domingo, 26 de dezembro de 2010

COMPORTAMENTO E CARÁTER CRISTÃO


"Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Vivam de tal maneira que não prejudiquem os judeus, nem os não-judeus, nem a Igreja de Deus. Façam como eu. Procuro agradar a todos em tudo o que faço, não pensando no meu próprio bem, mas no bem de todos, a fim de que eles possam ser salvos." (1Co 10:31-33 NTLH)
Introdução: A pessoa que recebe a Jesus como seu Salvador pessoal, tem a sua maneira de agir totalmente modificada, pelo fato de que com o novo nascimento, ele torna-se numa nova criatura.

I. CONCEITOS:

  1. COMPORTAMENTO: é considerado como um conjunto de atitudes e maneiras de agir do indivíduo em face ao meio social em que vive.
  2. COMPORTAMENTO CRISTÃO: é o conjunto de ações que identificam o homem com a vontade de Deus, e o faz reconhecido como uma pessoa que traz benefícios ao seu próximo.
  3. CARÁTER: O termo vem do grego "character" que significa "distintivo". Portanto significa "marca"
O conceito de caráter, no entanto é mais abrangente. Às vezes caráter é entendido como a própria personalidade. Caráter é o "feitio moral", o conjunto de qualidades boas e/ou más de um indivíduo. É um componente da personalidade e é adquirida e se desenvolve sob a influência do meio ambiente. Tem a ver com a conduta moral do indivíduo. (A conduta de vocês entre os pagãos deve ser boa, para que, quando eles os acusarem de criminosos, tenham de reconhecer que vocês praticam boas ações, e assim louvem a Deus no dia da sua vinda. 1Pe 2:12)
II. COMPORTAMENTO HUMANO.

Existe uma série de fatores que atuam no ser humano e dá motivo para a que a pessoa venha a agir ou reagir dessa ou daquela maneira. Estes agentes podem ser:

  1. De natureza interna. Partindo do próprio indivíduo. (Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu. Mt 5:16 NTLH)
  2. De natureza externa. Estímulos ambientais. O indivíduo tem sempre condições de reagir a esses estímulos com uma resposta que é o seu comportamento através do qual ele ficará conhecido no seu meio ambiente. (O que foram ver? Um homem bem vestido? Ora, os que se vestem bem moram nos palácios! Mt 11:8 NTLH
Ambientes: o que cerca ou envolve a pessoa na esfera em que vive. Estes ambientes podem se tornar verdadeiros "gigantes" na formação do ser humano. A criança é formada em ambientes e estes vão influenciar o "caráter" desta criança durante a sua criação. (O Filho do Homem come e bebe, e vocês dizem: "Vejam! Esse homem é comilão e beberrão; é amigo dos cobradores de impostos e de outras pessoas de má fama. Lc 7:34 NTLH)

EXEMPLOS DE AMBIENTES NEGATIVOS:

  • Ambiente de crítica. (Por isso paremos de criticar uns aos outros. Pelo contrário, cada um de vocês resolva não fazer nada que leve o seu irmão a tropeçar ou cair em pecado. Rm 14:13)
  • Ambiente de humilhação.
    (Todos me ameaçam, abrem a boca para zombar de mim e me dão bofetadas para me humilhar. Jó 16:10)
  • Ambiente de zombaria. (Primeiro vocês precisam saber que nos últimos dias vão aparecer homens dominados pelas suas próprias paixões. Eles vão zombar de vocês, 2 Pe 3:3)
  • Ambiente de desvalorização.
    (E me humilharei ainda mais diante dele. Você pode pensar que eu não sou nada, mas aquelas moças de quem você falou vão me dar muito valor! 2Sm 6:22)
  • Ambientes sem perdão. (tu querias ver se eu ia pecar para depois me negares o teu perdão. Jó 10:14)
  • Ambientes de mentira. (Você gosta mais do mal do que do bem e prefere a mentira em lugar da verdade. Sl 52:3)
  • Ambientes de trapaça. (Eles planejam a maldade, fazem o que é errado e só pensam em enganar os outros. Jó 15:35)
  • Ambiente de intolerância ou de tolerância extrema.
    (Vocês são tão sábios e suportam de boa vontade os loucos. 2Co 11:19)
  • Ambiente de falta de limite social.
    (Estão sempre acusando os seus irmãos e espalhando calúnias a respeito deles. Sl 50:20)
  • Ambiente de falta de carinho. (Não era um inimigo que estava zombando de mim; se fosse, eu poderia suportar; nem era um adversário que me tratava com desprezo, pois eu poderia me esconder dele. Sl 55:12 NTLH)
  • Ambiente sem Cristo.
    (Naquele tempo vocês estavam separados de Cristo; eram estrangeiros e não pertenciam ao povo escolhido de Deus. Não tinham parte nas suas alianças, que eram baseadas nas promessas de Deus para o seu povo. E neste mundo viviam sem esperança e sem Deus. Efésios 2:12)
Livre Arbítrio: (Faculdade de resolver, de decidir). Ao criar o homem, Deus o dotou de liberdade de escolha, de opção. Contudo deve ser notado que liberdade implica em responsabilidade. (Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho útil. Então não sei o que devo escolher. Fp 1:22)

III. COMPORTAMENTO CRISTÃO.

Como todas as pessoas, o cristão tem também o direito de ação. Muitos julgam o cristão como um "bitolado" que vive num terrível jugo e que é obrigado a viver uma vida de sacrifícios e renuncia total. Isto não é verdadeiro, o cristão vive de maneira que procura agradar a Deus. A pessoa que tem o Espírito Santo pode julgar o valor de todas as coisas, porém ela mesma não pode ser julgada por ninguém. 1Co 2:15
  1. ANDAR EM SINCERIDADE
Os olhos são como uma luz para o corpo: quando os olhos de vocês são bons, todo o seu corpo fica cheio de luz. Mt 6:22

Sinceridade: franqueza, lealdade, verdade. Que não oculta, não distorce.
Origem da palavra: Quando os artesões do mármore, na antiga Roma, faziam acidentalmente talhos muitos profundos em certas partes de suas esculturas, procuravam esconder tais falhas enchendo os sulcos com pedaços de cera da mesma cor, mascarando os defeitos ocasionados pela má execução de suas peças que eram vendidas como perfeitas. Outros escultores desejavam vender as suas obras com honestidade e anunciavam nos pedestais delas: "SINE SERE" (sem será).
  • Em suas ações.
    Vocês só poderão ter frutas boas se tiverem uma árvore boa. Mas, se tiverem uma árvore que não presta, vocês terão frutas que não prestam. Porque é pela qualidade das frutas que sabemos se uma árvore é boa ou não presta. Mt 12:33 NTLH)
  • Em suas palavras. Por isso não mintam mais. Que cada um diga a verdade para o seu irmão na fé, pois todos nós somos membros do corpo de Cristo! Ef 4:25 NTLH)
  • Sinceridade e retidão:
    Só tem esse direito aquele que vive uma vida correta, que faz o que é certo e que é sincero e verdadeiro no que diz. Sl 15:2 NTLH)
  1. FAZER JUSTIÇA.
Vocês são o povo de Deus. Ele os amou e os escolheu para serem dele. Portanto, vistam-se de misericórdia, de bondade, de humildade, de delicadeza e de paciência. Cl 3:12
A justiça é a virtude de conceber a cada um aquilo que lhe pertence, que é seu. Fazer justiça significa andar em conformidade com o que é direito, com aquilo que é correto. (O SENHOR já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus. Mq 6:8 NTLH; Faça o que é direito e justo, pois isso agrada mais a Deus do que lhe oferecer sacrifícios. Pv 21:3 NTLH)
  1. FALAR A VERDADE.
Como dizem as Escrituras Sagradas: "Quem quiser gozar a vida e ter dias felizes não fale coisas más e não conte mentiras. 1Pe 3:10

  • A mentira foi gerada por Satanás.
    Vocês são filhos do Diabo e querem fazer o que o pai de vocês quer. Desde a criação do mundo ele foi assassino e nunca esteve do lado da verdade porque nele não existe verdade. Quando o Diabo mente, está apenas fazendo o que é o seu costume, pois é mentiroso e é o pai de todas as mentiras. Jo 8:44 NTLH)
  • O mentiroso não terá parte no Reino de Deus.
    Mas fora da cidade estão os que cometem pecados nojentos, os feiticeiros, os imorais e os assassinos, os que adoram ídolos e os que gostam de mentir por palavras e ações. Ap 22:15 NTLH)
IV. FONTE DE CONDUTA.

O amor deve ser o alicerce de toda conduta do cristão, pelo fato de ser ele o sentimento sublime e envolvente, que produz bem estar e felicidade ao que o recebe. Foi o próprio Deus quem criou este sentimento, ou esta lei. Portanto, sejam perfeitos em amor, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu. Mt 5:48
  • Amor de Deus.
    Assim como o meu Pai me ama, eu amo vocês; portanto, continuem unidos comigo por meio do meu amor por vocês.Jo15:9
  • Amor ao próximo. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos. Jo 13:35
  • Amor a si próprio. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.Rm 5:5
Jesus ensinou que o indivíduo deve amar o próximo como a si mesmo.



V. NATUREZA MORAL DO HOMEM (FORMAÇÃO DO CARÁTER)

  1. HÁBITOS E DESENVOLVIMENTOS DO CARÁTER.
e se vestiram com uma nova natureza. Essa natureza é a nova pessoa que Deus, o seu criador, está sempre renovando para que ela se torne parecida com ele, a fim de fazer com que vocês o conheçam completamente. Cl 3:10
O hábito é uma disposição adquirida pela experiência. É uma aptidão que a pessoa adquire e quanto mais é praticado, mas perfeito e mas automático ele se torna.

  • MAUS HÁBITOS. Os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras. Mc 7:22-23
  • BONS HÁBITOS. Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus! Ef 5:2 
  1. QUALIDADES DO CARÁTER.
  • JUSTIÇA. Defendam os direitos dos pobres e dos órfãos; sejam justos com os aflitos e os necessitados. Socorram os humildes e os pobres e os salvem do poder dos maus. Sl 82:3-4 (Sl 82.3,4; Pv 10.2; 11.5,6; 14.34; 21.3; 1Tm 2.22)
  • PRUDÊNCIA. O homem sensato sempre pensa antes de agir, mas o tolo anuncia a sua ignorância. Pv 13:16 (Pv 9.10;14.15; 27.12; Mt 7.24; 10.16; Ef 5.15)
  • TEMPERANÇA. Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Rm 12:3 (1Tm 3.22; Tt 2.2)
  • PERSEVERANÇA. Portanto, queridos irmãos, continuem fortes e firmes. Continuem ocupados no trabalho do Senhor, pois vocês sabem que todo o seu esforço nesse trabalho sempre traz proveito. 1Co 15:58. (Mc 13.13)

 

Estudo ministrado na escola bíblica Dominical dia 26/12/2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

JESUS O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA


Depois disse: - Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos. Lc 24:44 NTLH
Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor. Jo 5:39 NTLH
A Bíblia é a Palavra de Deus, Deus mesmo é o seu autor, o Espírito Santo é o seu real intérprete e Jesus Cristo o tema central das Escrituras. Sendo Jesus o tema central da Bíblia é logo de se esperar que a Bíblia esteja repleta dele. Basta olharmos com devido cuidado e o veremos em vários tipos, figuras, símbolos e profecias:

  • Gênesis: A Semente de mulher (Gn3:15)
  • Êxodo: O Cordeiro Pascoal (Êx 12)
  • Levítico: O Sumo-Sacerdote
  • Números: A nuvem de dia e a coluna de fogo à noite (Nm 14:14)
  • Deuteronômio: O Profeta Semelhante a Moisés (Dt 18:15)
  • Josué: O Capitão dos Exércitos do Senhor (Js 5:14)
  • Juízes: O Nosso libertador
  • Rute: O Parente Remidor (Rt 2.1)
  • I e II Samuel: O líder que não engana o povo
  • Reis e Crônicas: O Rei de quem não falaram a metade
  • Esdras: O Reconstrutor do templo
  • Neemias: O Muro que protege a cidade
  • Ester: O Nosso Mordecai
  • Jó: O Nosso Redentor que vive
  • Salmos: O Nosso Pastor. (Sl 23)
  • Provérbios: A nossa Sabedoria.
  • Eclesiastes: A Eternidade em nosso coração (Ec 3.11)
  • Cantares de Salomão: O Nosso Esposo Amado (Ct 2.6)
  • Isaías: O Príncipe da Paz (Is 9.6)
  • Jeremias: O Oleiro por excelência. (Jr 18)
  • Lamentações de Jeremias: O Profeta que não se conforma (Lm 2)
  • Ezequiel: O Atalaia de Deus (Ez 3.17)
  • Daniel: O Quarto Homem da fornalha (Dn 3.25)
  • Oseas: O Filho chamado do Egito (Os 11.1)
  • Joel: O Batizador com o Espírito Santo (Jl 2.28)
  • Amós: O Nosso Prumo (Am 7.8)
  • Obadias: O Nosso embaixador (Ob 1.1)
  • Jonas: O Missionário de Deus
  • Miquéias: O Guia do povo de Deus (Mq 5.2)
  • Naum: O Que anuncia as Boas Novas (Na 1.15)
  • Habacuque: O Deus de Temã e o Santo de Parã (Hc 3.3)
  • Sofonias: Aquele que está no meio de ti (Sf 3.15)
  • Ageu: O Desejado das nações (Ag 2.7)
  • Zacarias: O renovo de Deus (Zc 6.12)
  • Malaquias: O Sol da Justiça (Ml 4.2)
  • Mateus: O Messias Prometido (Mt 1.23)
  • Marcos: O Servo de Deus (Mc 10.45)
  • Lucas: O Filho do Homem (Lc 19.10)
  • João: O Filho de Deus (Jo 20.31)
  • Atos dos Apóstolos: O Senhor Reditivo
  • Romanos: A justiça Nossa
  • I Coríntios: O Senhor Nosso
  • II Coríntios: A Nossa Suficiência
  • Gálatas: O Nosso Libertador do Jugo da Lei
  • Efésios: O Nosso Tudo em Todos
  • Filipenses: A Nossa alegria
  • Colossenses: A Nossa vida
  • I Tessalonicenses: Aquele que há de vir
  • II Tessalonicenses: O Senhor que vai voltar
  • I Timóteo: O Nosso Mestre
  • II Timóteo: O Nosso Exemplo
  • Tito: O Nosso Modelo
  • Filemon: O Nosso Senhor e Mestre
  • Hebreus: O Nosso intercessor junto a Deus
  • Tiago: O Nosso Modelo angular
  • I Pedro: A preciosa Pedra Angular da Nossa Fé
  • II Pedro: A nossa força
  • I João: A Nossa Vida
  • II João: A nossa Verdade
  • III João: O Nosso Caminho
  • Judas: O Nosso protetor/ Aquele que há de vir com milhares dos seus santos e anjos
  • Apocalipse: O Nosso Rei Triunfante

     

 

sábado, 11 de dezembro de 2010

BÍBLIA, A PALAVRA DE DEUS

Introdução: Vivemos dias em que a descrença na Bíblia e em Deus é crescente, porém para nós, salvos em Jesus Cristo, a Bíblia é a Palavra de Deus em todos os sentidos. A Bíblia alumia nossos corações, fortalece a nossa fé e reverdece em nós a esperança da glória do Grande Deus. Sobre a Bíblia, o incomparável Coelho Neto, poeta e apreciador profundo das Escrituras, escreveu: Homem de fé, o livro da minha alma aqui o tenho: é a Bíblia. Não o encerro na biblioteca, entre os de estudo, conservo-o sempre na minha cabeceira à mão. É dele que tiro água para a minha sede de verdades; é dele que tiro o pão para a minha fome de consolo; é dele que tiro a luz nas trevas das minhas dúvidas; é dele que tiro o bálsamo para as dores das minhas agonias. É vaso em que semeando a caridade, vejo sempre verde a esperança, abrindo-se na flor celestial, que é a fé. Eis o livro que é a valisa com que ando em peregrinação pelo mundo. Tenho nele tudo. O Deus que trago no coração, é Cristo. Tenho-o diante de mim, como trago no meu coração, no meu gabinete de trabalho, cercado de flores, turíbulos perenes, que embalsamam com seu aroma e, mais do que imagem, tenho-o em culto no oratório do meu coração. Os pontos cardeais da minha religião são os quatro evangelhos. Lendo-os, conforto-me e quanto mais os medito, mais me sinto aproximar de Deus.

A ORIGEM DIVINA DA BÍBLIA

Introdução: A Bíblia é a revelação de Deus a humanidade. Seu autor é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo. Sendo a Bíblia a revelação de Deus, ela expressa a vontade de Deus, portanto, ignorá-la, é ignorar o próprio Deus. Certo autor anônimo corretamente declarou: "A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando." O vocábulo "Bíblia" não se encontra dentro do texto das Sagradas Escrituras, ele é derivado do nome grego que se dava a folha de papiro preparada para escritura – BIBLOS. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado de BIBLION, e vários destes era uma BÍBLIA. Portanto a palavra "Bíblia" literalmente significa "coleção de livros pequenos". Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra "BÍBLIA", sendo plural, passou a ser singular significando "O LIVRO". A definição canônica de Bíblia é: "A Revelação de Deus a Humanidade". Os vocábulos "bíblia" e "bíblion" constam no N.T. Grego, mas não se refere a própria Bíblia:

  • BÍBLIA – Jo 21.25; 2Tm 4.13; Ap 20.12.
  • BÍBLION – Lc 4.17; Jo 20.30


 

I. A BÍBLIA COMO LIVRO.

Além da necessidade de se aceitar a Bíblia como divina revelação de Deus para a humanidade, impõem-se o dever de compreendê-la como um livro escrito com palavras em nível da assimilação humana.

1. MATERIAIS DE ESCRITA ORIGINAL

Primeiramente foi usada a pedra, como a roseta e centenas de outras, tanto no Egito como na Caldéia. Depois aparece a cerâmica largamente usada na Mesopotâmia.

  • PAPIRO – Era uma planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e banhados do Oriente, lugares úmidos. Sua haste enconchada era prensada, lixada, polida com verniz especial, ficando pronto para receber a tinta da escrita. Usado no mundo todo, mas principalmente no Egito. Tinha a vantagem de, emendadas as folhas, alcançar 4 a 5 metros de comprimento ou mais. Ex 2.3; Jó 8.11; Is 18.2. de papiro deriva o termo "papel". Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C. No Egito.
  • PERGAMINHO – É a pele de cabrito, curtida, raspada polida e preparada para a escrita. É material mais caro superior ao papiro, porém de uso mais recente do que aquele. Tinha a vantagem de poder ser raspado e receber nova escrita. Teve seu uso generalizado, a partir do século I, na Ásia Menor. É também citado na Bíblia. 2Tm 4.13


 

2. FORMATO PRIMITIVO.

Inicialmente foram dois os formatos antigos:

  • ROLOS – Era de fato um rolo, feito de papiro ou pergaminho. Era preso por dois cabos de madeira para facilidade do manuseio. Cada livro da Bíblia era um rolo separado.
  • CÓDICES - Era uma obra em formato de livro de grandes proporções.

Nosso vocábulo "livros" vem do latim "liber", que significa primeiramente "cascas de arvore", depois "livros".

3. ESCRITA PRIMITIVA.

Era manuscrito. Tudo feito pelos escribas de modo laborioso, oneroso e lento.

  • MANUSCRITO UNCIAL – Era o que continha somente letras maiúsculas.
  • MANUSCRITO CURSIVO – O que continha somente minúscula


 

4. LINGAS ORIGINAIS.

O AT foi todo escrito em hebraico, com exceção de Dn 2.4 – 7.28; Ed 4.8 – 6.18; 7.22-26 e Jr 10.11, escritos em aramaico. O NT foi escrito em grego popular chamado "KOINÉ" que quer dizer "comum". Os manuscritos do NT aparecem em iniciais maiúsculos, e cursivos que vem a ser minúsculos.

5. ESCRITORES DA BÍBLIA.

A existência da Bíblia, abrangendo seus escritores, sua formação, composição, preservação e transmissão, só pode ser explicada como milagre de Deus, ou melhor, como Deus sendo o seu autor. Foram cerca de 40 os escritores da Bíblia. Deste modo, a Palavra Escrita de Deus foi dada por canais humanos. Estes homens pertenceram as mais variadas profissões e atividades. Escreveram e viveram distantes uns dos outros em épocas e condições diferentes. Levou aproximadamente 1600 anos (16 séculos) para escreverem a Bíblia toda. Apesar de todas estas dificuldades, a Bíblia não contém erros nem contradições. Existe sim, dificuldade de compreensão, interpretação, tradução e aplicação, mas tudo isto do lado humano, devido a nossa incapacidade em todos os sentidos. Os homens escolhidos por Deus para compor a Bíblia, eram praticamente de todas as atividades da vida humana então conhecida, razão pela qual encontramos os mais variados estilos nos seus escritos. Exemplos:

  • Moisés foi príncipe e legislador, Josué, foi um valoroso soldado, Davi e Salomão foram reis e profetas, Isaías, foi estadista e profeta, Daniel, foi ministro de estado, na Babilônia, Jeremias e Zacarias, foram sacerdotes e profetas, Amós, foi agricultor e vaqueiro, Pedro, Tiago e João, foram pescadores, Mateus, foi funcionário público romano, Lucas, foi médico e historiador, Paulo, foi teólogo e erudito, além de confeccionar tendas.

Apesar das variadas formações e ocupações dos escritores da Bíblia, examinando os seus escritos, observamos como eles se harmonizam e se inteiram do começo ao fim. Eles não tomam rumos diferentes. As condições em que eles escreveram os livros, também foram as mais variadas. Por exemplo:

  • Moisés escreveu os seus livros nas solitárias paragens do deserto durante suas peregrinações do Egito para Canaã. Jeremias escreveu nas trevas e imundícies dum cárcere. Davi, nas campinas e elevações do campo, no calor das batalhas. Salomão, no conforto do palácio, em um reino sem guerras. Paulo, ora em prisões, ora em viagens. João, exilado na Ilha de Patmos, escreveu o Apocalipse.

Não obstante tantas e diferentes condições em que cada escritor encontrava-se quando tiveram que escrever seus livros, juntos eles são de uma uniformidade incrível, fluindo suavemente de Gênesis ao Apocalipse, e não apresentando nenhuma contradição.

A ESTRUTURA DA BÍBLIA

A estrutura da Bíblia compreende a sua composição, isto é, a sua divisão em partes principais e seus livros quanto a classificação por assunto, divisões em capítulos e versículos, e certas particularidades.

I. DIVISÃO EM PARTESE PRINCIPAIS

A Bíblia se divide em duas partes principais: Antigo Testamento (AT) e Novo Testamento (NT). O AT é três vezes mais volumoso que o NT.

1. COMPOSIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS LIVROS.

A Bíblia contém 66 livros, sendo 39 no AT e 27 no NT. O maior livro é o de Salmos e o menor o de 3João. Os 66 livros estão classificados ou agrupados por assunto, sem ordem cronológica.

O Antigo Testamento se divide em quatro partes:

  • PENTATEUCO/ LEI. 5 Livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Tratam da criação e da lei
  • HISTÓRIA. 12 Livros: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Contém a história do povo escolhido.
  • POESIA – 5 Livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. São chamados poéticos devido ao gênero do seu conteúdo.
  • PROFECIA – 17 Livros subdivididos em dois grupos:
    • POFETAS MAIORES – 5 Livros: Isaías, Jeremias, Lam. de Jeremias, Ezequiel e Daniel
    • PROFETAS MENORES – 12 Livros: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Os nomes maiores ou menores referem-se ao volume e matéria dos livros bem como a extensão dos ministérios.

O Novo Testamento também pode ser dividido em quatro partes:

  • BIOGRAFIA – 4 Livros: Mateus, Marcos, Lucas e João. São os quatro Evangelhos. Descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e o seu ministério entre os homens. Os três primeiros são chamados "Sinópticos" devido ao paralelismo que apresentam.
  • HISTÓRIA – 1 Livro: Atos dos Apóstolos. Registra a história da Igreja Primitiva, viver e agir.
  • DOUTRINA/ EPÍSTOLAS – 21 Livros, podendo ser subdivididos em dois grupos:
    • EPÍSTOLAS PAULINAS - 13 Livros. Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon.
    • EPÍSTOLAS GERAIS - 8 Livros. Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I,II e III João, Judas.
  • PROFECIA – 1 Livro. Apocalipse, que significa "Revelação" - Trata da volta pessoal de Jesus


     

2. CURIOSIDADES DA BÍBLIA.

A Bíblia contém cerca de 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras, 31.173 versículos (o maior é Et 8.9; o menor é Jó 3.2), e conta com 1189 capítulos. A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França. A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X primeiro dividiram o texto hebraico (AT) em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no AT, um impressor francês chamado Robert d'Etiénne, dividiu o NT em versículos no ano de 1551. D 'Etiénne morava então em Gênova, na Itália. Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos. Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suíça. Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo nisto grande utilidade para a memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. A primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida, em português (1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos. O maior capítulo da Bíblia é o Salmo 119, com 176 versículos. O menor capítulo da Bíblia é o Salmo 117, com 2 versículos apenas.

VERSÕES E TRADUÇÕES DA BÍBLIA

Introdução: A primeira tradução da Bíblia em português foi feita por um evangélico: Pastor João Ferreira A. D' Almeida. Fato interessante é que o trabalho foi realizado fora de Portugal, na cidade de Batávia, Ilha de Java, no Oceano Índico. Hoje esta cidade chama-se Djacarta, capital da República da Indonésia. Almeida foi ministro do evangelho da Igreja Reformada Holandesa, a mesma que evangelizou o Brasil, com sede em Recife durante a ocupação holandesa no século XVII.
Almeida nasceu em Portugal, perto de Lisboa em 1628, e faleceu em Java em 1691. a Igreja Católica através do Tribunal da Inquisição, não tendo como queimar Almeida vivo, queimou-o em estátua, em Goa, antiga possessão portuguesa na índia.

I. A VERSÃO DE ALMEIDA.

Almeida traduziu primeiro o NT, o qual foi publicado em 1681, em Amsterdam, Holanda. Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, há um exemplar da 3° edição de "O Novo Testamento de Almeida, feito em 1712. Almeida traduziu o AT até o livro de Ezequiel. A essa altura Deus o chamou para o lar celestial. Em 1691, ministros do evangelho, amigos de Almeida, terminaram a tradução que foi publicada completa em 1753. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, de Londres, começou a publicar a tradução de Almeida em 1809, apenas o NT. A Bíblia completa num só volume, a partir de 1819. o texto em apreço foi revisado em 1894 e 1925. a Bíblia de Almeida foi publicada pela primeira vez no Brasil em 1944 pela Imprensa Bíblica Brasileira, organização Batista.

  • ARC – ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA – Foi publicada em 1951 pela Imprensa Bíblica Brasileira.
  • ARA – ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA – Uma comissão de especialistas brasileiros trabalhando de 1946 a 1956, prepararam a edição ARA. É uma obra magnífica, com melhor linguagem e melhor tradução. O NT foi publicado em 1951. o AT em 1958. a publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil. Foi usado o texto grego de Nestle para NT e o hebraico de Letteris para o Antigo Testamento

Revisão é uma atualização do texto em vernáculo, para que se entenda melhor. Razão: uma língua evolui como todas as coisas vivas. Há uma comissão permanente de revisão mantida pela SBB, acompanhando o progresso da crítica textual.

II. OUTRAS TRADUÇÕES

  • FIG – Antônio Pereira de Figueiredo: Padre católico romano. Grande latinista. Editou o NT em 1778 e o AT em 1790, tradução feita em Portugal. Atualmente é impressa pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, Londres.
  • TR BR – Tradução Brasileira, publicada inicialmente em 1917. feita por uma comissão de teólogos brasileiros e estrangeiros. O NT foi publicado em 1910 e o AT em 1917. é tradução mui fiel ao original. Esgotada. Sua publicação foi suspensa em 1954.
  • RHODEN – Humberto Rhoden: Ex padre brasileiro. Versão particular dele. Foi publicada em 1935. esse padre de Santa Catarina deixou a Igreja Romana. Versão mui usada na crítica textual. Esgotada.
  • SOARES – Matos Soares: Versão popular dos católicos brasileiros (Edições Paulinas). Foi padre brasileiro e traduziu a vulgata. Foi publicado no Brasil em 1946. Já o era em Portugal desde 1933. um grava inconveniente são os itálicos que as vezes são mais extensos do que o texto em si, e conduzem a preconceitos e tendências.
  • VIBB – VERSÃO DA IMPRENSA BÍBLICA BRASILEIRA: Lançada em 1968, após longo e cuidadoso trabalho, baseada na tradução de Almeida. A edição de 1968 aparece apenas em formato de púlpito. Em 1972 foi lançada em formato popular.
  • CBPS – CENTRO BÍBLICO DE SÃO PAULO: Edição Católica popular de SP.
  • NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE – Lançada em 2000, mantém-se fiel aos textos originais e ao mesmo tempo adota a estrutura gramatical e a linguagem falada pelo povo brasileiro. Desenvolvida pela Comissão de Tradução da SBB. Sendo uma revisão da BLH, recebendo uma revisão tão profunda que pode ser considerada, realmente, como uma nova tradução das Escrituras Sagradas. Lançada em 2000
  • TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO – Versão da Bíblia publicada pelas TJs. Foi preparada para apoiar as crenças da seita.


 

II. BÍBLIA HEBRAICA

Consiste apenas de nosso AT. Essa é a Bíblia dos judeus. Lá o arranjo dos livros é diferente, e o total é de 24 em vez de 39, porque vários grupos são contados como um livro. O texto é sempre o mesmo. Os 24 livros estão classificados em três grupos a que Jesus referiu-se em Lc 24.44. LEI, PROFETAS E ESCRITOS. Os Salmos eram o primeiro livro do último grupo, talvez por isso citados em Lc 24.44, querendo indicar o grupo.

IV. EDIÇÕES CATÓLICAS (OS APÓCRIFOS)

A Bíblia de edição católica contém sete livros a mais, perfazendo um total de 73 livros ao todo. Esses "livros a mais são chamados de APÓCRIFOS, palavra que no sentido religioso significa: "não genuínos" ou espúrios". São livros que não são considerados como inspirados por Deus. Os sete apócrifos estão todos inseridos no AT. Isto feito muito depois de encerrado o cânon do AT por conveniência da Igreja Católica. A aprovação deles por essa Igreja se deu no Concílio de Trento em 1546, em meio a muita controvérsia. Os sete livros são:

  • Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I e II Macabeus.

Além destes sete livros, a Bíblia de edição católica tem mais quatro acréscimos a livros canônicos:

  • Ester – Ao livro de Ester, Cântico dos Três santos filhos – Ao livro de Daniel, Bel e o Dragão – Ao livro de Daniel.

As Bíblias católicas têm livros cujos nomes diferem daqueles empregados nas edições dos evangélicos:

BÍBLIA PROTESTANTE

BÍBLIA CATÓLICA

I e II Samuel

I e II Reis

I e II Reis

III e IV Reis

I e II Crônicas

I e II Paralipômenos

Esdras/ Neemias

I e II Esdras

Lamentações de Jeremias

Trenos


 

Também existe variação na numeração dos salmos:

BÍBLIA PROTESTANTE

BÍBLIA CATÓLICA

Salmos 9,10

Salmos 9

11-113

10-112

114-115

113

116

114-115

117-146

116-145

147

146-147

148-150

148-150


 

A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a usando suas próprias personalidades e estilos comporem e registrarem sem erro as palavras de sua revelação. A inspiração aplica-se somente aos manuscritos originais, chamados de "autógrafos".

I. TEORIAS SOBRE A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

  • Natural – Não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento
  • Mística ou iluminativa. - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.
  • Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (os Dez mandamentos)
  • Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (criação, conceitos espirituais)
  • Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.
  • Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.
  • Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.
  • Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.
  • Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros.


 

1. CARACTERÍSTICAS DA INSPIRAÇÃO VERBAL E PLENÁRIA.

A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais. Ela se estende às próprias palavras. Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os. Inclui a inerrância.


 

2. PROVAS DA INSPIRAÇÃO VERBAL E PLENÁRIA:

2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador. 2Pe 1.20,21. O "como" da inspiração - homens "movidos" (lit., "carregados") pelo Espírito Santo. Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2). O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25). O uso que Jesus fez do A.T. (Mt 5.17; Jo 10.35). O NT afirma que outras partes do AT são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16). Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12


 

3. PROVAS DE INERRÂNCIA:

A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4). O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35). Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, "descendente"; Mt 22.31,32, "sou").


 

II. CANONICIDADE

O Cânon que significa do grego "Lista" ou "linha de medir" refere-se ao grupo de livros que entram como Sagrada Escritura. Existem há tempos divergências sobre os livros escritos no AT que devem entrar no cânon; resistências mesmo entre os pré-cristãos. Os samaritanos, por exemplo, rejeitam todos os livros do AT, com exceção do Pentateuco; em contrapartida no séc. II a.C. as pseudônimas de caráter apocalíptico reivindicam o caráter de inspirados. Entre os rabinos existe inaceitações com relação aos livros de Ezequiel, Provérbios, Cantares, Eclesiastes e Éster. As divergências patrísticas sobre os apócrifos gregos e latinos, se seriam ou não canônicos, o que perdurou até o Renascimento.


 

1. CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS:

A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros. Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.


 

b) CÂNON DO A.T.

Alguns afirmam que todos os livros do cânon do AT foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.). O NT se refere a AT como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje "de Gênesis a Malaquias"; cf. Mt 21.42; 22.29). O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T


 

c) OS PRINCÍPIOS DE CANONICIDADE DOS LIVROS DO N.T.

d) A FORMAÇÃO DO CÂNON DO N.T.


 

BIBLIOGRAFIA:

Maturidade Cristã – CPAD - Out. 1989

Manual da Escola Bíblica Dominical – Antônio Gilberto - CPAD

www.vivos.com.br


 

sábado, 4 de dezembro de 2010

O SOFRIMENTO DE CRISTO


Texto: Hb 12.2 Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus.


Introdução: Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relato o fato é um médico, Lucas. E o faz com a decisão de um clínico.
  • No Cenáculo – Mt 26.26-29
  • No Jardim do Getsêmani – Lc 22.44
    "O seu suor era como gotas de sangue caindo no chão."
Termo médico: "hemartidrosis" – Os capilares em volta dos poros suados tornam-se frágeis e começam a pingar sangue e suor. Fenômeno raríssimo produzido em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessária uma fraqueza física acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção ou por grande medo.

I. SUAS ÚLTIMAS HORAS

  • Mt 26:56 Então todos os discípulos abandonaram Jesus e fugiram.
Sl 22.11-16 Não te afastes de mim, pois o sofrimento está perto, e não há ninguém para me ajudar. Como touros, muitos inimigos me cercam; todos eles estão em volta de mim, como fortes touros da terra de Basã.Como leões, abrem a boca, rugem e se atiram contra mim.Já não tenho mais forças; sou como água derramada no chão. Todos os meus ossos estão fora do lugar; o meu coração é como cera derretida. A minha garganta está seca como o pó, e a minha língua gruda no céu da boca. Tu me deixaste como morto no chão. Um bando de marginais está me cercando; eles avançam contra mim como cachorros e rasgam as minhas mãos e os meus pés.


No Getsêmani, Jesus é traído por Judas e preso pelos judeus.

  • Jo 18.12 Em seguida os soldados, o comandante e os guardas do Templo prenderam Jesus e o amarraram.
  • Mt 26.50 Jesus respondeu: —Amigo, o que você vai fazer faça agora. Então eles chegaram, prenderam Jesus e o amarraram.
Antes da crucificação Jesus foi forçado a andar quatro quilômetros, depois de uma noite inteira sem dormir durante a qual ele sofreu grande angustia por seis julgamentos:
  1. Na corte do Sumo sacerdote.
  • Ele foi questionado por Anás. Então o levaram primeiro até a casa de Anás. Anás era o sogro de Caifás, que naquele ano era o Grande Sacerdote. Jo 18:13.
  • Sendo golpeado por um dos soldados. Quando Jesus disse isso, um dos guardas do Templo que estavam ali deu-lhe uma bofetada e disse: —Isso é maneira de falar com o Grande Sacerdote? Jo 18:22/ Então alguns começaram a cuspir nele. Cobriam o rosto dele, davam bofetadas nele e perguntavam: - Quem foi que bateu em você? Adivinhe! E também os guardas o pegaram e lhe deram bofetadas. Mc 14:65
  1. Foi conduzido a Caífás. Depois Anás mandou Jesus, ainda amarrado, para Caifás, o Grande Sacerdote. Jo 18:24
  2. De manhã ao Sinédrio, (Supremo Tribunal dos Judeus). Depois levaram Jesus da casa de Caifás para o palácio do Governador romano. Já era de manhã cedo. Os líderes judeus não entraram no palácio porque queriam continuar puros, conforme a religião deles; pois só assim poderiam comer o jantar da Páscoa. Jo 18:28
  • Testemunhas falsas:
    Muitos diziam mentiras contra ele, mas as suas histórias não combinavam umas com as outras. Mc 14:56
  1. Levado perante Pilatos. Em seguida o grupo todo se levantou e levou Jesus para Pilatos. Lá, começaram a acusá-lo, dizendo: - Pegamos este homem tentando fazer o nosso povo se revoltar, dizendo a eles que não pagassem impostos ao Imperador e afirmando que ele é o Messias, um rei. Lc 23:1-2
  2. Enviado a Herodes. Quando soube que Jesus era da região governada por Herodes, Pilatos o mandou para ele, pois Herodes também estava em Jerusalém naquela ocasião. Lc 23:7
  3. De volta a Pilatos. Herodes e os seus soldados zombaram de Jesus e o trataram com desprezo. Puseram nele uma capa luxuosa e o mandaram de volta para Pilatos. Lc 23:11
  • Neste momento Jesus sofreu violento espancamento físico.
    Então Pilatos, querendo agradar o povo, soltou Barrabás, como eles haviam pedido. Depois mandou chicotear Jesus e o entregou para ser crucificado. Mc 15:15 
Durante as chicotadas, a vítima era amarrada a um poste, deixando as costas inteiramente expostas. Os romanos usavam um chicote chamado "flagelum" que consistia em pequenas partes de osso e metal unidas por vários cordões de couro. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado e de diferentes estaturas. O número de açoites não é registrado, mas em Dt 25.3, somos informados que não podiam ultrapassar a quarenta. Para prevenir golpes excessivos por erro de contagem, batiam então trinta e nove vezes. (O máximo que alguém pode receber são quarenta chicotadas; mais do que isso seria humilhar um israelita em público. Dt 25:3). A pele era arrancada das costas, expondo uma massa ensangüentada de músculo e osso. Ocorria extrema perda de sangue pelo espancamento, enfraquecendo a vítima, às vezes a ponto de ficar inconsciente. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor, as forças se esvaem, um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náuseas. Calafrios lhe correm ao longo das costas.
  • Ele é escarnecido.
    Tiraram a roupa de Jesus e o vestiram com uma capa vermelha. Fizeram uma coroa de ramos cheios de espinhos, e a puseram na sua cabeça, e colocaram um bastão na sua mão direita. Aí começaram a se ajoelhar diante dele e a caçoar, dizendo: - Viva o Rei dos Judeus! Cuspiam nele, pegavam o bastão e batiam na sua cabeça. Mt 27:28-30
Com longos espinhos mais duros do que a acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo, fazendo-o sangrar. Fizeram uma coroa de ramos cheios de espinhos, e a puseram na sua cabeça, e colocaram um bastão na sua mão direita. Aí começaram a se ajoelhar diante dele e a caçoar, dizendo: - Viva o Rei dos Judeus! Cuspiam nele, pegavam o bastão e batiam na sua cabeça. Mt 27:29-30.
  • A severidade do espancamento:
    Ofereci as minhas costas aos que me batiam e o rosto aos que arrancavam a minha barba. Não tentei me esconder quando me xingavam e cuspiam no meu rosto. Is 50:6; Muitos ficaram horrorizados quando o viram, pois ele estava tão desfigurado, que nem parecia um ser humano. Is 52:14; 
Do espancamento Jesus andou num trajeto chamado de "via dolorosa", para ser crucificado no Gólgota. À distância percorrida era de 595 metros, Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos, provavelmente cercada por mercados. Quando estavam saindo, os soldados encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. Mt 27:32


Via Dolorosa (Sérgio SAAS Composição: Saas & Danilo)

Pela via dolorosa Em Jerusalém chegou, Certo homem carregando uma cruz
Multidões queriam ver, O homem condenado a morrer

Ele estava tão ferido, E sangrava sem parar, Coroado com espinhos Ele foi
E em dor podia ver, O homem condenado a morrer

Pela via dolorosa, Que é a estrada do horror, Qual ovelha veio Cristo, Rei Senhor
Ele foi quem escolheu Dar a vida por ti e por mim
Pela via dolorosa, Meu Jesus sofreu assim

Ele estava tão ferido, E sangrava sem parar, Coroado com espinhos Ele foi

E em dor podia ver, O homem condenado a morrer

Pela via dolorosa... Jesus se entregou
Mostrou seu amor, Morreu numa cruz em Jerusalém

Pela via dolorosa Que é a estrada do horror, Qual ovelha veio Cristo, Rei Senhor
Ele foi quem escolheu Dar a vida por ti e por mim
Pela via dolorosa meu Jesus, Pela Via Dolorosa Meu Jesus
Pela Via Dolorosa Ele me salvou, Pela Via Dolorosa Ele venceu



Jesus afadigado arrasta um pé após o outro. Freqüentemente cai de joelhos. Nos ombros cobertos de chagas, conduzia uma barra transversal da cruz, conhecida como "patibulum" que pesava entre 36 a 50 kg. Ao cair à viga lhe escapa, escorrega e lhe esfola o dorso.


II. SOFRIMENTO NA CRUZ.

Um bando de marginais está me cercando; eles avançam contra mim como cachorros e rasgam as minhas mãos e os meus pés. Todos os meus ossos podem ser contados. Os meus inimigos me olham e gostam do que vêem. Sl 22:16-17
Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas sua túnica está colada nas chagas e tirá-las produz dor atroz. Cada fio de tecido adere à carne viva, ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam no pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam a medida e com longos pregos pontudos e quadrados com aproximadamente 18 cm de comprimento por 1 cm de diâmetro, apóiam-no sobre o pulso de Jesus e com um golpe certeiro de martelo o plantam e rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Uma dor agudíssima que se fundiu pelos dedos e espalhou-se pelos ombros atingindo o cérebro. O nervo é destruído só em parte. A lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego. Quando o corpo for suspenso pela cruz, o nervo se esticará fortemente. A cada solavanco, a cada movimento, desperta dores dilacerantes, um suplício que durará horas. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava. Elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé. Conseqüentemente fazendo-o tombar para trás e encostar-se a estava vertical. Depois, rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros esfregam-se dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. No centro do poste estava um ordinário assento chamado "sédice" ou "sedulum" que servia de suporte para a vítima. O patibulum era levantado sobre o poste. Os pés eram então pregados ao poste. Para permitir isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados lateralmente, deixando numa posição muito desconfortável.
Tendo sofrido pelo espancamento e pelas chicotadas, Jesus sofreu de severa "hipovolemia" pela perda de sangue. Já não tenho mais forças; sou como água derramada no chão. Todos os meus ossos estão fora do lugar; o meu coração é como cera derretida. A minha garganta está seca como o pó, e a minha língua gruda no céu da boca. Tu me deixaste como morto no chão. Sl 22:14-15

Quando a cruz era erguida verticalmente havia uma tremenda tensão sobre os pulsos, braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos cotovelos. Os braços sendo presos para cima e para fora, matinha a caixa torácica numa fixa posição inspiratória na qual dificultava extremamente o exalar e impossibilitava ter completa inspiração do ar. Jesus tem sede, não bebeu água desde a tarde anterior, um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara uma esponja com uma espécie de bebida ácida em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuado: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis; em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco, mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco  se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Seu corpo é uma mascara de sangue. A boca está semi aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta seca lhe queima, mas ele não pode engolir.
Lentamente, com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés suportado pelo "sedulum", os braços eram puxados para cima. Com os músculos respiratórios esticados. A respiração tornava-se relativamente fixa enquanto a dispnéia desenvolve. A dor nos braços e pulsos aumenta. Jesus é forçado a levantar o corpo do "sedulum", transferindo desse modo o peso do corpo aos pés. A respiração torna-se mais fácil, mas com o peso do corpo sendo exercido pelos pés, a dor nos pés e pernas aumentava. Quando a dor se torna insuportável ele baixa outra vez para os "sedulum". Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na cruz: cada vez que quer falar, devera elevar-se tendo como apoio o prego dos pés.

Que tortura! Atraídas pelo sangue que escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas Ele não pode enxotá-las.

Enquanto o tempo passava, os músculos, pela perda do sangue, pela falta de oxigênio e posição fixa do corpo, passariam por severas cãibras e contrações espasmódicas. Às três horas da tarde, Jesus gritou bem alto: —"Eli, Eli, lemá sabactani?" Essas palavras querem dizer: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" Mt 27:46

Devido à defeituosa respiração, os pulmões de Jesus começa a ter colapso em pequenas áreas causando hipoxia e hipercardia.

III. JESUS DEU A SUA VIDA.
O Pai me ama porque eu dou a minha vida para recebê-la outra vez. Ninguém tira a minha vida de mim, mas eu a dou por minha própria vontade. Tenho o direito de dá-la e de tornar a recebê-la, pois foi isso o que o meu Pai me mandou fazer. Jo 10:17-18; Aí Jesus gritou bem alto: —Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! Depois de dizer isso, ele morreu. Lc 23:46
O tempo médio de sofrimento antes da morte por crucificação é indicada: aproximadamente dois a quatro dias. Embora existiam casos relatados em que a vítima viveu por nove dias. As causas mortis por crucificação eram de múltiplos fatores. Jesus teve uma morte física rápida. 
  • Pilatos ficou admirado quando soube que Jesus já estava morto. Chamou o oficial romano e perguntou se fazia muito tempo que Jesus tinha morrido. Mc 15:44
  • Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro homem que tinha sido crucificado com Jesus e depois quebraram as pernas do outro. Mas, quando chegaram perto de Jesus, viram que ele já estava morto e não quebraram as suas pernas. Jo 19:32-33 
O céu escurece, o sol se esconde derrepente, a temperatura diminui e logo serão três horas da tarde. Todas as dores, a sede, as cãibras,a asfixia, o latejar dos nervos medianos lhe arrancam um lamento: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?". Jesus dá o último suspiro: "está consumado" em seguida: Aí Jesus gritou bem alto: - Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! Depois de dizer isso, ele morreu. Lc 23:46

Morreu em meu e em teu lugar!

IV. A HISTÓRIA NÃO TERMINA AQUI

  1. A RESSURREIÇÃO: Porém, quando entraram, não acharam o corpo do Senhor Jesus Lc 24:3: Ele não está aqui, mas foi ressuscitado. Lembrem que, quando estava na Galiléia, ele disse a vocês: Lc 24:6
  2. A APARÊNCIA NO CÉU: Então vi um Cordeiro de pé no meio do trono, rodeado pelos quatro seres vivos e pelos líderes. Parecia que o Cordeiro havia sido oferecido em sacrifício. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus que foram enviados ao mundo inteiro. Ap 5:6; Eu virei para ver quem falava comigo e vi sete candelabros de ouro. No meio deles estava um ser parecido com um homem, vestindo uma roupa que chegava até os pés e com uma faixa de ouro em volta do peito. Os seus cabelos eram brancos como a lã ou como a neve, e os seus olhos eram brilhantes como o fogo. Os seus pés brilhavam como o bronze refinado na fornalha e depois polido, e a sua voz parecia o barulho de uma grande cachoeira. Na mão direita ele segurava sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada dos dois lados. O seu rosto brilhava como o sol do meio-dia. Ap 1:12-16

 

Bibliografia:

Relato médico pelo Dr. Barbet (médico francês)

http://www.ebdonline.com.br/estudos/sofrimentocristo.htm


 

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