmente "a congregação". A palavra foi também usada pelos primeiros cristãos. Com frequência os cristãos se referiam a si próprios como a igreja ou a congregação. De fato, este é o real significado da palavra igreja, “congregar”, que se aplica tanto aos fiéis no mundo inteiro como para qualquer grupo local. O termo, apontava para a presença total de Deus num determinado local.

O NT frequentemente usa o singular "igreja" mesmo quando muitos grupos de fiéis se reúnem (At 9:31; 2Co 1;1). O termo "igrejas" é raramente encontrado (At 15:41; 16:5). Cada grupo era o lugar onde Deus estava presente. Deus comprou a “congregação” com o sangue de seu Filho, O Senhor Jesus Cristo. At 20:28 Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue.

II. A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS (3:8-13).
E isso aconteceu a fim de que agora, por meio da Igreja, as autoridades e os poderes angélicos do mundo celestial conheçam a sabedoria de Deus em todas as suas diferentes formas.” (3.10) Paulo testifica da pregação do evangelho que ele considerava o grande legado da graça de Deus, que lhe permitia manifestar as riquezas espirituais que estiveram ocultas, por tanto tempo, desde o começo dos tempos, e que agora, era manifestado aos homens do mundo inteiro. Ef 3.8-9 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou. Paulo consegue demonstrar o que representa a pregação legítima do Evangelho de Deus na forma da Bíblia. Ele escreve sobre a sabedoria de Deus que é revelada na Pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, que por Seu sacrifício no Calvário, foi capaz deu reunir todas as pessoas salvas, no mundo inteiro, sejam judeus ou gentios, em um só corpo, exatamente como ele planejou desde o começo dos tempos Ef 3.11segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor.

Os pregadores precisam assumir a responsabilidade de pregarem, não a sua própria vontade, mas a vontade de Deus, caso contrário, não acontece salvação, e as pessoas não são unidas em um só corpo. O resultado do evangelho corrompido pregado por falsos anunciadores da Palavra são pessoas confusas, perdidas e divididas em denominações das mais diversas. Somente pregando a Cristo, vidas são salvas, curas acontecem e acima de tudo, o povo entende o seu lugar no corpo. O segredo é este: por meio do evangelho os não-judeus participam com os judeus das bênçãos divinas. Eles “são membros do mesmo corpo e participam da promessa que Deus fez por meio de Cristo Jesus.” (3:6). Não há divisão no corpo de Cristo, este é o segredo. Não há lugar para competições, todos em Cristo são um só. Portanto, vocês, os não-judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele. 2:19

II. INFINITAMENTE MAIS (3:14-21).
Sim, embora seja impossível conhecê-lo perfeitamente, peço que vocês venham a conhecê-lo, para que assim Deus encha completamente o ser de vocês com a sua natureza. Ef 3:19
A oração de Paulo, de forma diligente tem uma razão de ser. Paulo entrega-se ao ministério da intercessão em favor dos irmãos de Éfeso, e seu pedido é em favor do crescimento espiritual dos irmãos na Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Podemos notar nas palavras de Paulo, suas razões para tal dedicação tão intensa. Paulo tinha suas preocupações e não desejava de forma alguma ver os salvos naufragarem e serem enganados em sua fé. Desta forma podemos perceber algumas riquezas nas suas orações:


  • Ele ora, não apenas pelos efésios especificamente, Paulo intercede ao Pai por todas as famílias da terra. Todos os salvos, em todo o mundo, são seus filhos, numa família espiritual, e isto incluía todos os crentes, inclusive nós fomos inseridos nesta oração. “de quem todas as famílias no céu e na terra recebem o seu verdadeiro nome.” 3:15. 
  • Ele ora pedindo a Deus que nos conceda forças, assim como Deus é forte e Glorioso. Ele ora pedindo que em Cristo, nós possamos receber o poder de Deus, que nos ajudará nas nossas fraquezas nos dando condições de vencermos às tentações. E peço a Deus que, da riqueza da sua glória, ele, por meio do seu Espírito, dê a vocês poder para que sejam espiritualmente fortes. 3:16 . 
  • Paulo ora ainda, pedindo a Cristo que permaneça em nossos corações (3:17). Geralmente, ele sempre ora para que nós estejamos "em Cristo", desta vez, sua oração parece gozar de um teor diferente, Paulo intercede para que Cristo esteja em nós e nos faça crescer no amor. Peço também que, por meio da fé, Cristo viva no coração de vocês. E oro para que vocês tenham raízes e alicerces no amor, 3:17 . 
  • Paulo ora clamando a Deus por pleno entendimento do amor de Cristo, fato fundamental para que sejamos cheios da plenitude e da força necessária para nossa vida cristã."para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus" (3:18-19). 
Somente quando crescemos no amor de Cristo receberemos a plenitude de Deus!


CONCLUSÃO.
A oração de Paulo em sua Epístola aos Efésios fala da confiança que ele deposita na Pessoa do Deus Todo Poderoso, que tem poder para atender às nossas orações de modo infinitamente mais completo do que podemos pedir ou sequer imaginar (3:20-21). Precisamos de confiança como a de Paulo quando nos dirigirmos a Deus em oração, aprendendo a orar de acordo com a vontade de Deus! Assim também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza. Pois não sabemos como devemos orar, mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor. Rm 8:26

sexta-feira, 8 de julho de 2016

ASPECTOS FUNDAMENTAIS A SALVAÇÃO

ESCOLA BÍBLICA DOMINCAL VALE DAS BENÇÃOS
EM BACAXÁ/SAQUAREMA
SOTERIOLOGIA
LIÇÃO IV – ASPECTOS FUNDAMENTAIS A SALVAÇÃO.
10/07/2016

Texto Básico: Jo 3:1-12 Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto? Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que temos visto; e não aceitais o nosso testemunho! Se vos falei de coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?

INTRODUÇÃO: Deus em Sua soberania, sempre exerceu pleno poder na execução de Sua vontade sobre a criação. No entanto, é fácil perceber, ao longo da Bíblia que, mesmo tendo “TODA AUTORIDADE ”, Deus nunca a exerceu sobre a humanidade de forma tirana ou irrespeitável. Deus não trata o ser humano como se este fosse alguma coisa desprovida de inteligência e capacidade de livre vontade e de escolha. Ao contrário, Deus sempre permitiu ao homem a decisão final, mesmo que tal escolha confronte a Sua própria vontade, que é o de uma entrega voluntária ao Senhor Jesus Cristo e ao plano de salvação que Ele mesmo idealizou. Concluindo, O único e verdadeiro caminho para Deus, é o Senhor Jesus. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim.” (Jo 14.6). E é Ele próprio que convida a todos os pecadores para receberem a salvação.

A salvação como parte do plano de Deus exige da parte do pecador alguns passos:

RECONHECIMENTO DE SEU ESTADO. (PECADOR).
O homem precisa reconhecer o seu estado de pecador afastado de Deus, e que nesta situação vive num estado miserável de separação de Deus. “Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. (Rm 3:23).

➡ARREPENDIMENTO DE SUA CONDUTA. (MUDANÇA DE MENTE).
O homem uma vez compreendendo seu estado de pecador, compreende que somente tomando a decisão de dar meia volta em seu caminho poderá ser liberto desta situação de escravo e de erro. “...Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!” (Mt 3.2).

➡RECEBIMENTO DA SALVAÇÃO. (MUDANÇA DE ATITUDE).
Receber a Pessoa do Senhor Jesus Cristo como Salvador, é o principal passo que o pecador precisa dar em direção à salvação. Sem esta decisão, o homem não poderá sair de seu estado de pecado. “Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos.” (Ap 3.20).


I. PRIMEIRO ASPECTO: O ARREPENDIMENTO.
Se você disser com a sua boca: Jesus é Senhor e no seu coração crer que Deus ressuscitou Jesus, você será salvo. Porque nós cremos com o coração e somos aceitos por Deus; falamos com a boca e assim somos salvos. Rm 10.9,10.

O termo “ARREPENDIMENTO” vem de uma raiz hebraica “naham” e significa uma mudança de ideia ou de propósito. No entanto, o conceito do NT, e expressado pelo verbo hebraico “shub”, que aponta diretamente para termos como “converter-se”, ou “retornar”, podendo ser ainda traduzido por “arrepender-se” (Ez 14.6; 18.30),

No Novo Testamento, a palavra arrependimento parte da tradução do termo grego “metanoia” cujo significado indica “mudança de pensamento”, e também do verbo “metamelomai”, “mudar de atitude”, que é usado pelo menos cinco vezes no texto original. A doutrina do arrependimento é apresentada de forma muito clara no NT pelo substantivo “metanoia” e seu verbo coligado. Onde quer que este substantivo ou verbo ocorra ha um convite para que os homens se convertam de seus pecados e busquem a graça de Deus, ou ainda um registro ou referência de uma atitude de arrependimento.

Podemos entender o arrependimento, como a atitude que ocorre naquelas pessoas que se declaram salvos em Jesus cristo (2 Co 7.9,10), sendo o apelo, dirigido aos descrentes para que estes tenham este encontro pessoal. Ha um nítido desenvolvimento do uso da palavra no NT. João Batista (Mt 3.2,8,11; Mc1.4; Lc 3.3,8) pregava o arrependimento para todo o povo judeu, em vista da vinda repentina do Messias. Seu ministério pode resumido nas palavras de Paulo: “João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto e, em Jesus Cristo” At 19.4

Sendo o ARREPENDIMENTO o primeiro passo para a salvação. É a volta do pecador a Deus. Entre muitas definições, podemos destacar as seguintes:

➡Arrepender-se significa mudar a maneira de pensar em relação ao pecado e a vontade de Deus, e tomar a decisão capaz de conduzir nossa vida a uma transformação de sentimentos e de propósitos em relação a nossa vida de pecado.

➡Arrepender-se é a conceber um sentimento verdadeiro capaz de produzir tristeza pelo pecado, e incluir neste sentimento um esforço sincero no sentido de abandoná-lo e mudar de vida.

➡Arrepender-se é confessar a culpa, respondendo de forma positiva o toque do pelo Espírito Santo e aplicando a Lei Divina no coração.

Mc 1:14,15 - Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.

1. A NATUREZA DO ARREPENDIMENTO.
2Co 7:10. “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação...”.
A ênfase dos escritos de Paulo aos Coríntios é a existência de uma relação entre sentimentos como tristeza e arrependimento. Neste texto, a tristeza e o arrependimento não indicam, de modo algum, uma mesma coisa.

O processo pode ser descrito desta forma: O ser humano, imbuído de um sentimento de tristeza em relação aos seus pecados, tem um encontro com o Senhor Jesus. Como resultado desse encontro, ele se arrepende de seus atos cujo resultando uma mudança de opinião em relação à sua vida sem Deus. A este processo, chamamos “salvação”. O apóstolo estabeleceu dessa forma uma progressão neste processo: Tristeza, arrependimento e salvação. Pelas palavras de Paulo o processo do arrependimento não indica somente o sentimento de tristeza em relação ao pecado, é bem mais do que isto. Arrependimento tem a ver com o pecador, que uma vez sendo alcançado pela salvação, passa a viver sua vida de forma diferente. At 2:38; Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.

O real arrependimento envolve pelo menos três faculdades básicas do homem: seu intelecto, suas emoções e sua vontade.

Intelecto. O Arrependimento se traduz por uma mudança de pensamento em relação à maneira de pensarmos em Deus, em nossos pecados e nas nossas relações com o próximo. Esta mudança produzida pelo arrependimento é vista como uma atitude radical, pois é capaz de produzir transformação na maneira de viver a vida, e na maneira de enxergar Deus e Sua Palavra.

Emoções. Arrependimento também envolve mudar sentimentos. O homem quando se arrepende deixa de amar ou apreciar as coisas que antes amava ou apreciava, mas que o separava de Deus. Seu prazer deixa de se fixar em coisas terrenas para focar de vez as coisas celestiais. O arrependimento, em alguns casos, chega a conduzir o homem ao choro ao descobrir a realidade e as causas de seus pecados. O verdadeiro estado de arrependimento vai fixar os olhos na Pessoa de Deus com maior intensidade que no pecado cometido.

Vontade. Arrepender-se indica também uma mudança de propósitos. Antes de experimentar o arrependimento, o homem age por sua própria vontade, dirige a si mesmo, e anda no seu próprio caminho. Quando se arrepende, o homem passa a desejar fazer a vontade de Deus, e vai querer ser dirigido por Ele. Isto é resultado do conhecimento de que a vontade e a direção de Deus são sempre as melhores. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável(Sl 51:10).

II. SEGUNDO ASPECTO: A FÉ.
Fé é uma palavra do NT, Ela ocorre apenas duas vezes no AT (Dt 32.20; Hc 2.4). A palavra equivalente no AT e “confiança” que em suas formas correlatas ocorrem mais de 150 vezes como a tradução de varias palavras hebraica diferente. Para compreendermos o termo “fé”, no NT podemos partir de um termo grego “pistis” que tem tanto o sentido de “fidelidade” (Rm 3.3), quanto o de confiança (Mc 11.22)

No AT o termo apontava mais para uma espécie de relacionamento entre partes de um contrato em que deveria haver promessas e fidelidade. Mais tarde, este mesmo termo passou a indicar, num sentido mais lato da palavra, a credibilidade nas declarações, algo como relatórios e narrativas em geral, que bem podiam ter alguma indicação sacra ou secular. No grego do Novo Testamento, o termo ganhou uma importância especial e passou a ter um conteúdo bem mais específico ao apontar para a possibilidade de relacionamento entre Deus e os homens. isto dando ao termo a seguinte definição: Fé é a aceitação e reconhecimento, em plena confiança, daquilo que Deus fez ou prometeu através de seu Filho o Senhor Jesus Cristo.

A fé é a virtude básica no NT (1Co 13.13; Hb 11.6; 2Pe 1,5-7). Segundo a opinião de alguns teólogos não existe nenhuma definição formal do termo na Bíblia, inclusive no texto de Hebreus 11.1, que às vezes mencionamos como definição. “As palavras famosas com as quais este capítulo é aberto não são tanto uma definição, mas uma descrição. Elas não são uma definição, pois não indicam, como disse Tomas de Aquino, a essência da fé. Elas nos dizem o que a fé produz, e não o que ela é. Suas questões, ao invés da sua natureza. A ‘fé’, diz o escritor, e a base das coisas que se esperam e a demonstração de objetos não vistos’. Isto é o que a fé é em seus resultados”. (Dean F. W. Farrar)

1. RELAÇÃO DO TERMO NO QUE DIZ RESPEITO À SALVAÇÃO.

a) NO ANTIGO TESTAMENTO.
Uma vez que o termo hebraico, “aman”, pode ser aplicado tanto aos homens, quanto ao próprio Deus, no AT, é fácil perceber possibilidade de relação e de fidelidade entre a criatura e o criador. Quanto a Deus, esta relação se estabelece no que diz respeito a Sua aliança e graça. No que diz respeito ao homem, fala de uma aproximação de entrega e fidelidade. Dt 7.9 Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é que é Deus, o Deus fiel, que guarda o pacto e a misericórdia, até mil gerações, aos que o amam e guardam os seus mandamentos; No AT o termo “fé” é encontrado apenas duas vezes (Dt 32:20; Hc 2:4). Isso não significa, entretanto, que a fé não seja elemento importante no ensino do AT, pois ainda que a palavra não seja frequente, a ideia, o é. É usualmente expressa por verbos tais como “crer”, “confiar” ou “esperar”, os quais ocorrem com grande abundância.

b) NOVO TESTAMENTO.
No NT, a fé é altamente proeminente. O substantivo “pistis” e o verbo “pisteuõ” ocorrem ambos mais de 240 vezes, enquanto que o adjetivo “pistos” ocorre 67 vezes. O pensamento predominante é a ação de Deus em enviar Seu Filho para ser Salvador do mundo. Cristo realizou a salvação ao entregar Sua vida de forma expiatória na cruz do Calvário. Portanto, a fé se relaciona com a atitude mediante a qual o homem, após crer no sacrifício de Cristo, abandona sua vida de pecado, abrindo mão de toda a confiança em seus próprios esforços para confiar em Deus e Seu Filho Jesus Cristo. Em João, a fé ocupa um lugar importantíssimo, pois ali o verbo “pisteuõ” é encontrado 98 vezes. Curioso é que o substantivo “pistis” fé, nunca é encontrado. Isso possivelmente se deve ao seu uso em círculos de tipo gnóstico. O enorme uso de “pisteuõ” em João se deve ao próprio objetivo claramente revelado no Evangelho em Jo 20:31. A fé não consiste meramente em aceitar certas coisas como verdadeiras, mas consiste em confiar numa Pessoa, e essa Pessoa é Jesus Cristo. E como a fé é fundamental ao Cristianismo, os cristãos são simplesmente chamados “crentes”. E crer implica em: Confiar (Jo 4:50); Seguir (Jo 8:12); Servir (Jo 13:12-15; 21:15-17); Obedecer (Jo 14:23,24).

III. TERCEIRO ASPECTO: A REGENERAÇÃO.
2Pe 1:10 Portanto, irmãos, procurai mais diligentemente fazer firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.
Para melhor compreensão do termo “regeneração”, podemos dizer que pelo aspecto divino, uma mudança de coração é chamada de “regeneração”, ou de “novo nascimento”. O conceito quando visto do lado humano, muda sua forma e pode ser chamada de “conversão”. Na regeneração, a alma é passiva; ela apenas “recebe” de Deus. Na conversão, ela é ativa, e neste caso, aqui existe uma “entrega” a Deus.

1. A NATUREZA HUMANA.
2Pe 1:4 pelas quais ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.
Para que haja a concessão de uma nova natureza no que diz respeito à regeneração, deve acontecer primeiro a produção de uma nova criação (2Co 5:17). No entanto, a regeneração não implica em uma mudança substancial da alma. A Bíblia vai declarar repetidas vezes, que o homem precisa ser regenerado antes de poder ver a Deus. E esta afirmação é reforçada pela razão e pela consciência. A santidade é uma condição indispensável para sermos aceitos na comunhão com Deus. Mas toda a humanidade é pecadora por natureza, e quando chega a consciência moral, torna-se culpada de transgressão real. Portanto, em seu estado natural, a humanidade não pode ter comunhão com Deus. Agora, esta mudança moral no homem somente pode ser feita por um ato do Espírito Santo. Ele regenera o coração e comunica a este a vida e a natureza de Deus.

As Escrituras mostram que esta experiência é o desenvolvimento de um novo nascimento, pelo qual o homem se transforma em Filho de Deus (Jo 1.12). Por natureza, os homens são:
↪Filhos da ira (Ef 2:3);
↪Filhos da desobediência (Ef 2:2);
↪Filhos do Mundo (Lc 16:8);
↪Filhos do Diabo (Mt 13.38; 23.15; At 13.10; 1Jo 3.10).
Esta última expressão é usada especialmente para os que rejeitaram a Cristo, em Jo 8:44. Somente o novo nascimento pode produzir uma natureza santa dentro dos pecadores de modo a tornar possível a comunhão com Deus.

2. OS MEIOS DA REGENERAÇÃO.
A Escritura apresenta a regeneração como obra de Deus. Mas há exigências envolvidas na experiência, que faremos bem em notar.

a) A Vontade de Deus. Somos nascidos “da vontade de Deus” (Jo 1:13). As palavras de Tiago esclarecem ainda mais: “Pois, segundo seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tg 1:18).

A Morte e Ressurreição. O novo nascimento é condicionado à fé no sacrifício expiatório do Senhor Jesus Cristo (Jo 3:14-16). A ressurreição de Cristo está igualmente envolvida em nossa regeneração 1Pe 1:3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,

A Palavra de Deus. Um dos principais agentes para a regeneração, como visto em Tg 1.18, “Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”. Aqui cabe a explicação. O pensamento expresso em Jo 3:5; 1Pe 1:23, referente à água, não diz respeito ao batismo, pois o mesmo é evidenciado pelo fato de que em Ef 5:26 a purificação é relacionada à Palavra. Deve-se explicar Tt 3:5 da mesma maneira, pois é claro que a água não tem poder regenerador. Paulo havia gerado os coríntios mediante o Evangelho (1Co 4:15), mas havia batizado apenas alguns deles (1Co 1:14 16). Zaqueu (Lc 19:9), o ladrão arrependido (Lc 23:42-43, e Cornélio (At 10:47) foram declarados salvos antes de terem sido batizados).

O Espírito Santo. Finalmente temos aqui o agente eficaz real no processo da regeneração, o Espírito Santo (Jo 3:5; Tt 3:5). A verdade não constrange a vontade por si só; além disso, o coração não regenerado odeia a verdade até ser trabalhado pelo Espírito Santo. O Senhor Jesus disse acerca do Espírito Santo, em Jo 16:8: “Quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. Portanto, podemos afirmar que o Espírito Santo é tanto um Advogado quanto um Acusador.

CONCLUSÃO:
Rm 8:16,17 O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
Aquele que é nascido de Deus recebe condições para ser vencedor diante das inúmeras tentações que podem advir sobre ele (1Jo 3.9; 5.4,18). Isto indica que o salvo tem, em Deus, uma vida vitoriosa e contínua.  A regeneração como processo de Deus na salvação do homem, o leva entre outras coisas as seguintes atitudes:
↪Amar aos irmãos (1Jo 5.1),
↪Amar a Palavra de Deus (Sl 119.97; 1Pe 2:2),
↪Amar seus inimigos (Mt 5.43-48),
↪Amar as almas perdidas (2Co 5.14).
A pessoa regenerada goza de certos privilégios como Filho de Deus, como:
➡Satisfação de nossas necessidades (Mt 6:31,32),
➡Revelação da vontade do Pai (1 Co 2:10-12),
➡Socorro divino (1Jo 5:18).
O homem que é nascido de Deus é herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo Embora o entrar realmente no gozo da herança ainda esteja no futuro, o filho de Deus já agora tem um penhor dessa herança na dádiva do Espírito Santo (Ef 1:13,14). É claro que estes resultados não são diferentes visíveis aos olhos do mundo, mas são, não obstante, muito reais para aquele que nasceu para a família de Deus.






segunda-feira, 4 de julho de 2016

Aproximados pelo sangue de Cristo

APROXIMADOS PELO SANGUE DE CRISTO.
Lição 4 -  CARTA AOS EFÉSIOS
(Culto de Estudo da Palvra)
Dia. 04/07/2016

Texto Básico: Ef 2.6-13 e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas. Portanto, lembrai-vos que outrora vós, gentios na carne, chamam circuncisão, feita pela mão dos homens, estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.

Introdução: O assunto principal na Carta aos Efésios, neste momento, passa a ser, a salvação pela graça. “pela graça sois salvos" Ef 2.1-10. Graça, pode ser entendida como o Dom através do qual, Deus estende Sua misericórdia e bondade e salva a todas as pessoas que se aproximam Dele, pelo Sacrifício e entrega de Cristo Jesus na Cruz do Calvário. A graça permite  que Deus confronte a indiferença e a rebelião humana com Sua capacidade ilimitada de perdoar e abençoar . 

A doutrina da Graça encontra-se presente no pensamento tanto do VT, quanto do NT. Entretanto, no VT, tal doutrina apenas antecipa e prepara a expressão para uma completa revelação no NT. Aqueles que teimam em permanecer no pecado, segundo escreve o apóstolo Paulo, andam "segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar". Daí, vem o castigo como consequência, e ao longo da história, este castigo sempre tem sido a morte (Gn 2.17; Rm 6.2). O pecado separa o homem de Deus (Is 59.1,2), tornando-o incapaz de escapar de tal sentença. 

I.  CRISTO, A GRAÇA SALVADORA DE DEUS. 


Ef 3:6 a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho;
Deus, por sua infinita misericórdia, e para nós poupar da morte merecida pela consequência de nossos pecados, enviou Seu Filho Jesus para morrer em nosso lugar (morte expiatória). Ef 2:5 estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos). 
Neste ato de bondade de Deus, evidencia-se Sua misericórdia para com a humanidade vencida pelo pecado. Deus manifesta Seu amor, perdão, proteção, e auxílio, e ainda coloca o homem em condições de ter nossas súplicas atendidas por Ele. (Êx 20.6; Nm 14.19; Sl 4.1). Esta disposição divina se manifestou desde a criação do mundo, e segue até o final dos tempos (Sl 136; Lc 1.50). 

DEFINIÇÃO DO TERMO.
A graça é o que podemos definir como sendo:
➡ O amor de Deus que salva as pessoas e as conservam unidas a Pessoa de Deus. Tt 2.11 Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens.  
➡ A soma das bênçãos que uma pessoa, sem merecer, recebe em vista da misericórdia divina. Rm 6.1,2 Portanto, o que vamos dizer? Será que devemos continuar vivendo no pecado para que a graça de Deus aumente ainda mais? É claro que não! Nós já morremos para o pecado; então como podemos continuar vivendo nele?
➡ A influência sustentadora de Deus que permite que a pessoa salva continue fiel e firme na fé. Rm 5.17 É verdade que, por causa de um só homem e por meio do seu pecado, a morte começou a dominar a raça humana. Mas o resultado do que foi feito por um só homem, Jesus Cristo, é muito maior! E todos aqueles que Deus aceita e que recebem como presente a sua imensa graça reinarão na nova vida, por meio de Cristo.

Paulo enfatiza ser importante estar "em Cristo" para receber a graça de Deus. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé" (Ef 2:8). Pois a obediência a Pessoa do Senhor Jesus é Cristo é requisito primordial para a recepção da Graça Salvadora. (Tt 2:11-15). Obediência tem a ver em não andar acordo com as obras que desejamos fazer, mas de acordo com as "boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (2:10). É nas Escrituras que aprendemos sobre estas "boas obras" que Cristo criou para nós (2Tm 3:16-17). Se desejamos receber a graça de Deus que está "em Cristo", precisamos obedecer fielmente aos mandamentos de Dele.

II. CRISTO A NOSSA PAZ. Ef 2.11-18
Houve um tempo em que somente a nação de Israel, de acordo com a Lei de Moisés, tinham acesso à presença de Deus em seu templo, em Jerusalém. Os estrangeiros e os "imundos" tinham que ficar fora dos muros do templo. v12 "separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa" Mas Deus, em Cristo, providenciou um meio de aproximação entre estes povos.  v13 "em Cristo Jesus...fostes aproximados". Deus aproximou as pessoas de dois modos importantes.

➡ Primeiro, ele reuniu judeus e gentios um ao outro através do Sacrifício de Cristo na cruz. v16 Pela sua morte na cruz, Cristo destruiu a inimizade que havia entre os dois povo e os levou de volta para Deus. Através do sacrifício na Cruz. Cristo uniu em um só corpo ambos os povos, conduzindo-o de volta para Deus.
➡ Segundo, Cristo nos aproximou de Deus, dando-nos acesso ao Pai por meio do Espírito Santo. É por meio de Cristo que todos nós, judeus e não-judeus, podemos ir, pelo poder de um só Espírito, até a presença do Pai.

Em Cristo, não há mais separação entre Deus, suas promessas e seu povo. Assim, estamos unidos em Cristo, reconciliados com Deus e formando um só povo com Ele. Através desta união, passamos a gozar de uma paz que não significa apenas ausência de guerra, inimizade ou brigas, mas inclui também tranquilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual. Ele acabou com a lei, juntamente com os seus mandamentos e regulamentos; e dos dois povos formou um só povo, novo e unido com ele. Foi assim que ele trouxe a paz. v15

III. RESULTADO DE UMA VIDA COM CRISTO. 
“Vocês são como um edifício e estão construídos sobre o alicerce que os apóstolos e os profetas colocaram. E a pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus.” Ef 2:20

O Edifício de Deus. (2:19-22).

Agora, em Cristo, fomos reunidos como uma família, e Nele estamos sendo edificados um edifício espiritual para Deus, fundados no ensinamento dos "apóstolos e profetas", e seguindo o modelo de Cristo, "a pedra angular" (2:20). Qualquer ensinamento que não se alinhar com o ensinamento de Cristo,  de seus apóstolos e dos profetas, isto é da BÍBLIA, não faz parte dos planos para o edifício de Deus! Este edifício está sendo construído para ser um "santuário dedicado ao Senhor... para habitação de Deus no Espírito" (2:21-22). A pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus. Ele mantém o edifício firme e faz com que cresça como um templo dedicado ao Senhor. (2:20-21). Neste templo, todos que estão em Cristo têm acesso a Deus, no Espírito. Porque nós somos companheiros de trabalho no serviço de Deus, e vocês são o terreno no qual Deus faz o seu trabalho. Vocês são também o edifício de Deus. (1Co 3:9)




A ÚLTIMA SEMANA DE DANIEL

  Texto Básico: Dn 9.26,27 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir...